Resenhas - Quincas Borba

Pâm 30/01/2024

Quincas Borba
Clássico é clássico! Uma leitura que não me arrependo é quando abri um livro de Machado de Assis. Embora sejamos advertidos desde o início que essa narrativa se distingue de Memórias Póstumas de Brás Cubas, onde aparece a menção ao personagem, somos surpreendidos por uma leitura cheia de aventuras e desventuras. Muitos personagens circundam o enredo do livro, cada qual muito bem explorado pelo autor bem como as personalidades e particularidades da sociedade. O final, foi para mim surpreendente, embora estivesse caminhando para algo trágico. Ainda assim, considero uma representação da sociedade.

Clarissa Barradas 29/01/2024

Genial
Sem sombra de dúvidas, esse livro é o meu preferido do Machado até aqui.
?Ao vencedor, as batatas!?

Sabrina 24/01/2024

Ao vencedor, as batatas!
Machadão é rei, não tem jeito. Ou bruxo né? Irônico, debochado, inteligente e culto demais. E incrivelmente contemporâneo, atual. Uma crítica a elite escravocrata, privilegiada, excêntrica e medíocre, com olhar agudo para a meritocracia dos herdeiros (olha só, 1891!!) com seus ideais liberais em contradição total a realidade em que viviam. Pra gente ler e pensar esse Brasilzão cheio de desigualdades e hipocrisia desde sempre.

Duda 24/01/2024

?Humanitismo? puro?
Ao vencedor as batatas? Talvez sim. E sim, Machado, eu fui o tipo de leitora que chorou pelas duas recentes mortes, porque tenho lágrimas.
Eu, sinceramente, não achava que choraria com Quincas Borba, mas chorei deliberadamente. Assis te prende na história, conversa com você durante todo o livro, te diz bem na sua cara que você imaginou coisa e levantou hipóteses, ?sem ao menos que ele te dissesse algo? hein.
Sou suspeita pra falar desse autor excêntrico, irônico, crítico e vívido, mas recomendo MUITO a leitura dessa obra. Espero que possam desfrutar plenamente do pensamento machadiano.

Gabriela.Andrade 23/01/2024

Sinto que não entendi toda a mensagem que o Machado quis passar, mas sempre é bom lê-lo, nunca é tempo perdido

laiscunhaf 23/01/2024

Ao vencedor...
A história segue um homem chamado Rubião, que recebe uma herança do seu amigo Quincas Borba, um pensador que inventou uma filosofia fictícia chamada "humanitismo". Essa filosofia é resumida na famosa frase "ao vencedor, as batatas", que significa que, na vida, as pessoas bem-sucedidas ganham tudo, não importando o que aconteça com os outros.

Machado de Assis usa o "humanitismo" e a frase para fazer graça da maneira como as pessoas muitas vezes agem egoisticamente, pensando só em si mesmas e não se importando com os outros.

O livro nos faz pensar sobre como esses valores podem ser prejudiciais e como a ganância pode dominar a vida das pessoas.

[2023]

vAnicius0 22/01/2024

?
?E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo rindo, cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas, soluços e sarabandas, acaba por trazer à alma do mundo a variedade necessária, e faz-se o equilíbrio da vida.?

Duda 20/01/2024

Primeira leitura concluída do ano mas que já era pra ter sido finalizada a meses. O livro é interessante mas após um certo tempo se tornou maçante já que após os 60% não acontece mais nada de mais. Enfim, típica leitura de vestibular

SimoneSMM 20/01/2024

"Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas!"
Quincas Borba é um personagem que apareceu, primeiramente, em Memórias Póstumas de Brás Cubas. É feito herdeiro e torna-se filósofo. Sua filosofia (Humanitismo) é sobre "Humanitas, o princípio". E, sendo princípio, explica o mundo como se todos tivéssemos o mesmo ponto de partida, o que, verdadeiramente, não ocorre nas relações humanas, políticas, econômicas, educacionais, etc.

Machado narra uma sociedade extremamente hipócrita, interesseira e vaidosa, feita de herdeiros escravocratas, assim como o foram Quincas Borba e Rubião. Este era um professor medíocre, que cuidou de Quincas, já doente, oscilando entre o interesse em sua fortuna e uma certa compaixão.

O professor herda não apenas a fortuna, mas o cão, que também se chama Quincas Borba, a possibilidade de viver na corte, a inadequação a uma vida sem propósitos e... a loucura?

Nessa nova vida de capitalista, Rubião é manipulado e extorquido até a miséria, de forma inescrupulosa e cruel.
No fim, só lhe restam o cão e a filosofia "ao vencedor, as batatas", da qual relembra de repente, apesar de não haver entendido bem.

O Humanitismo explicaria todo o desenrolar de sua vida até a queda final, como necessário à manutenção do princípio Humanitas ("porque Humanitas tem fome"). Quem desfalca a fortuna herdada por Rubião "tem fome". E este, volta pra morrer, no lugar onde tudo começou. Um novo princípio?

Machado, no último capítulo, brinca com o leitor e nos pergunta de qual Quincas será esta biografia ("e por que antes um que outro, - questão prenhe de questões que nos levariam longe..."). Será esta a biografia de uma sociedade, ou a nossa própria, ou de ambos?

Sososososo:) 19/01/2024

Valeu a pena
O livro tem bastante metalinguagem?, senti que tava numa fofoca.

Por incrível que pareça, o livro conta a história de várias outras personagens (principalmente do Rubião), menos a do próprio Quincas, mas no final a gente descobre que é porque ele foi o único amigo de verdade que o Rubião teve, no caso, o cachorro Quincas Borba.

Quincas Borba não é fácil de ler, foi sofrido, mas conseguikkkk

zamoro.sarah 18/01/2024

Quincas Borba, de Machado de Assis.
A primeira leitura do ano está, então, completa. Devo admitir que me surpreendi com a fluidez da história e de seus acontecimentos, conseguindo cativar o meu interesse na leitura sem momentos de cansaço ou desânimo.

Um leitura única, de fato. Espero poder desfrutar mais da genialidade escrita de Machado de Assis, assim como desfrutei durante esta leitura.

Nandinh4 17/01/2024

Que obra!
Difícil para digerir, essencial.
Me identifiquei com a parte comum, feliz, cães e com a filosofia cínica.
A aparência é criticada, com a ironia e acidez de Machado.
A sanidade é discutida, num mundo em que os sãos se perdem, buscando se assemelhar aos outros e acabam perdendo a própria identidade.

- ?ao vencedor as batatas?

Lau Pinheiro 16/01/2024

Terceiro da fuvest OMG!!
E no final o melhor personagem era o cão quincas borba realmente! confesso que passei o livro inteiro chamando o rubião de patético e idiota, para no final ficar morrendo de dó de ver ele chegando ao seu fim sem poder contar com NEM 1 dos supostos "amigos" dele. sofia fez seu papel na crítica perfeitamente, sempre podemos contar com os rostos bonitos para serem supérfluos. a história da pobre dona tonica me deixou arrasada. confesso que preferi memórias póstumas a esse livro por um milhão de vezes, mas machado é machado, e mesmo assim foi uma leitura extremamente prazerosa e me tirou diversas reflexões :)

Dani 15/01/2024

"Ao vencido, ódio ou compaixão..."
Quincas Borba é um homem rico, que criou a filosofia Humanista, em que sobrevive o mais forte. Morava em um casarão, em Barbacema com seu cão, o Quincas Borba. Tinha um amigo muito próximoque o acudiu quando começou a adoecer. E após morto, passou sua riqueza para este Rubião. De repente, ficando rico e tendo a posse até da casa de Rio de Janeiro, se muda para lá com o cachorro para participar da Corte. No caminho da capital, conhece Palha e sua mulher, Sofia, e se aproximam ao convidar Rubião para um jantar. Após muitos dias de convivência, Rubião se apaixona por Sofia e declara seu amor em um baile, furtivamente na jardim da casa e são notados pelo Major. Sofia conta o caso ao marido (Palha) e este sem saber como reagir, ao passo que deve dinheiro ao Rubião, decide apenas esquecer o fato e cuidar para que não haja mais episódios como este narrado. Então, Maria Benedita (prima de Sofia) se aloja casa de Palha e Sofia, com a intenção de se casar com Rubião, mas ele ocupado de ciúmes causado por Carlos Maria, recusa o pedido (adia, ao menos). Quando Rubião conhece Camacho, este o integra na política, e após alguns anos se torna influente. O trágico final do livro é que, se subir muito na vida, a queda terá talqual tamanho. O ministério cai, sua riqueza se escassa e sua cabeça pira. Rubião, então, acaba fugindo de uma casa de saúde de volta para Barbacema, com Quincas Borba. Lá, recente à chegada, ambos morrem.

Minhas considerações
Um livro escrito no Realismo, onde Machado de Assis, discretamente, descreve a "queda do império "e a decadência da burguesia. E além disso, destaca o valor da imagem na sociedade da época. Bom, isso são as entrelinhas, já que o livro é um exemplo da filosofia descrita por Quincas Borba e eu até poderia explicar para quem tivesse curiosidade... o único problema é que eu também não entendi, e não sei se a culpa foi da minha leitura rápida ou da loucura do Machado.

Stella 14/01/2024

Machado é GRANDÃO
Gente ???? Se você nunca leu este livro pare agora e vá ler! Simplesmente genial???!!! Irônico do início ao fim, cheio de paralelos e reflexões que cabem até aos dias atuais.
Uma crítica ácida à meritrocacia e à desigualdade social. Sem igual. Machado é ÚNICO.