Resenhas - Quincas Borba

Ruannita 14/02/2021

"Ao vencedor: as batatas!"
Quincas Borba é um livro muito bom. Recomendo a leitura. Agora já completei a trilogia realista machadiana.
Quando "Dom Casmurro" fui apresentada a um personagem: Quincas Borba e desde então fiquei curiosa para saber que fim Machado de Assis deu a ele. Que final! Fiquei triste e revoltada porque uma pessoa tão boa não merecia um fim desse. Essa obra realmente retrata uma sociedade que só se importa com status. A forma que a mulher é retratada realmente faz jus ao tempo em que a obra foi escrita.Houve alguns momentos em que a leitura fica um pouco cansativa mas tudo faz sentido mais tarde realmente vale a pena.

Claudia 30/05/2022

Muito chato
Sinceramente já li vários livros de Machado de Assis, porém esse não me conquistou. Muito chata a história, não curti o desenrolar do personagem principal e detestei o final. Os intelectuais que me perdoem, mas meu cérebro não assimilou o que o autor quis passar. Nunca demorei tanto pra terminar um livro de tão poucas páginas.

Bruna Binda 24/03/2021

3/5
Devo dizer q gostei desse primeiro contato com as obras de Machado de Assis, mas me decepcionei um pouco com o final, esperava mais sinceramente. Porém sou obrigada a enaltecer a narração desse livro, mds q narração incrível, adoro narradores que falam com o leitor e q apesar de entender a finalidade da obra devo dizer q só consegui gostar da Sofia. Foi legal ler algo tão infame dentro da literatura brasileira e pretendo ler outros livros do autor.

Ana Paula Del Rey 23/09/2022

O CACHORRO É O MAIS ESTÁVEL
Como começar? Fiz essa leitura em 4 dias??? Foi muito fluida e rápida. Dito isso, com toda certeza recomendo a leitura desse livro (confesso que FUVEST me influenciou(obrigou) a lê-lo), o jeito que Machado mostra as fases da loucura progressivamente e como o protagonista vai cada vez mais perdendo a sanidade é quase imperceptível. O sentimento de vazio que ele sente depois de ganhar tudo de mão dada, a solidão depois de perder sua mente para a loucura, nenhum de seus ?amigos? ficaram apenas Quincas Borba isso me quebrou demais. Para finalizar, ao vencedor as batatas!

Taina 04/02/2022

Ótimo
Gosto de Machado de Assis pois ele traz ao contexto brasileiro muito daquilo que Flaubert escancarou sobre a sociedade francesa. Em verdade, vi muitos temas de Madame Bovary nesse livro sobre Rubião e Quincas Borba: vaidade, anseios em se assemelhar aos habitantes de Paris, hipocrisia, traição, relações vazias?
Os finais nunca são muito surpreendentes em Machado de Assis, mas toda trama, todo personagem, toda revelação do caráter e da hipocrisia compensam enormemente e tornam a leitura sempre um aprendizado social.
Quincas Borba é uma história sobre o vazio das relações que se constituem pelo poder aquisitivo. Triste e sublime. Um texto fabuloso.

Milena 12/06/2020

Ao vencedor, as batatas!
"Quincas Borba" conta a trajetória de Rubião que, após a morte de seu amigo - filósofo do Humanitismo - Quincas Borba, se muda para o Rio de Janeiro com a herança e o cachorro (também Quincas Borba) deixados pelo amigo.
Machado de Assis, com sua brilhante genialidade, consegue envolver o leitor numa escrita acolhedora, recheada de metáforas e com belas citações.
Um livro que mistura romance, política, comédia e drama, capaz de prender o leitor mesmo com um enredo simples.
Recomendo!

Eva 04/04/2021

O segundo romance da fase realista de Machado e podemos ver que ele não poupa críticas à sociedade de sua época e muitas das críticas servem a sociedade de hoje.
A ganância, egoísmo, falta de empatia, hipocrisia etc, todos esses defeitos do ser humano são demonstrados nos personagens no decorrer da história.

A narração é feita em terceira pessoa e Machado se utiliza do recurso de ter o narrador fazendo pausas na história para ?conversar? com o leitor. Ainda não li Memórias Póstumas, mas acho que ele fez isso a primeira vez lá. Assim como utilizou o recurso de spin off que é usar uma história ou personagem derivada de outra. Nesse caso o personagem Quincas Borba que é um personagem de Memórias Póstumas, porém aqui não temos uma continuação de Memórias.

Machado tem o dom de me tirar umas risadas com seu sarcasmo, mesmo nos momentos mais inescrupulosos e hostis de seus personagens.

Particularmente, tive um misto de sentimentos em relação ao protagonista Rubião. No início repulsa com sua ganância, no meio incredulidade com sua ingenuidade e no fim compaixão pelo seu estado mental.

Fernanda.Montanha 26/08/2021

chato
eu já não sou muuuito fã de clássico, ainda esse livro tem uma leitura chata e monótona, a história n é lá essas coisas, me irritou bastante pra falar a verdade

eu li pro vestibular, mas não entendi bulhufas do livro e vou ter que ver resumo, eu normalmente não desgosto de nenhum livro, mas esse...

sério no final todo mundo morreu eu tô tão irritade sinto que perdi tempo com isso tô só o pó, a usp q me dê uma vaga porque eu mereço depois de ler esse livro

Natália 07/04/2023

Eu tô é chocada que a média desse livro é 3.8!!!! finalmente li quincas borba e amei cada página. o humor, a ironia, a crítica social que permanece totalmente contemporânea... maravilhoso. e a edição da antofágica é impecável, como sempre - com destaque para os ótimos textos de apoio ao final.

Monique 14/07/2020

Quincas Borba
É uma história triste e pesada.
Acho que é um período que os escritores da literatura estavam meio deprimidos, pois os finais costumam ser densos - ou o problema está em mim que tenho o psicologico fraco.

Quincas Borba, a princípio, é o personagem que a gente conhece em Memórias Postumas de Brás Cubas, mas também é o seu cachorro e bom companheiro, aquele por quem a pessoa tem muita estima e consideração.
Infelizmente, ele não dura muito e tudo passa para as mãos de Rubião, uma pessoa meio ingenua do interior e amigo de longa data. E a história se centraliza no que acontece a partir dai tanto com a herança deixada, quanto no destino dos personagens principais.

Acho que Machado de Assis estava influenciado por Gogol neste livro, só acho.

Quincas Borba, o cachorro, é o único personagem que realmente me interessa durante todo o narrar da novela, pois torço pelo seu bem-estar - o que nem sempre acontece e isso fragiliza meu psicologico.

Apesar de tudo, Rubião tem certa estima por ele e os dois permanecem juntos como companheiros.

Enfim, é uma história que ficou marcada para mim tanto pela influência que Gogol pode ter tido em Machado de Assis quanto por Quincas Borba - o cachorro.

Milena.Miyazaki 16/01/2021

a história do livro é de fato muito boa e interessante, no entanto, não sei se por ser uma leitura obrigatória não consegui desfrutar tanto da narrativa que achei pesada. :(

Nalia 05/09/2020

Ao perdedor, ódio ou compaixão. Ao vencedor, as batatas!

    A obra que marcou a tríade machadiana, em contexto realista, apresenta críticas sociais e sarcasmo a uma dura e ampla observação humana, como características da escola literária inserida, e também, a teoria do ?Humanitismo?, onde um darwinismo se manifesta na sobrevivência do mais flexível, e prolonga a tese, mostrando que em ambos os lados, um tem a vitória e o outro a derrota.

  Embora o nome seja Quincas Borba, o amigo de Brás Cubas não ganha papel de protagonista, esse é ocupado pelo tolo professor Rubião, seu cunhado. Quincas teve bons investimentos, e um cachorro que apelidou carinhosamente com seu próprio nome, no intúito de sobreviver na pele do animal. Ao fim de sua vida, não possuia sanidade, e foi beneficiado pelos cuidados de Rubião, que ouvia seus ensinamentos da filosofia humanitista com desdém. Quincas falece e deixa toda sua herança ao companheiro cão e ao cuidador Rubião, que com uma fortuna relevante, pega o animal e migra de Minas Gerais ao Rio de Janeiro, onde conhece o Casal Palha.

  Palha e Sofia eram ardilosos, e ao perceberem a presença de um ingenuo milionário, rapidamente o inserem no círculo social. Rubião tem contato com uma nova elite de políticos, e esbanja seu dinheiro com jantares caros, e mimos para Sofia, que se torna sua obsseção. Sofia ao relatar o cortejo a Palha, se surpreende quando o marido enxerga benefícios no gesto, e possíveis negócios. Sofia recebe sua prima, Benedita, uma moça supérfula e sem estudos, e pretende casa-la com Rubião, dando a ela estudos, aulas de francês e modos, porém, Rubião se sentia fascinado por Sofia, e não vê vantagens ao possível laço matrimonial. Benedita acaba se casando com outro homem, o qual Sofia é apaixonada, a causando grande rebelião e desprezo. Rubião se sente extremamente desconfortável com as situações, e começa a perceber a superficialidade em suas relações, e assim como Quincas, e perde a sanidade. O casal Palha, o interna, e toma posse de seus patrimônios, depois de alguns meses, Rubião consegue fugir da clínica e pegar o cão, (que estava presente em toda a narrativa) e morre acreditando que estava em guerra, que era Napoleão Bonaparte, em miséria, junto ao cão Quincas Borba.

  A estória por ser Machadiana, me surpreendeu ao se mostrar massante, e muitas vezes entediante, todavia, assim como qualquer escrito de Machado de Asis, é brilhante. O enredo mostra, assim como a teoria Humanitista de Quincas Borba, o casal Palha vence, e Rubião perde, em grande desproporção. Outro ponto que me chama atenção, é a forma como o narrador descreve que Quincas Borba tinha de fato, consolidado sua alma ao corpo do companheiro canino, que estava sempre presente e parecendo julgar a tudo e todos, e em meio a uma sociedade tão cruel, egoísta e interesseira, mesmo que fosse o ser mais rico, já que a herança foi indicada a ele, permaneceu junto e fiel a seus dois donos, em meio a loucura e a pobreza.

Poly 16/04/2021

Machado sendo Machado
Você tá lá se divertindo como se o autor tivesse sentado no bar contanto fofoca pra você até que do nada ele te afoga em um mar de tristeza.
?????

Rosiane.Jesus 12/08/2021

Quincas Borba
Quincas Borba foi um filósofo, possuidor de uma grande fortuna. Após sua morte deixou tudo para Rubião seu cuidador e “amigo”, que desde o princípio já tinha interesses na herança.
Assim como em Dom Casmurro, em Quincas Borba, Machado faz uma crítica à sociedade e aos modos burgueses de serem ‘merecedores’ de tudo de melhor que sempre usufruíam.
Adepto da filosofia do Humanitismo em que sempre haverá um grupo de pessoas fortes que para alcançarem seus objetivos, aproveitaram-se dos mais fracos.
Assim dar-se início a história de Rubião.