Menina.Jasmim 05/07/2020Uma boa leituraEm As Brumas de Avalon, temos a história do rei Artur contada pelo ponto de vista das mulheres que marcaram sua vida. Irmã, mãe, tia, esposa? As vozes que ecoam nessa série e mostra que só porque não foram diretamente para a guerra, não quer dizer que a história seja menos interessante.
Nesse segundo livro, a história foca em Guinevere (Gwenhwyfar), a garota que se vê obrigada a casar com Artur, mesmo nunca tendo ido muito longe dos muros da casa de seus pais. É uma garota inexperiente e assustada, apaixonada por Lancelote, mas que precisa esconder seus sentimentos para ser uma boa esposa para o rei.
Morgana também volta nesse volume, agora com o filho já nascido e deixado na casa da tia, ela passa a trama em uma busca por esquecer sua paixão por Lancelote e se conectar novamente a Deusa que havia renegado ao sair de Avalon.
Achei A Grande Rainha bem mais fluído do que o primeiro livro da série. A história é contada de forma picotada, pulando vários anos de partes em partes, o que me deixou um pouco confusa às vezes com a idade dos personagens, mas que ajudou para a história fluir melhor, mesmo assim, não me pareceu truncada. Vemos desde o casamento de Artur até sua mudança para Camelot e o que virá a ser A Távola Redonda. Guinevere cresce muito a cada página, se tornando outra mulher no fim do livro (como não poderia? Depois de tantos anos como rainha e abortos espontâneos, não tem como uma pessoa ser a mesma), e me deixando cada vez mais zangada com seu fanatismo hipócrito pela religião católica. Artur aparece pouco, mas já sabemos que terá sérios problemas por conta de sua esposa nos próximos livros.
Para mim, a leitura foi melhor do que A Senhora da Magia e espero que os próximos sejam ainda melhores. Se gosta da Lenda de Artur e querem uma nova perspectiva, essa série é bem interessante!