thay 16/08/2020
"(...) não vamos conseguir controlar a direção dos ventos, mas podemos reorientar as velas." (p.74)
Karnal e Cortella falam sobre nossas escolhas. Elas nos levam a algum lugar? Elas nos salvam ou nos condenam? Somos sortudos ou carregamos o azar conosco?
Compreender a que se destina nossa vida realmente não é uma resposta fácil de se obter. Cada um a enxerga de uma perspectiva e resumi-la ou defini-la é impossível. Podemos então, dizer que: "Somos, portanto, fruto de uma historicidade, mas ela não nos explica. Ela apenas explica aquele momento." (p. 39), ou ainda que "[...] nós somos feitos daquilo que nós fazemos." (p.46).
Cada escolha nos proporciona um caminho, um eu novo a partir daquele momento. Portanto, como bem diz “[...] Ortega y Gasset, 'eu sou eu e minhas circunstâncias'. Eu sou uma pessoa fruto de transformações." (p.47)
"O sucesso, seja como o consideramos, precisa do esforço do indivíduo." (p.54). Nada vem de graça, nada é apenas um dom, nada cai do céu. Há de se trabalhar e estudar muito para fazer aquilo que se propõe e o fazer bem. Mas, ao mesmo tempo, "Não podemos ser tudo, mas podemos ser várias coisas na nossa trajetória". (p.55).
"Ninguém pode ser melhor como o outro. Mas pode encontrar sua própria voz (...)" (p.73). É preciso ser autor da própria história, escolher o caminho que quer trilhar e segui-lo. Ser dono. Controlar. Não copiar ou tentar ser como alguém.
"Toda escolha implica responsabilidade e consequência. [...] Ter de assumir as próprias escolhas nos exige lembrar que toda escolha é uma abdicação. Quando escolhemos algo, estamos deixando de lado todo o restante. Por isso, nenhuma escolha, quando feita com inteligência, é isenta de sofrimento." (p.77). Somos uma mistura de tudo que nos aconteceu, das escolhas e das não escolhas, do resultado de cada passo dado, de cada palavra proferida. “Viver é um desafio contínuo (...)” (p.98)
E para concluir, “(...) como bem dizia Nelson Cavaquinho, ‘o sol há de brilhar mais uma vez’.” (p.98) e “(...) Aparício Torrely, autointitulado Barão de Itararé, (...) ‘o que se leva desta vida é a vida que a gente leva’.” (p.99).