A Casa de Bernarda Alba

A Casa de Bernarda Alba Federico García Lorca




Resenhas - A Casa de Bernarda Alba


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Sena 20/02/2024

Essa peça me lembrou do livro/ filme As virgens suicidas. O pano de fundo é o mesmo: a opressão feminina e as consequências desastrosas que podem ocorrer em tais situações. A história segue a matriarca Bernarda, suas cinco filhas, sua mãe e criadas. Seguimos de perto essas mulheres desde o dia de luto do patriarca, com a presença masculina sempre de forma onipresente em uma época e ambiente extremamente controlador.
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anacasagrande 17/12/2023

Vi a peça e foi um HIT
"Bernarda - Nunca permiti que me dessem lições" ATÉ A VIDA TE ENSINAR UMA NÉ VÉIA

"Madalena - Nem os meus, nem os vossos. Tenho a certeza de que não me caso. Prefiro acarretar sacos para o moinho. Tudo menos ficar sentada dias e dias nesta casa escura.

Bernarda - É esse os destinos das mulheres!

Madalena - Malditas sejam as mulheres!"


"Amélia - A culpa de tudo isto são as linguas do mundo, que não nos deixam viver em sossego"

"Martírio - A vida não é mais do que só uma repetição terrível. A Adelaide nasceu com a mesma sina da mãe e da vó."

" Nunca pude com a tua hipocrisía"

"Adela - Quem me dera ser invisível, para andar por essas casas sem que ninguém me visse e ninguém me perguntasse para onde ia!"

"Ninguém é capaz de evitar que aconteça o que tem de acontecer"

"La porcia - Não quero ouvir mais!
Adela - Pois tens de me ouvir! Tinha-te medo, mas agora sou mais forte do que tu!"

"Amélia - Nascer mulher é o pior castigo.
Madalena - Nem sequer os olhos nos pertencem."

"A má língua tudo é capaz de inventar"

"De nada se tem a certeza na vida!"

" Só faz quem pode e quem ousa"

"
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@andressamreis 07/12/2023

Vocês já leram teatro?
Não é uma das leituras mais fluidas, mas é interessante.

Federico Garcia Lorca sempre despertou a minha atenção, por ter sido uma das primeiras vítimas da Ditadura Franquista.

Este foi o último livro que escreveu e veio falar justamente de opressão.

Bernarda Alba é viúva, a cena começa com o enterro do seu marido, e divide sua casa com 5 filhas e 2 serviçais.

É interessante notar que todos os movimentos das mulheres são contidos, reprimidos, controlados.A presença masculina na obra é bem reduzida, a obra começa com a morte do patriarca. Porém, o controle sobre as mulheres está presente em todos os locais, conversas e movimentos. O homem não precisa estar presente para que a opressão ocorra. É uma mensagem muito óbvia e direta da obra. O texto é curtinho. Sabe o pequeno que diz muito? Então... Há muito tema para os bons debates.

O desfecho é bem triste, jogando o leitor em uma encruzilhada.

Agora, quero e preciso dos poemas de Lorca .
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gabriel.a.brumatto 05/09/2023

A Casa de Bernarda Alba - Federico García Lorca
Já começo esta resenha dizendo que sempre tive vontade de ler García Lorca, tamanha a minha curiosidade. Agora, que presentearam-me com este exemplar, que me vi na oportunidade perfeita, e não me decepcionei.
A Casa de Bernarda Alba conta a história de Bernarda e suas filhas, que vivem sob a tutela autoritária de sua mãe, juntamente com os criados. Bernarda deseja muito que sua filha Angústia, case-se com Pepe Romano, um boêmio da região, pensando no futuro bom que ele poderia dar à sua filha. Porém, as outras filhas de Bernarda, Adela e Martírio, também sentem amor pelo mesmo pretendente, sem a sua mãe e irmã saberem. Após uma discussão, as irmãs começam a desconfiar umas das outras, causando um ar de desconforto na casa. Isso, antes de uma grande reviravolta acontecer.
Enfim, termino esta resenha dizendo que adorei este livro, bem escrito, fácil de ler, personagens divertidos, uma linguagem rápida e divertidíssimo. Recomendo à todos que façam a leitura!
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raíssa 12/07/2021

Uma casa de mulheres sob muitos limites, mas com poucas escolhas.

[Lido para a Oficina Laboratório teatral]
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Igor.Ribeiro 25/02/2021

Li o livro por indicação de uma amiga. História curta e interessante. Recomendo.
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Cris 24/10/2019

Quem coloca o nome de Angústias e Martírio numa criança!?
Ah, o maldito moralismo. O mais se preocupar com o que os outros pensam do que com os sentimentos do ente querido (ou que deveria ser querido).
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Gustavo.Romero 28/04/2018

A opressão do cotidiano
Um dos feitos mais notáveis em literatura é a escrita de enredos que, a despeito de composição enxuta, conseguem reproduzir magistralmente temáticas de amplitude geral ou universal, de forma que geralmente reconhecemos por ‘microcosmos’. Por óbvio, García Lorda não ficaria fora dessa. Em ‘A casa de Bernarda Alba’, Lorca explora mais uma vez seu ‘teatro de raiz’, cuja tonalidade são as peças da tradição espanhola (mais especificamente, da região de Granada, onde nasceu e viveu), para construir uma peça de texto curto e extremamente perspicaz, atual até para os dias atuais. Adotando uma opção muito ousada, Lorca utiliza apenas a ação de personagens femininas para tratar da opressão masculina – construção magistral que só poderia ser levada adiante por um homossexual assumido em plena de década de 1930 na conservadora Espanha (o que, aliás, parece ter custado a vida do escritor). Essa opressão só é trazida à luz da ação do teatro pelo comportamento e valores das próprias mulheres, e fazendo isso Lorca consegue dar conta de dois problemas latentes: o primeiro, mais evidente, é a atuação da opressão do feminino pelo masculino como fenômeno que se reproduz a despeito da figura do ‘homem’, uma pressão constante e sufocante que se situa nas sinapses das relações sociais e que, por esse motivo, está na base dos preconceitos reproduzidos também pelas ‘mulheres’. Há a presença constante das figuras masculinas na peça, todas fora da cena e criando o perímetro dentro do qual as mulheres se vêem cercadas e limitadas (não é por acaso que a peça começa com a morte do patriarca da família e que toda a ação se restringe à casa da família, demonstrando ambos os aspectos, o homem sempre presente, mesmo que não fisicamente, e o espaço limitado de expressão feminina).
O segundo problema, que Lorca alcança a partir do primeiro – e esse ponto é, para mim, o que torna a peça especial magistral - é a questão da opressão de forma geral. Como poucos, Lorca consegue enxergar num fenômeno mais específico (a opressão da mulher) um fenômeno de caráter mais amplo que se produz a partir da supressão permanente de mecanismos de autenticidade não apenas da mulher, mas do indivíduo, ou o que muitas vezes se chama de ‘conformidade social’. Um longo e muito enraizado processo de alienação do indivíduo que se estabelece a partir dele próprio, destituindo o ser de seu próprio corpo. Fazendo isso, Lorca coloca o dedo numa ferida dolorosa, a questão da discriminação por gênero como forma de representação da recusa do ser humano em aceitar o ‘outro’. A personagem de Bernarda é, portanto, duplamente castradora: por um lado, sua atuação específica é de uma mulher que carrega adiante os valores da opressão masculina, castrando a essência de suas filhas utilizando como referência sua própria escala de valores, impondo-lhes sobre as demais; por outro lado, Bernarda representa a tensão que se apresentava na própria Espanha, atuando como figura ditatorial produtora de conformidades e obediência resignada.
A linguagem e o texto de Lorca resumem a provocação essencial da peça: a construção da narrativa a partir da própria linguagem, a partir do próprio enlace entre as cenas e os atos, representa o desafio com que lidamos no nosso cotidiano, em que os conceitos e concepções que subjazem às nossas relações reproduzem-se além de nosso controle consentido, carregando eles próprios estruturas de longa duração que nos restringem as direções possíveis. É por esse motivo que Lorca declarava-se igual igualmente ‘anarquista’ e ‘libertário’, ‘tradicionalista’ e ‘monarquista’: o problema não são apenas as instituições, mas a forma com que lidamos com elas e como elas refletem os comportamentos enraizados na natureza humana. Qualquer ação ‘revolucionária’ deve partir de dentro para fora.
@andressamreis 07/12/2023minha estante
Parabéns por todo este desenvolvimento da argumentação acerca de Lorca.




literatamy 14/06/2015

RESENHA COMPLETA NO LINK ABAIXO
https://www.youtube.com/watch?v=JxZO1de8YPM
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Lila 17/02/2013

Uma família de mulheres sob o poder de uma autoritária matriarca, cercada de medos e segredos onde o importante é sempre manter as aparências.
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professora jane 18/09/2010

Mais do mesmo

Na época em que esta peça foi escrita deve ter feito sucesso,no entanto, para os dias de hoje, a estória contada é apenas mais do mesmo.
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