Kamilla 30/09/2021As peças no tabuleiroResenha de releitura - 30/09/2021
Se o primeiro livro serviu como uma construção de mundo, e para apresentar a crise no território Bretão e o segundo serviu como um estudo psicológico dos personagens principais, onde foi possível acompanhar o processo de decisões e as motivações de cada um, nesse livro vemos as consequências das decisões acumuladas no primeiro e no segundo livro, e acompanhamos as peças de posicionarem no tabuleiro para as jogadas finais.
Viviane e Taliesin fazem as suas jogadas finais e se retiram do jogo - o que me causou muito sofrimento. Kevin, agora como novo Merlin da Bretanha começa a demonstrar uma postura mais cordata em relação ao cristianismo.
Ao passo que Morgana, ressentida, precisa se afastar do centro da corte de Arthur para reencontrar o caminho para sua fé e retomar sua missão com Avalon.
Gwynhwyfar segue infantil, eternamente insatisfeita e semeando o fanatismo e a hipocrisia, sua incapacidade de se desvincular de Lancelot e de se arriscar a fugir e viver abertamente com ele criam cada vez mais uma fraqueza no reinado de Arthur, já que apesar de amado e respeitado como rei, tem o comportamento leniente em relação ao amor da rainha pelo amigo constantemente usado contra ele.
Eu gostaria de sentir mais empatia por Gwynhwyfar, por toda a situação difícil que ela passou no livro, mas sinceramente não consigo. Já Mogause eu adoro! Infelizmente, ela foi o instrumento usado para afastar Gwydion de seu pai e sua mãe, mas Morgana em nenhum momento fez algum esforço para remediar a situação.
Com todas as peças posicionadas no tabuleiro, parto a resolução dessa história no último livro.