Magic 11/12/2022
Bixa se eu opinar...
Queria fazer uma resenha decente deste mas minha nota fala por si só e eu perdi a vontade de escrever isso aqui. Enfim. Chega a ser (muito) engraçado agora que terminei de ler esse conto ver comentários positivos sobre ele, porque nunca li nada tão medíocre na vida.
Alguém que goste pode pensar que a opinião acima se dá pelo fato da obra do Lovecraft estar recheada de racismos e xenofobia, e que escrevo essa resenha me baseando apenas nisso, e que "ah, a obra é antiga", "ah, tem de se separar autor da obra" (peço encarecidamente que se lasquem, de qualquer forma), mas bem, meus queridos, esse não é o motivo (mas saibam, é mais que suficiente para desistir da leitura, pois sinceramente fica meio difícil "degustar" a obra quando a cada parágrafo o grande racista que é H.P. Lovecraft faz questão de ressaltar em sua narrativa o quanto pessoas de outros países são "inferiores" em comparação com o homem branco. E vejam bem: é todo parágrafo MESMO.) Mas acreditem, mesmo que do conto em questão fosse tirado todo o racismo/xenofobia (como algumas editoras tentam fazer), isso não faria O Chamado de Cthulhu ser melhor.
A mitologia, de fato, podemos dar o braço a torcer e chamar de interessante, mas toda a construção do conto é completamente meia boca. É compreensível que seja assim, dado o formato que foi escrito, mas não quer dizer que precisa ser medíocre. Também me pergunto onde está o terror/horror da obra e tal "linguagem poética" que vi algumas resenhas citando que o autor tinha. Nesse ponto eu dei uma risada de novo, porque a escrita do homem é completamente simplória, e só vem a impressionar na carta do último capítulo.
Tento pensar pelo contexto histórico, mas não sei como poderia impressionar tanto algo tão vazio. E para o tempo atual, é irônico o fato de que a história se inicia com a seguinte frase: "a MAIOR condescendência que se pode encontrar no mundo, acho eu, é a incapacidade da mente humana de correlacionar todos os seus conteúdos."