BabyDear 14/04/2024
Aos leitores que olham as estrelas e desejam...
É um livro aconchegante, que te faz sorrir e aquece o coração. Se passa no solstício de inverno, e podemos ver a forma que Ferye lida com tudo.
Vemos um pouco como é difícil aceitar que as coisas estão bem, o como é difícil relachar, lidar com o tédio do dia a dia, e o mais difícil de tudo, escutar o barulho da sua mente, que foi calado enquanto você lutava para sobreviver.
Você está queimando e não sabe, então quando tudo passa, você tem que lidar com os sentimentos que não foram ouvidos, que você não teve tempo de sentir. O passado nunca se vai, ele fica presente, nas memórias. Não tem como fugir daquele lobo selvagem que lhe causa medo, ele sempre vai estar dentro de você.
Ps: spoiler a seguir, uma sena que me emocionou e me marca até hoje. (Pág127)
-Como? Indiquei o tear, a peça pela metade que ganhava forma na estrutura, a arte nas paredes. Como continua criando, apesar do que perdeu?
Se ela reparou na falha em minha voz, não demonstrou. A tecel? apenas disse, me encarando com o olhar triste e pesaroso:
Eu preciso.
As palavras simples me atingiram como um golpe.
A tecela prosseguiu:
Eu preciso criar, ou seria tudo por nada. Eu preciso criar, ou vou desabar de desespero e jamais deixarei a cama. Eu preciso criar porque não tenho outra forma de expressar isto. e meus olhos arderam. É difícil A mão dela repousou sobre o coração, disse a fêmea, sem que seus olhos deixassem os meus, e dói, mas se eu parasse, se deixasse que este tear e a lançadeira se calassem... Ela por fim tirou os olhos de mim para olhar para a tapeçaria. Então não haveria Esperança brilhando no Vazio.