spoiler visualizarnana' 30/04/2024
Poético e triste: do jeitinho que eu gosto
Desde que comecei a ler a obra, soube que iria gostar.
Uma das primeiras ''estranhezas'' do livro é: COMO ASSIM FRANKENSTEIN NÃO É O MONSTRO????
Por ser uma obra MUITO famosa, você começa a ler o literário e vai percebendo o quão insignificante você é até terminar de ler essa maravilha de livro. Muitos estereótipos -- como o caso do monstro simplesmente não ter nome -- são derrubados que parecem te deixar sem nexo, e as narrativas me deixaram no chão de tão maravilhosas e, de certa forma, complexas devido à profundidade dos sentimentos que vão se agravando e sendo trabalhados ao decorrer do livro.
Sinceramente, é uma obra viciante, o que é um grandioso elogio, visto que a maioria dos clássicos, por terem uma escrita tão arcaica, passam a ser menosprezados antes mesmo de chegarem no auge do livro. Bem-escrito, com personagens significativos, é impossível largar o título. Entre a disputa feita pelos autores de Drácula e Frankenstein, este último ganha a aposta devido aos sentimentos poéticos e profundos e completamente humanos narrados ao decorrer do literário. Sem sombra de dúvidas, a narração sobre os sentimentos humanos foi o que mais me cativou na leitura, pois além de ser profundo (ou seja, é uma prova de que são emoções reais e presentes no dia a dia), é muito presente no romance, o que o torna ainda mais queridinho pra mim, porque prova que o desgosto e o arrependimento pode estar até no mais correto e estudioso dos homens.
Outro fator da narrativa que eu AMEI é a visão do monstro. Assim que li Frankesntein, como comentei, tudo foi desmistificado, e enquanto eu lia a obra, não pude deixar de notar e assemelhar o monstro com a sociedade: os pensamentos, os atos, a posição que ele julga a si mesmo. Tudo espelha a contemporaneidade -- e estamos falando de um CLÁSSICO literário.
Apesar de ser muito antiga, a obra retrata uma crítica social muito forte, e esse é o ponto principal que quero chegar nesse segundo tópico. A análise claramente gira em torno das pessoas incompreendidas pela sociedade: sejam por questões físicas, ou intelectuais e até mesmo mentais -- mas é claro que qualquer exclusão se encaixa nesse contexto.
E, por isso, eu amo tanto esse livro -- que é profundo e triste e poético ao mesmo tempo.