Resenhas - Registros Estelares...

Andre 13/08/2022

Que venham mais histórias
Essa série definitivamente precisa de mais livros.

Porque não é uma série em si.

São crônicas, histórias relativamente soltas, a sutileza de se admirar o dia a dia de vidas em um universo onde seres inteligentes se conectam e convivem tão harmonicamente (porém não necessariamente pacifica) que esquecemos que outras ficções já fizeram isso.

Arrisco dizer que nessa série, embora ainda não seja totalmente possível, houve menos humanização do que o comum. Uma história em que humanos não são o centro das atenções ou os seres mais poderosos/peculiares/diferenciais do universo traz um alívio de realidade necessário em meio ao boom das ficções centradas na humanidade ou parte dela.

Por fim, espero que os futuros volumes, se vierem, não percam essa linha.

Tha 30/11/2020

Mais uma vez Becky Chambers entregando um livro sensível que deixa o coração quentinho. Esse livro foca mais na cultura dos humanos da Frota do Êxodo e tem o ponto de vista de pessoas com personalidades bem diferentes e diferentes gerações, o que faz com que cada situação seja vista a seu próprio modo. Gostei muito de saber mais sobre a cultura exodoniana. Esse livro entrou facilmente para a minha lista de favoritos, a escrita da Becky é incrível e ela fala com tanta simplicidade e ao mesmo tempo tanta verdade. Esse é um livro sobre tradições, mas também sobre mudança e crescimento. É acima de tudo um livro sobre descobrir seu lugar no mundo e como a história tem um papel importante nesse processo e no processo de construir o futuro.

Henrique.Zara 07/04/2023

Becky chambers erra a mão?
Infelizmente em minha opinião este foi o livro mais fraco da série, não quer dizer que seja um livro ruim, apenas não é tão bom quanto os dois primeiros

Didigo 05/03/2023

Becky Chambers sabe criar personagens cativantes.
Ela faz com que a gente se sinta íntimo dos personagens, e nos faz refletir sobre diversos assuntos.
Dos três livros o que eu mais gostei foi o segundo, mas esse assim como o primeiro me ganhou pelo apego aos personagens, suas incertezas e inseguranças que mesmo estando "longe da nossa realidade" e algo muito presente em nossas vidas.

Leiam todos os livros, vale muito.

Natalia Faria 20/10/2023

Nas estrelas, sonhamos.
Com diversos pontos de vista, 'Os registros estelares de uma notável odisseia espacial' toma como cenário um conjunto de naves residenciais povoadas por humanos. Construído por um dos grupos exilados da Terra com objetivo de buscar um novo planeta para morar (depois de destruírem sua terra natal), terminam sua jornada se estabelecendo no meio do espaço depois de gerações vivendo em seus compartimentos, sem nunca ter estado num planeta. Assim, a chamada Frota do Êxodo se difere dos humanos em outros lugares por não terem tanto contato com alienígenas e culturas da Comunidade Galáctica.

Por sua condição mais solitária em relação aos outros moradores da galáxia, os exodianos desenvolveram um sistema de cooperação, onde todos contribuem para manter tudo funcionando e em troca, a Frota proporciona todas as necessidades básicas de cada um. O senso de responsabilidade e de cooperação é tão enraizado nos habitantes que até a morte é vista como uma última contribuição para a Frota, o que significa que os restos mortais são transformados em adubo para as plantações. Fica claro que essa sociedade utópica só é possível após a destruição da Terra e o esforço da primeira geração da Frota em manter viva a memória do que não poderá ser repetido.

A cultura reflete no modo como os moradores lidaram com o acidente que matou os habitantes de uma das naves, assim como posteriormente no modo como compreenderão a visita de uma alienígena e também a falta de comprometimento de alguns habitantes que estão cometendo crimes. É nesse panorama que Becky Chambers traz as reflexões sobre vida e morte, os impactos que uma espécie pode trazer para outras, e sobretudo, a responsabilidade que temos para com os outros.

Através dessa história a autora se consolida como uma das minhas autoras favoritas, uma vez que mesmo não me emocionando tanto quanto nos primeiros livros, o que encontramos aqui é a verdade nua e crua dos rumos que a nossa civilização está se encaminhando ao passo que conforta ao mostrar possibilidades de resolver esse problema. E não é construindo naves residenciais, e sim no desenvolvimento do senso de responsabilidade dos humanos nas interferências que fizemos com o planeta e os outros seres que nele habitam. Cooperando para recuperar o estrago.

"A vida significava morte, sempre. Mas, da mesma maneira, a morte significava vida."

Como são muitos pontos de vista, alguns se destacaram mais que outros como o de Isabel: amava ver as interações dela com a alienígena Ghuh’loloan Mok Chutp e depois ver o que a última escreveu sobre em seus relatórios; assim como adorei conhecer a história de Isabel com sua esposa, Tamsin (quando esta aparecia sempre me rendia boas risadas); e também gostava de acompanhar mais sobre seu trabalho como arquivista. Outro ponto de vista que me chamava a atenção era o de Eyas: o respeito que ela tinha pela profissão de cuidadora, ao passo que gostaria de não ser definida pelo trabalho; bem como sua relação com Sunny (aliás, amo como a autora tornou tão natural a profissão dele) e o empenho de ambos no desenvolvimento do seu projeto ao final. No geral são em sua maioria personagens maravilhosos, bons de acompanhar!

Essa resenha acabou saindo maior do que esperava, mas, se você chegou até aqui recomendo demais a série Wayfarers como um todo. A autora, Becky Chambers, sabe como debater temas pesados de maneira tão empática, que parece um abraço e isso é uma constante nos livros.

Andrieli3 05/03/2021

Pertencimento.
?Desde o início nós vagamos, e vagamos até hoje. Mas apesar da longa jornada, não estamos perdidos. Voamos com bravura e determinação sem fim.?

Não é o melhor livro da série sci-fi de Becky Chambers. Mas ainda assim, vale a leitura.

Os registros aos quais o título nos sugere, acredito que sejam dois:
1 - dos arquivos que uma das personagens que acompanhamos tem a responsabilidade de cuidar.

2 - que a nossa alienígena peculiar vai escrevendo conforme passa seu tempo com a frota do Êxodo.

Este é um livro que trata de pertencimento e das dúvidas que temos quanto nossa jornada. Nos faz pensar nos possíveis arrependimentos que poderíamos ter caso não fôssemos em busca de sentido. Na importância de olhar para o passado e reconhecer os esforços de nossos antepassados que vieram em busca de melhores condições de vida. De olhar para o futuro e decidir qual caminho trilhar. Mas também, de olhar para o presente, para onde estamos e como podemos melhorar aqui e agora.

Eyas resolveu ensinar sua própria cultura para quem estava adentrando nela. Mostrando aceitação aos imigrantes alienígenas e, por vezes, humanos que vieram de outros locais do CG mas que queriam conhecer suas origem na frota do Êxodo.

Kip, adolescente confuso com suas decisões. Que passou por diversos estágios mas que acabou encontrando seu caminho onde menos esperava.

Tessa, a grande surpresa pra mim. Em nenhum momento (a não ser mas perto do fim do livre) eu havia percebido essa necessidade tão grande de mudança. Mas a perda do emprego, e o medo da filha de vagar no espaço, com certeza foram bons motivos.

Isabel, que passou seus ensinamentos a Kip. Aqui eu senti uma falta no desfecho dela. Talvez alguma surpresa, não sei, só acho que faltou algo.

Sawyer. Tão jovem. Sem pais, sem amigos. Estava em busca de um lugar pra chamar de lar. Em busca de um trabalho. Sua morte foi chocante. E eu não estava esperando por isso. Eyas entanto, decidiu não deixar isso acontecer novamente, e criou o Coletivo de Ensino da cultura Exodoniana.

Infelizmente, não consegui me identificar com nenhum personagem. Senti falta de me conectar com alguém. Talvez seja algo pessoal de minha parte. Talvez pela quantidade grande e distinta de personagens que nós acompanhamos durante o livro. Que, não me entenda mal, eles são muito bem construídos.

Becky escreve fluidamente. É gostoso de ler. Ela simplesmente NÃO ENROLA! Ela escreve o essencial e nunca deixa o leitor perder o interesse. Este é o livro mais humano da série, e além de tudo trata de assuntos cotidianos a nós. Emprego, identidade, aceitação, família, amizade. Enfim, vale a leitura.

?Do solo, nos erguemos. De nossas naves, nos vivemos. Nas estrelas, sonhamos.

Manu 21/01/2023

Amei
Um livro que, apesar de ser uma ficção científica, fala sobre pessoas, suas relações e sobre a humanidade. Achei muito sensível, tocou em pontos muito profundos que me deixaram muito reflexiva.

Anaju 06/02/2023

Único, espetacular, aconchegante
Essa série só melhora com o tempo, você lê o primeiro livro e pensa "ok, isso é bom"; termina o segundo e sabe que tem algo muito especial ali; e então chega no terceiro e descobre que a Becky se superou.

Os mundos, as personagens, as reflexões... Esses três livros (não tem como falar só de um, desculpa) são como fazer amizades, ter conversas fantásticas e descobrir uma infinidade de coisas.


Espero reler e carregar essas histórias ao longo da minha vida, a Becky faz parte da minha construção pessoal, ela é uma parte dos meus registros.


(E É SÁFICA!!!)

bardo 28/04/2021

E com o terceiro volume publicado confirmo que o hype em torno da escritora é mais do que merecido. Mais uma vez a autora muda o foco de sua narrativa, não temos propriamente uma história super elaborada, novamente o título corresponde exatamente ao que é descrito e ainda assim o peso e a profundidade do que é tratado impressionam.
Sem entrar em detalhes o tema principal aqui é o luto e a permanência; a autora impõe uma grandiosidade logo no início que vai permear o livro todo e sim, a liturgia proposta te envolve. Um pouco depois da metade a autora faz uma escolha narrativa; não tem como não se chocar, mas o que ela faz a partir daí é de tirar o fôlego. Quando vc pensa que a história não poderia crescer ainda mais ela o faz. Com o desenrolar dos acontecimentos temos pelo menos três cenas em que é muito difícil não se emocionar ou se pegar refletindo. Ansioso para que traduzam logo os demais livros da série.

Peter 01/06/2021

5 estrelas
A cada livro da Becky eu tenho que refazer a minha lista mental de livros favoritos.
Esse terceiro livro não foi diferente, me aventurei na Frota Êxodo, conhecia a singularidade de cada personagem, acompanhei seu crescimento e no final fiquei tão satisfeito.
Esse livro me deixou super feliz !

Duda Almeida 17/08/2021

Não tão bom se comparado com os dois primeiros, mas continua incrível.
Eu sou simplesmente apaixonada pelo jeito cativante que a autora desenvolve cada personagem e o universo ?????

Fabiula.Reif 28/06/2021

Bom livro ótima leitura
Dos três livros esse é o mais tranquilo, porém cheio de encantos, e faz nós pensar sobre dar valor á nossa casa ( o mundo, casa) sobre nosso lar ??

Bruna 08/08/2021

A Frota do Êxodo
Becky Chambers nunca decepciona. A cada história ela traz surpresas e questões que cutucam a gente em vários lugares diferentes e nos fazem pensar.
Aqui em Registros Estelares, somos apresentados à Frota do Êxodo, lugar que não conhecíamos muito antes e tínhamos mais ouvido falar por Ashby no livro 1. Como já era de se esperar, todos os personagens principais do livro são humanos, há apenas uma harmagiana (a Ghuh'loloan, uma fofona) como alienígena que tem bastante presença. Assim sendo, acompanhamos os pontos de vista de Tessa, Eyas, Sawyer, Kip e Isabel, todos residentes da Frota e com funções diferentes a desempenhar.
Bem, é um baita livrão. Começa um pouco mais pacato e vai indo devagar, mas numa cadência gostosa. Dos três livros da série Wayfarers, os personagens deste livro foram os que eu menos me conectei e me apeguei, apesar de ter sido gostoso acompanhar as suas histórias. O ponto mais alto foi a abordagem de grandes questões da humanidade, como o sentido da existência, a nossa relação uns com os outros, a busca pela identidade, nossa natureza social e muitas mais. Os personagens são confrontados com elas e se veem em situações em que precisam pensar e refletir sobre como se veem frente a elas e como muitas vezes coisas que parecem tão distantes da nossa realidade a impactam e a mudam bruscamente.
Ah, é difícil demais de tentar colocar tudo que senti ao ler Registros aqui, foi uma experiência marcante e que vai perdurar pela minha vida toda, com toda a certeza. Toda a série Wayfarers vai permanecer na minha memória e no meu coração e voltarei a ela no futuro, agora ficarei aguardando ansiosamente a chegada do quarto e último livro.

andre 01/08/2021

D20-os registros estrelares de uma notável odisseia espacial
Esse livro me pegou de surpresa, fui com a expectativa baixa após o segundo e como é bom ser surpreendido.
Ele é uma ficção científica que poderia facilmente se passar na terra, com os problemas podendo ser espelhados facilmente para nós terrenos.
O livro é dividido em capítulos pela perspectiva de 5 personagens com problemas e realidades distintas, mas com o andar do livro essas perspectivas se cruzam, os personagens são bem explorados até o seu íntimo.
*O livro embora se passe no mesmo universo literário dos outros ele pode ser lido sozinho sem problema algum*
E o fato de a história começar e ser finalizada com todos os personagens e o mais importante que eles crescem durante a jornada me faz ficar ansioso para o 4 e último livro que está por vir

Gabriel 20/05/2023

Becky é foda, não tem jeito
Me arranje um escritor ou escritora que consegue falar sobre o dia a dia melhor que becky chambers e falhe miseravelmente. É impressionante a habilidade dela de nos guiar por rotinas de pessoas comuns e ainda assim fazer com que a gente fique preso, avançando nas páginas sem parar.

Os primeiros 25% foram meio arrastados, isso na verdade para os 3 livros. Mas faz parte, afinal cada livro é uma introdução à muita gente diferente.

Uma pequena observação para a tradução é que deveria ser colocado no início do livro que trechos com pronome neutro seriam usados. Porque eu lendo sem saber achei que era algumas vezes erro ou o nome de algum alienígena. Na verdade acho que usar o pronome neutro com i no final foi o estranho mesmo, geralmente vemos com u ou e. Mas são em trechos muito específico onde isso ocorre e não prejudica a leitura, só da um bug momentâneo mesmo.