Mulheres Extraordinárias

Mulheres Extraordinárias Charlotte Gordon




Resenhas - Mulheres Extraordinárias: As criadoras e a criatura


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Queria Estar Lendo 22/01/2021

Resenha: Mulheres Extraordinárias
Mulheres Extraordinárias é um livrão fabuloso lançado pela Editora Darkside - que cedeu este exemplar para resenha. Através de capítulos intercalados, Charlotte Gordon relata toda a vida de Mary Wollstonecraft e Mary Shelley. Mãe e filha que nunca tiveram a chance de se conhecer profundamente, mas que carregaram a ligação de amor e devoção por toda vida.

Eu sou fissurada pela história da Mary Shelley. Um estudo biográfico dela quase foi meu tema de TCC, mas tive que mudar em cima da hora por causa de algumas regras da faculdade - partiu meu coração porque eu já estava pesquisando, tinha inclusive comprado a maior biografia já publicada a respeito dela, escrita por Miranda Seymour. Miou o esquema, vida que segue.

Eis que a Darkside anuncia a publicação de Mulheres Extraordinárias que acompanha não apenas a vida da Mary filha, mas da Mary mãe - Wollstonecraft é considerada uma das fundadoras do feminismo; redigiu Reinvindicação dos Direitos da Mulher e se tornou um ícone da luta, denunciando e lutando contra a exclusão das mulheres na sociedade do século dezoito.

Mulheres Extraordinárias traça um paralelo interessante entre as vidas da mãe e da filha. Wollstonecraft morreu alguns dias depois do nascimento da sua Mary, por complicações no parto, mas se tornou um eco em tudo que a filha fez e conquistou. Mary buscava a aprovação e o reflexo da mãe em sua vida, mesmo sem ter tido a chance de conhecê-la.

Eu fiz uma leitura rápida desse livro para trazer a resenha até aqui, e agora vou fazer outra leitura, muito mais lenta e gradual, para apreciar todo e cada detalhe que a autora trouxe sobre essas duas mulheres grandiosas.

Esse é um livro para estudar. Para ler e absorver o poder que as duas carregavam, a voz que elas entregaram ao mundo. Wollstonecraft foi revolucionária em relação aos direitos das mulheres e a expor ao mundo o quanto havia a se mudar; Shelley foi revolucionária para a História dando vida a um livro que é considerado o fundador da ficção científica, além de ter rompido paradigmas e de ter se mostrado uma mulher que daria orgulho à sua mãe.

O impacto desse livro está em cada capítulo. Desde os primórdios da história de Wollstonecraft, de sua origem conturbada, com uma família complicada, um pai regado a álcool e dívidas, e as mudanças constantes que nunca a relegaram a um lar fixo. Shelley, por outro lado, viveu com a inconstância da solidão, o fato de ser uma criança brilhante e uma menina brilhante com o privilégio de expor sua voz ao mundo, sendo filha de um filósofo interessado em ver suas ideias ganhando vida.

Eu poderia passar horas falando sobre a novela conturbada que foi a vida da mãe e da filha, e de como linhas intrincadas as ligavam mesmo depois da morte da primeira, mas eu incentivo você a procurar por Mulheres Extraordinárias. A ler. A conhecer mais sobre essas duas figuras atemporais.

Mary Wollstonecraft e Mary Shelley deixaram legados inestimáveis para a humanidade. Na luta pelos direitos femininos, na literatura, na História como um todo.

Não apenas é um livro perfeito e uma obra grandiosa pela quantidade de informações que entrega a quem está lendo, é também uma edição primorosa como todas que a Darkside entrega pra gente. Tem uma diagramação linda e, num geral, é o tipo de livro que você quer expor para o mundo.

Mulheres Extraordinárias - As Criadoras e a Criatura explora tudo sobre o passado dessas duas grandes mulheres. Seus feitos, suas relações com pessoas importantes, seu amor pelo mundo e por mudanças, o peso do luto e o que significou em suas conquistas. É um livro enorme, não pelas páginas, mas pelo tamanho da beleza que é conhecer essas duas figuras históricas.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2021/01/resenha-mulheres-extraordinarias.html
Daniella.Mancino 28/07/2021minha estante
Ele é incrível!


Andrezza.Santos 05/10/2021minha estante
Uma das minhas leituras atual. Estou amando. ??


Dani 17/08/2023minha estante
Cara, obrigada por essa resenha!!!




Ana 03/01/2022

Revolucionario, assim como as Marys
Nunca fui muito chegada a biografias, mas essa (e a do King!) eram obrigatórias pra mim, por se tratarem de autores que eu admiro bastante o trabalho. Mas não é que eu adorei esse gênero, gente?

Mary Wollstonecraft, mãe de Mary Shelley, morreu dias depois do parto, porque na época a medicina não sabia da importância de... lavar as mãos. Com isso, ela contraiu uma doença de sua época e faleceu. Mary Shelley nunca teve contato com sua mãe, não fisicamente. Filha de dois intelectuais como era, a expectativa em cima da jovem sempre foi gigante e seu pai a ajudou com isso. William Godwin lia para a filha no túmulo de sua mãe, lugar esse que se tornou sagrado para ela. Essa foi uma das partes mais tocantes da leitura pra mim. Embora não a tivesse em vida, Mary Shelley tinha seus ideais. Leu e releu os livros da mãe diversas vezes. Seguiu seu legado até o fim de sua vida.

A biografia é bastante completa, acompanhando cada período da vida de cada uma, com base em cartas e diários delas. Foram mulheres revolucionárias, cada uma em sua época, e como se pode imaginar, foram absurdamente criticadas por isso. Mary Wollstonecraft foi condenada como nunca antes quando associou a condição da mulher à sua classe. Mary Shelley foi rejeitada pelo próprio pai quando decidiu não viver com Percy Shelley de forma tradicional (o que explica boa parte da narrativa de Frankenstein). As duas foram contra o casamento, e só se casaram pois tiveram que ceder à instituição que não acreditavam justamente pelos motivos de suas críticas: mulheres tinham direitos negados no casamento, mas sem ele suas vidas eram infinitamente piores, principalmente se fossem mães. Ambas conheciam muito bem as dores de ser mãe solteira.

Não vou conseguir falar de tudo que eu senti lendo o livro, mas ele me tocou de diversas formas. Pensei sobre todos os direitos que conquistamos até agora e os que não nos são garantidos ainda. Sobre o comportamento masculino que, pasmem, não mudou tanto de 200 anos pra cá. Pensei sobre a obra dessas grandes mulheres, que quase foram esquecidas - se não fosse o movimento feminista trazendo luz para elas. Fiquei admirada pelas suas personalidades e seus posicionamentos, e em como tentaram destruir suas reputações por tanto tempo.

Não sei se a revolucionária Mary Wollstonecraft imaginou que, duzentos anos depois, teríamos jovens, como eu, lendo sobre seu legado e suas obras. Admirando um dos livros escritos por sua filha, que foi a pioneira no gênero da ficção científica. Jovens mulheres pobres, universitárias... Levando suas ideias a outras mulheres.

Mary Wollstonecraft vive.
Mary Shelley vive.
Thárin 03/01/2022minha estante
Adorei a resenha! Tambem não sou muito fã de biografias, mas me interessei por essa




T.N.T.Rock 25/09/2021

Uma dupla biografia, em um só coração.
Uma dupla biografia, em um só coração, quando decidi ler esse livro, sem dúvidas que Mary Shelley era a personalidade que me interessava de imediato por toda a lenda sobre a criação de Frankenstein que até hoje é um dos personagens literários mais marcantes da literatura mundial, conhecer Mary Wollstonecraft seria para mim um bônus, mas que agradável surpresa foi perceber que ambas possuem uma história de vida tão fantástica e infelizmente muita das vezes trágica.
Essa biografia foi dividida em capítulos alternados para contar a história de ambas as biografadas, muitos momentos a história delas até se confundem por terem traços bastante semelhantes, infelizmente quis o destino que mãe e filha nunca se "conhecessem", 10 dias após o parto Wollstonecraft faleceu, sua vida até o momento tinha sido de conquistas e muitas dificuldades, desde criança seus pais pouco lhe davam atenção, mas a violência de seu pai acabou por moldar uma mulher que buscaria seus direitos e denunciar o abuso sofrido pelas mulheres em seu tempo, mesmo com todas as dificuldades impostas quer seja pelo seu meio familiar ou social nada lhe tirou o interesse em conhecer e aceitar um destino pré-estabelecido, hoje ela é reconhecida como uma das principais vozes de resistência feminina, seu livro “Reivindicação dos direitos da mulher”, muito criticado na época é atualmente um marco para a luta das mulheres em todo o mundo, esse é apenas uma pequena ideia da mulher que vamos conhecer durante as páginas dessa biografia.
Sua filha Mary Godwin e após o envolvimento com o poeta Shelley assumiu seu sobrenome e é mundialmente conhecida por Mary Shelley sofre com as dificuldades impostas pela época tal qual sua mãe, mesmo vinda de uma família com um pai filosofo, a perda da mãe acabou por selar seu destino de forma negativa, a relação com sua madrasta não era das melhores, o ponto mais marcante de sua trajetória foi a fuga com seu amor Percy Shelley que mais tarde se descobriu casado, e horrorizou toda a sociedade da época, a relação dos dois mesmo envolvendo muito amor é marcada por terríveis tragédias que ficarão marcadas por toda a vida de Mary, obviamente um dos pontos mais interessantes da biografia é o momento em que o livro Frankenstein é iniciado, conhecemos alguns por menores da famosa noite em Genebra no castelo do poeta Lord Byron onde junto com outros amigos como por exemplo John Polidori foi proposto uma "competição" para se escrever a história mais aterrorizante que pudessem imaginar foi daí Mary começou a gestar seu mais famoso livro, obviamente esse é apenas um dos momentos marcantes de sua história, que como a mãe vai receber muitas críticas por suas obras.
Numa sociedade que até hoje vê as mulheres como seres inferiores, conhecer a vida dessas mulheres que viveram numa época que se trata a questão feminina com repulsa e desrespeito é algo inspiradores e fascinante, ambas foram mulheres fortes que mesmo com seus defeitos lutaram e deixaram sua marca e ajudaram a pavimentar leis que hoje tentam a cada dia melhorar a condição das mulheres em nossa sociedade, pra finalizar falando da edição da editora Darkside, é sem dúvida um dos livros mais bonitos e bem acabados dessa editora, com papel de ótima gramatura e capa dura, além disso o livro vem com diversas imagens que complementam a experiência de leitura.
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dai bugatti 21/03/2021

Biografia completa de mãe e filha
Simplesmente uma biografia essencial! A história de ambas merece ser reconhecida sem todas as distorções que ganharam ao longo do tempo. Charlotte Gordon esmiúça a vida das escritoras e mostra como sempre estiverem à frente de seu tempo.

Para quem é feminista ou fã de Frankenstein é um livro indispensável!
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Dani 25/08/2021

Mary & Mary
Eu li Frankenstein de Mary Shelley
Eu li Reivindicações dos direitos das mulheres de Mary Wollstonecraft
E foi fantástico conhecer as obras mais importantes e conhecidas de mãe e filha.
Porém essa biografia muito bem detalhada me encheu os olhos e o coração de amor e esperança , assim como de ódio por elas terem amado e sofrido na mão de tantos homens escrotos!
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Anderson 27/12/2020

Biografias Extraordinárias
Excelente biografia dupla das extraordinárias Mary Wollstonecraft e sua filha Mary Shelley. Duas intelectuais fascinantes que iniciaram uma luta pela emancipação das mulheres que resta inacabada até os nossos dias.
As duas rebeldes viveram em um uma época em que mulheres eram cidadãs de segunda classe, quase escravas, e em que um simples relacionamento sem casamento ou nascimento ilegítimo transformava as pessoas envolvidas em párias sociais. Suas vidas e seus ideais de liberdade e libertação das mulheres destas convenções sociais sufocantes são fontes de inspiração até hoje.
Sob o pano de fundo da Revolução Francesa e outros movimentos radicais espalhados pela Europa do final do século XVIII e início do século XIX, esta magistral biografia nos apresenta ainda uma constelação de personagens históricos de peso, entre eles:
William Godwin, Edmund Burke, Thomas Paine e os poetas Samuel Taylor Coleridge, Lord Byron, Percy Shelley e Keats.
No livro há relatos detalhados sobre o processo de criação das principais obras das duas auroras, em especial "Uma reinvindicação dos direitos da mulher" (Wollstonecraft) e "Frankenstein" (Mary Shelley).
Altamente indicado aos interessados na história do movimento feminista, em literatura inglesa e na história do século XIX em geral.
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Roberta Irds 26/05/2023

Biografias não estavam em prioridade na minha lista de leituras...
Comprei esse livro na pré-venda em 2020 simplesmente pelo fato de querer conhecer um pouco mais sobre Mary Shelley e de quebra conhecer Mary Wollstonecraft. Durante os últimos anos eu nunca conseguia encaixar a leitura deste livro na minha TBR, eu não me sentia no momento certo de revirar suas páginas. Sim, eu acredito que algumas leituras tenham um momento propício. Agora, 3 anos depois, eu finalmente peguei minha edição belissima da @darksidebooks , folheei suas páginas e conheci um dos meus livros favoritos da vida!

"Mulheres extraordinárias" é uma biografia dupla, intercalando capítulos da vida de Mary Wollstonecraft e Mary Shelley. Você pode ler apenas os capitulos de uma e depois ler os capitulos de outra. Ou ler intercalando mesmo (foi a recomendação da autora e eu a segui). O conteúdo do livro é completíssimo, com base em cartas e diários de todos os envolvidos. As duas Marys foram mulheres revolucionárias para suas épocas: ousadas e ambiciosas.

É dificil mensurar meus sentimentos ao ler este livro. O favoritei antes mesmos das 100 primeiras paginas lidas, posterguei a leitura pois eu não queria me despedir do conteúdo de suas páginas, e ao final, me senti de certa forma conectada com essas mulheres extraordinárias. Confesso que me revoltei ao ler sobre a falta dos direitos das mulheres e de como a sociedade nos tratavam (e até hoje ainda tratam) como seres inferiores e sem capacidade intelectual.

A imersão na leitura faz destacar ainda mais a rebeldia de Mary Wollstonecraft, a autora de Reivindicação dos Direitos da Mulher, uma das obras fundadoras do feminismo, que denunciou a exclusão das mulheres aos direitos básicos no século 18. Por outro lado temos a exclusão e trajetoría árdua de Mary Shelley, a criadora de Frankenstein, verdadeiro ícone do terror. Foram suas experiências de vida que deram inicio ao legado literário transformador.

E referente a edição? Simplesmente impecável. É um dos livros mais bonitos e riquíssimos que possuo. Com toda certeza vale o investimento para adquirir essa edição incrível da @darksidebooks!!
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Sol 13/07/2021

Incrível
A mágica da história e da literatura reunidas nessa obra para trazer detalhes da vida de pessoas marcantes que viveram há séculos. Embora a autora deixe claro que muitas passagens não sejam concretos porque alguns registros foram destruídos, ainda assim essa leitura foi incrível, não consigo definir de outra forma. Tanto a Mary "mãe" como a Mary "filha" são muito à frente de seus tempos, acho que até hoje em dia poderiam ser consideradas corajosas.
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Denise - @embarcandonaleitura 10/01/2021

Extraordinário
Um livro que te deixa a par do que essas duas mulheres sofreram, por serem muito além do seu tempo. Uma obra primorosa, que dá um pesar de saber que em vida elas não foram tão reconhecidas, mas deixaram um legado importante para a literatura e para nós, mulheres!
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Ana Elisa Dotta Maddalozzo 16/03/2021

Resenha Mulheres Extraordinárias
Muitos sabem que Mary Shelley foi a escritora do aclamado clássico Frankenstein, mas quem foi ela de verdade? Será que a grande autora era reconhecida em sua época? De onde surgiram suas inspirações?

Nessa biografia impecável de Charlotte Gordon podemos conhecer a vida de duas personalidades incríveis: Mary Shelley e sua mãe Mary Wollstonecraft. Ambas foram indivíduos a frente de sua época, onde o patriarcado tolhia membros do sexo feminino que falavam sobre política, pregavam a liberdade sexual e desejavam fixar espaço no mercado editorial. A trajetória de Wollstonecraft, grande defensora dos direitos civis das mulheres, impactou intensamente nos ideais da filha, mesmo que não houvessem convivido. Infelizmente, por meio de uma infecção, Mary morreu ao dar à luz.

Contudo, as ideias revolucionárias da mãe, que pregava a importância de todos os membros de uma sociedade, independente do gênero, terem acesso e domínio sobre seus próprios bens e serem capazes de regirem sua vida, participaram ativamente da formação de Mary. A autoridade absoluta que os homens detinham e o mal que poderia advir de tamanha influência estão caracterizados em Frankenstein, onde o médico abusa de seu poder desmedido e resolve brincar com a vida, causando o sofrimento da criatura (seu filho) e de sua noiva. A busca irrefreada por domínio e soberania, tal como o esquecimento de valores morais, leva à ruina do cientista e de todos aqueles a sua volta. Tais pensamentos iam de encontro com a sabedoria de ambas as Marys. Além disso, o preconceito que a criatura sofre na comunidade é uma metáfora para a situação em que que mãe e filha estiveram, quando transformaram-se em párias por suas mentalidades evoluídas e por suas escapadas românticas. Uma mulher que não seguisse a fórmula pronta “casar, ter filhos e cuidar do lar” era vista imediatamente como indigna.

Ademais, somos contemplados com o desejo das duas autoras em conciliarem a razão e a emoção em seus escritos, bem como a repercussão da revolução industrial, da revolução francesa e do romantismo nas obras literárias produzidas por elas. Figuras como Percy Shelley, Lord Byron e William Godwin também são pilares importantíssimos nas vidas dessas mulheres.

Recomendo esse livros a todos que desejam voltar ao passado e descobrir a origem do feminismo que conhecemos atualmente, assim como conhecer os caminhos percorridos por duas grandes celebridades da literatura e da filosofia que lutaram contra o convencionalismo.
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VerAnica 21/03/2021

Maravilhoso
Esse livro é uma joia, uma obra que vale a pena ser lida e apreciada por todos que gostam de biografias. Eu li na ordem proposta pela autora, em que cada capitulo fazia menção á vida de mãe e filha, alternadamente. E eu li um capitulo por dia apenas, pra absorver bem a história. Por isso levei um mês pra concluir a leitura, e passar esse mês na companhia de Mary Wollstonecraft, William Godwin, Mary Shelley, Percy Shelley, Claire Clairmont e Lord Byron, entre outros personagens interessantes, foi uma experiência muito marcante pra mim. Passei a admirar ainda mais a coragem e a bravura da Mary Wollstonecrafy, bem como a doçura e convicção da Mary Shelley, e o amor que ela e o Percy tinham um pelo outro, cada um a sua maneira. Essa edição é recheada de fotografias que nos ajudam a inserir ainda mais na história. Esse livro é extremamente bem feito, uma verdadeira obra de arte!
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LariReis 03/11/2021

Uma obra incrível!
?As duas foram o que Wollstonecraft chamou de ?rebeldes?. Elas não apenas escreveram livros para mudar o mundo, mas infringiram as regras que regiam a conduta feminina, e não apenas uma, mas repetidas vezes?.

Que mulheres incríveis foram Mary Wollstonecraft (mãe) e Mary Shelley (filha)! E que trabalho primoroso fez a autora Charlotte Gordon.

Cada uma em seu tempo, as duas Marys foram rejeitadas pela sociedade, mas a desafiaram para defender ideais de liberdade e direitos das mulheres.

Hoje, Mary Shelley é bem conhecida por Frankenstein, mas demorou muito para que isso ocorresse. Mãe e filha tiveram muito de sua história deturpado, apagado ou escondido.

O livro torna possível entender como isso ocorreu e, mais importante, conhecer as duas possivelmente a partir de uma ótica mais justa à sua realidade.

Vale a leitura!
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ThayAvalon 29/04/2023

QUE MULHERES FANTASTICAS
Tanto mãe Wollstonecraft quanto a filha Mary Shelley, fora lutadoras desde suas terras idades. Mãe lutou com unhas e dentes para sair de casa e viver sua vida sem as convenções de um lar opressor, onde os homens ( irmãos) sempre herdam tudo e as deixam na miséria, e a mulher não sabe se virar e quando arranja o próprio dinheiro é vista com mas olhos pela sociedade.
Mas ela lutou, mesmo q tenha feito inimigos, desamores, ela deixou obras que mudaram e revolucionaram o pensamento de sua época quanto ao tratamento das mulheres. Mesmo que isso tenha vindo com muitas perdas e angústias.
Mary S. A mesma coisa, fugindo das amarras do pai e se juntando a um homem radical de sua época, e não participando das convenções de casamento, lutaram juntos até o fim para viver sobre suas escolhas. Escolhas essas que custaram muito caro para ambos, Mary sofreu muito, de diversas dores , escreveu palavras do coração até o esgotamento, a depressão profunda a atingiu de uma maneira que somente as lembranças de seu amado poderia ajuda-la. Até não restar mais sopro de vida, e finalmente poder descansar com a esperança de reencontrar com sua musa , sua mãe.
É uma biografia linda, embora as vezes abordagem do perfil dos personagens não sejam tão legais em alguns pontos, é de deixar sem palavras, você sente a indignação junto com as memórias de Mary W. e Mary S. Pessoas abusivas, inimigas sempre tentando puxar o tapete e mesmo assim elas mostrando sua força e dando a volta por cima. INCIRIVEL
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Jéssika 17/09/2021

Fantástico.
É um livro perfeito e uma obra grandiosa pela quantidade de informações que entrega a quem está lendo, com uma edição linda da Darkside. Sempre que eu pausava a leitura, respirava e pensava: ?que trabalho de pesquisa f?¥a?.

O livro acompanha a vida da Mary filha e da Mary mãe - Wollstonecraft é considerada uma das fundadoras do feminismo; redigiu Reinvindicação dos Direitos da Mulher e se tornou um ícone da luta, denunciando e lutando contra a exclusão das mulheres na sociedade do século dezoito, traçando um paralelo entre as vidas da mãe e da filha. Wollstonecraft morreu alguns dias depois do nascimento da sua Mary, por complicações no parto, mas se tornou um eco em tudo que a filha fez e conquistou.

Wollstonecraft (de quem eu nunca tinha ouvido falar antes desse livro) foi revolucionária em relação aos direitos das mulheres e a expor ao mundo o quanto havia a se mudar; Shelley (que eu pensava ser apenas o autor - homem - de Frankstein - quanta ignorância) foi revolucionária para a História dando vida a um livro que é considerado o fundador da ficção científica, além de ter rompido paradigmas e de ter se mostrado uma mulher que daria orgulho à sua mãe.

Cada capítulo do livro nos dá um sacode. Desde o início da história de Wollstonecraft, de sua origem conturbada, com uma família complicada, um pai regado a álcool e dívidas, e as mudanças constantes que nunca a relegaram a um lar fixo. E da vida de Shelley, que por outro lado, viveu com a inconstância da solidão, o fato de ser uma criança brilhante e com oportunidade de expor sua voz ao mundo.

Mary Wollstonecraft e Mary Shelley deixaram legados inestimáveis para a humanidade. Na luta pelos direitos femininos, na literatura, na História como um todo.

É um livro enorme, não só pela quantidade de páginas, mas pelo tamanho da beleza que é conhecer essas duas figuras históricas.
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Nathani 11/08/2022

Inspirador
Mary Shelley é uma de minhas autoras favoritas. Sempre fui fascinada pelo fato de uma menina de dezoito anos ter escrito um livro como Frankenstein em tão pouco tempo e sua influência ressoar até hoje, duzentos anos depois. Como se não bastasse, Mary foi filha de dois grandes autores, sendo sua mãe Mary Wollstonecraft a precursora de vários ideais que mais tarde seriam parte do feminismo. E, mais uma vez, como se não bastasse, foi casada com um dos grandes poetas Percy Shelley e amiga de Lord Byron e Coleridge (esse desde criança).

“Mulheres extraordinárias” é uma biografia dupla, intercalando capítulos da vida de Mary Wollstonecraft e Mary Shelley que podem ser lidos assim mesmo ou primeiro todos sobre uma e depois todos sobre a outra. Foi dessa última forma que li e gostei muito por poder acompanhar de forma cronológica. Suas vidas têm muito em comum, talvez a primeira forma de leitura evidencie ainda mais essas similaridades. Se antes Mary Shelley era uma de minhas favoritas agora posso dizer que Wollstonecraft se tornou uma de minhas inspirações também.

As duas foram mulheres muito à frente de seu tempo, tendo a coragem de sustentar aquilo em que acreditavam mesmo sendo renegadas e criticadas severamente apenas por serem quem eram. A morte precoce de Wollstonecraft não permitiu que ela e sua filha tivessem muito tempo juntas mas o amor entre elas persistiu até os últimos dias da vida de Mary Shelley, quando ao saber que em breve morreria ainda manteve a esperança de logo se unir à sua amada mãe. Durante toda a vida, Mary filha revisitou além do túmulo da mãe, seus escritos que foram a base de quem ela viria a ser.

Mary Wollstonecraft foi escritora e filósofa, lutou durante toda sua breve vida para que as mulheres tivessem acesso à educação assim como os homens e para que pudessem decidir o que fazer de suas próprias vidas. Infelizmente, mesmo depois de muitos anos após a sua morte, os escândalos de sua vida (que nada mais era que uma mulher que vivia da mesma forma que os homens da época) foram mais comentados do que seus livros.

Mary Shelley teve a infelicidade e o sofrimento de perder um filho por várias vezes em sua vida, assim como sua mãe não pode ter uma longa vida ao lado de suas filhas. As entradas em seu diário em que relatava seu medo ao ver mais um filho doente ou por estar em uma gravidez difícil são de cortar o coração. Ainda mais por estar sempre tão sozinha. Percy por inúmeras vezes abandonava Mary ao menor sinal de tristeza para encontrar parceiras felizes e que queriam ouvir o que ele tinha a dizer (poemas e barcos e amigos e trilhas).

Os homens que passaram pelas vidas de ambas as Marys foram extremamente decepcionantes e cruéis. Godwin, Percy, Byron e diversos que não me lembro agora em nenhum momento pareciam amá-las pelo que verdadeiramente eram. Godwin que no papel era contra o casamento e a favor da emancipação dos direitos das mulheres, primeiro com a esposa e depois com a filha, se mostrou o oposto daquilo que seus livros exaltavam. Após a morte de sua esposa, tentou vender uma imagem de uma Mary Wollstonecraft que nunca existiu ao mesmo tempo que escrevia sobre intimidades que mancharam ainda mais a reputação da autora por anos. Depois, se recusou terminantemente a aceitar a relação entre Mary e Percy Shelley: não queria ver ou responder cartas de sua filha que sofria com o rompimento abrupto com o pai enquanto ele pedia ajuda financeira para o genro.

É doloroso ler por tudo que passaram, as traições e abandonos que ambas sofreram em suas breves vidas. O apagamento que mesmo as pessoas que as amavam por vezes fizeram de suas verdadeiras personalidades. Não que elas tenham sido perfeitas, como nenhum de nós somos, mas foi inspirador ler sobre tudo que viveram e como foram corajosas em todos os momentos. É fascinante ler sobre a luta de ambas pela educação e igualdade entre os gêneros e como o amor nunca as deixou: o amor uma pela outra, o amor pela família mesmo com todos infortúnios, o amor pela escrita, o amor pela luta pelos direitos das mulheres e o amor e a esperança pelo mundo mesmo nos momentos mais sombrios. É uma biografia completa e essencial para qualquer um que admire as autoras ou apenas queira saber mais sobre como era a vida de uma mulher no século XIX.

site: instagram.com/livrosparaviver
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