Morte de Tinta

Morte de Tinta Cornelia Maria Funke




Resenhas - Morte de Tinta


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Léia Viana 29/08/2011

Encantador!
"Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
E te pergunta, sem interesse pela resposta,
Pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?" - Procura da Poesia de Carlos Drummond de Andrade.

Cornelia Funke não poderia ter sido mais feliz ao selecionar este belo poema de Drummond na abertura de um dos capítulos deste livro. Foi exatamente assim que me senti neste terceiro e último livro da trilogia “Mundo de Tinta”, como se eu estivesse com a chave em punho, pronta para abrir o mundo das palavras de tinta.

Palavras, a autora expressa bem a importância e o valor delas, capazes de se transformarem em versos, rimas, histórias, canções... capazes de descrever os sentimentos, como alegrias, medos e tantos outros.

Como nos demais livros, em “Morte de Tinta”, não faltaram criatividade e inovação para o mundo de fantasias criado por esta autora que conquistou meu coração. Cornelia descreveu um mundo cheio de possibilidades, rico em detalhes primorosos, que se tornava uma delícia em se imaginar e sonhar com tudo que sua história apresentava: as roupas, plantas, os personagens, seus nomes e todas as criaturas possíveis e impossíveis são muitos e muito bem construídos que até agora me pergunto: como a autora conseguiu essa façanha, sem deixar a narrativa confusa ou atrapalhada?

Meggie e sua família continuam no mundo fictício de “Coração de Tinta”. Mo, assume quase que por completo a personalidade de Gaio, uma espécie de Robin Hood, e junto com o Príncipe Negro, seu urso e alguns menestréis começa a lutar contra os vilões, tornando realidade as canções criadas por Fenoglio, sobre o Gaio. O que deixou Resa e Meggie preocupadas na pessoa em que ele estava se transformando, pois, como bem narrado por Cornelia, Mo começa a misturar a sua vida real com a de Gaio e, nem mesmo o amor que ele sente por Meggie consegue fazê-lo parar de lutar.

Mas, um novo inimigo torna-se mais ardiloso com as palavras: Orfeu, que as utiliza para reescrever e manipular a história, o mundo criado por Fenoglio - Ombra,é preenchido por personagens distorcidos por Orfeu, fadas coloridas, entre outros, começam a aparecer deixando Fenoglio mais enfurecido com as mudanças ocorridas em sua obra. Mas isso não é suficiente para Orfeu, que resolve unir-se ao temível Cabeça de Víbora e ir atrás de Gaio/Mo.

No entanto, Mo não está só, a Feia – Violante, Dedo Empoeirado, sua esposa Resa, Farid e até as Damas Brancas estão do seu lado para enfrentar o maior de todos os vilões: Cabeça de Víbora. Não posso deixar de mencionar os demais personagens, que mesmo na distância, tentam ajudar Mo/Gaio a cuidar e proteger sua amada filha Meggie e as demais crianças de Ombra, como o Príncipe Negro.

É difícil selecionar o que eu mais gostei nessa trilogia,se, nos outros livros fiquei admirada com o amor entre pai e filha, tão ricamente descrito por Cornelia, neste, fiquei mais encantada pelas descobertas de sentimentos do coração de Meggie. Achei que a autora colocou tudo de uma maneira tão delicada e sensível que deixou a história ainda mais gostosa de ler.

É uma pena que essa trilogia chega ao seu final. Fiquei tão envolvida com todos esses personagens, com suas dores, medos e alegrias que sinto um “buraco” no meu coração, igualzinho a uma estante cheinha de livros quando de lá é retirado um livro e fica apenas um espaço vazio, denunciado a falta... difícil de ser preenchido.

Leitura recomendada!
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Bruno Leandro 13/07/2011

E se fosse possível desafiar a morte?
Este livro fecha a trilogia do Mundo de Tinta. Fecha também um ciclo, contando o fim da história de Mo, Resa e Meggie, além de Fenoglio, Dedo Empoeirado, Elinor e vários outros que conhecemos durante Coração e Sangue de Tinta. No entanto, uma nova história nos é apresentada durante este livro: é a história de Gaio, um justiceiro do povo que luta contra as vilanias do Cabeça de Víbora e tenta trazer paz ao reino. Curiosamente, este personagem foi baseado em Mo, que acaba por assumir esta persona dentro do próprio Mundo de Tinta, após quase morrer e renascer como um outro homem. Morte de tinta trata da luta de Gaio contra o Víbora e contra si mesmo: Mortimer e Gaio brigam pelo controle da mente do encadernador e não se sabe quem poderá ganhar. Neste livro temos também uma Resa mais ativa, propensa a lutar por aquilo em que acredita, um Fenoglio cada vez mais arrogante, que acha ser o deus do mundo que criou, uma Meggie que vive se metendo em confusões e uma chorosa (por incrível que pareça) Elinor. As histórias se mudam, se mesclam e nos fazem perceber que ninguém é exclusivamente deste ou daquele jeito, que as pessoas mudam e que cada um pode ser de mais de um jeito. Um covarde pode ser herói, um coração de pedra pode se derreter e a morte pode ser aprisionada nas páginas de um livro. Muitas são as emoções e conflitos nesta grande aventura que é a vida, esteja ela em um mundo de carne e osso, ou em um mundo de tinta.
Confesso que fiquei com saudades dos personagens quando fechei o livro, após terminar a última página da história. Bem, de quase todos. Fenoglio foi um personagem que me deu raiva durante toda a história. Sua arrogância passava dos limites e por sua culpa descobri que as coisas sempre podem piorar mais ainda. Que personagem desagradável, rs. Mas isso é bom, pois mostra que consegui me envolver na história de alguma forma, que Cornelia me fez viajar para dentro das páginas do livro, ainda que não literalmente. Juro que depois disso passei a ler em voz alta às escondidas, pensando que talvez pudesse trazer através da melodia de minha voz alguns personagens à vida...
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Nat 19/05/2011

O último livro da trilogia Mundo de Tinta.
Esse livro é o mais acelerado de todos. Quando li na sinopse que Mo, o personagem principal, confundiria si mesmo com o personagem Gaio (do qual ele assumiu a identidade), pensei que mostraria uma coisa totalmente diferente (negativamente diferente). Mas não foi o que aconteceu, ainda bem. A história continua, com Mo lutando mais ferozmente agora contra as injustiças do inimigo, Cabeça de Víbora. Uma parte da história sobre a qual eu estava morrendo de curiosidade para saber o desfecho dizia respeito ao livro que "prendia" a morte em suas páginas. E gostei do resultado, apesar de esperar que acontecesse exatamente aquilo, me surpreendi como aconteceu. E Dedo Empoeirado volta :):):), Fenoglio volta a escrever, Meggie se apaixona por outro,... Eu li o finalzinho, as últimas frases, quando já estava me desesperando para saber o final ainda no meio do livro. Mas mesmo assim, mesmo gostando de ler e já saber mais ou menos o que aconteceria, ainda assim foi uma surpresa porque espera que acontecesse outra coisa.
Adorei toda a trilogia. Adorei as citações em cada início de capítulo, adorei as descrições do processo de encadernação. Foi uma coleção excelente de ler, necessária a todos os amantes de fantasia, perfeita para aqueles leitores que buscam entrar na história que estão lendo.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com.br/2011/05/morte-de-tinta-cornelia-funke.html
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Elis 20/04/2011

O que fazer quando a história acaba?
O começo do livro e meio morno perto dos outros dois, mais vale a pena, a história é muito bem escrita, você acredita no que a autora te conta e se envolve com os personagens, é maravilhoso.
Eu já reli a série, e sempre que olho pros livros ainda sinto saudade dos personagens e tenho vontade de ler novamente.
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Evy 24/01/2011

DESAFIO LITERÁRIO 2011 - Tema: Infanto Juvenil / Mês: Janeiro (Livro 5)
Cornélia Funke me conquistou completamente com a sua lindíssima trilogia Mundo de Tinta. É sempre difícil começar a resenha dos livros dessa coleção. São tantas coisas para comentar que se torna difícil saber por onde começar. Fico sempre perdida entre falar sobre a narrativa envolvente, os detalhes caprichosos, a imaginação privilegiada na construção de ótimos personagens e cenários deslumbrantes ou por fim do desenrolar da própria história.

Começo então por contar um pouco sobre o que Morte de Tinta nos relata. Neste último livro da trilogia (será que vai ficar só na trilogia mesmo?), muitas aventuras nos envolvem durante a leitura dos capítulos caprichosamente separados por Cornélia. Mortimer, que até então era apenas um encadernador, assume a personalidade de Gaio, uma espécie de Robin Hood criado por Fenóglio nas canções que escrevia para o povo colorido. Mô, como é chamado sempre por sua filha, tem que lutar não apenas contra os vilões da história, como também contra o próprio personagem que interpreta, pois começa a se confundir com ele e se esquecer quem é no mundo real.

Fenóglio, o autor de Coração de Tinta, tem que combater Orfeu que em poder de seu livro, usa suas palavras e passagens para reescrever e manipular a história, criando personagens distorcidos e aliando-se aos vilões. Meggie descobre com Farid as alegrias e as decepções do primeiro amor, enquanto sua mãe Resa está grávida de um novo herdeiro e mesmo assim não pára de ajudar e proteger Mô, embora nem sempre da maneira correta. E por fim, Mô vai enfrentar o mais terrível de todos os vilões inventados por Fenóglio, o Cabeça de Víbora. Nesta batalha final de vida ou morte, ele conta com a ajuda preciosa de Resa, Farid, Violante e o querido Dedo Empoeirado, entre outros que mesmo estando distante, o ajudam de alguma forma, como o Príncipe Negro e Roxane que cuidam de Meggie e protegem as crianças do reino ameaçadas por Cabeça de Víbora e Pífaro a serem levadas às Minas.

História envolvente, com descrição magistral de personagens e principalmente de cenários. Não há como não desejar conhecer o Mundo de Tinta com suas fadas, gigantes, as imensas árvores com ninhos de humanos, o Castelo do Lago e Ombra. Os personagens criados pela autora são especiais e extremamente cativantes. Dedo Empoeirado é o mais fascinante de todos pra mim e o grande ladrão de cenas. Apesar de não ser o herói da nossa história, toda vez que ele participava de qualquer ação, roubava toda a atenção.

É uma pena que seja o último e que seja necessário se despedir da magia do Mundo de Tinta e de seus habitantes fantásticos, muito embora eles permaneçam vivos na lembrança. Vale ressaltar mais uma vez, também, como Cornélia evoca em seus livros a importância da leitura e das palavras. Como podem salvar ou condenar uma vida dependendo da ênfase com que são escritas ou lidas. O que me faz lembrar do capricho da autora ao escolher as citações que dão início aos capítulos e tanto me cativaram. Neste livro, inclusive, ela cita um trecho lindíssimo do igualmente belo poema Procura da Poesia de Carlos Drummond de Andrade:

"Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
E te pergunta, sem interesse pela resposta,
Pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
"

Leitura super recomendada!
Lu 20/01/2011minha estante
Eu quero ler! >_


Li 20/01/2011minha estante
Eu vi o filme e achei, sei lá, mais ou menos, então nem fiquei com vontade de ler os livros... Mas você fala com tanta animação que até me interessei! Rs
ótima resenha!

Bjoos


Gabi Pescarolo 17/02/2011minha estante
Primeiro fui eu fazendo vontade em vc com Coração de Tinta, e agora vem vc e faz vontade em mim com o retso da série, poxa...


Ginger 13/06/2011minha estante
Mas o filme é PÉSSIMO, um dos piores que já vi. O livro, esse sim é uma obra prima.


Bia 21/02/2013minha estante
Resenha maravilhosa para um livro completamente encantador! Concordo perfeitamente: Dedo Empoeirado é o mais cativante de todos, e ficará para sempre com os leitores dessa Trilogia perfeita!




naniedias 16/01/2011

Morte de Tinta, de Cornelia Funke
Coração... Sangue... Morte...
De três palavras dependia a vida de Mo e de Meggie. Eles passaram algum tempo vivendo escondidos em uma chácara, fugindo do Cabeça de Víbora. É claro que ele não iria cumprir o seu trato de deixar o Gaio em paz, ainda mais depois de descobrir que ele havia trapaceado - havia feito o livro de maneira que este mofasse com o tempo.
Mo acaba fazendo uma visita às Damas Brancas e, por falta de opção, ele tem uma nova missão: matar o Cabeça de Víbora, que ele mesmo havia tornado imortal ao construir o livro. Caso ele falhasse, não iria apenas perder a própria vida - Meggie também iria perder a sua vida.

O que eu achei do livro:
O final de uma trilogia emocionante com uma aventura maravilhosa!
O último livro é muito bom! Infelizmente não tão bom quanto o segundo e nem de perto tão bom quanto o terceiro, mas muito bom ainda assim! Eu fiquei realmente impressionada com a qualidade dessa série!
A autora, Cornelia Funke, escreve super bem e nos leva para um mundo de fantasia - onde tudo é possível! E, apesar do livro ser voltado para o público infanto-juvenil, ela não subestima os seus leitores, pelo contrário, escreva de maneira magnífica, não poupa tristezas e nem alegrias! O livro é muito bom e eu super-recomendo essa série para todo mundo!

Nota: 9
Dificuldade de Leitura: 8

Veja mais resenhas em: http://naniedias.blogspot.com
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Adriana.FGSM 02/12/2010

"Morte de Tinta" encera a trilogia "Mundo de Tinta" escrita por Cornelia Funke. Nesse livro Mo se vê cada vez mais como o Gaio e apesar dos pedidos de Reza e dos perigos que core não quer voltar para o seu mundo. Em um emaranhado de amor, mentiras, perigos, maldades e aventuras nossos heróis tentam a qualquer custo se livrarem dos vilões, mas essa se mostra uma tarefa cada vez mais perigosa e difícil de se realizar. Em minha opinião a história caio um pouco o padrão que alcançou com "Sangue de Tinta", teve um inicio monótono e cansativo que me fez atrasar bastante a leitura e o final não foi lá muito satisfatório, como se viesse uma continuação. Mas depois da pagina 200, mais ou menos, a história entra nos eixos e as coisas voltaram a andar direito, me agradou principalmente a cena em que o Cabeça de Víbora morreu com a ajuda do próprio neto, o que foi bem inesperado. Também gostei bastante do personagem Doria, acho que combina muito melhor com Maggie que Farid, apesar de também gostar dele. Apesar dos defeitos é um bom livro e recomendo que se termine a trilogia.
Isaías 18/07/2013minha estante
Quando houver spoiler selecione essa opção antes de publicar a resenha!!! Muitos como eu ainda não leram o livro...




27/11/2010

Como já disse, ainda bem que minha amiga me emprestou Morte de Tinta, porque eu não ia conseguir esperar muito pra ler. E devorei. Era difícil largar. Eu não via a hora de chegar em casa para ler. E, no final, fiquei enrolando porque não queria acabar...

Mais em:www.natrilhadoslivros.blogspot.com

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Andreia Santana 20/11/2010

Fim do mistério ou o começo de outra história?
Com Mundo de Tinta, Cornélia Funke fecha uma das trilogias mais interessantes dos últimos anos no universo da literatura infanto-juvenil especialmente feita para adultos. O conto de fadas moderno da escritora alemã, metáfora para a própria existência da literatura como portal que conduz ao reino da fantasia, ganha neste terceiro e derradeiro (ao menos até o momento) episódio, um desfecho que beira a perfeição.

A narrativa da autora neste final de saga ganha um ar de tragédia shakespeareana, misturada com elementos da literatura gótica, moderna e pop do britânico Neil Gaiman, só para dar uma ideia do ambiente que aguarda o leitor ansioso para percorrer as 576 páginas da obra.

Senti-me em O Mundo de Sofia, obra ícone da geração dos anos 90, escrita por Jostein Gaarder, só que numa versão bem mais assustadora e cruel, com forte inspiração no lado sombrio da história medieval europeia, com seus príncipes poderosos e malvados, em conflito com herois vigaristas e carismáticos.

A história cresceu e ganhou fôlego desde Coração de Tinta (o primeiro) e Sangue de Tinta, o segundo e magistral episódio, revelando além de um ritmo que vai crescendo até a vertigem, o amadurecimento dos personagens e dos leitores. Se em Coração de Tinta somos apresentados aos atores principais desta intrincada e envolvente trama, e no segundo livro a série define seus contornos de misto de conto de fadas, aventura, suspense e romance; neste terceiro livro, Meggie, a menina que perdeu a mãe sugada para dentro das páginas de um livro aos três anos, agora vive os conflitos da adolescência, com suas dúvidas e dores de amor.

A disputa - numa releitura do complexo de Electra - que se estabelece entre Meggie e Resa, a mãe reaparecida – pela primazia do amor de Mortimer Folchart, o pai, marido, encadernador e agora heroi vingador de Ombra, dotado ainda do poder da sua “língua encantada”, dá toda a densidade dramática de um grande conto em homenagem aos laços invisíveis que prendem aqueles que se amam com profundidade. Meggie não sabe lidar com essa mãe desconhecida e ao mesmo tempo tão familiarizada com o Mundo de Tinta, mas aprende a amar Resa a partir do momento em que se permite ver a mãe pelo olhar apaixonado de Mortimer.

Saltimbancos e fadas - Uma grata surpresa é a valorização do personagem Dedo Empoeirado, o coadjuvante outsider do primeiro episódio, que seduz as filhas da morte no segundo livro, e que neste terceiro, ganha status de protagonista, desenvolvendo atitudes heroicas e funcionando como uma espécie de alma-gêmea de Mortimer.

Além disso, a história do “dançarino de fogo” e de sua mulher Roxane – misto de feiticeira, fada, curandeira e saltimbanco – lembra Romeu e Julieta: terna, intensa e trágica na mesma medida.

Outro personagem da saga que cresce bastante em Morte de Tinta é Orfeu, que se revela a antítese do personagem mitológico do qual rouba o nome, pois ao invés de acalmar o guardião do inferno para salvar a amada Eurídice, este Orfeu criado por Cornélia Funke é dotado de uma lira amaldiçoada e traiçoeira.

Para quem andava também com saudades das loucuras da bibliófila Elinor Loredan, dos resmungos e “egocentrices” de Fenoglio (o alter-ego da autora) e criador do Mundo de Tinta, ou mesmo ansioso para descobrir como Mortimer vai resolver o imbróglio de ter encadernado a morte entre as páginas de um livro em branco para garantir a imortalidade de um príncipe sanguinário, todas as respostas estão neste capítulo final da saga, sem decepção até para os fãs mais xiitas.

Morte de Tinta, porém, tem alguns problemas de ritmo logo no começo. Diferentemente de Coração de Tinta e Sangue de Tinta, que seguem num só fôlego, este terceiro livro, por ser mais denso e filosófico e por ter a tarefa de amarrar todas as pontas soltas da trama, esclarecendo os mistérios, demora um pouco para embalar.

Os capítulos iniciais, embora muito bons (a obra no geral beira a perfeição, como dito acima), carecem do mesmo vigor dos dois primeiros livros. Mas, ao contrário do que ocorre com muitas trilogias, a fórmula não deu sinal de desgastes e depois que o leitor vence essa etapa inicial e mais árida do caminho da leitura, a história começa a falar por si e vai numa crescente narrativa até o clímax e o final poético, de um lirismo encantado e apaixonante.
Evy 19/01/2011minha estante
Belíssima resenha! Faz juz à qualidade da trilogia. Estou no fimzinho do terceiro livro e fiquei apaixonada pela narrativa de Cornélia e seus personagens super bem construídos!
Parabéns pela resenha!
Abraços,
Ly


Andreia Santana 26/02/2011minha estante
Obrigada, Ly :)


Bia 21/02/2013minha estante
Uau! Que resenha incrível! A Trilogia Mundo de Tinta é simplesmente encantadora e tornou-se minha preferida em pouco tempo!




Pedro Borges 19/11/2010

O fim (da trilogia)
Lá se vai a Trilogia Mundo de Tinta.Terminei de ler ontem a noite e até agora paro para pensar, de vez em quando, sobre o livro.Realmente muito bonito o final.A autora conseguiu criar uma história emocionante(em todos os sentidos), repletas de surpresas(a cada capítulo,ou quase, a história toma um rumo totalmente diferente do esperado, o que na minha opinião deixa o livro emocionante porque livro previsível não tem graça), ação, etc.O livro fecha com chave de ouro o série.Só achei que o desfecho do livro foi rápido.No capítulo 77 os acontecimentos estam a mil, você não consegue parar de ler, e no capítulo 80 tudo já está acabado. Mas como "o valor das coisas está na intensidade com que acontecem", o final não deixou de ser emocionente.

No último capítulo a autora nos passa a idéia de"os livros acabam por aqui, mas a história continua...".Melhor do que "e foram felizes para sempre..."
Recomendadíssimo!
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Yasmin 06/11/2010

Livro muito bem escrito, Cornelia é mestra, mas achei bem desapontante o desenrolar dos acontecimentos.
Não gostei, não está a altura dos dois primeiros.
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Ruth106 31/10/2010

Fim
O 3º livro da série. Tão longo quanto o 2º e, as vezes, um tanto cansativo. Mas lindo, cheio de ação, amor, esperança, maldade e histórias tristes. A autora tem uma escrita um tanto penosa, contudo linda. Amei ler esse livro, fiquei triste e atemorizada com Mo e sua intimação dada pela Grande Mutação; com raiva de Resa e sua decisão abobalhada no inicio, bem como voei com a andorinha perante o Nariz de Prata; torce inescrupulosamente para que chegasse o fim de Orfeu (ainda sim achu q um pouco de sangue dele derramado seria melhor!); fiquei assustada quando a Envenenadora de Capricórnio voltou e aos pulos quando teve seu fim; um tanto irritada com Farid e como ele trata Meggie; Dançarino do Fogo... sem palavras, nesse livro ele foi perfeito. Príncipe Negro, quase chorei, que susto por duas vezes! Jacopo, quem diria! Já tinha sacado desde a primeira aparição o papel de Doria (xD fofo)Bem queria um fim mais definido para a história. Mas não é isso q os livros deixam quando terminam? a saudade e a vontade de nos tornar parte deles? De conhecer o futuro dos personagens que tanto mexeram conosco? Sim, a resposta é sempre sim.
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Antonio Caetano 22/10/2010

Existiram poucos livros em que eu senti grande paixão ao lê-los... E a trilogia Mundo de Tinta é, com certeza, um desses livros.
Cornelia Funke usa seus livros para nos fazer apaixonar por cada livro que lemos... Passamos a vê-los como algo realmente vivos, onde a magia não tem limites...

Li todos os livros dessa série com muito gosto, tentando imaginar cada paisagem descrita, tentando sentir cada cheiro, cada textura... E cada emoção.

E elas são muitas. Desde o deslumbramento com o poder de luta de Gaio, até o ódio mortal de Orfeu (um dos grandes vilões de histórias que já li)

Achei o tamanho do livro satisfatório, um fim de série não de constrói tão facilmente em poucas páginas... E em quanto ao jovem casal romantico, fiquei feliz com o destino deles...


SPOILER SPOILER SPOILER SPOILER SPOILER SPOILER!!!!!!


Afinal, o amor do jovem Farid para com Dedo Empoeirado era muito maior do que o amor que ele sentia por Meggie. Ela está melhor com quem terminou...

E a sensação inquietante do Filho de Lingua Encantada paea com o nosso mundo é muito compreensível... Ele teve a quem puxar.

Corneçlia Funke conseguiu mostrar o que queria, seu amor por seus personagens, e o respeito por eles... Pois são vivos, e chega o momento em que não importa o que o autor escreveu ou não. A verdade é que a história se desenvolve por conta própria...


Valeu cada palavra!
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Biah @garotapaidegua 13/10/2010

Morte de Tinta - Cornelia Funke
Muitas vezes ao lermos um livro temos a impressão de que tudo aquilo é real, como se acontecesse bem à nossa frente; somos capazes de descrever os cenários com mais detalhes do que o nosso próprio quarto, i maginamos conhecer os personagens como nosso melhor amigo. Quantas vezes nos apaixonamos tanto por um livro que temos vontade de entrar nele, fazer parte de sua trama? Pois é exatamente isso que se passa no Mundo de Tinta, universo onde ficção e realidade se confundem. Lá, "língua encantada" é alguém que, ao ler uma história em voz alta, tem o poder de trazer o mundo dos livros para a realidade, assim como viajar ele mesmo, e levar quem estiver por perto, para o mundo fantástico da palavra escrita. Isso é certamante um prazer - afinal, quem não gostaria de conversar cara a cara com seu herói preferido? Porém, a ficção tem seu lado negro, e o vilão também pode aparecer para falar conosco.
Foi o que aconteceu com Mo, o encadernador de livros, e Meggie, sua filha, na trilogia iniciada com Coração de Tinta, seguida de Sangue de Tinta, e que agora chega ao seu desfecho. desta vez, com a ajuda de Dedo Empoeirado, Farid, Resa e Violante, Mo enfrente o mais terrível de todos os vilões, O Cabeça de Víbora, numa batalha de vida ou morte. Mas, antes dela, outras aventuras se apresentam ao leitor. Fenoglio, o autor de Coração de Tinta, tem que combater Orfeu, plagiador que se utiliza de passagens de seu livro para reescrever e manipular a história. E Mortimer - que no Mundo de Tinta assume a personalidade do Gaio, espécie de Robin Hood - tem que lutar contra o proprio personagem que interpreta, já que começa a se confundir com ele e a se esquecer de quem é. E considerando que Mo é apenas um personagem, nos resta fazer a pergunta do próprio Fenoglio: não seremos, também, personagens de um livro que está sendo escrito por alguém? "
Carola Saavedra


Resolvi começar esta resenha com o texto que se encontra nas orelhas do livro, e que me chamou atenção principalmente pela pergunta final, pergunta esta que, creio eu, todos nós já nos fizemos um dia, mesmo não tendo utilizado as mesmas palavras acima.
Ao final do livro percebemos que não há mais ninguém escrevendo a história, nem que ela se controla sozinha, mas que todos os personagens, através de suas ações e desejos, são os responsáveis pelo futuro da mesma. E como não poderia deixar de acontecer, tudo acaba bem, apesar de não ser da maneira que muitos imaginavam,como eu, mas isso eu vou deixar pra vocês avaliarem depois de ler o livro.
Pra falar a verdade eu havia lido o final antes de ler o livro, pois fui a livraria e fiquei super curiosa pra saber como tudo terminava, e ODIEI o final quando eu li. Eu pensei, assim mesmo :" Poxa cara, porque tu tinha que mudar logo isso? Era um casal tão bonito." Aí no decorrer da história eu passei a aceitar mais porque eu li algumas atitudes que não me agradaram, mas aí vieram atitudes de certa forma redentoras eu me revoltei de novo com o final.Mas enfim...
Outra coisa que achei ruim, além do final, foi o fato do livro ser muito grande. Na minha opinião ele poderia ter sido escrito de maneira mais sucinta e mesmo assim não ia deixar de mostrar o sofrimento que os personagens passaram até o final, nem a batalha interna de Mo contra o personagem que precisava interpretar, nem a crueldade de Cabeça de Víbora e Orfeu. Me cansei de ler em vários momentos e quase abandonei o livro, mas fui persistente e consegui terminar. =)

E pra terminar vou confessar que o capítulo que mais gostei foi o último, pois ele é contado com verbos no futuro, e tem todo aquele ar, não diria de 'felizes para sempre', mas de que a história tem um futuro, independente do livro ter acabado, e isso me deu uma sensação muito, muito boa mesmo.

' (...) e ele vai achar que em todas as praças há menestréis que cospem fogo, que todas as florestas são cheias de fadas e que em toda mesa dorme um homem de vidro. E vão lhe contar que há um mundo onde as coisas não são assim, um mundo onde não há fadas nem homens de vidro, mas sim carruagens que andam sem cavalos e desenhos que se movimentam.(...) E ele vai pensar que um dia terá que ir sozinho, se quiser ver este mundo (...) porque deve ser muito emocionante o outro mundo, tão mais emocionante do que o seu... '

Leia essa e outras resenhas no blog http://garotapaidegua.blogspot.com/
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