Minha vida de rata

Minha vida de rata Joyce Carol Oates




Resenhas - Minha vida de rata


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Jean 25/04/2024

Uma história densa, triste e necessária
Eu realmente me surpreendi com esse livro, a leitura fluiu e eu li ele muito rápido. Acredito que ele tenha que ser lido no momento certo, quando você estiver no mesmo humor que ele transmite, pois ele trás uma reflexão sobre como as escolhas podem impactar toda a nossa vida, e não somente escolhas minhas, mas de terceiros.

Não é um livro feliz, muito menos leve. Eu estou em um momento mais denso na minha vida pessoal, então acho que isso contribuiu para que eu me identificasse mais com a história, pode ser que outros leitores não tenham a mesma impressão que eu tive, mas para mim o livro foi incrível, me envolvi muito com a narrativa.

A autora tem uma escrita bem fluida e a tradução ficou primorosa nessa edição da TAG Curadoria em parceria com a Harper Collins, apesar de ser um livro um pouco um pouco mais de páginas que o normal do clube de leitura, não há barrigas, enrolações ou momentos de tédio, tudo vai sendo construído de maneira necessária para que possamos entender os rumos que a vida de Violet tomou.

Então a escrita é muito boa, a narrativa é fluida, a história é muito interessante, a quantidade de páginas é adequada e eu gostei muito do final.

Dessa forma, eu não teria, diante das minhas percepções pessoais, como dar menos de 5 estrelas. E acredito que se você deu menos que isso, provavelmente é porque leu ele em no momento errado da vida, ele é um livro maduro e vai ser odiado pelos leitores que preferem ficar no café com leite.
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Maria Paula de Sá 20/04/2024

Esse livro mudou a química do meu cérebro.
Tive uma experiência agonizante em ler essa história e com certeza ela está no meu top 5 da vida entre os livros mais tristes que já li.

Acompanhei uma Violet Rue que apesar de ter crescido sob traumas, conseguiu manter sua humanidade, mesmo que isso a obrigasse a desenvolver traços felinos (e nisso eu me atenho à desconfiança, ao jeito observador e também arisco de ser), além da necessidade de ser uma pessoa manipuladora. Pois do contrário, nossa Vi'let não teria sobrevivido, e o amadurecimento dela passando pelos desertos que passou, é muito significativo até o fim do livro: seu instinto de sobrevivência, suas questões pessoais, suas reservas e o impulso de querer viver (e consertar as coisas) fez com que ela não definhasse.

Suas vivências foram tão perturbadoras que por diversas vezes tive que pausar a leitura, porque meu desespero era tanto que até ar me faltava. Quando eu achava que a protagonista ia ter um suspiro de paz, a autora vinha e me dava uma rasteira. Até no ônibus eu chorei, de tão desgraçada que é essa história.

É sempre muito difícil escrever, pelo menos para mim, sobre coisas que me tocaram de um jeito mais profundo, sinto que nunca vou conseguir me fazer ser entendida ao expressar o que/quanto senti. Lendo esse livro tive a mesma sensação, é impossível descrever fielmente as emoções que a autora me causou, mas posso dizer que com certeza mudou a química do meu cérebro.
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Stella F.. 04/04/2024

Contar ou não contar?
Minha vida de rata
Joyce Carol Oates - 2020 / 384 páginas

Somos logo de início apresentados à Violet, a filha mais nova de uma grande família, com irmãos e irmãs. Seus pais são Lula e Jerome. Violet nascida em 1980 tem a ilusão de ser a filha preferida do pai, mas se dá conta que todas foram preferidas antes dela. Conforme a narração avança, percebemos que há uma clara distinção de tratamento entre meninos e meninas, principalmente por parte do pai. Esse pai foi para o Vietnã e sempre está com amigos, e volta bêbado para casa. Os irmãos são uma proteção para as meninas da família no colégio, mas eles aprontam muito. Percebe-se grandes segredos entre os pais. A família é de irlandeses católicos e seus membros são brancos. Moram em Niágara do Sul onde um rio importante foi sendo poluído por detritos. Jerome já não olha a esposa como antes. A cada parto olha menos para ela, e acha que é tudo culpa dela. Em um salto temporal, Violet tem 13 anos e vai morar na casa de uma tia, e tomamos ciência de um julgamento de dois dos seus irmãos. A narração é feita por Violet, mas em algumas passagens percebemos que está nos transmitindo falas ou pensamentos de outros personagens. Nesse primeiro momento conhecemos esses poucos detalhes, que ao longo da narrativa vão sendo esclarecidos, de maneira paulatina, com idas e vindas temporais.

Violet tinha 12 anos quando os irmãos que ela idealizava se envolveram em um acidente com um aluno negro da mesma escola deles, que era um ótimo desportista. Eles o atropelam de propósito, após muita bebedeira, e não satisfeitos usaram um bastão de beisebol para feri-lo. Não acreditavam que um tipo de brincadeira dessas teria tantas consequências, afinal eles eram brancos e o menino negro. Culparam os policiais por investigar o caso, os levarem para a delegacia, tentaram alegar que a culpa era do carro que o pai deu para eles, do taco de beisebol que estava na mala do carro, alegaram que o menino usava drogas, que foi só um acidente, que eles não queriam machucá-lo. Violet acaba descobrindo que algo está errado, porque tinha o hábito de escutar os irmãos, sem eles saberem, quando eles voltavam da rua. Ouviu uma conversa baixinha entre eles no dia do acontecido, mas não entendeu muito. Além de ela ter visto eles escondendo a arma do crime. Ela tem medo de ter que dar uma declaração, porque na família dela o lema é estar unido, em qualquer situação. Ela repassa a todo momento em sua cabeça o acontecido, mas muitos fatos foram “esquecidos”. "Eles só sabiam que eu sabia que estiveram envolvidos numa briga naquela noite. Não tinham motivo para suspeitar que eu sabia do taco." (posição 1054)

Os irmãos são julgados e pegam penas por homicídio doloso. Violet é agredida de propósito por Lionel, seu irmão, e bate com a cabeça na escada que estava cheia de gelo. É atendida no hospital, mas quando estava dopada, febril e ao delirar acaba contando toda a história a quem estava por perto. Os policiais são chamados e ela conta do ataque do irmão à ela. Como tem apenas 12 anos é colocada sob custódia e a proíbem de voltar para a casa. Sugerem a casa de um parente, onde ela permaneça em segurança. Vai para casa de uma tia, irmã da mãe, e lá a tia Irma e o marido não têm filhos. Ela é bem cuidada, mas não gosta de lá. Sente saudades, mas ninguém de sua família entra em contato. Apenas uma das irmãs entra em contato com ela de vez em quando. Violet é considerada "rata", delatora, traidora. Na escola sofre com as aversões que sentem por ela, por ser rata. E ela está cada vez mais pensando e se arrependendo do que fez. Sente muito medo dos irmãos apesar de estarem presos.

Violet mudou de cidade e escola. Ela está mais velha e tem um professor, Sandman, que sabe tudo sobre a vida dela, e ironicamente, dissimuladamente parece que a protege. Ela fica desconfiada, mas acaba aceitando. É o único que parece se importar. Mas os problemas estão só começando. Ele a assedia discretamente. Ela cai então na armadilha (e fica a posteriori se perguntando por que foi parar lá, não reagiu, não teve palavras para dizer que queria voltar para casa). Ele sempre oferecia bebidas quentes a Violet, ela ficava atordoada e mesmo assim retornava sempre. "Eles me perguntariam - Por que você beberia qualquer coisa que aquele homem lhe desse? Por quê, depois do que aconteceu da primeira vez?" (posição 2467) Ela dizia que cada dia era sempre o mesmo dia, porque não se lembrava de nada. "Não houvera primeira vez. Todas as vezes eram a mesma. Não havia uma vez mais recente, e não havia um tempo presente." (posição 2467) O professor começa a mostrar seus preconceitos sobre os negros, e pelos títulos de sua biblioteca fica claro que é a favor da eugenia. Violet fica sem ação em sua presença. "Com o medo do homem, havia uma dormência de intelecto: eu tinha parado de pensar de maneira racional." (posição 2546)

O tio de Violet, Oscar, começa a se mostrar esquisito, a assediá-la. A esposa Irma ainda não desconfia. Um dia Violet chega em casa e escuta sua tia ao telefone, e acaba sabendo que seu avô morreu, um avô que não gostava, mas que viveu um tempo na casa da família em um quartinho. O pai de Violet detestava o pai, mas achava certo acolhê-lo. Ela então pensa em encontrar a família no enterro. Ninguém dá força para que ela vá à igreja, mas ela pega um ônibus e segue rumo ao enterro. Chega atrasada e fica no fundo da igreja. A irmã a vê e fala que ela deve ir embora. O plano não deu certo. Não esteve com os pais. Na volta a tia descobre que o marido está assediando a sobrinha, porque o marido pacato mudou de comportamento, está sempre bêbado, não fica em casa, volta de madrugada. A tia pergunta à sobrinha, mas na realidade não aconteceu nada, só algumas cenas horrorosas. A tia resolve se separar do marido e Violet sai de casa, sem se despedir dos amigos.

Descobrimos que Violet guarda todo ano um dinheiro que envia anonimamente para a família de Hadrian, o menino negro assassinado pelos irmãos. Não sabe se tem algum sentido, mas vê a necessidade de se desculpar de alguma maneira.

Violet se inscreve em uma empresa de limpeza para fazer faxinas. A sua primeira faxina é na casa de um homem, Orlando Metti, metódico, cheio de manias, que nem enxerga as faxineiras. Na outra vez que pede faxineira quer que seja somente Violet. Ela fica meio ressabiada e acabada porque trabalha demais. Ele começa a pedir mais coisas a ela depois do expediente como levar o cachorro da filha para passear, fazer compras na farmácia, entre outras coisas. Ela vai fazendo para receber mais dinheiro e fica sem jeito de lembrá-lo que tem que estudar à noite. Até o dia que ela dorme sem querer na cama dele após a faxina, e quando ele retorna à casa, ficam juntos. Começam a se relacionar. Ele dá a ela presentes, joias, vestidos, carro, mas de vez em quando ainda pede coisas de faxineira a ela. Ela cuida do cachorro com todo carinho, porque senão ele mandaria matá-lo. Ele tenta de todo jeito controlar a agora amante, e antiga faxineira. Um dia a vê conversando com um negro, ele se torna violento, e ela foge dele. Em represália ele a calunia no emprego, e exige que ela devolva todos os presentes. Apesar de pedir desculpas a ela, não reatam. Ele deixa o cachorro na frente da casa dela, para ela cuidar, apesar dela não ter condições financeiras. Ela mais uma vez deixa uma cidade, com medo de Orlando Metti.

Nesse meio tempo Violet sempre fica apreensiva de o irmão Lionel ser solto em liberdade condicional. Se passaram muitos anos, e não ter sido liberado antes, apesar do bom comportamento e do estudo dentro da prisão. Agora ela sendo uma adulta, não terá mais o apoio de antes, institucional. Jerr, seu outro irmão, acabou morrendo na prisão após brigar lá dentro e aumentar o tempo de pena.

Violet passa a viver em Mahowk depois de fugir do namorado. Encontra um antigo amigo de escola Tyrrell que agora é professor. Sua irmã Katie liga para dizer que a mãe quer vê-la e falar da morte do pai que morreu de repente. Ela encontra a mãe com câncer, fazendo quimioterapia, que não a reconhece, apesar de ao final da visita falar que Violet Rue demorou muito para voltar. Há um encontro com Lionel que foi solto por completar a pena, e parece estar tranquilo em relação a ela. Saem para ver a casa antiga da família, e lá acontece uma confissão. Lionel confessa que ele assassinou o jovem negro. Ela começa a se apavorar e o pior acontece, Lionel a ataca e ela foge pelo pior barranco. Ela consegue fugir para o que ela agora considera sua casa. Sabe que nunca voltará a conviver com sua família, algo que esperou por toda a vida.

Romance forte que fala de assassinato, família, família disfuncional, racismo, assédio sexual, estupro, falta de autoestima, violência. Um dilema surgido quando Violet tinha apenas 12 anos e descobriu sem querer os detalhes do assassinato do menino negro. Esconder ou contar? Um dia que estava doente, acabou com febre contando entre meias palavras, e sem querer (ou querendo, por sentir empatia pelo menino negro), é considerada rata, traidora, e depois disso passou por tudo que vemos acontecer no livro, com ela e sua família. Uma vida cheia de percalços e de autopunição. Livro intenso, muito bom, mas que poderia ser mais enxuto. Um livro que te prende do início ao fim. Excelente escrita!


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valmir 27/02/2024

Rata...
" Violet, como você pôde? Acabou com as nossas vidas.
Seu pai nem consegue falar sobre isso. Não consegue falar sobre você.
Enquanto conseguir ficar aqui, melhor . Não tem lugar para você em casa.
E não ouse chorar! Isso é tudo culpa sua."

O capítulo: Mr. Sandman , bring me a dream, seja talvez o mais angustiante, onde Violet está mais vulnerável, e você torce como nunca pra que ela se salve.
No entanto, Violet está quase sempre vulnerável, sozinha. Os adultos , a família, que deveriam protegê-la, são os que a expulsam e a deixam a mercê por erros que eles cometeram.
Um livro vivo, angustiante, do início ao fim.
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Raquel 01/02/2024

Que livro pesado!
Se você ler as resenhas sobre esse livro, todas falam sobre como ele é pesado, e não tem definição melhor, esse livro é uma sequência de desgraças, cenas gráficas e agonizantes, pesado do início ao fim.

A personagem passa por tantas coisas ruins e com as descrições você se sente agoniado.

Realmente me tirou da zona de conforto, mesmo com tantas temáticas pesadas a escrita é muito boa e bem fluída, mas acho que não é um livro para ler em um dia, as vezes ao terminar um capítulo você tem que parar pra respirar, se distanciar da história.

Minha única crítica é que eu não queria um final aberto, acho que depois de tantas coisas esse livro merecia e precisava de um desfecho completo, mas o decorrer do livro é muito bem desenvolvido.
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lara a 19/01/2024

4 estrelas não pela obra, mas pela edição.
Nao sei se sou chata (porque procurei sobre nas resenhas dessa edição e nao encontrei ninguém falando sobre) mas tem MUITOS erros e sinceramente isso me incomoda, eu assinei a tag durante uns 14 meses, mas eu n lia os livros enviados (cheguei a ler uns 2 só) e os que li nao me recordo dos erros, mas essa edição ficou péssima, eu ate tentei relevar, mas logo aparecia outro, então sei lá, acho isso um erro péssimo de verdade.
Fora esse detalhe, a obra é muito linda, de fato voce precisa inspirar e expirar fundo inumeras vezes, chorei de soluçar umas 4 vezes e eu tenho muita dificuldade em chorar lendo, talvez porque nao sou muito acostumada a ler livros desse tipo.
Eu fiquei tao devastada no final do livro porque pra mim eu precisava de mais, esse livro merecia umas 100 paginas a mais, quero saber o depois, acho que a ultima vez que fiquei assim (querendo continuação) foi quando li eleanor e park na adolescência.
Sabe, sinto que há tantas pontas soltas, fico feliz por Violet, mas ao mesmo tempo triste, é uma vida desgraçada é mt triste imaginar que quem mais deveria te amar, é quem vai te abandonar, além de tudo o que ela passou e continuou passando e é exatamente por isso que queria mais, nao consigo aceitar que o livro acaba assim, nao consigo considerar um final feliz.
Tem uma questão racial muito forte e todos nós sabemos como os estados unidos é racista, nao só eles, mas lá é complicado, então chega a ser comico ler sobre "racismo reverso" "perseguição aos brancos" como se, nós brancos, fossemos de fato os perseguidos, é demais pra mim esse tipo de coisa.
é angustiante a leitura, não achei maçante, li em uns 3 dias eu acho, praticamente engoli o livro, não conseguia parar de ler, nao sei se é um livro que indico pelos gatilhos que há nele, e também porque não é exatamente o livro que eu indicaria pra alguém, embora eu tenha gostado bastante.
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Mariana113 17/11/2023

Que história forte!
Sobre abandono, solidão, tristeza e feridas abertas durante uma vida inteira, mas também fala sobre superação, força e instituto de sobrevivência de uma menina, que virou mulher. Não esperava um final tão bonito! Adorei!
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Fer Paimel 23/10/2023

Angustiante
Achei a leitura bastante angustiante, a história da protagonista é marcada de vários momentos torturantes, tanto dela quanto de pessoas ao seu redor.
Me deu uma sensação de agonia, mesmo... não tanto pelo que estava acontecendo, mas pela falta de perspectiva de melhora, sabe? E como são situações muito reais, é como se estivesse lendo sobre a vida de uma conhecida, o que causou ainda mais cansaço na leitura.
Eu gostei mais do final do que pensei que gostaria. Pensando na leitura, vale a pena, a obra é dividida em vários capítulos mais curtos, então apesar da temática de violência, a estrutura do livro permite com que você leia várias páginas seguidas.
Não pretendo, porém, ir atrás de outros escritos da autora, mas valeu a pena conhecer esta obra, que já tinha sido indicada a mim por uma amiga.
P.s.: se você já sofreu ou testemunhou alguma forma de violência física no âmbito das relações doméstica ou de conotação racial, saiba que este livro pode ser considerado como "gatilho", então sugiro uma abordagem mais... "cautelosa"? Ou pelo menos mais consciente de que esse é o pano de fundo deste livro.
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Nando 09/09/2023

Quando a família é o algoz
O destino de Violet Rue é abruptamente modificado devido um crime de seus irmãos Jerome Jr e Lionel Kerrigan. Expulsa da família, exilada. O que pode Violet contra o mundo? Morando com a tia e seu marido, a pequena Violet adentra sua adolescência enquanto anseia pela volta ao lar, ao seio da família e é novamente vítima da natureza cruel das pessoas, que a rodeiam, um professor supremacista e abusivo, um tio que demonstra não ser uma pessoa confiável. A vida de Violet é narrada em linhas angustias, a menina, adolescente e jovem mulher tida como rata, a rata que dedurou os irmãos, que destruiu a família, que exilada foi forçada a descobrir a dureza da vida sem poder nunca confiar, contar inteiramente com alguém. Este livro é sobretudo uma forma corajosa de denunciar como a nossa família muitas vezes pode se tornar o nosso maior algoz.
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LuFumagalli 09/09/2023

Após concluir a leitura, fiquei por dias digerindo, tudo que "vivenciei" ao passar página por página.
Definitivamente não é um livro para qualquer pessoa... é denso... de uma narrativa que faz aflorar no leitor sentimentos de dor, revolta, indignação...
Mas falando por mim, um livro inesquecível... e que irei reler certamente!
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Garoto em Verso 26/08/2023

Existem livros que me chateiam, como leitor, gosto de ser chateado, é um masoquismo necessário quando se vem de boa literatura, porém esse livro... esse livro me chateou de uma forma diferente. Uma leitura que não quero refazer, não posso, porém, não vou conseguir esquecer. Sempre que passar o olho pela estante e ver Minha Vida de Rata de Joyce Carol Oates vou me lembrar de como a vida pode ser cruel com algumas pessoas.

A história de Violet Rue, nossa protagonista, se inicia com uma doçura inocente, uma criança de 12 anos vivendo com sua família de descendência irlandesa, com relações não exatamente boas, porém sólidas e suas. Pessoas amam suas famílias de maneiras diferentes e Violet se sentia amada, até não ser mais quando um garoto negro é assassinado e seus irmãos são envolvidos, a vida de Violet Rue também é mudada. E daqui para frente, nada melhora... nunca.

Violet foi expulsa de casa por algo que fez, não vou te dar spoilers Amizade. A menina cresce longe da família e vemos sua vida especialmente triste se desenrolar. Uma prisioneira de suas memórias, Violet é isolada e sua única esperança é retornar. É disso que se trata esse livro, sobre voltar, refazer, corrigir se possível? mesmo que não, uma traição é uma traição.

É um livro triste e eu sou um garoto em versos melancólicos, então as coisas se encaixaram em mim haha, porém sei que não é uma leitura fácil, são textos e mais textos maçantes, pouco diálogo. Passamos a maioria da história na cabeça nada saudável de Violet, então tome seu tempo, os capítulos são curtos e precisos.
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ToniBooks 22/06/2023

A variável da violência
Joyce Carol Oates sabe contar uma história. Tanto que usa o narrador em segunda pessoa, em vários momentos de "Minha vida de rata". Esse recurso discursivo é muito difícil de ser usado em narrativas, mas que a autora utiliza de forma tão sutil quanto um diálogo comum. Em relação à protagonista (Violet Rue), a trama se enrosca ao seu redor como raízes poderosas, forçando-a a se engendrar por caminhos errantes. Livro especial. ?????
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Alice 21/06/2023

Mais ou menos
A história em si é boa tem um conteúdo que até prende sua atenção.
Porém odiei o final que na realidade não teve .
A autora não soube dar uma guinada na personagem para que o livro fosse bem concluído
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Clara Vellozo 13/05/2023

Tem que estar preparado porque é um soco no estômago
Livro comovente que conta a história de Violet Rue uma garota que é abandonada pela família aos treze anos de idade depois de um acontecimento trágico que abala a todos.

Por ser uma voz feminina, me cativou logo no início pois aqui neste livro temos muitos debates sobre misoginia e o patriarcado. Fala sobre as relações dentro de uma família, um tema que sempre me interessa porque gosto de saber como as famílias funcionam com todo o mar de complexidades e personalidades que ali existem. Temos também muitos trechos sobre racismo preconceito e violência que ainda me chocam com a capacidade humana em fazer o mal

Outro ponto que me cativou foi a personagem Violet. Me envolvi com a personagem principal a ponto de ficar ansiosa para saber como ela vai ser dali pra frente e claro, torcendo verdadeiramente para que ela se tornasse mais forte, esperando que ela conseguisse superar os traumas do passado e se desenvolver como pessoa.
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