Minha vida de rata

Minha vida de rata Joyce Carol Oates




Resenhas - Minha vida de rata


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kellen.ssb 12/10/2020

Tudo nesse livro é ficção, mas quase tudo aconteceu.
Isso não é verdade!? Afinal de contas há várias Violet mundão afora. Que "livraço"! Narrativa crua, dura, visceral, mas como tal é a vida (ok, sei que a vida não é só feita de coisas ruins, mas de coisas boas tb). Relações familiares difíceis, machismo, misoginia, racismo, abuso sexual, religião falida, etc. Um caldo de problemas numa narrativa só. E mesmo assim, a leitura me envolveu de uma forma que eu não consegui parar de ler. E na minha leitura, Violet deu a volta por cima...mas, tal como na vida, foi um processo longo e doloroso.

Enfim, uma leitura que, como Luisa Geisler comentou, não é como um passeio no parque. É uma leitura que incomoda, que te tira da zona de conforto, que te impacta.
Fiquei muito satisfeita em receber esse livro da TAG. ?
Fernanda Sleiman 12/10/2020minha estante
Muito bom




bia :) 11/10/2020

Ai.
Um soco no estômago. A história de uma menina que se forja mulher cedo demais. A dolorida sina de quem nasce com um símbolo de fêmea entre as pernas - e, consigo, carrega toda uma trajetória de perdas, abusos e danos.

É também a história de alguém que se busca incessantemente na construção de um outro lugar possível.

Uma grata surpresa. Infelizmente a edição deixa um pouco a desejar.
Nando Borges 11/10/2020minha estante
Gostei, vou ler também.




Bia 11/05/2021

"Um dia eu tinha sido a filha favorita de todos os sete"
Violet Rue Kerrigan, a caçula e filha favorita entre todos os seus sete irmãos, é expulsa de casa e excluída da família após delatar para a polícia os seus irmãos, responsáveis pelo assassinato de um rapaz negro da cidade onde vivem. Acompanhamos, então, sua vida "de rata" durante o doloroso exílio, que começa aos doze anos de idade da protagonista. Os primeiros capítulos narram o crime cometido contra Hadrian Johnson, a confissão e a expulsão de Violet e, logo depois, embarcamos em suas sofríveis desventuras.

Guiados pela escrita genial e distinta de Joyce Carol Oates, assistimos a pequena Vi'let se tornar uma jovem adulta e sofrer todo o tipo de trauma após o primeiro, a rejeição dos familiares que ela tanto amava (e que, diga-se de passagem, são terrivelmente abusivos e silenciadores). O leitor passará cada página se perguntando como raios tanta coisa ruim pode acontecer a uma mesma pessoa. A narrativa de Oates nos absorve: nos enjoa, nos revolta, nos entristece, nos adoece e, por fim, nos transforma. Ler esta obra é um mergulho profundo no racismo, no abuso e na misoginia para o qual ninguém está preparado. Já aviso, o livro é recheado de gatilhos de todas as sortes e eu recomendo cuidado e calma ao embarcar na história, perturbadora, visceral e, infelizmente, absolutamente real.

De toda forma, é uma leitura que vale muito a pena. A história me fisgou do início ao fim e concluí a leitura em poucos dias, com tudo que há em mim fora do lugar. A narrativa de JCO é poderosa, e sua história é maravilhosamente bem construída, sensível e bela em seu agressivo horror.

"Você acha que os seus pais amam você, mas será que eles amam você ou a criança que é DELES?"
clarakairos 11/05/2021minha estante
Ahhhh quero muito ler!!




Claudia Beulk - @velejandoporlivros 03/10/2020

Tag Curadoria - Outubro 2020
Em minha vida de rata acompanhamos a vida de Violet Rue desde sua infância vivendo em uma região próxima às Cataratas do Niágara com sua numerosa família descendente de irlandeses e com o machismo impregnado em seus seres, até sua vida adulta onde ela precisa aprender a viver sua própria vida de forma independente e perceber que os valores que são ensinados sobre família nem sempre estão corretos. Aos 12 anos, Violet é exilada de seu núcleo familiar por delatar seus dois irmãos envolvidos em um crime de racismo. Com o estigma de "rata", a personagem principal passa por diversas situações péssimas enquanto convive com sua culpa branca mas mesmo assim, nunca desiste da esperança de ser perdoada por seus pais e irmãos, tendo dificuldades de manter laços com outras pessoas que tentam dela se aproximar durante a adolescência.
A leitura apesar de trazer temas pesados como violência, racismo, abuso de menores e relacionamento abusivo é muito fluída (uma vez iniciando, é difícil parar de ler) e traz diversas reflexões necessárias. A autora consegue desmembrar a mente da protagonista de tal forma que conseguimos compreender muitas de suas atitudes mesmo que, ao imaginarmos estar em seu lugar, faríamos diferente (será mesmo?).
Um excelente livro, quando terminada a leitura eu queria que tivesse sido maior, queria saber mais detalhes sobre alguns aspectos da vida de Violet, mas considero o desfecho digno.
Não conhecia a autora e achei sua forma de escrita ótima, quero conhecer outras de suas obras!

site: https://www.youtube.com/channel/UC4zNj2gPz0FWQxDxLai9dFA
Claudia Beulk - @velejandoporlivros 09/10/2020minha estante
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Nazrat 21/11/2020

Não é vida
Uma sociedade racista não é vida para ninguém. O sofrimento permeia tudo e todos. Impressiona ver que todas as agruras pelas quais Violet passou (uma menina/mulher branca) foram nas mãos de brancos. É um martírio em forma de romance, que mostra o quão urgente é a mudança de mentalidade e de ações, que são necessárias para acolhimento de todos em nossa sociedade.
Luiza - @oluniverso 21/11/2020minha estante
Fiquei com vontade de ler




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Alineígena Alien 11/10/2020

Este livro me destruiu. Fiquei realmente mal, do começo ao fim, e mais ainda quando o terminei. Mas, sei lá o quê acontece, os livros que mais gosto são os que têm exatamente esse poder. Por enquanto, neste momento da minha vida, tornou-se sem dúvidas um de meus livros preferidos.

"Minha vida de rata" foi escrito por Joyce Carol Oates, escritora estadunidense, publicado em 2019 (quando a autora já tinha mais de 80 anos!) e chegou traduzido para o Brasil este mês com a edição da Tag Curadoria (que estou assinando pelo segundo mês).

Violet, a protagonista, descendente de irlandeses, conta a história de sua vida após o acontecimento de um crime violento de racismo, que aconteceu quando ela tinha 12 anos. A história é emocionalmente muito difícil, mas a escrita é totalmente envolvente, o que me dividiu entre querer ler tudo de uma vez e ter a necessidade de parar a todo instante para respirar. A história é sobre racismo, machismo, misoginia, abuso sexual, relações familiares, abandono, depressão, culpa, violência, rejeição, relações de poder e liberdade.
A narrativa normalmente é em primeira pessoa, sendo Violet a narradora. Mas em alguns momentos a narrativa troca para terceira pessoa (como num movimento de sair de si e retornar) e (o que de longe mais me impressionou) às vezes a narrativa se dá em segunda pessoa, dirigindo-se à Violet como se falasse comigo, como se eu fosse a Violet. Este movimento me fez entrar mais fundo na história, me fez entrar em seus sentimentos e sentir suas dores, me conduzindo a confundir trechos de sua história com trechos da minha história. MARAVILHOSO.
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EduardoCDias 04/10/2020

Vida de sofrimento
Uma família desestruturada. Um crime cometido. A caçula de 12 anos obrigada a se separar da família, vivendo 13 anos afastada, lutando contra o mundo. 13 anos depois volta para tentar reconstruir sua vida. Mas nada mais é como antes...
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mrsnone 18/10/2020

aviso de gatilho
Um livro que traz um tema muito importante, mas também muito profundo. A história é muito envolvente e interessante. Causa agonia em você e esperança de que algo bom aconteça à personagem principal Violet Rue. É um livro cru. É difícil ler porque joga na sua cara verdades que (muitos de nós) não queremos enxergar. Existem famílias que não são famílias. Não cumprem o papel que a sociedade designou a elas. No quesito tradução eu me incomodei muito e por isso 3.5 foi minha nota. A tradução tem erros tanto ortográficos quanto gramaticais. É bem incômodo ler uma tradução ruim de um livro tão bom. Os personagens são todos difíceis de gostar. Ah não ser Violet e o bulldog. Únicos merecedores de amor e carinho. Enfim, não me estenderei para não dar os famosos spoilers. A leitura não é fácil de digerir, mas vale a pena. Recomendo mais ainda se a pessoa sabe inglês para ler na língua original. Essa tradução deixou a desejar.
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Fernando.Mazeo 18/10/2020

Forte e real
Os dramas vividos por Violet são reais e duros: machismo, violência, preconceito...a linguagem e o ritmo do livro nos faz sentir na pele de Violet, prendendo o fôlego, em vários momentos do livro.
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Tuyl 19/10/2020

Livro tem um bom ritmo e uma narrativa boa. Só achei o final, tão esperado, muito "corrido".
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Clau @meuescapeliterario 04/10/2020

TAG Curadoria - Outubro 2020
Minha segunda leitura da TAG Curadoria e novamente fui pega de surpresa por esta grata porém difícil leitura.
Violet Rue Kerrigan é uma garota de 12 anos que percebe sua vida virar do avesso após ser expulsa de sua família, sendo forçada a abandonar parentes, amigos, pais, irmãos e a cidade onde cresceu. A garota vai morar com sua tia Irma até o final do ensino médio, prestes a completar seus 18 anos, no entanto nos quase 7 anos em que Violet residiu na casa dos Allyn, nunca floresceu o sentimento de lar, como era na residência dos Kerrigan.
O livro é contado por meio de memórias dolorosas da garota que convive com a culpa de ter “traído” sua família em um exílio forçado até chegarmos à sua vida adulta. É uma leitura bastante complicada pelos assuntos que aborda, trazendo críticas ao racismo, às suas consequências para a sociedade como um todo, relacionamentos abusivos, assédio a menores, abandono familiar, etc. Contudo a escrita da autora é tão envolvente que em nenhum momento o livro se torna chato e a cada capítulo nos vemos presos à estória de Violet.
Ao longo de sua obra, Oates vai desconstruindo cada camada por meio das experiências traumáticas pelas quais a protagonista passou, provocando no leitor inúmeras reflexões acerca da sociedade atual, da misoginia, do racismo estrutural que segue favorecendo brancos e aniquilando negros, ao mesmo tempo que a autora nos deixa esperançosos pelo momento em que a personagem vai abandonar seu exílio forçado, se perdoar e se permitir ser feliz. Concluindo, é um livro denso que causa muito desconforto, mas de extrema importância para ser discutido.
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Rafa 20/10/2020

Perturbador. Esse livro levanta questões que são muito discutidas hoje em dia: racismo, misoginia, abuso de menores. Mas não é só isso, essas questões estão na superfície da estória e nos levam a reflexões mais profundas. A narrativa é angustiante e visceral, mas não dá vontade de parar de ler.
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Rafaela.Saragiotto 21/10/2020

Quantas provac?o?es uma mulher e? capaz de suportar? Qua?o opressivas sa?o as conseque?ncias de escolher o lado da verdade?

Violet tinha apenas 12 anos quando foi expulsa de casa. Apo?s um grave incidente envolvendo sua fami?lia, remoendo-se pelo choque e pela culpa, uma repentina confissa?o a faz quebrar o ciclo de omissa?o e viole?ncia familiar, mas a?s custas do que um dia chamou de lar.

Tendo como cena?rio a regia?o das cataratas do Nia?gara nos anos 90, Violet rememora sua infa?ncia e os dra?sticos efeitos do abandono em sua vida adulta.

Desamparada no mundo, descobre sozinha as sufocantes dores de nascer mulher ? a repressa?o, a descrenc?a, a submissa?o, a viole?ncia. A sucessa?o de trage?dias em sua vida e? o impulso para Violet questionar o significado de fami?lia e ir em busca de sua pro?pria identidade.

A autora usa da sua voz como mulher branca para discutir va?rios temas relevantes: do patriarcado ao racismo, do machismo a? viole?ncia sexual. Tudo isso sem ficar forc?ado. Como na vida, toda a estrutura de opressa?o que rege a sociedade e? palpa?vel nesta narrativa.

A escrita e? ta?o reali?stica quanto brutal, podendo impressionar pessoas sensi?veis, pois Violet e? si?mbolo de traumas e vive?ncias de inu?meras mulheres de carne e osso.

O livro e? dividido em tre?s partes ? infa?ncia, adolesce?ncia e vida adulta, sendo as duas primeiras muito intensas e envolventes para mim. Ja? a terceira parte me decepcionou, senti que se alongou muito em uns pontos, enquanto outros na?o foram devidamente explorados, assim como o fechamento pareceu feito a?s pressas. No fim, mesmo com quase 400 pa?ginas inserida na mente de Violet, na?o consegui compreende?-la direito.

Embora meus sentimentos ainda sejam conflituosos (nem tudo e? preto no branco, amei ou odiei, ne??), acho que esse e? um livro que merece ser lido por todos. Sa?o mu?ltiplas as problema?ticas sociais nele abordadas, e cabe a no?s extrair os aprendizados de Violet para aplica?-los em nossas vidas.

Nota: 8/10 ?
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