Realismo Capitalista

Realismo Capitalista Mark Fisher




Resenhas -


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sarahbeatrizcn 10/01/2023

Incrível
Livro mais perfeito que já li em toda a minha vida. Muito leve de ler e muito gostoso também, não dá vontade de parar.
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Juliana ;* 10/01/2023

Privatização do estresse: crise na saúde mental.
Com uma escrita clara, mas não rasa, Mark Fisher vai nos apresentando as estruturas e distúrbios do realismo capitalista que dentre outras manobras, tem sido eficiente em causar em nós uma sensação contínua e uma ideia "concreta" de que este não é o melhor, mas sim o único modelo de existência possível.

Abordando a sustentabilidade do sistema, os seus impactos na nossa saúde mental e a burocracia que se desenvolve e garante e manutenção do mesmo, o autor nos convida para uma conversa técnica, mas quase que informal.

Não pense que a obra é fácil, descompromissada ou pouco complexa. Não é. É preciso estudar bastante pra que possa aproveitar e compreender todos os conceitos apresentados. É daqueles livros que vale ler mais de uma vez, quando alcançar níveis de conhecimento mais profundos sobre o assunto.

Do campo de vista psicológico, todas as pontuações são interessantíssimas e como psicóloga que sou, passo a repensar a minha atuação.

É possível tratar o coletivo tratando cada indivíduo? Ou o caminho é tratar o coletivo para que a saúde seja promovida?

A Psicologia não é, ou pelo menos não deveria ser, uma ciência individual. Toda ciência que se propor a estudar a humanidade precisa ser, antes de tudo, social.

Ensinar aos homens que eles são os únicos responsáveis pelo próprio adoecimento quando a sociedade está estruturada num regime doente é, além de ineficaz, perverso.

Que todo profissional da saúde tenha essa consciência e que possamos, de fato, repensar e praticar a nossa solidariedade.
Rapha 11/01/2023minha estante
?A Psicologia não é, ou pelo menos não deveria ser, uma ciência individual. Toda ciência que se propor a estudar a humanidade precisa ser, antes de tudo, social.? Isso me emocionou! ??




Ana 31/12/2022

"A vitória da direita só é inevitável se pensarmos que é."
Realismo capitalista é um livro escrito pelo professor, filósofo e pensador inglês de esquerda Mark Fisher. Foi publicado em 2009 na Inglaterra e no Brasil em 2020.
Trata-se de uma falsa crença de que não há outra alternativa para a organização do mundo que não seja o capitalismo. É uma postura conformista e apolítica sobre as mazelas provocadas pelo capitalismo. É um comportamento de aceitação e adequação às monstruosidades que o capitalismo provoca. É quando as contradições desse sistema vem à tona de uma forma tão clara e evidente que não pode ser ignorada, mas é suportada. São mudanças psicológicas e sociais que englobam a cultura, a saúde, a educação e que engessam qualquer visão de horizonte diferente, melhor, mais justa e humana. "É uma espécie de barreira invisível, limitando o pensamento e a ação." O realismo capitalista só pode ser combatido quando mostrado como verdadeiramente é: inconsistente, insustentável, contraditório e perverso. Portanto, o realismo não tem nada de realista. Muito menos de imutável.
Citarei alguns conceitos fundamentais que Fisher aborda.
Ontologia empresarial é uma visão onde tudo na sociedade deve ser regulado como uma empresa. Áreas como a saúde e a educação são vistas como negócios que visam somente o lucro.
Capitalismo tardio é um capitalismo contemporâneo, onde se difundiu de uma forma tão abrangente nunca visto antes devido principalmente as tecnologias de informação e disseminação ideologias dominadoras.
Fisher apresentas 3 aporias do capitalismo. Sustentabilidade, saúde mental e burocracia.
A primeira porque é impossível um mundo sustentável enquanto existir capitalismo, tendo em vista que esse é um sistema voraz que prioriza o lucro acima de qualquer coisa.
A segunda é uma individuação do sofrimento. O sujeito é responsabilizado por suas doenças mentais. A depressão e outros transtornos são privatizados. A culpa é do sujeito que sofre e não um sintoma de que há algo errado com a sociedade, sua organização, o modelo econômico que segue.
A terceira é o excesso de procedimentos e ações administrativas para camuflar a ineficiência do sistema.
É imprescindível superar essa visão que o capitalismo é a única alternativa. Existe outras alternativas, entre elas o Comunismo.
É um livro curto porém cheio de informações, mas sua linguagem é relativamente fácil. Fisher usa como exemplos filmes e músicas que tornam o entendimento muito mais fácil e palpável. Uma das minhas melhores leituras de não ficção do ano.
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Eduardo Mendes 31/12/2022

É mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo?
É mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo? Este é o ponto de partida do ótimo “Realismo Capitalista”, obra do filósofo, escritor, e teórico cultural inglês Mark Fisher. Dono do blog K-Punk, Fisher ganhou notoriedade ao longo dos anos 2000 com seus textos sobre música, arte, cultura e política radical.

Com uma prosa leve, capítulos curtos com nomes curiosos como “Supernanny Marxista”, “Ninguém está entediado, tudo é entediante”, e “E se você convocasse um protesto e todo mundo aparecesse?”. Fisher recorre a filmes, músicas, obras literárias, política, trabalho e educação para pontuar sua análise objetiva e material. Ele traça paralelos e dá exemplos da nossa apatia frente ao capitalismo, que se vende como o único sistema político-econômico aparentemente viável no mundo; essa é a ideia que podemos chamar de Capitalismo Tardio.

Alguns dos pontos que mais me chamaram atenção são capítulos que expõem as inúmeras contradições do capitalismo, como por exemplo a ideia de ser um sistema que pretende libertar as pessoas da burocracia do estado, enquanto se apresenta como o único modo realista de governo.

Fisher também alerta sobre outro sintoma do capitalismo tardio que é a falsa ideia da meritocracia; onde acontece responsabilização individual, ou seja, cada pessoa é responsável pela própria condição de pobreza, da falta de oportunidades ou desemprego. A contradição fica evidente quando estes próprios indivíduos que não têm condições de mudar a sua própria realidade são diariamente bombardeados pela crença de que são capazes de fazer tudo o que quiserem.

O autor demonstra ainda como o aumento dos casos de depressão e ansiedade tem relação direta e estrutural com a forma de produção capitalista, focada basicamente em formar indivíduos que continuem construindo uma sociedade baseada na produção.

O que mais me pegou nessa leitura foi conseguir perceber o exemplos e ideias apresentadas na minha própria realidade, e a partir daí questionar valores e ideias que nos são impostas por essa lógica de viver em função de dinheiro.
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Cris 25/12/2022

Achei a escrita mais fluída do que esperava antes de iniciar a leitura.

E com certeza existem termos e aspectos que precisarei pesquisar para me aprofundar no assunto, já que ainda não havia lido nada sobre o "realismo capitalista".

As partes que mais me interessaram foram aquelas em que o autor usa de exemplo a educação e a saúde mental. No posfácio há um trecho que define o que me prendeu ao realizar a leitura: "Movendo-se despudoradamente entre alta teoria e cultura pop - filmes hollywoodianos, programas de Tv, ficção científica e o mundo da música na MTV ? o texto espelha o formato de um blog."
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Lucas Burgos 17/12/2022

Uma excelente crítica à nossa sociedade
Esse livro não só exemplifica os problemas que temos na sociedade hoje em dia, mas também o porque a esquerda não conseguiu subir no poder. Excelente visão do mundo!
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Rapha 24/11/2022

O guia das contradições neoliberais do subconsciente.
Este livro é essencialmente um guia de estudos sobre um fenômeno estrutural do capitalismo onde ele nos atinge intrinsecamente no nosso subconsciente. Por ser um livro que pode se dizer de ?estudos?, para aqueles que gostam de usar o marca-texto para grifar as frases que julgam serem importantes (assim como fiz). Informo que será desafiador, pois todas absolutamente todas as palavras do livro são colocadas de maneira muito relevante. Pra quem tá começando a busca por desvendar fenômenos psicológicos e materiais sobre as contradições que o capitalismo e a sua fase expansiva de neoliberalismo produz, este livro vale muito a pena.
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Felipe.Junior 19/11/2022

A descrição de um mundo pós-fordista
Tenho pra mim que Fisher não apenas nos trouxe uma grande reflexão sobre o modo atual pelo qual o capitalismo passa, mas como sua tendência é sem dúvidas corromper todas as coisas.
E aqui eu puxo um fio, pois fala-se tanto que o socialismo ou comunismo visa destruir a família, e essa tem sido consumida pelas jornadas excessivas que o capital impõe.
Sem dúvidas, o capital "se passa" em muitas questões, acusa o socialismo das mesmas coisas que veladamente, e continuamente ele faz.
Por fim, diria que o livro é mto bom para refletir o mundo, mas não traz soluções contundentes pra ele.
Fisher tirou a própria vida muito jovem, ele tinha muito a fazer ainda, uma pena que o mundo se tornou insuportável pra ele.
Penso que, como ele mesmo diz, costumamos individualizar a culpa, ao invés de pensar que erramos como um todo.
Sinto muito, que no caso de Fisher, erramos como sociedade.
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Larissa.Cifarelli 10/11/2022

Fim do capitalismo
Como é difícil imaginar né?
Fisher escreve de uma forma tão clara, trazendo para nossa realidade todos os aspectos do capitalismo de uma forma material, nos mostrando a partir de relatos pessoais, filmes e obras literárias. O livro é simples e esclarecedor. Pude identificar várias angústias reais (relacionadas ao meu trabalho) se confirmando.
A história atual do Brasil se afirmando concretamente, o conservadorismo, neoliberalismo....e não só aqui, o capital está se ruindo e nos culpabilizando de uma forma individual.

E sim é possível o fim do capitalismo.
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Matheus Bonfim 27/10/2022

Leitura essencial!
Para todos aqueles que tem a vontade de entender essa realidade que nos cerca, o mundo capitalista, esse livro é essencial, como forma de ter consciência de como o capital age e assim se mobilizar para combater o domínio da burguesia.
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Ingrid Andrade 19/10/2022

Comecei a ler por indicação e acabei entendendo um pouco melhor sobre a realidade a nossa volta. Com certeza o "realismo capitalista" tá fazendo um papel muito bem feito em mim porque acho tudo uma merda mas não vejo perspectiva de mudança.

Acredito que esse livro deveria ter uma leitura mais fácil para que pudesse chegar em mais pessoas.
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milênios 24/09/2022

É mais fácil imaginar o fim do mundo do que do capitalismo?
Discordo das ?soluções? propostas pelo autor, porém o livro me trouxe muitas reflexões (e crises) interessantes.
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Yara 24/09/2022

Realismo capitalista
Aquele livro que a gente tem que ler todo ano pra se situar no mundo, sabe? Mark Fisher faz uma falta danada no cotidiano. Ele tinha um jeito acessível de trazer as questões a respeito do capitalismo. Seria uma luz de movimento na apatia da sociedade diante do que nos maltrata.
Ingrid Andrade 19/10/2022minha estante
Não achei tão acessível assim ?




leportom 05/09/2022

É mais fácil imaginar o fim do mundo...
"É mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo." Nesse curto livro, o realismo capitalista, Fisher longe do formalismo acadêmico, passará de citações holliwoodianas a Nietzsche.
O autor, com uma prosa leve trará a tona o que ele chama de um sintoma da nossa sociedade neoliberal, um cinismo, consequência do realismo capitalista.
Fisher nos mostra como estamos apáticos dentro desse sistema. Incapazes de sequer imaginar uma outra realidade, acreditando fielmente que esse é o único sistema possível, a única realidade concebível, tudo isso, claro não passa de uma ilusão falaciosa.
O autor ainda vai engendrar na discussão das produções culturais que nada mais apresentam de novo, sempre (re)produções do que já existe e já foi produzido. Algo como um sentimento nostálgico em reproduções (reboots) de filmes e séries, repaginados álbuns de artistas e por aí vai... somos incapazes de criar nada na cultura apenas recriar.
Fisher demonstra ainda como a ansiedade e a depressão e o aumento dessas nas últimas décadas são consequências diretas do realismo capitalista, para além de uma responsabilidade individual e sim sistêmica, social, comunitária.
Recomendo fortemente a leitura, principalmente pela sua escrita simples e desapegada de formalismos o que torna um livro para o público em geral e não apenas uma referência bibliográfica para a discussão social.
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