Carolina 16/02/2024
Sentia-se estrangeiro na sua própria terra
A história retrata um período de tempo passado porém em uma realidade que é possível ser vista até os dias de hoje, o preconceito é constante, e leva muito o leitor a ter um pensamento empático como a própria vítima o porque de tanta rejeição mesmo Raimundo sendo uma pessoa íntegra, estudada e sincera, isso apenas pelo fato do mesmo carregar consigo a cor da sua mãe, ex escrava.
Eu estava com expectativa demais no livro e acredito que por conta disso me fez acabar rápido, mas não acho que a leitura seja fluída, algumas partes são bem lentas e difíceis de se ter uma concentração a história, como nas partes das festas, que retrata cada detalhe ( o que eu acho maçante), mas concordo que são detalhes importantíssimos para a riqueza da história.
Os personagens em si não são interessantes, Raimundo é o que mais me chama atenção pelo jeito com que lida com as coisas, a visão que tenho da Ana Rosa é de uma menina imatura e um tanto mimada, não considero o pai da Ana Rosa uma pessoa má considerando o desenrolar da história, acredito q ele seja muito influenciado pela sociedade e claramente pela sogra, isso não quer dizer que ele deveria perpetuar os atos racistas, e o cônego Diogo nem preciso falar né, o diabo disfarçado, o que mais me deixou ?triste? foi o fato do padre não ter tido um final ruim.
A história começa lenta e termina sem muitas explicações, não informa claramente o que aconteceu com o filho de Raimundo dentro outros pequenos detalhes, mas acredito que valha muito a pena ler o livro, seja pela riqueza de detalhes da época ou simplesmente pela história em sí a qual é uma literatura importantíssima para entendermos um pouco até mesmo da história acontecidas no Brasil.