A cachorra

A cachorra Pilar Quintana




Resenhas - A Cachorra


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JAlia 21/04/2024

Não curti muito o livro pelo fato de me considerar uma pessoa muito sensível com livros que retratam abuso e agressão à animais, sendo difícil pra mim ler algumas cenas. Além disso, o final pra mim foi muito raso, acredito que a autora não aprofundou o suficiente e deixou algumas pontas soltas, como o paradeiro dos outros cachorros. O livro poderia ter mais páginas para dar um final adequado a história, que foi muito interessante na verdade, abordou temas sensíveis e trouxe uma personagem que nos faz ter uma ligação muito forte com a mesma. É um livro que eu indico, claro, para quem não tem sensibilidade com a temática, por ser curto, um livro que lemos em poucas horas e ajuda muito quem está de ressaca literária (como eu estava), mas eu acredito que o fato de não ter gostado foi devido a minha alta expectativa nesta leitura.
bubuletta 21/04/2024minha estante
Eu tava pensando em ler, quero mais não. Não aguento filme, vou aguentar livro com agressão à animais


JAlia 21/04/2024minha estante
Confesso que algumas partes dão um aperto ?. Já no início eu tava pensando em largar com uma das cenas ?, mas consegui chegar até o final




Taires.Santos 17/11/2020

Chocante !!!
Uma leitura rápida, de início amável e depois se torna algo doloroso, tocante e inimaginável ...
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Thais645 02/05/2022

Às vezes me deparo com essa capa e a história vem fresca à minha mente. É um desconforto colossal. Hoje eu daria uma nota acima de três, e sempre me pergunto o que tanto me incomodou na trama. Quem lê pode responder - talvez melhor do que eu.

É um desalento constante e infinito - além de crescente. Um incômodo que mexe desde as entranhas até a nossa alma e corpo.

É triste, feio, perturbador e, em determinados momentos, insuportável.

Li em algum lugar que a autora escreveu esse livro no celular, enquanto amamentava seu bebê, e por vezes penso o que se passava no âmago de sua mente e ânimo.

Eu não leria de novo. Mas já faz parte daqueles livros que vão ficar marcados para sempre. Para todo o sempre. É isso.
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gabz 27/01/2024

Uma leitura com várias reflexões, sobre solidão, emoções, medo e projeções,
Comecei a ler sem muita expectativa e eu só parei quando terminei, de tanto que me prendeu.
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Laiza 05/04/2021

A Cachorra - Pilar Quintana
Damaris é uma mulher que sempre sonhou em ser mãe. Sua dificuldade em engravidar é uma condição com a qual sofreu a vida toda, e que instabiliza seu casamento com Rogélio. Agora com 40 anos, idade em que uma mulher "seca", Damaris já não tem mais esperanças de se tornar mãe. Um certo dia, decide adotar uma cachorra da ninhada da vizinha, que recebe o nome de Chirli, o nome que daria a filha que não teve. Aos poucos, Chirli preenche a dor de Damaris de não ter tido filhos próprios, mas sua chegada é intensa. Damaris já não consegue dizer se Chirli chegou para dar um novo rumo a sua vida ou se para desestabilizá-la de vez.

"Nesse dia Luzmila estava de bom humor e só quisera lhe fazer um elogio, mas em Damaris doem até a medula perceber que ela, e certamente o mundo inteiro, dava o seu caso como perdido, e estava mesmo perdido, ela sabia disso, mas era difícil aceitar". Página 30

A Cachorra é um livro intenso e brutal, com uma narrativa fácil, direta e crua. É aquele tipo de livro que carrega consigo toda a atmosfera triste e dura da vida da personagem, e que consegue transpassar esses sentimentos ao longo de toda a leitura. A narrativa é em terceira pessoa, então há um desmembramento de todos os sentimentos e angústias de Damaris, construindo seu psicológico e personalidade ao longo das páginas.

"Damaris não chorou mais pela cachorra, mas sua ausência lhe doía o peito como se fosse uma pedra". Página 79

A história demonstra de forma real - e até mesmo cruel - o cotidiano de Damaris, e a pobreza e a violência que a rodeiam, e como isso impacta na vida e no emocional da personagem. A sensação que a leitura nos dá é de que seguramos uma bomba que está prestes a explodir, e a vida de Damaris, marcada por tragédias e descasos, segue em um uma bolha de relações e aceitações, que será estourada com a chegada de Chirli.

"Sentia que a vida era como a angra e que ela precisava atravessá-la caminhando com os pés enterrados no barro e a água até a cintura, sozinha, completamente só, em um corpo que não lhe dava filhos e só servia para quebrar as coisas" Página 105

A personagem tenta, mas não se conforma com a sua esterilidade, e sentimos a sua solidão e a dificuldade que é para ela o vazio de uma vida sem filhos. A relação entre Damaris e Chirli é uma experiência nova, e sentimentos e instintos antes nunca sentidos virão à tona pela primeira vez de forma abrupta e violenta. Essas novas emoções, esses novos laços construídos - não apenas com a cachorra, mas com todos-, vão se intensificando ao longo das páginas, e afloram lembranças e reflexões sobre o passado de Damaris. Essas voltas ao passados em alguns momentos são cansativas, mas elas são fundamentais na construção e no entendimento da própria personagem, de suas limitações e de suas dificuldades.

"Também pensou que era merecedora de todos os olhares das pessoas, de todas as suspeitas e acusações (...)." Página 143

Não é uma leitura fácil. É uma história cruel, violenta, intensa e sofrida. Mas também é um reflexo da vida e das condições - tanto sociais quando psicológicas - de Damaris e também um reflexo de sua consciência. Damaris se sente sozinha e sem propósito, e acredita que merece viver assim. A chegada de Chirli é um ponto conflitante e Damaris impõe na cachorra as vontades e sentimentos que guardou durante anos.

Essa leitura foi muito marcante para mim, pois algumas reflexões conseguiram me atingir profundamente, devido a experiências pessoais minhas. Não é uma leitura que irá agradar todos os leitores, pois se centraliza mais na condução psicológica, emocional de Damaris e no seu cotidiano doméstico. Eu mesma senti que cheguei à história com muitas expectativas, e em alguns momentos o desenvolvimento é um pouco lento de fato. Mas continua sendo uma leitura riquíssima que explora os mais íntimos aspectos das expectativas da maternidade, abordadas na conflitante e absurda relação entre Damaris e Chirli.

*Conheça meu instagram literário: @possosurtaragora :)

site: http://laizafsiqueira.blogspot.com/2021/03/livro-cachorra-pilar-quintana.html
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Cora Aurora 13/07/2021

Duras Verdades
Damares, a protagonista, faz parte da população que não existe para o sistema ou para pessoas de classe social mais alta e acompanhamos uma narrativa perfeita que nos transporta exatamente para o cenário onde ela vive. A história dela passa por vários absurdos, coisas que nem mesmo ela percebe, coisas que para o meio onde vive são comuns e sem importância.

Damares é uma mulher pobre, sem estrutura, e tem o profundo desejo de ser mãe. Ela vive uma luta diária árdua, tem memórias e sentimentos densos e tenta lidar com tudo da maneira mais correta possível.

Em "A Cachorra" vemos uma complicada história se desenrolar e passamos o livro inteiro esperando que o melhor ou o pior aconteça, mas o clímax é imprevisível e mesmo traçando muitas teorias fui surpreendida.

Este é um livro incrível, porém muito duro, por isso indico já deixando este aviso.
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Lana 10/02/2022

MEU DEUS?!
Li esse livro em um folego só. Que história triste, pesada, real... fiquei em choque assim que terminei, mexeu tanto comigo que não sabia pensar se havia gostado ou não. Eu gostei. É um livro que fala sobre coisas tão importantes e ao mesmo tempo tão irrelevantes e comuns...
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Pedro_hsds 22/10/2023

"A cachorra", não é exatamente a cachorra.
Achei a história completamente vaga. É evidente que a personagem principal tem uma vida difícil, e repleta de traumas.

A princípio, fiz-me acreditar que o marido era uma pessoa detestável, mas, ao desenrolar dos fatos, acabei afastando parte dessa ideia.

No que refere-se ao tema principal, acredito que a forma como ela transfere os sentimentos para a cachorra é muito natural no começo, mas completamente doentia no final.

Gostaria de um fim significativamente mais conclusivo, ante aos atos dela. Principalmente por isso, a nota baixa.

Definitivamente não recomendo.
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Mari Pereira 25/04/2022

Um livro repleto de estranhezas.
O enredo parece simples e a prosa é descomplicada. Uma mulher comum, uma mulher como qualquer outra, uma mulher pobre latina. E uma cachorra.
E nessa relação de carinho e cuidado, também se equilibram dores, traumas e ressentimentos.
E o que era só uma história sobre uma mulher qualquer e uma cachorra, se torna outra coisa. Se torna um desconforto. Um incômodo. Fica pesado, denso, estranho.
Não é um livro fácil de gostar. Mas vale a pena a leitura.
Pri 25/04/2022minha estante
Eu li e chorei na parte mais pesada, achei umlivre triste, muita dor e ressentimento envolvidos.


Pri 25/04/2022minha estante
Eu li e chorei na parte mais pesada, achei umlivre triste, muita dor e ressentimento envolvidos.


Mari Pereira 25/04/2022minha estante
Sim! Muita coisa guardada né, não dita, enterrada.




Alessandra.Adams 05/07/2021

Uma história triste, sensível e de um realismo que, apesar de poucas páginas, foi transmitido de maneira brilhante.
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Rafaela 11/06/2023

O maternar pode ser cruel e vazio
A Cachorra parece um conto muito longo, sem grandes contextualizações e com poucos cenários e personagens. Em suas páginas conhecemos Damaris, uma mulher maltratada pelas próprias expectativas e torturada pelos seus sonhos frustrados. Ela é casada com Rogelio e ambos queriam ter filhos, mas nunca conseguiram e isso criou um abismo na relação do casal. A frustração os distanciou um do outro e de si mesmos.

Damaris vive em profunda solidão até que decide adotar uma cachorra. Ela projeta nessa cadela o filho que não teve, o amor que não conseguiu transferir para uma criança. Vira mãe de pet (vou nem comentar). E a partir daí é só ladeira abaixo.

A autora não economizou na narração da crueldade. O pior de tudo é que cada palavra parece assustadoramente verdadeira. Que monstros nos tornamos quando deixamos a amargura nos consumir? Quantas malvadezas já pensamos em fazer com pessoas ou seres inocentes em momentos de raiva? Mesmo que não tenhamos feito, pensamos, e o que isso faz de nós?

Não considero o melhor trabalho da autora (apesar de ter sido o mais premiado), mas já podemos notar a sutileza e a autenticidade na narrativa de Pilar Quintana. Ela incomoda, cutuca, tira o sossego, mas não te deixa desgrudar das páginas.

Uma leitura rápida e interessante. Apesar de não ter classificado com tantas estrelas, recomendo a leitura para quem quer conhecer um pouco mais da autora.
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Renata (@renatac.arruda) 26/03/2021

Quando terminei de ler A Cachorra fiquei sem saber se tinha gostado ou não, menos pela violência do texto e mais por ter achado muito óbvia a abordagem do lado obscuro da maternidade. Mas, depois de pensar bem, compreendi as várias camadas do texto.

O livro conta a história de Damaris, uma mulher negra e pobre criada em um povoado nos arredores da selva colombiana. Desde pequena ela conhece o abandono de não ter sido criada pela mãe e de ser tratada como uma espécie de objeto, sem rumo e sem raízes. Casa-se cedo com um pescador, que a todo momento é percebido pela narração como violento, embora as atitudes dele mostrem o contrário.

Entre tantos traumas da infância, o que mais marca Damaris é a morte de um amigo rico, pela qual não teve culpa nenhuma mas acabou sendo castigada mesmo assim. No entanto, ela aceita todos os seus infortúnios calada, com calma e resignação. Domesticada.

Quando olhamos mais de perto, a morte do amigo tem um significado mais profundo: ela guarda consigo a culpa de ter testemunhado passivamente a morte dele e tirado um filho de uma família que considera superior à sua. No futuro, quando passa a cuidar da casa dos pais do falecido amigo, é o gatilho de carregar essa culpa que vai fazer com que Damaris tome atitudes extremas após a lembrança do menino ser profanada. Damaris então se animaliza.

E onde a cachorra entra nisso? Bem, outra culpa carregada por Damaris é a de não poder ter filhos. Mais do que isso, ela internaliza ódio de si mesma por não poder realizar esse sonho, o que afeta até o seu relacionamento com outras pessoas.

Assim, ao adotar uma cadelinha recém-nascida, que batiza com o nome da filha que nunca teve, Damaris projeta no animal seus ideais de maternidade. Mas ao crescer, a cachorra se mostra o oposto do que ela esperava: livre, independente, selvagem. Tudo o que Damaris jamais se permitiu ser. E o mais importante: a cachorra se torna mãe, mas rejeita seus filhotes. E aí, ela deixa de ser o objeto idealizado de Damaris para se tornar uma criatura indesejada, sofrendo as consequências de não cumprir com as expectativas e trazendo à tona o lado brutal de uma pessoa com muitos desejos e sentimentos reprimidos.

@renatac.arruda
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