Matheus 25/12/2023
Um desenvolvimento perfeito para o grand-finale da trilogia
Livro ?: O Reino de Cobre
Autor(a): S.A. Chakraborty
Faixa etária ?: +16
Nota ?: ???? ½ + ?
Depois do final bombástico de A Cidade de Bronze, não era possível esperar menos que um selo de favorito desse aqui. O Reino de Cobre é o segundo volume da trilogia de Daevabad e, minha gente, S.A. Chakraborty não para de me surpreender.
Contém spoilers do livro anterior!!
Depois de ser possuído pelos marids - espíritos da água - e desobedecer as ordens diretas de seu pai, o rei, Alizayd al Qahtani é banido de Daevabad para Am Gezira e, nesse caminho, fará amizades que determinarão seus próximos caminhos.
Enquanto isso, Nahri, a Banu Nahida de Daevabad, está cada vez mais determinada a destronar o rei Ghassan e encontrar a justiça para os shafits há muito tempo injustiçados e abusados. Depois da morte de Dara, Nahri nunca mais será a mesma de antes.
E falando sobre Dara, nesse volume teremos capítulos narrados por ele (e sem dúvida os melhores), que foi ressuscitado pela segunda vez e agora está se metendo em algo muito muito muito perigoso. Se tem um livro que faz você querer devorar setecentas páginas rapidinho, com o coração na mão, esse livro é o Reino de Cobre.
Sinceramente, eu não consigo explicar em palavras organizadas todas as emoções que esse livro me causou. Eu comecei com uma ansiedade sem fim, depois houveram momentos lentos que tudo que eu queria era pular pro final para ver as bombas explodindo, sem contar com as cenas tristes que escorreram algumas lágrimas.
Durante a leitura da trilogia, eu imaginei o ritmo dos livros como, metaforicamente, fogos de artifício. A Cidade de Bronze é um vulcão lindo de se acompanhar, com um ritmo incansável e curioso. O Reino de Cobre já é diferente, é como aqueles foguetes que você acende, não fazem muito barulho no começo, mas quando chega no final, o "papoco é grande". (Deixaremos a comparação do terceiro para a próxima resenha).
Os personagens mudaram muito sua personalidade. Nahri agora é uma figura importante em Daevabad e amadureceu bastante, não é mais aquela ladra do Cairo, ainda que ela viva dentro dela. Alizayd aprendeu o peso do mundo, não é nem de longe um garoto inocente que esperava ver as pessoas sorrindo e tudo mais. As cenas dele foram sem dúvida as melhores. Já o Dara... ele é um anti-herói perfeito e deixarei que tirem suas próprias conclusões.
A construção de universo desse livro foi muito bem feita, Chakraborty expandiu mais ainda o universo tão belo e interessante que ela introduziu no primeiro volume e é lindo acompanhar essa jornada. A escrita dela, meu Deus, sem pestanejar é uma das melhores que eu já vi.
Recomendo demais que leiam essa trilogia, sério, ela merece MUITO mais reconhecimento do que ela tem de fato e eu espero que um dia ela receba. Leiam a trilogia de Daevabad!!!