Royal City: Segredos em família

Royal City: Segredos em família Jeff Lemire




Resenhas - Royal City - Volume 1: Segredos em família


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Jonas (@castelodepaginas) 20/12/2020

Royal City
Mais uma obra de Jeff Lemire que me surpreendeu. Em Royal City apesar de encontrarmos o tema mais abordado pelo autor, drama familiar e cidade do interior, ele consegue nos fisgar com uma trama empática, em algum momento nos identificamos com alguma situação ou personagem, acredito que este seja um dos elementos do sucesso do autor, tramas que tratam principalmente da essência humana, personagens nem bons nem maus, cheio de defeitos e erros que os assombram.

Royal City é uma cidade que antigamente já foi muito próspera, mas hoje a principal fonte de renda da maioria das pessoas é a fábrica da cidade que não gera mais tanta riqueza como em outrora ... para continuar lendo a resenha visite nosso blog link abaixo ...

site: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/12/royal-city-vol-1.html

Gabi 23/12/2020minha estante
Comprei e tô doida pra ler! Lerei já já.




Laura Brand 26/11/2020

Nostalgia Cinza
Royal City é o mais recente lançamento de Jeff Lemire publicado no Brasil. Com algumas das características mais marcantes do artista, Royal City #1, conta a história de uma família desestruturada e a busca por pertencimento e entendimento que assombra seus integrantes.
Royal City é um quadrinho criado, escrito e ilustrado por Jeff Lemire e é possível perceber alguns dos melhores atributos do artista desde a primeira página. As relações familiares costumam ser um elemento central nas histórias de Lemire e Royal City explora isso em seu cerne. Desestruturados e perdidos, os Pike lutam para se encontrar individualmente e como família, enquanto precisam lidar com dramas que definirão a organização não apenas de seu pequeno núcleo, mas de Royal City.

Desde o começo é possível perceber um clima quase hostil entre os integrantes da família e o traço mais grosseiro de Lemire reforça a aspereza no trato dos personagens. Os traços dos personagens são bem característicos do estilo de Lemire, lembrando bastante os personagens de Condado de Essex e O Soldador Subaquático, obras-primas do artista. Com uma paleta de cores mais pastel e quase apagada, as páginas refletem bem a atmosfera melancólica e nostálgica de Royal City.

Além do laço de sangue, os personagens são unidos por um fantasma que os assombra quase que literalmente e é um fio condutor da narrativa, do início ao fim, desse primeiro volume. Ainda não temos acesso aos detalhes desse personagem em específico, mas Jeff Lemire, de forma primorosa, deixa pistas desde o primeiro balão até o suspense que encerra esse primeiro volume.

Assim como em Black Hammer em que o ligar em questão é fundamental para a trama, a cidade de Royal City serve não apenas como pano de fundo, mas se mostra quase como um personagem cuja presença se mantém latente ao longo de todas as páginas.

Royal City reúne alguns dos temas universais e recorrentes das histórias de Lemire de forma primorosa. Solidão, vínculo familiar, pertencimento a um lugar específico e a busca por sentido intrínseca à própria existência continuam presentes em Royal City: Segredos em família e com certeza serão exploradas mais a fundo nos volumes seguintes.

Royal City: Segredos em família chega para presentear os fãs de quadrinhos com mais uma série para acompanhar e esperar ansiosamente. O Volume 1 reúne cinco fascículos que apenas introduzem a trama e apresentam os integrantes da família. O cliffhanger deixado ao final do livro dá o tom do que será explorado nos próximos volumes e já posso dizer que aguardo ansiosamente pelo desenrolar da nova trama criada por Lemire.



site: https://www.nostalgiacinza.com.br/2020/11/resenha-royal-city-segredos-em-familia.html
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AmadoThriller 14/01/2023

Não conhecia esse autor e achei duas HQs suas em uma feira de livros, o que foi uma grata surpresa! A história retrata uma família que sofreu a perda do irmão caçula e está despedaçada. Cada membro da família vê o irmão morto de uma forma e com uma personalidade diferente, adaptada às suas próprias dores. Desunidos, egoístas e infelizes, os membros da família se veem presos à cidade de Royal City, onde aconteceu a morte do irmão. Em meio aos acontecimentos o pai da família sofre um derrame e entra em coma. Royal City é uma sequência e já possui 14 hqs no exterior, para o Brasil só foi traduzida a primeira e temos a promessa de que a segunda chega esse ano.
Eu adorei a história! Muito bem escrita, desenhos bem legais, a mudança de figura do irmão morto para cada familiar é bem criativa e demonstrada de forma clara e inteligente. Não dá para saber a origem dos traumas por essa primeira hq, com certeza tem uma trama muito maior por trás de tudo, mas esse começo já me prendeu muito e me deixou interessadíssima para ler as continuações e procurar mais obras do autor.
Não sou uma aficionada por HQs, mas essa me conquistou, recomendo!
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da Silva, L. F. 07/05/2021

Mais um complexo familar do Lemire
Falar que um quadrinho do Jeff Lemire é bom já ficou meio redundante. Esse é muito bom.
O que mais prendeu nem foi a história em si, mas sim a arte. Esse foi o primeiro quadrinho dele que eu leio em que ele é encarregado do roteiro e da arte.
A arte dele, apesar de me causar uma certa estranheza no início com o estilo mais "estilizado", funciona muito bem como narrativa gráfica, a simplicidade no traço combina com a sutileza da história.
Esse primeiro volume foi muito bem conduzido para apresentar os integrantes da família para o leitor, como também a suas relações com o "fantasminha".
Uma hq muito boa e uma boa leitura.
Esperando pelos próximos volumes.
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@somaisumparagrafo 06/01/2021

@somaisumparagrafo
Décadas atrás, Tommy, o caçula da família Pike faleceu de forma misteriosa e, desde então, seu fantasma assume formas distintas para assombrar os pais e irmãos, que se fecharam a ponto de criar um grande abismo entre eles. Com o derrame do pai, Patrick Pike está de volta a Royal City e se vê novamente em meio a todos os dramas familiares que tanto lutou para fugir.

-x-

Royal City é uma cidade industrial que já teve seus dias de glória, mas que hoje possui um certo ar de estranheza que envolve seus habitantes. E é neste ambiente de cidade pequena decadente que vive a desestruturada família Pike.

?Às vezes me pergunto se foi difícil crescer em Royal City... ou se simplesmente foi difícil crescer. É que tem algo diferente neste lugar. Juro que dá para sentir isso tarde da noite, uma estranheza que parece envolver tudo. Algo que te deixa acordado e te faz sentir ainda mais sozinho.?

Esse primeiro volume reúne os fascículos de 1 a 5 e traz uma trama mais introdutória, porém, envolvente e cheia de mistério. Com uma narrativa melancólica e um tanto quanto nostálgica, acompanhamos o cotidiano dos membros dessa família disfuncional, cada qual se sentindo perdido e sendo devorado pela culpa, tentando se agarrar aos últimos resquícios do caçula morto.

?Os fantasmas de quem éramos estão sempre assombrando quem somos hoje, e no centro disso tudo está 1993. O maldito ano de 1993. Ano que nunca nos libertará... nunca nos deixará seguir em frente.?

Sou muito fã dos quadrinhos de Jeff Lemire, depois de Black Hammer, me propus a acompanhar suas demais obras e as experiências têm sido muito gratificantes. Nessa nova série, nos deparamos com uma história carregada nos dramas familiares, com personagens imperfeitos e muito reais, enfrentando batalhas interiores e vivendo reféns de segredos do passado. Como característica de sua escrita, Lemire nos atiça soltando informações importantes aos poucos, nos deixando ansiosos pelas respostas aos questionamentos que vamos organizando em nosso emaranhado mental. Com certeza uma HQ com grande potencial!
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Glaucia @blogmaisquelivros 14/03/2021

Uma das HQs mais fortes que li
Royal City já teve seus dias de glória, mas hoje é uma cidade em decadência. É lá que conhecemos os Pike, uma família emocionalmente desestruturada após a perda do filho caçula.

Desde 1993, quando Tommy morreu de forma misteriosa, os Pike tentam lidar com a dor do luto, cada um em sua individualidade. O problema é que essa perda os distanciou física e emocionalmente, enfraquecendo dia após dia as relações familiares. Peter e Patrícia Pike vivem um casamento falido, onde já não são capazes de encontrar a felicidade ao lado do outro, no entanto, algo ainda faz com que se tolerem e permaneçam juntos, mesmo que a contragosto. Com os quatro filhos as coisas não são diferentes. Tara é corretora de imóveis da cidade e planeja construir um resort onde hoje funciona a fábrica que emprega a maioria dos habitantes de Royal City, inclusive seu marido. Richie é um alcoólatra que deve grana para gente perigosa, Patrick é escritor de um único romance de sucesso enfrentando um bloqueio criativo para escrever seu novo livro e Tommy está morto.

Quando Peter sofre um derrame e entra em coma, Patrick decide retornar para sua cidade natal. Com todos os integrantes da família reunidos, começamos a compreender o impacto causado pela morte do menino. Embora a HQ não se trate de uma obra sobrenatural, mas sim um drama familiar, Tommy ainda se faz presente na vida de todos. Para a mãe, ele aparece como o homem casto que ela sempre idealizou, para o pai, Tommy é um pré-adolescente, para Tara, ele é a criança que ela ajudava a cuidar, sendo assim, cada um visualiza Tommy conforme sua necessidade, muitas vezes como uma válvula de escape para enfrentar seus fantasmas.

Quando iniciei essa HQ, não imaginava a densidade de assuntos desenvolvidos aqui, ou mesmo a nevoa de tristeza que paira sobre esses personagens. Muito mais do que falar de relações familiares, Jeff Lemire fala sobre luto, depressão e sobre os fantasmas que nos aprisionam e nos impedem de seguir em frente.

Por ser o 1° volume de uma trilogia, algumas perguntas ficam em aberto e um clima de mistério permanece até a última página. Mais uma vez, Lemire surpreende entregando uma história forte, sensível e reflexiva.

site: https://www.instagram.com/p/CMQCt1UjRO0/
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Carol 28/04/2022

Royal City
Sou muito fã dos trabalhos do Jeff Lemire e em Royal City não poderia ser diferente, ele exerceu um excelente trabalho principalmente na arte, cores claras, tons aquarelados e que muitas vezes não é necessário palavras para transportar o leitor para aquele ambiente ou momento.

O roteiro tem bons cliffhangers e no começo o leitor de sente meio perdido até entender o quanto essa leitura é profunda, gostei bastante, me divertiu muito e foi uma leitura fluída e rápida, estou curiosa para saber sobre a próxima parte ?
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Karini.Couto 07/02/2021

Olá pessoas queridas. Como estão?
Eu amo demais quando a editora lança essas edições maravilhosas e se possível não perco uma oportunidade de leitura..

Quem vê capa não vê conteúdo.. Isso é fato!
E essa é mais uma daquelas gratas surpresas que temos na vida de leitor, essa é mais uma obra maravilhosa de Jeff Lemire que me encanta e surpreende positivamente!

Em Royal City temos uma receita antiga que é o drama familiar, tema bem explorado no universo literário, mas o "borogodó" está em como o autor aborda o tema é o desenvolve e aqui temos uma obra que remete empatia do começo ao fim, é impossível não termos aquela sensação de termos visto ou vivido algo e assim nos identificamos com uma ou várias partes só enredo ou mesmo com os sentimentos de algum personagem..

Royal City é uma cidade de interior que já foi muito produtiva, mas hoje a fábrica que é fonte de renda da maioria das pessoas já não é próspera como antes.. Temos um cenário com uma ambientação com ar misterioso e vamos conhecer a família Pike, o patriarca da família tem um derrame logo no começo da história e é a partir desse evento que tudo começa a se desenrolar e vamos pouco a pouco conhecendo de perto os membros dessa família e com isso, vamos ficar intrigados com a morte do filho mais novo, que foi em 1983 e não ficamos sabendo quase nada, além do ano de sua morte e a idade que Tommy tinha, a coisa é envolta em mistério, conforme falei acima. Aos poucos vamos tendo uma visão diferente de Tommy através do olhar de cada membro da família, o que é interessante e instigante, e vamos vendo como a morte de Tommy afetou cada um deles e até mesmo a relação da família em si. O final dessa HQ nos deixa ávidos por mais, e estou doida para ler a continuação.

Espero que leiam e gostem também!

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Gramatura Alta 11/02/2021

http://gramaturaalta.com.br/2021/02/11/royal-city/
Peter Pike é o patriarca de uma família destroçada. Patrícia, sua esposa, não consegue mais ver nada de bom no casamento. Críticas após críticas, a relação do casal é mantida pela insistência de um suportar o outro. Os quatro filhos não se saem melhor. Richie é um bêbado e viciado, endividado, que não tem qualquer futuro. Tara é uma corretora de imóveis que planeja a construção de um clube e campo de golf, no terreno que hoje é ocupado por uma fábrica que dá emprego a metade da cidade, inclusive a seu esposo e a seu irmão Richie. Patrick vive em outra cidade e é um escritor de uma obra de sucesso apenas. Agora, ele tenta emplacar um segundo best seller, mas não consegue sair de uma fase de total incapacidade criativa. E Tommy é o irmão que consegue manter os outros três de pé. A coisa toda piora quando Peter sofre um derrame, é internado em coma e fica à beira da morte. Patrick precisa retornar para casa e tentar compreender sua família, ao mesmo tempo em que tenta juntar seus pedaços.

O ponto em comum entre todos eles, que os mantêm firmes, mesmo que por pouco, é a relação com Tommy. Tommy é o irmão que está sempre ao lado de Richie, mesmo quando ele faz as piores cagadas. Tommy é o irmão que apoia Tara num empreendimento que pode custar seu casamento. Tommy é o irmão que cobra de Patrick a devolução de um caderno, motivo pelo qual não consegue mais escrever. Tommy é o filho de uma mãe que mantém um caso extraconjugal. Tommy também é o filho que conversou pela última vez com Peter antes do derrame. Só tem um detalhe. Tommy morreu anos atrás e essa tragédia foi a responsável pela quase destruição da família.

Esse é o principal destaque de ROYAL CITY, a forma como essa família lida com a morte. Patrick conversa com um Tommy adolescente; Tara conversa com um Tommy criança; Peter com um Tommy pré-adolescente; Patrícia com um Tommy que seguiu o celibato e virou padre; e Richie com um Tommy que virou adulto. Cada um deles parece ter um assunto pendente com o filho/irmão. Algo que ficou preso na idade em que cada um deles enxerga Tommy. Enquanto enfrentam o que a vida lhes reserva, e enfrentam um ao outro por causa das mágoas que acumularam, eles se refugiam na visão do Tommy que os deixa confortável.

Além de cada integrante da família Pike ter sua versão de Tommy, ou melhor, ter uma versão de Tommy em uma idade diferente, o que eles pensam ouvir não é o que eles querem ouvir, mas o que eles precisam ouvir. Tommy não está lá para passar pano, mas para mostrar a seus familiares os erros que estão cometendo e um possível caminho para se acertarem, se perdoarem, para retomarem uma felicidade que perderam.

A arte e cores de Jeff Lemire, com traços grossos, feições pesadas, rostos quase sempre carrancudos e preocupados, ajudam a montar um clima pesado de tensão, de tristeza, caminhando para a depressão. Os olhares dos personagens transmitem um constante cansaço, desânimo, com raras exceções, que acontecem quando estão presentes com Tommy. Soma-se a isso o fato de que toda a família fracassou em algum sentido, ou no casamento, ou na profissão, ou como pais, o clima da HQ precisa ser absorvido com calma.

ROYAL CITY tem um total de 14 edições, publicadas entre 2017 e 2018, nos Estados Unidos. Esta edição da Intrínseca, reúne as primeiras 5 edições. Por conta disso, ficamos com mais perguntas do que respostas, o que é natural. Não sabemos o que aconteceu com Tommy, como ele morreu, apenas quando ele morreu, aos 14 anos de idade. Também sabemos que existe uma grande pendência de Patrick em relação ao seu primeiro livro e a algo com Tommy, mas não chegamos a descobrir o quê. Tudo ainda é muito misterioso, o que deixa uma sede enorme para os próximos volumes.

Confesso que me surpreendi com a HQ. Eu comecei a ler sem saber praticamente nada da história, nem sequer li a sinopse. Sabia apenas que se tratava de um drama familiar em uma cidade que tinha algo de estranho. O que encontrei vai mais fundo do que um drama familiar. Vai na superação da dor de perda de quem amamos e na luta que é necessário travar para conseguir consertar os erros com essa pessoa que não está mais em vida. ROYAL CITY vale muito a leitura e se tornou uma das HQs mais fortes que li nos últimos tempos.

http://gramaturaalta.com.br/2021/02/11/royal-city/

site: http://gramaturaalta.com.br/2021/02/11/royal-city/
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Manoela138 15/06/2023

Royal City: Segredos em família
Já li algumas HQs do Jeff Lemire e gostei de todas. A história apresenta um drama familiar interessante, com uma família complicada e conflitante. As ilustrações são diferentes e muito bonitas. Li a HQ bem rápido, a leitura foi muito boa, recomendo!
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Ley 18/03/2022

Uma familia onde todos veem o irmão morto de formas diferentes??
A intrigante Royal City, de mesmo nome da HQ, se torna o centro desta narrativa, mas de início ela aparenta ser apenas uma cidade que vem sofrendo alguns abalos devido a mudança constante do mundo. A fábrica que gera a maior parte dos empregos da cidade está sendo comprometida e, assim, outras questões ficam mais evidentes nas páginas.

No centro de todas as questões envolvendo Royal City, está a família Pike. Eles estão presentes em vários setores e esta é uma família que merece um pouco mais de atenção. Ao crescerem no mesmo lugar, nem todos ficaram por ali, mas a cidade deixou sua marca em cada um. Eles parecem ter problemas entre si, conflitos que explodem assim que uns vêem os outros.

No início, um acontecimento particularmente trágico deixa todos à flor da pele: o pai foi acometido por um derrame e está em coma. É quando todos ficam mais próximos e a tensão continua. Mas essa não é apenas uma história com dramas familiares, é bem mais profunda do que se imagina, com segredos antigos que os põe em conflito com intrigas antigas.

Há um tempo o irmão dos personagens foi morto. A tragédia foi um estopim para a tensão entre eles ser um grande empecilho, mas outro ponto é o mais preocupante. A princípio demorei um tempo para descobrir qual era a real razão para que houvesse uma instabilidade crescente na família, mas como o autor exibe diferentes pontos de vista, fica claro para o leitor que cada integrante da família vê o garoto morto.

O complicado é saber se a visão é fruto da mente de cada um ou um intrigante fantasma. Tommy, o garoto morto, é visto de diferentes formas por cada personagem: um padre, uma criança, adolescente, etc. Mas um detalhe é claro, todos veem ele há bastante tempo.

A história é intrigante de uma forma crescente. O drama familiar não teria me deixado tão alerta sem o fator mais sobrenatural envolvendo a família. Há uma teia tão intrincada ao redor da tensão desse acontecimento que não é claro como Tommy morreu, ou porque cada personagem é de algum modo preso a ele, ou visse e versa.

A cidade de Royal City tem uma aparência simples e pacata, mas sabemos o quanto cidades calmas podem esconder mistérios. Diferente de outras obras do autor, Jeff Lemire aposta em uma trama familiar envolvente e enredada de mistérios. Outras histórias que li do autor foram de ficção científica, mas essa não é nada parecida.

Focando principalmente no mistério, e ainda com um ar melancólico, só me resta torcer para saber mais da história. O primeiro volume instiga o suficiente para deixar o leitor curioso. O autor dá um panorama grande nesse primeiro momento, com ângulos que nos fazem entender e cogitar resultados diferentes para os protagonistas. A trama é boa e tenho grandes expectativas para o segundo volume.


site: https://www.imersaoliteraria.com.br/2022/03/resenha-royal-city-segredos-em-familia.html
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Biancamotapereira 23/01/2022

As ilustrações são perfeitas, algumas citações quase me fizeram chorar, mas o mistério aqui e o drama familiar não me prenderam tanto. Pretendo sim ler a continuação porque estou bastante curiosa pra saber como a história termina.
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Masisnatore 29/01/2023

Razoável
Estão de luto ou o que ? Todos eles precisam de uma terapia pra entender os sentimentos gente, no geral achei bom, porém bem confuso. Espero que tenha os próximos volumes pra entender melhor toda a história dessa família.
Amei o estilo de desenho!
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Capeleti 24/03/2024

Efemeridade da vida
Esse livro foi uma surpresa, emocionante, deslumbrante e maravilhoso. A história somado a uma ilustração muito boa, fez ele se tornar algo único.

A história tem um teor emocionante e emotivo, te mostra como a vida é efêmera, e traz a toda sentimentos que circundam a cabeça de todo o ser humano. Apesar de rápido, a emoção que esse livro é enorme, questiona sobre sentimentos profundos.

Como eu disse no início, a ilustração é parte chave, os traços dos desenhos e as cores, trazem ainda mais emoção para cada página, você sente a emoção dos personagens como se fosse você ali, realmente surreal. Ainda somado com uma ótima narrativa, a história se torna impecável.

Contudo, eu digo que esse livro supera expectativas e te deixa imersivo na leitura, eu o finalizei muito rápido, mas é porque eu me senti instigado a terminar a história, para saber o que aconteceria. É uma leitura maravilhosa que eu recomendo a todos!
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Djeison.Hoerlle 31/12/2020

Chega a ser um pouco monótono resenhar uma autoral de Jeff Lemire. Isso porque, bem... você meio que já sabe o que vai encontrar.
Melancolia, personagens tridimensionais, reflexões sobre a vida e a morte... tudo majestosamente condensado em uma narrativa fluída, tocante e extremamente pessoal.
Até porque é comum a gente considerar que toda obra de ficção é pessoal em algum nível, afinal, os personagens ali concebidos são todos frutos das vivências e da mente de uma única pessoa.
Mas o Jeff eleva isso para outro patamar.
A impressão que passa é que seu texto nada mais é do que uma confissão, especialmente no que toca o personagem Pat, um escritor bem sucedido passando por um bloqueio.
Eu sinceramente fico muito feliz de ter passado essa madrugada de insônia lendo essa obra. Foi a última leitura do ano, e certamente irei acompanhar os próximos volumes. Até porque os cliffhangers estão excelentes.
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