Inverno em Sokcho

Inverno em Sokcho Elisa Shua Dusapin




Resenhas -


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Maria.Eduarda 31/03/2024

Inverno em sokcho
Livro calmo, "monótono" sem grandes reviravoltas ou história mirabolante.
MAS, a forma que a autora escreve, apesar de extremamente objetiva, te prende, te faz querer mais. Ela "esconde" palavras ao usar o ponto final, o que abre pra interpretação do leitor sobre o que a personagem viveu, sente e se suas atitudes tomadas ao longo do livro são calculadas, genuínas ou, até, doentias.
Pra um livro de 150 páginas, é muito bem escrito, com história incrível e simples mas que leva a certos debates internos.
Ótima escrita, história e construção dos personagens.
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Catarina314 13/03/2024

Enigmático
"Ele jamais conheceria Sokcho como eu. Não era possível querer conhecê-la sem ter nascido nela, sem ter vivido seu inverno, seus odores, seu polvo. Sua solidão."

Acho que gostei mais do que deveria hahahah O livro não reserva muitas surpresas grandes, mas surpreende nas pequenas. Consegue ser bem brutal e ao mesmo tempo sutil. Com certeza me fez sentir o frio, os cheiros, a náusea... Mostra um lado frio e parado de uma parte turística da Coréia do Sul fora de estação, as belezas e feiuras do lugar, das pessoas. É uma leitura diferente, pode parecer monótona mas na verdade tem passagens curiosas e cheias de camadas, achei super metafórico e misterioso, grifei várias partes inclusive.

" - O inverno não é interessante - falei impaciente. - Logo as cerejeiras vão florir, o bambu vai esverdear. É preciso vê-los na primavera.
[...]
- Gosto assim da mesma maneira, sem artifícios."
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Carol 28/02/2024

"Para aquelas mulheres que desejam ser vistas e lembradas".
"Ele me fizera descobrir algo que eu ignorava, aquela parte de mim que estava lá, do outro lado do mundo, era tudo que eu queria. Existir sob sua caneta-tinteiro, na sua tinta, me banhar nela, que ele esquecesse todas as outras. Ele tinha dito que gostava do meu olhar. Tinha dito isso. Como uma verdade fria e cruel que não afetava minimamente seu coração, apenas sua perspicácia. Eu não queria sua perspicácia. Queria que ele me desenhasse." ?
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Clarinha. 14/01/2024

Todos desejam ser reconhecidos à sua maneira
?Antes eu lia com o coração. Agora, leio com a mente?.
É triste e desconfortavelmente que me identifico com essa passagem.
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yoshii 20/12/2023

Mais uma mulher sofrendo por um branco mediano
Eu achei um livro bem ok, para mim não foi marcante.
Quando eu penso nesse livro, o que me vem à mente é uma mulher sul coreana linda sofrendo por um brancão sem graça kkkk
A parte que eu mais gostei é quando ela deu um fecho nele em relação às cicatrizes de guerra:
"What I mean is you may have had your wars, I'm sure there are scars on your beaches, but that's all in the past. Our beaches are still waiting for the end of a war that's been going on for so long people stopped believing it's real. They build hotels, put up neon signs, but it's all fake, we're on a knife-edge, it could all give way any moment. We're living in limbo. In a winter that never ends."

"I didn't want to be his eyes on my world. I wanted to be seen. I wanted him to see me with his own eyes. I wanted him to draw me."
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Marcela 12/12/2023

Eu acho que li esse livro da maneira errada. Esperei muita coisa da história e um grande desenvolvimento da personagem, mas ele não é bem sobre isso.
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euunick 29/11/2023

Inverno em Sokcho.
Para aqueles que querem ser vistos e valorizados como pessoa. ?

"Ele me fizera descobrir algo que eu ignorava, aquela parte que estava lá, do outro lado do mundo, era tudo que eu queria. Existir sob sua caneta-tinteiro, na sua tinta, me banhar nela, que ele esquecesse todas as outras."
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marcelalyzandra 21/11/2023

Final?
Os cenários, momentos e movimentos são meticulosamente descritos. As cenas sexuais são cruas, mas em muitos momentos há traços existencialistas, o que me provocou certas reflexões. Além disso, a leitura aborda muitos aspectos culturais, desde a culinária coreana (encantadora) e os locais de Sokcho, até mitos antigos. Certamente não é um livro para ser lido apenas uma vez.
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Cleany 07/11/2023

Uma mulher sem nome e sem rosto em uma complexa relação com um artista estrangeiro de passagem pela pousada onde ela trabalha. esse é um daqueles livros em que nada efetivamente acontece, mas você sente que, ao fim, alguma coisa aconteceu. talvez tenha sido importante.
ambientada perto da fronteira sul-coreana do paralelo 38, num inverno que parece infinito ao longo das breves páginas do livro, "inverno em sokcho" é uma história sobre expectativas que nunca chegam a se concretizar. sobre uma estase que oprime e conforta. sobre desejar mais - e não conseguir.
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_bbrcam 22/05/2023

Esperava um livro, mas levei um soco
Foi complicado ler algumas passagens, talvez por me identificar c ela. os personagens parecem pessoas que eu conheço e os dramas são vívidos e coloridos, como se realmente existissem. olha... foi complicado esse tapa na cara. a leitura é rápida, mas parece um livro muito maior do que é. a sensação é que li 1000 páginas em 100. entendi mais ou menos o final, mas foi bom. gostei.
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Wendy 19/05/2023

"Antes eu lia com o coração. Agora, leio com o cérebro."
Um livro que conta uma história bem cotidiana, não tem um grande plot, é algo bem calmo.

Vemos nuances de duas culturas diferentes, a protagonista que narra os eventos do livro é uma sul-coreana, e a figura masculina que a desperta interesse num primeiro momento é um francês, cartunista que resolve conhecer Sokcho, destino escolhido para o final da sua história, ela trabalha na pensão em que ele se hospeda.

É nítido o interesse dela por ele desde o primeiro contato, ele reservado, taciturno, mas disposto a conhecê-la.

Fica aquela expectativa do romance, dele se revelar mais, ao contrário dela que é uma figura exposta e mais transparente.

É um livro curto, com uma escrita fluida, e temas recorrentes da cultura sul-coreana, sobre os cuidados com a estética, sobre as imposições familiares, e as expectativas que permeiam a vida pessoal, e profissional.

O desfecho não foi como imaginei, nem de longe, mas para a protagonista creio que foi algo que despertou a imagem que ela quis passar para o Kerrand, ela foi notada, sua presença o marcou e ela certamente foi uma figura que trouxe calor naqueles dias de inverno e o inspirou a concluir sua história.

"Ele me fizera descobrir algo que eu ignorava, aquela parte de mim que estava lá, do outro lado do mundo, era tudo que eu queria. Existir sob sua caneta-tinteiro, na sua tinta, me banhar nela, que ele esquecesse todas as outras."
Fabio 20/05/2023minha estante
Nossa Wendy, que maravilha de resenha!


Wendy 21/05/2023minha estante
Fábio, obrigada!?




Mari 20/02/2023

Tem os elementos que eu gosto
À primeira vista e pela sinopse este livro é um romance entre personagens de culturas diferentes, mas ele é muito mais que isso.
Ele é um breve retrato da cultura coreana, a autora descreve as pressões estéticas, as cobranças familiares, o papel da mulher nessa sociedade, transtornos alimentares, entre outras situações, enquanto apresenta lentamente dois personagens e constrói entre eles um romance que nunca se concretiza. O desejo, a admiração, a afetividade, o companheirismo estão lá, porém sem a manifestação física.
Os personagens revelam as diferenças que os separam não só com as diferenças de comportamento, mas com o seu olhar sobre as coisas, porque ambos percebem Sokcho de uma forma distinta.
Não sei se a autora queria fazer isso realmente, mas senti que a história que Kerrand está desenhando é um paralelo entre ele e a moça da pensão. A protagonista quer ser amada, vista, desejada, quer ser a inspiração de alguém, mas não sente que isso acontece.
O final carrega uma subjetividade muito bonita, mas pode incomodar quem não de finais abertos. Essa estrutura narrativa me lembrou bastante outras histórias coreanas que li. Eu gostei muito.
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