NegrALANE 14/08/2022
Um final de semana resumido em ler esse livro
Depois de alguns dias tentando, peguei esse livro para ler verdadeiramente esse final de semana.
E não consegui parar. Parei ao final, agora 23h10 da noite. Tudo o mais ficou pra depois, a casa pra organizar, filmes pra ver...
Os supridores primeiro me trouxe um gosto de casa pela chuva de expressões gaúchas, que no começo achei que eram meio forçadas, talvez por nunca ter antes contato com uma literatura gaúcha da periferia. Fiz até minha lista de expressões na primeira página do livro.
Depois veio a empolgante, inteligente e jovem literatura. Cheia de verdade e criatividade, sem dar vontade de parar de ler.
Depois veio a respiração pausada, os segundos de angústia, a vontade de pular as páginas pra saber o resultado.
Depois a emoção. A beleza da escrita. A inteligência da sabedoria popular. Terminei o livro com lágrimas e me sentindo que não saí nada ilesa dessa história.
Lembrei de Emicida quando disse:
Irmão, você não percebeu que você é o único representante do seu sonho na face da terra?
Se isso não fizer você correr, chapa, eu não sei o que vai. Então levanta e anda, vai, levanta e anda.
E depois de Mano Brown e dos inúmeros ensinamentos sobre a periferia, entre eles: Sempre foi assim. Se você vai escolher o que estiver mais perto de você ou o que estiver dentro da sua realidade, você vai ser dua vezes melhor como? Quem inventou isso aí? Quem foi o pilantra que inventou isso aí?