Filhos De Virtude E Vingança

Filhos De Virtude E Vingança Tomi Adeyemi




Resenhas - Filhos De Virtude E Vingança


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Clio0 12/01/2024

Filhos de Virtude e Vingança foi um livro ansiosamente esperado que acabou se tornando uma grande decepção. Como muitos autores, Adeyemi buscou inspiração na História para compor seu cenário, o problema é que se esqueceu da trama.

Esse volume é um paralelo entre os conflitos étnico-religiosos na África do século XVI e a ascensão da escravatura, porém não há absolutamente nada que indique um conflito-resolução por parte dos personagens.

Zélie e Amari perderam todo desenvolvimento do primeiro volume em torno de sua amizade para se tornarem algo como uma versão incoerente de amigas/inimigas, mesmo Inan e Tzain sumiram com suas aparições sendo pouco mais do que escadas para o conflito entre as duas heroínas.

O sistema mágico que tinha uma boa dose de religiosidade, transita entre frases idiomáticas e um tipo de aviso sobre o-perigo-de-mexer-com-forças-ocultas. Tal aviso macabro se perde no final Deux Ex-Machina que absolutamente não funciona com o resto e transforma o epílogo em algo solto, sem muita razão de ser.

A meu ver, inspiração na História deve ser apenas isso, a tentativa de transformar fatos históricos em trama terminou numa narrativa confusa em que os personagens perderam suas características para poderem casar com os acontecimentos.
bruna 13/01/2024minha estante
Triste ? Então nem vale a pena ler a saga, levando em consideração a continuação?


Clio0 13/01/2024minha estante
Eu não pretendo.




Lauraa Machado 08/12/2020

Um livro bom com um final incrível!
Quando um livro termina em um ponto alto, a sensação que dá é de que ele foi excelente do começo ao fim. Eu terminei este daqui pensando, "Essa série é uma das melhores que eu já li", o que continua sendo verdade, mas não dá para dizer que este segundo livro foi ótimo inteiro ou no mesmo nível do primeiro. Ele tem uma segunda metade muito boa, um final excelente e que te deixa com a sensação de que você não vai viver direito até descobrir o que acontece no terceiro. Mas infelizmente teve alguns problemas no que veio antes.

Eu realmente amo a Zélie, acho incrível como ela é teimosa, tempestuosa e "difícil", como não abaixa a cabeça para ninguém e nem facilita a vida de quem não merece, mas tem um coração muito bom e se importa de verdade com as pessoas. Não quero que ela mude nunca e estou bem feliz por ver que ela não mudou. Mesmo assim, neste livro ela está lidando com luto, com medo e vontade de fugir sem ter que encarar seus problemas, então ela não teve um desenvolvimento super linear e claro. Ainda acho que tudo que aconteceu com ela foi bem coerente e gostei de ver que sua lealdade à Amari está acima de desentendimentos.

A Amari, em compensação, estava perdida aqui. Ela ficava repetindo a mesma coisa o tempo todo, só tomando atitude impulsiva e nunca tendo mesmo que lidar com as consequências disso. Para mim, a construção e o desenvolvimento dela desandaram bastante neste livro. Tzain ficou um pouco esquecido e Inan, do outro lado, me pareceu um pouco frouxo e sem graça.

Em compensação, Roën veio com tanta força e tanto charme, que me conquistou loucamente! Estou oficialmente apaixonada por ele e preciso que ele fique com a Zélie! Nada contra o Inan, eu até acho ele bem bacana, mas sabe? Roën é maravilhoso demais!

Mas o verdadeiro problema do livro, o que o deixa atrás do anterior, é seu enredo. Filhos de Sangue e Osso é um livro de fantasia completo, poderia facilmente ser um livro único e não teve um único momento em que me senti entediada, enrolada ou incomodada com o ritmo e a ordem de acontecimentos. Aqui, me senti assim às vezes. O enredo dá várias voltas sem sair direito do lugar e acaba não desenvolvendo a grande questão dele de verdade até os últimos segundos. É uma guerra um pouco repetitiva e com confrontos fracos ou dispensáveis.Tem algumas coisas que acontecem e que têm poucas consequências, por isso mesmo a sensação de que nada muda.

Mas também tem cenas incríveis, emocionantes, de partir o coração e me fazer gritar "Não!" enquanto lia. Tem personagens novos marcantes, expande ainda mais a magia desse universo e o livro, afinal, acaba em um ponto alto maravilhoso. E isso importa também.

A reviravolta final provavelmente é a mais surpreendente que eu já vi em toda a minha vida e eu não consigo nem começar a adivinhar direito tudo que vai mudar daqui para a frente! Tem tantas possibilidades, algumas que eu nunca teria esperado antes, outras que fazem sentido mas que são tão ruins (para os personagens, não para o enredo), que tenho até medo de imaginar, mas que também dariam uma força e um significado à história que seriam absurdamente poderosos.

A maior parte desse livro só deve merecer umas três estrelas, mas o final é ótimo e já sei que o próximo livro vai ser espetacular. Esperei alguns dias para ter certeza do que eu achei da história e o fato é que essa é uma das melhores séries de fantasia que eu já li. Mal posso esperar pelo próximo e estou louca para reler o primeiro e esse também! O que você tá esperando para ler?
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alekele_ 06/01/2022

Uma boa comunicação é tudo né...
Eu amei o primeiro livro e estava ansiosa para ler a sequência. Não me decepcionei. Apesar de ter gostado mais do primeiro, este segundo livro é muito bem escrito. Tomi nos mostra como uma probleminha de comunicação pode se transformar em um furacão arrasador.
E mesmo me irritando com tanto auê que poderia ter sido resolvido facilmente, eu fiquei presa nesta leitura até o fim.
Ah meu coração não aguenta esperar o terceiro livro! Rs...
Shay 06/01/2022minha estante
Ai agr quero ler


alekele_ 06/01/2022minha estante
Apenas leia!!! Depois me diga se tu não quis pegar um bastão e bater na cabeça dos personagens. Hahahahahahah


Shay 06/01/2022minha estante
Kkkkk tá bom, volto aqui e falo




Andréa Araújo 21/03/2021

Um final incrível!
Eu demorei tanta para ler esse segundo lobro, que tinha esquecido de muita coisa do primeiro e precisei pesquisar e reler algumas partes, principalmente do final. Ai lembrei como sou apaixonada por essa história, por como ela desenvolveu a cultura Iorubá e como eu acho que todo mundo deveria ler.

Falando desse segundo livro, o final é incrível! E me deixou com muitas teorias sobre o que aconteceu, porque eu realmente não estava esperando, foi algo que muda tudo no livro, em meio a uma vitória tão sofrida, mas tão certa, algo ainda deu errado e eu não vejo a hora de descobrir o que foi.

Confesso que o desenvolvimento do livro perde para o primeiro, porque o enredo fica muito parado em volta de uma guerra que ficou com cenas repetitivas. Não que me deixaram entediada, porque sempre acontece algo e as cenas são ótimas, mas senti que ele poderia ter sido mais curto e mesmo assim completo, se não tivesse repetido tantos ataques.

Minha outra crítica é sobre o desenvolvimento dos personagens. Eu amo demais a Zélie, Amari, Tzain, a amizade deles. E o Inan. Mas o desenvolvimento poderia ter sido melhor.
No começo até entendo a Amari, a Zélie é bem teimosa e só ouve o que quer, em algumas cenas só queria que elas sentassem e trntassem tomar uma decisão juntas, porque já estava me dando nos nervos. Mas a Zélie estava passando por um luto do seu Baba, logo em seguida, outro, então é bem compreensível suas atitudes. Aí começa onde a Amari se perdeu, sempre repetindo a mesma coisa e se achando a única opção para salvação de Orisha. Uma conversa franca resolveria muita coisa. O Tzain ficou demais em terceiro plano!!! Ele merecia bem mais destaque. E o Inan estava um completo bananão. Não tomou uma atitude seque durante todo o livro e ele era o rei!

Ainda bem que Roën surgiu para salvar meu coração de crush.

As últimas páginas me emocionaram bastante e sinceramente valeu o livro todo. Agora é torcer pela continuação e guardar a ansiedade.
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Norberto 27/01/2022

Quando passou da metade eu já tinha a nota formada na minha cabeça e o final foi muito bom, mas não o suficiente pra melhorar muito o que já tinha passado. Parece que os personagens estão o livro inteiro em uma cena só, um ciclo sem fim de guerra e magia que às vezes chega a ser sem sentido. Senti como se fosse um monte de adolescente - cada um querendo mostrar que é mais forte ou que "merece mais" as coisas que os outros. Gostei do livro, afinal terminei as mais de 400 páginas e não abandonei, mas sinto que esperava mais desenvolvimento principalmente por parte dos personagens. O final me deixou curioso pro que pode acontecer no terceiro livro, apesar de não ter ficado empolgado pra ler.
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nayanebrito 18/01/2021

Não tão bom quanto o primeiro.
"Filhos de Virtude e Vingança", sequência da trilogia "O legado de Orïsha", começa exatamente onde o anterior parou. Zélie e Amari conseguiram trazer de volta a magia para Orïsha, mas nem tudo é fácil como parece. O ritual não só trouxe a magia para os majis, mas para outros ancestrais (tão poderosos quanto) também. Zélie precisa lutar contra a monarquia e o militarismo para assegurar que Amari esteja no trono, e assim permitir que a magia esteja em união com Orïsha.

Será preciso decidir o que fazer e qual caminho seguir, uma vez que certa pessoa que acreditava estar morta, ocupa o lugar junto ao trono que deveria ser de Amari, iniciando-se uma rebelião. Nesse momento, as coisas fogem totalmente do controle e parece não haver saída. Com uma guerra civil prestes a começar, Zélie precisa tomar uma decisão para que não seja o fim de Orïsha.

"Nossa batalha não terminou.
Na verdade, acabou de começar."

Nesse segundo volume, alguns personagens principais estão mais fortes após terem obtido sucesso com o ritual. Zélie e Amari roubam a cena, junto com Inan, irmão de Amari, para buscarem uma união definitiva no reino de Orïsha. Em meio a uma guerra civil, ninguém confia em ninguém e as relações vão se fragilizando. Zélie e Amari possuem conflitos externos e internos para lidar, além do futuro do reino estar nas suas mãos. Inan talvez tenha sido o que mais me chamou atenção, já que nessa sequência ele trava lutas internas para descobrir o que ele é e o que deve fazer.

Uma coisa que gosto muito nesse universo, é como a magia trabalhada é extremamente rica e poderosa. Existe muita ancestralidade e cultura guiando esses personagens, fazendo com que o sistema mágico aparente ser mais expandido do que realmente é. Houve preservação do dialeto, e isso foi uma das coisas que mais gostei na publicação, além do trabalho de capa que continua belíssimo. Em relação ao rumo da história, não senti que ela efetivamente avançou. As lutas foram bem redundantes e houve um problema de ritmo na narrativa.

Resenha originalmente postada no ig @livroincena.
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Priih | Blog Infinitas Vidas 07/04/2021

Não esperem a mesma maestria narrativa vista no livro anterior
O livro começa poucas semanas depois do fim do primeiro. Após o ritual que trouxe a magia de volta, descobrimos que algo no processo saiu errado e despertou magia também naqueles que tivessem ancestrais mágicos, criando assim os tîtán. Com isso, as tensões sociais ficam ainda mais desequilibradas: os maji conseguiram sua magia de volta, sim, mas agora precisam enfrentar a nobreza e o exército que os odeiam e que agora têm magia pra contra-atacar. É nesse contexto que o trio composto por Zélie, Amari e Tzain precisa agir, mas o espírito da protagonista está profundamente abalado. Desde a morte de seu pai, Zél acha que toda a sua jornada não valeu a pena e que só serviu para dar ainda mais poder aos opressores. A personagem está apática e mergulhada na dor, diferente da sua versão no primeiro livro que era impetuosa (e até imprudente). Para tornar a dinâmica ainda mais complicada, uma guerra civil ameaça estourar: um grupo de maji conhecido como Iyika (A Revolução) está disposto a atacar a monarquia com força total, indo contra o desejo de Amari de reivindicar o trono.

Começo essa resenha dizendo que início do livro foi MUITO confuso e truncado pra mim. Ele já mostra Amari tentando realizar comícios para convencer o povo a aceitá-la como rainha, ao mesmo tempo em que a narrativa simplesmente insere o novo conceito de tîtán do nada, como se já tivesse usado esse termo antes (o que volta a se repetir mais pra frente, quando a autora insere nomes de personagens como se já os conhecêssemos). Me obriguei a reler algumas páginas do início para ter certeza de que não, Tomi Adeyemi não tinha feito uma explicação prévia sobre aqueles novos conceitos, e eu meio que me forcei a simplesmente aceitá-los.

Os personagens também estão em lugares sombrios. Zélie está deprimida (e com razão) após perder seu Baba e ser traída por Inan. O que me incomodou nela, na verdade, não foi sua apatia. Foi a forma como sua relação com Amari retrocedeu: a protagonista deixa os Iyika tratarem sua amiga com muita rispidez e preconceito, o que pra mim é um gesto de deslealdade. Esperava que a personagem defendesse o caráter de Amari frente aos Iyika, e não é o que acontece. Os personagens também estão em lugares sombrios. Zélie está deprimida (e com razão) após perder seu Baba e ser traída por Inan. O que me incomodou nela, na verdade, não foi sua apatia. Foi a forma como sua relação com Amari retrocedeu: a protagonista deixa os Iyika tratarem sua amiga com muita rispidez e preconceito, o que pra mim é um gesto de deslealdade. Esperava que a personagem defendesse o caráter de Amari frente aos Iyika, e não é o que acontece. [...]

Agora vamos falar da monarquia? Os dilemas morais de Amari e Inan não me convenceram. Ambos ficavam argumentando para si mesmos coisas como “se eu fizer isso, serei uma pessoa horrível; mas se eu não fizer, não darei fim a este horror causado pela guerra”. Parecia que eles mudavam seus parâmetros morais o tempo todo, trazendo uma inconsistência irritante pros dois. Amari em especial me incomodou demais, não me lembrando em nada a menina cheia de atitude e justiça do primeiro livro, e sim uma garota mimada que coloca os outros em risco desnecessariamente. Esse vai e vem de decisões e dilemas deixou o livro bem mais cansativo do que precisava ser. Já Inan mete os pés pelas mãos mais de uma vez, em especial sob a influência de sua mãe, Nehanda. Nada de novo no front, né? O príncipe (agora rei) nunca foi consistente, então nem esperava isso dele – ainda que no final ele tenha surpreendido positivamente.

Existem outros personagens importantes, mas não quero entrar no detalhe sobre todos eles, com exceção de dois: Roën, o mercenário do primeiro livro, apareceu pouco, mas roubou a cena. Gostaria que ele tivesse tido uma participação mais constante, considerando seu carisma e sua relação com Zélie. Mama Agma novamente se torna uma presença importante, ainda que não apareça o tempo todo. Ela é decisiva para a condução da guerra e obriga Zélie a abrir mãos dos medos e laços do passado que a impedem de agir.

O que foi complicado pra mim ao ler Filhos de Virtude e Vingança é que o livro anda em círculos. Há diversos momentos que poderiam ter sido mais curtos, o que evitaria tantas inconsistências no comportamento e nos sentimentos dos personagens. A história não é ruim, ela tem bons momentos, mas não consegue atingir o mesmo patamar do livro que iniciou a trilogia. Apesar dos pesares, Tomi Adeyemi nos traz um final bombástico e chocante, e eu realmente não sei o que esperar do que vem por aí. Com todas essas ressalvas e ponderações, continuo gostando e indicando a trilogia O Legado de Orïsha, mas recomendo apenas que vocês não esperem de Filhos de Virtude e Vingança a mesma maestria narrativa vista no livro anterior.

Resenha originalmente publicada no blog. Te espero lá!

site: https://infinitasvidas.wordpress.com/2021/04/04/resenha-filhos-de-virtude-e-vinganca-tomi-adeyemi/
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Silas Jr 03/06/2021

Perfeição
Esse segundo volume é ainda mais perfeito. Escrita envolvente, narrativa surpreendente e o universo bem mais explorado
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Isabela 11/08/2021

Depois de conseguir levar a magia de volta a Orisha a saga de Zélie continua, agora lutando não só contra uma monarquia cruel, mas contra uma monarquia cruel e com poderes mágicos que superam os dos melhores majis.
Agora num reino repleto de maji, divinal, títân e kosidán os perigos se multiplicam e a paz parece cada vez mais distante.

Nesse segundo livro, Tomy Adeyemi mantém o padrão de excelência na descrição de um universo mágico: os cenários, as diferentes magias, a ancestralidade, porém a história ficou um pouco arrastada e cansativa. Zélie ficou muito tempo naquele limbo das heroínas de aventuras distópicas que não permite que elas entrem em ação e, quando entrava em ação era só isso mesmo, o que fez ela perder muito espaço para Amari e sua estupidez. Inan também foi outro personagem fraco e sem atração que a construção nesse segundo livro me deixou chateada.
Porém o final foi bem interessante e me deixou com gostinho de quero mais e o universo criado ainda é um dos melhores que já conheci.
Ainda manterei a saga como favorita.
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giih 24/03/2021

cara meu deus
so
meu deus
serio eu to ate agora arrepiada com o final??????
perfeito perfeito demais
Thabi.Almeida 24/03/2021minha estante
Doidaaaa para ler ahhhh




halfbyrn 19/06/2021

Li este livro enquanto trabalhava e cara... nunca foi tão difícil engolir o choro viu.
São muitas emoções durante toda a estória, muitas pessoas acreditando que estão fazendo o certo mas na realidade só estão piorando tudo. Esse livro leva a frase "não se preocupe, nada vai dar certo" bem ao pé da letra.
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Mavi 29/03/2022

Um livro que me agradou só no final
Eu tive muita dificuldade em achar a fluidez nesse livro, ele me prendeu só na metade do livro mesmo que alguns diálogos tivessem me irritado (acho que eu não simpatizei com alguns personagens ?) mas o final foi fora de série, última coisa que eu esperava que acontecesse. Essa foi minha reação no final do livro: ?
Vanessa.Liandro 24/04/2022minha estante
Estou em 40% e fiquei curiosa com esse final ?


Mavi 25/04/2022minha estante
É surpreendente, pq eu não imaginava em nenhum momento que aquilo poderia acontecer




Ley 14/05/2021

Quanto ódio pode ser necessário para arrasar tantas vidas?
O Legado de Orisha foi uma trilogia que começou muito bem e já conquistou inúmeros leitores. A proposta trazendo uma fantasia com elementos da cultura iorubá, e uma protagonista forte lutando contra um sistema opressor foi o suficiente para também chamar minha atenção. O segundo volume era um dos que eu mais estava aguardando, já que o final do anterior deixou pontas soltas.

O objetivo inicial de Zélie era a volta da magia e isso enfim aconteceu no desfecho de Filhos de Sangue e Osso. Outros eventos marcantes ocorreram, e eu esperava que eles fossem explicados nessa sequência. No prosseguimento da história, Amari, vista como a única herdeira do trono remanescente de Orisha, pretende reivindicar seu lugar e em seguida unificar os povos para que não haja mais opressão.

Esse plano é o que inicialmente temos contato, mas tudo muda quando acontecimentos inesperados ocorrem. No reino, há uma resistência formada por divinais, agora com seus poderes despertos, mas de algum modo, outras pessoas foram agraciadas com esses dons no processo de despertar a magia.

O que era algo destinado apenas para os maji, agora também foi distribuído para o lado oposto. Enquanto isso, ainda há uma rivalidade constante. Onde no livro anterior, o rei era a maior ameaça e também o causador da perda da magia, nesse volume sua esposa, também mãe de Amari e Inan, é uma ameaça presente.

A sensação de que algo pode dar errado para Zélie, Amari e os divinais é sentida desde o primeiro momento neste livro. Sempre há uma ameaça a ser lidada e a perda de cada vez mais divinais, é inevitável. O que faz a tensão ficar ainda mais evidente é os dois lados estarem dispostos a enfrentar uma possível guerra. Apesar de claramente ter outros meios de tudo se resolver, os personagens não facilitam em nenhum momento.

Muitos pontos me incomodaram neste livro, mesmo conseguindo entender as motivações dos personagens. Zélie teve tantas perdas que seu único estímulo agora é acabar com o lado rival através da guerra, enquanto para o lado oposto há uma contradição em que caminho seguir.

Esse desacordo entre eles acaba prejudicando o rumo em que os eventos irão acontecer, consequentemente trazendo um resultado catastrófico advindo dessas decisões. Para mim, seria bem mais fácil ambas as partes sentarem para uma conversa e entender que o ódio não irá levar ninguém para frente.

Contudo, esse é justamente o ponto que a autora quis frisar. Com tanto ódio envolvido, todas as partes continuam vulneráveis e impulsivas, gerando uma teia de eventualidades desastrosas. Como ficará um povo que foi odiado e caçado por tanto tempo? A luta dos divinais por conseguir seu direito em Orisha sempre foi dura, portanto lutar pela liberdade é o que se espera.

Mas o que acontece quando o outro lado não cede e continua obcecado pela sua própria verdade, sem uma possibilidade de arrependimento? É tão doloroso imaginar quanto acompanhar o desdobramento desses acontecimentos.

O primeiro volume é uma corrida para o resgate de uma parte essencial dos divinais, que é a magia. Entretanto, a verdadeira magia nos é mostrada neste volume. Nele, podemos vislumbrar de forma ampla como é a magia para eles, seus costumes, assim como a representação de cada deus.

Ainda sobre os personagens, enquanto novos nomes ganham destaque na história, senti que infelizmente houveram personagens que no livro anterior tiveram uma boa apresentação, mas quase não aparecem neste livro. As relações entre eles também são mais estreitas, de forma que fica difícil saber o que esperar do próximo livro.

A leitura me proporcionou momentos de raiva, e outros de contemplação. Sempre admiro a forma como a autora resgata mais e mais do iorubá, e ainda trás uma leitura viciante. Sua escrita continua maravilhosa e o livro tem uma carga política maior. Não foi meu favorito até agora, mas ainda tenho curiosidade de como essa história irá terminar.

site: https://www.imersaoliteraria.com.br/2021/04/resenha-filhos-de-virtude-e-vinganca.html
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Thainá 16/11/2021minha estante
concordo ????????


Thainá 16/11/2021minha estante
lindo


BrunoFF 16/11/2021minha estante
você




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Camila Justi | @JustiBooks 10/03/2021minha estante
Nossa traduziu tudo que senti!


Priih | Blog Infinitas Vidas 16/03/2021minha estante
Concordo em gênero, número e grau com cada linha!


Marcio.Carvalho 20/03/2021minha estante
Murilo sempre entregando tudo nas resenhas




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