Periféricos

Periféricos William Gibson




Resenhas - Periféricos


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pkonno96 07/05/2024

Incrível!
Periféricos acompanha a história de Flynne Fisher, ela vive com seu irmão Burton, em uma área rural e isolada dos Estados Unidos, onde poucos conseguem empregos, portanto muitos optam por trabalhar com impressões 3D ilegais, dr0gas, ou jogando videogames para ganhar dinheiro. É assim que Flynne acaba substituindo um dos turnos de seu irmão Burton, veterano de guerra, que estava trabalhando como segurança de um jogo virtual, e acidentalmente testemunha um homicídio, logo descobrindo que este jogo pode ser mais real do que ela pensa.

A leitura desse livro foi bem difícil no começo, parecia que estava lendo em um idioma que não compreendia ou que meu cérebro tinha virado geleia, por conta dos termos que foram criados pelo autor e não foram explicados ainda, e personagens e cenários que não foram apresentados. Mas isso durou pouco tempo e depois tudo valeu a pena, pois não larguei o livro por nada. Acredito que se o leitor não tem um “perfil” em específico (ou paciência, ou insistência, ou seila), não adianta insistir na leitura, inclusive depois de terminar o livro encontrei uma entrevista do próprio autor em que ele fala o seguinte: “O que mais gosto como leitor desse tipo de ficção, é ficar no escuro, confuso, juntando tudo aos poucos.” - William Gibson. Então a intenção de Gibson nunca foi chegar e explicar tudo sobre o mundo de Periféricos logo de cara.

Me agradou a descrição do futuro mais distante do autor, a forma como ele explica a “Sorte Grande” é bem plausível. Não vou explicar esse termo aqui ou solto um spoiler. Mas o que posso dizer é que achei que assombra muito mais nosso presente do que muitas distopias por aí. Talvez realista seja a palavra correta? Não sei dizer, aaaaa vou calar a boca. Aliás, o conceito de viagem no tempo do autor (estou tentando falar isso sem dar spoiler mas que diacho) também foi algo que me chamou atenção e fez muito sentido para mim, é algo que ele repete muitas vezes ao longo da narrativa.

Gostei da intercalação dos capítulos no livro, deixou a leitura bem dinâmica e fluída. Os diferentes pontos de vista também são um ponto positivo. Os personagens são bem carismáticos e cativantes, mesmo sem muitas descrições, baseando-se mais em diálogos e ações. Lowbeer é um ícone, e falando nela, esse livro tem também um “pitada” de thriller policial que é uma temática que gosto bastante, mas não é o tema central.

Acho que recomendaria este livro para quem gosta da temática de viagem no tempo ou ficção científica no geral, mas que gosta de desvendar a história conforme a narrativa se desenrola. Ou se você for uma pessoa aventureira paciente e gosta de um desafio pode ir em frente também ehe. Mas enfim, gostei muito do livro e gosto muito do autor, ainda pretendo terminar de ler Neuromancer e começar a ler outras obras dele.
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Ruan 27/04/2024

Interessante e confuso na mesma medida
Periféricos conta a história de Flynne Fischer e como sua vida mudou ao testemunhar um homicídio durante um turno de trabalho. A partir daí, sua vida pacata e pobre se transforma em um perigoso jogo de poder, no qual lados opostos batalham em duas dimensões por algo além de seu conhecimento.

A narrativa traz uma sobreposição de espaço-tempo, uma ligação entre passado e futuro semelhantes, porém distintos. Intercalando duas perspectivas, a de Flynne e a de Wilf Netherton, que trabalham em conjunto, cada um em seu 'tempo'. Embora sejam eles os personagens principais, quem dá as cartas é outro personagem, um tanto quanto misterioso e devidamente equipado.

O livro traz um universo elaborado e complexo, talvez até além da necessidade. Há diversos personagens que cumprem papéis relativamente importantes na trama, mas que não são abordados a fundo e pouco se sabe sobre sua índole e suas motivações. Por outro lado, há personagens curiosos e interessantes, o que torna a história cativante, porém longe de excepcional.

Por se tratar de um romance futurista, há diversas tecnologias inovadoras e nomenclaturas para elas, porém o autor não explica sua utilidade e simplesmente as coloca ali no meio. Os diálogos por vezes são confusos, não se sabe quem está falando ou o sobre o que está falando.

O final é relativamente decepcionante, durante toda a história há dois lados igualmente equipados se enfrentando, porém no fim um deles é subjugado de forma extremamente simples com uma explicação não muito convincente.
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Michelle B. 04/02/2024

Confuso
Achei um livro confuso, não sei se só pelos termos desconhecidos inventados pelo autor e mal explicados ou pelas escrita que me confundiu muitas vezes sobre alguns acontecimentos e a menção a tantos personagens que surgem do nada.
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Eder.Machado 22/01/2024

Clássico de ficção
Um livro repleto de assuntos e itens clássicos da ficção científica. Uma leitura obrigatória para os fãs do gênero. Uma aventura muito interessante, um pouco distante daquilo que é apresentado na série da Amazon Prime...
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Amanda2330 10/11/2023

Que livro bom!!!

Assistir a série, mas não chega nem perto do quanto esse livro é bom. Já estou planejando reler.
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Paulo.Gustavo 12/09/2023

Que 🤬 #$%!& é um toco? Haha
No começo desse livro eu demorei mais do que o esperado para evoluir na leitura, no entanto, como já conhecia o William Gibson da Trilogia Sprawl (que na minha opinião é uma das melhores coisas já feitas), resolvi insistir e continuar lendo. Ainda bem, depois que você se acostuma com o ritmo e o vai e vem da estória e com todos os termos estranhos que o autor joga na sua cara, temos um livro interessante e fechadinho que vale bastante a pena.
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Laísa 10/09/2023

Primeiro livro que leio de W. Gibson e me surpreendeu. Não costumo ler sci-fi cyberpunk mas esse livro foi bem interessante e um bom entretenimento. Sinto que tem muitas páginas e podia ter um final melhor planejado, muitas pontas soltas e coisas que encaixariam melhor se ficassem mais resolvidas. Contudo todo o meio da história de onde se desenrola até o clímax final é ótimo.
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Gustota 28/08/2023

Muito potencial, mas tedioso
Periféricos é o retorno de William Gibson ao sci-fi estilo cyberpunk e ganhou grande destaque pela série da Amazon Prime e por ter de alguma forma antecipado em 2014 a pandemia de 2020. Mas no geral, não posso dizer que é o melhor e mais satisfatório livro dele, embora tenha inúmeros caminhos geniais que ficaram secundários enquanto uma história meio noir de detetive mais desinteressante ficou em primeiro plano.
Acompanhamos no início um futuro próximo em que dois irmãos vivem com sua mãe doente numa cidadezinha caipira e fundamentalista do Christian Belt americano. Flynne Fisher e seu irmão ex-fuzileiro Burt Fisher vivem de estipêndios governamentais e da grana que ganham com jogos online de realidade aumentada. Porém um serviço de teste de um aparelho novo imprimido de forma 3D a pedido de uma misteriosa empresa colombiana, a Milagros Colidron, coloca os dois em uma complexa trama envolvendo um futuro distante. Num futuro pós pandemia e quase extinção de toda humanidade, Wilf Netherton, um agente de relações públicas operando em Londres a serviço de uma família de oligarcas russos precisa cooptar Flynne para ajudar a resolver um mistério de seu tempo. Descobrimos a partir daí que existe o conceito de "toco", uma forma do futuro acessar de forma informacional o passado. Esse passado não representa o presente deles, mas uma versão dele que irá virar outra coisa. Então há dezenas de tocos e grupos multimilionários explorando esses passados para diversos fins, benignos e malignos.
O que decepciona no livro, na minha opinião, é que há um universo incrível de exploração de viagem temporal, seres pós-humanos, uso de andróides que podem ser incorporados de forma cognitiva (os "periféricos" do título), mas há pouca exploração disso e desenvolvimento dos personagens. Tanto o núcleo de Wilf quanto o núcleo de Flynne são tutorados pela personagem Lowbeer que é praticamente um Batman, sempre com preparo pra todas as situações. Então nenhum dos núcleos dos mocinhos parece passar por qualquer risco ou sufoco nas situações em que se envolvem. A investigação detetivesca do futuro é bem entediante, os antagonistas não possuem qualquer desenvolvimento, sendo tratados apenas no começo e no finalzinho do livro. O núcleo caipirão e fundamentalista de Flynne, que eu achei o mais interessante, também sofre com a desinteressante trama do caudilho local, o Corbell Pyckett que vê os irmãos se dando bem sem saber a origem dos seus recursos e resolve ferrar com eles. Sabemos desde o início que ele não tem qualquer chance e não apresenta qualquer risco, o que de fato é o que acontece.
Também há um traço característico do autor que é não explicar o plot, mas ir jogando de forma pouco didática conceitos e personagens. Isso geralmente funciona, mas nesse livro foi um custo imenso entender o que estava acontecendo e é praticamente impossível pegar certos conceitos sem anotar. O evento mais central do livro, a tal da "sorte grande" que foi a conjunção de cataclismas climáticos, pandêmicos e econômicos que dizimou a população só é explicada lá pela segunda metade e de forma confusa e pouco satisfatória de como ocorreu.
Enfim, há um world building muito rico e as poucas pistas que recebemos do incrível futuro de Periféricos acabam sendo muito mais interessantes que a chatíssima trama de conspiração multitemporal que ele apresenta.
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Coisas de Mineira 14/08/2023

PERIFÉRICOS É UMA HISTÓRIA SOBRE MUNDOS AFETADOS POR OUTROS MUNDOS
Periféricos traz uma pequena cidade rural da América do Norte encontra uma Londres pós apocalíptica em meio a armas, drogas, terrorismo, viagens no tempo…

William Gibson é um dos principais nomes da ficção científica, que ajudou a criar um subgênero conhecido por cyberpunk, com enfoque em “alta tecnologia e baixa qualidade de vida”. 30 anos depois de seu grande sucesso, Neuromancer, Gibson publica Periféricos, que foi lançado pela Editora Aleph em 2020, e com uma adaptação para o Prime Video.

Flynne Fisher mora com o irmão, Burton, e a mãe numa área rural dos Estados Unidos, atolados em uma recessão econômica. Por isso, poucos empregos estão disponíveis, e restam alguns subempregos, como o trabalho com a fabricação de drogas, impressões 3D, e jogos de vídeo game, que acrescentam um pouco de dinheiro para essas famílias.

Burton é um veterano de guerra, que atua em um jogo de realidade virtual. Mas, por conta de um outro compromisso, pede a irmã que o substitua em um dia. Flynne tem certa habilidade com realidade virtual, e aceita a troca. Mas, percebe que as definições são realistas demais, e como se fosse pouco, presencia um assassinato durante o jogo. Ela se assusta e sai rapidamente, e percebe que alguém viu seu avatar. Bom, é só um jogo, não é mesmo?

Em uma trama paralela, conheceremos Wilf Netherton, que vive numa Londres tecnológica, e entre outras esquisitices tem os chamados ‘periféricos’, corpos sem consciência que podem ser alugados. De alguma forma Wilf tem conhecimento do assassinato que foi presenciado por Flynne, e é assim que os dois núcleos passarão a se integrar.

"Os dois sabiam que ela sabia que isso era mentira, mas ela achou que era assim que ficavam as coisas quando alguém que você conhecia matava pessoas e você não queria que ele fosse pego por isso. Eles estavam contando a ela a história como precisava ser contada, e contando de um jeito que não exigiria que ela contasse algo além da verdade em relação ao que eles contaram a ela."

RESENHA DO LIVRO PERIFÉRICOS DE WILLIAM GIBSON

Neuromancer sempre esteve na minha lista de livros desejados, por isso quando vi uma nova publicação do autor – o livro originalmente foi lançado em 2014, trazendo uma capa belíssima pela Editora Aleph – acreditei que poderia ser uma boa porta de entrada para o cyberpunk. Bom, depois de ler Periféricos, ainda não me recuperei o suficiente para ler Neuromancer. Periféricos é de uma complexidade narrativa que facilmente pode espantar até o mais cascudo leitor do gênero. Fiquei completamente perdida nos primeiros 20% do livro, e aproveitei a série do Amazon Prime Vídeo para jogar uma luz nessa história.

Depois que entendi que são dois núcleos, e que não necessariamente estão na mesma linha do tempo, ficou mais fácil prosseguir na leitura. Ajudou o fato de os capítulos serem curtos, deixando a leitura mais veloz, ainda que não necessariamente fluida. Queria muito um glossário, tenho certeza de que me ajudaria a entender melhor a proposta do livro – ao mesmo tempo que entendo a falta dele, porque estou me segurando para não te contar do que realmente se trata essa história.

Ainda que perdida, vale adiantar que o livro mistura à toda tecnologia e escassez de recursos, uma boa investigação, e ainda viagens no tempo – não necessariamente como concebemos esse conceito – além de personagens curiosos e bem cinzentos.

"Ash explicara antes que periféricos, quando sob o controle de IA, pareciam humanos porque o rosto, programado para registrar de forma constante diferentes microexpressões, nunca estava realmente parado. Na ausência disso, ela dissera, eles se transformavam em objetos excepcionalmente perturbadores."

UM MUNDO PÓS APOCALÍPTICO RECHEADO DE TECNOLOGIA

Dois mundos que colidem. O mundo de Flynne poderia ser o nosso mundo, alguns poucos anos à frente. Com uma economia incipiente, e com recursos naturais extraídos até o ponto limite, resta mesmo poucos trabalhos. Guerras distantes deixaram alguns jovens com transtorno pós-traumático, e alguns ainda sem partes do corpo, como é o caso do amigo de Flynne, Conner. Esses jovens cuidam das mães e dos irmãos, percorrem as estradas do campo e bebem muita cerveja.

O mundo de Wilf é misterioso, cheio de tecnologia avançada (vestível, implantada, virtual). Ele bebe demais, dorme com seus clientes e flerta com o fracasso. Um mundo que passou por um evento que mudou completamente a forma de viver e de se relacionar – com os outros, com os recursos, com o mundo. O mais bizarro talvez sejam os periféricos, corpos que podem ser alugados, um ciberorganismo altamente avançado.


Em capítulos curtos e agitados, Gibson liga os dois núcleos. Flynne descobre que as pessoas que ela vê no mundo de Wilf são placebos tecnológicos com a finalidade de trazer certa realidade para esse mundo pós apocalíptico – uma Westworld para narcisistas e oligarcas que comandam a cidade.

"Nada disso está acontecendo porque qualquer um de nós é quem é, o que é. Acidente, ou começou com um, e agora temos pessoas que podem até ser capazes de suspender leis básicas da física, ou de quaisquer formas de finanças, fazendo o que quer que estejam fazendo, quaisquer que sejam seus motivos. Então poderíamos ficar ricos ou ser assassinados, e tudo seria apenas colateral."

DOIS MUNDOS, MUITOS CAMINHOS PERCORRIDOS

Comentar mais alguma coisa poderia estragar a sua experiência. Mas reafirmo que os primeiros capítulos me deixaram com a sensação de luta constante para prosseguir e tentar encontrar vislumbres de entendimento. É difícil, e o autor não está preocupado em te explicar – é quase que um passo de fé. Persevere e poderá vislumbrar a sua genialidade. Em vários momentos, duvidei da minha inteligência…

A segunda metade do livro traz uma enxurrada de personagens, e o mistério em si parece meio esquecido no meio de tanta informação, tramas políticas, traições, tentativas de assassinato, combinações e conspirações. Mas, como já havia persistido, consegui acompanhar todos os caminhos.

Os personagens são frios, distantes, mas acredito que a ideia de Periféricos seja mesmo nos fazer pensar sobre os muitos caminhos que podemos escolher, avaliar os erros, e entender que nossas escolhas nos trouxeram a este presente. Ainda que uma leitura difícil, em alguns momentos até mesmo impalatável, aborda os muitos mundos que podem existir, com uma crítica feroz sobre a sociedade. O autor é tão genial que a bagunça do enredo até passa despercebida, com arcos que se encerram sem muita profundidade, mas com tantas discussões que até se torna um passeio glorioso. Não é para os fracos – e talvez mesmo os fortes não saiam inteiros.

Por: Maisa Carvalho
Site: www.coisasdemineira.com/2023/07/perifericos-william-gibson-editora-aleph/
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Maisa @porqueleio 13/08/2023

Resenha / Periféricos /@porqueleio
Flynne mora com o irmão, Burton, e a mãe numa área rural dos Estados Unidos, atolados em uma recessão econômica. Burton é um veterano de guerra, que atua em um jogo de realidade virtual. Um dia, pede a irmã que o substitua, já que a ela é habilidosa. Flynne presencia um ‘assassinato’ durante o jogo, se assusta e sai rapidamente, percebendo que alguém viu seu avatar. Bom, é só um jogo, não é mesmo?

Em uma trama paralela, conheceremos Wilf Netherton, que vive numa Londres tecnológica, e entre outras esquisitices tem os chamados ‘periféricos’, corpos sem consciência que podem ser alugados. De alguma forma Wilf tem conhecimento do assassinato que foi presenciado por Flynne, e é assim que os dois núcleos passarão a se integrar.

O livro mistura à toda tecnologia e escassez de recursos, uma boa investigação, e ainda viagens no tempo – não necessariamente como concebemos esse conceito – além de personagens curiosos e bem cinzentos. Dois mundos que colidem.

Em capítulos curtos e agitados, Gibson liga os dois núcleos. Flynne descobre que as pessoas que ela vê no mundo de Wilf são placebos tecnológicos com a finalidade de trazer certa realidade para esse mundo pós apocalíptico – uma Westworld para narcisistas e oligarcas que comandam a cidade.

Comentar mais alguma coisa poderia estragar a sua experiência. Mas reafirmo que os primeiros capítulos me deixaram com a sensação de luta constante para prosseguir e tentar encontrar vislumbres de entendimento. É difícil, e o autor não está preocupado em te explicar – é quase que um passo de fé. Persevere e poderá vislumbrar a sua genialidade. Em vários momentos, duvidei da minha inteligência...

O autor é tão genial que a bagunça do enredo até passa despercebida, com arcos que se encerram sem muita profundidade, mas com tantas discussões que até se torna um passeio glorioso. Não é para os fracos – e talvez mesmo os fortes não saiam inteiros.
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Davenir - Diário de Anarres 25/06/2023

Gibson ainda é divertido e relevante para FC
"Periféricos" é a volta de William Gibson a ficção científica depois da trilogia Blue Ant, que se passava no presente, abordando as tecnologias informacionais que se concretizaram desde suas visões no inicio dos anos 1980, mas agora um dos pais do Cyberpunk e do Steampunk retorna a falar sobre o futuro outra vez, e novamente em uma trilogia.

Acompanhamos Flynne Fischer, uma jovem que vive no interior do Texas, que trabalha duro para comprar remédios caros para a mãe. Seu irmão Burton, é um veterano de guerra, que faz bicos em jogos profissionais na rede e tudo começa quando Flynne assume os controles de Burton, para um serviço que prometia pagar bem. Ela usa um novo acessório totalmente imersivo e logo presencia um assassinato. Depois ela é abordada por Wilf Netherton que a informa que o que ela viu não era um jogo, mas algo bem real e do futuro. Então Flynne e sua família e amigos são perseguidos por assassinos pagos por um financiador anônimo mas são ajudados por Wilf e os familiares de Daedra West, a mulher assassinada.

Neste mundo a viagem no tempo acontece apenas na forma de dados e as pessoas acessam através de periféricos que emulam a presença de Flynne na Londres do futuro e de Wilf nos EUA do passado. A interferência maior porém é do dinheiro que passa a fluir aos rios na pequena cidade de Flynne. Uma alegoria muito fina e bem feita da interferência dos grandes centros econômicos em países pobres, sem a necessidade desses milionários se deslocar para lá, lembrando que Wilf é apenas representante informal dos caras da grana.

Quando ao desenrolar dos acontecimentos, temos um livro mais divertido que a maioria dos livros do autor. Sua escrita mantém sua característica de jogar o leitor no mundo, sem avisar de suas estranhezas para depois inserir falas explicando tudo. Funciona comigo, como leitor, ainda que ache que a obra pudesse ter mais cenas de ação, mas as reflexões e os mistérios que apenas desbravar esse mundo gera durante a leitura já valem a obra e espero que Gibson tenha deixado o melhor para as outras obras, pois apesar de tudo se resolver aqui para Flynne e Wilf, ainda há muitos mistérios sobre como tudo realmente funciona. Recomendo para viajantes habituais a mente de Gibson, pois apesar de ser mais leve ainda não é uma leitura de praia, como acho que deveria ser.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2023/06/resenha-289-perifericos-wiliam-gibson.html
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fernandocarreiro 07/05/2023

E de volta a ler William Gison
Nerd como sou, li os outros três livros da trilogia sprawl. Achei a leitura bastante pesada e difícil para algo escrito em 1984 sobre a tecnologia e com conceitos de realidade e virtualidade.
Resolvi dar mais uma chace ao autor e dessa vez devo dizer que foi mais fluído.
Gostei deste livro, gostei de cada personagem mas achei que o fim da trama ficou com alguma pontas soltas.
Pra mim não ficou claro a razão de todos os acontecimentos.
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Beatriz.Maiostri 30/03/2023

Esse consegui entender
Depois da experiência sofrida de ler neuromancer (não entendia uma linha daquele livro), resolvi ler periféricos pela sinopse interessante e pelo fato de ter visto outra pessoa que não gostou de neuromancer dizer que gostou efetivamente de periféricos.

Então se esse é seu caso, fica meu aval de que é bem melhor mesmo.

Uma coisa que ainda me incomodou foi o fato do autoe simplesmente lançar os termos de coisas que não existem sem explicar o que significam, e você que lute para entender, mas felizmente com o contexto aos poucos vamos nos familiarizando com o que as novas palavras representam.

Fora isso também demorei um pouco para me situar quanto a quem é quem dentro dos personagens jehehehehe mas aí pode ser algo meu mesmo.

De resto, foi uma leitura bem positiva, fiquei presa no livro do começo ao fim (e entendendo o que estava acontecendo, gloria gloria aleluia hein gibson)
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luke - among the living. 10/03/2023

Foi uma leitura... difícil. Principalmente por ter achado algumas coisas bem confusas, que me faziam reler alguns trechos mais de uma vez. Normalmente eu não reclamo disso, mas "Periféricos" me deixou frustrado, mais do que "Neuromancer", do mesmo autor.

Isso é bem chato. Acho que é um aviso de que esse autor não é pra mim.
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Farleyzinia 05/03/2023

Interessante
O início é um pouco confuso pela forma como o autor escreve, mas depois que você se situa na narrativa a leitura flui. O conceito é muito interessante e você se pega pensando em como tudo vai acabar. Como o ciclo vai se fechar e se é que ele vai se fechar nas relações que são criadas entre as personagens.
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