Temporada de furacões

Temporada de furacões Fernanda Melchor




Resenhas - Temporada de Furacões


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Leila 31/12/2022

Que livro! Que livro!!!
Esse foi um daqueles que tive que parar de ler várias vezes para respirar e também é daqueles casos que começa meio assim assim, mas que super vale a pena insistir.
Linguagem nua e crua, a autora vai deixando pistas para o leitor ir montando e desmontando o quebra cabeças da historia e é muito massa como ela faz isso. Em alguns momentos você ficará pensando que o que está lendo não faz sentido ou não tem conexão com nada, mas você não sabe de nada jovem gafanhoto! tem simmm, é simplesmente genial. E o mais bacana é que Fernanda Melchor não subestima o leitor, ela acredita na nossa capacidade de entender e tirarmos nossas próprias conclusões. Mas vá avisado, é pesado, é denso, é paulada na cabeça...o ser humano mostrado na sua feiura total. O enredo não tem nada de ohhh que diferentão, mas com certeza o jeito de contar essa historia sim e está aí todo o diferencial de essa ser uma leitura tão sensacional. Só leiam e depois voltem aqui para me contar.
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@lucassntn 26/12/2022

Arrebatador
Uma bruxa é encontrada morta na beira de um canal numa zona rural do México, e a partir daí vemos o que aconteceu antes e depois do assassinato. O livro é um furacão, como o título diz, um fluxo de pensamento contínuo e arrebatador que dura páginas e mais páginas sem quebras de parágrafos, e assim a gente devora e é engolido por essa história que fala sobre misoginia, transfobia, homofobia e as heranças da miséria e negligência do Estado num país colonizado. De longe a minha melhor leitura do ano.
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Dri 24/12/2022

Uma surpresa
Comecei a leitura imaginando que seria uma história de investigação, uma coisa meio Sherlock, mas errei. Apesar de girar em torno da morte da Bruxa, o livro conta a história de gente. De muita gente. Conta a história da violência, do preconceito e da humanidade, nas suas formas mais cruas e desprezíveis. Só tirei meia estrela porque acho que seria legal avisar com mais ênfase que o livro vai trazer (de forma muito descritiva) muitas cenas de violência dos mais diversos tipos.
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Lú Ribeiro 22/11/2022

Violência gera violência...
Um livro denso, que aborda muito a questão da violência sob vários aspectos. Possui uma narrativa inteligente, não linear. "Forçando" o nosso raciocínio.
Indico a leitura.
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Marina.Bosso 03/11/2022

Realmente um furacão
Se você leu a sinopse e acha que vai ler um thriller policial, você está enganado!
Este livro é uma descrição das mazelas humanas, falta de dignidade, prosperidade, amor, estado e moral. A história é escrita em fluxo de pensamento, o que dá a sensação de furacão na história, você sente a história indo de mal a pior num fluxo intenso. A bruxa é o personagem que está no olho desse furacão, sendo o personagem principal de toda a narrativa, mas sem ter voz durante todo o livro.
É uma história forte, com episódio de muita violência explicita e mal-estar. É um livro muito importante, mas deve ser lido se estiver a fim de ler algo dessa magnitude e intensidade. Livro incrível, mas para ser lido apenas uma vez.
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Lili 18/10/2022

Viciante e Chocante
Um grupo de cinco garotos desbravam portando estilingues um canal de irrigação investigando a origem daquele fedor infernal, que revelou a imagem igualmente infernal da Bruxa de La Matosa morta sobre a espuma amarela da água, entre juncos e lixo com os dentes à mostra formando um assombroso sorriso. A partir daí a autora explora um pouco da vida de todos aqueles com uma relação direta ou indireta com o assassinato dessa figura que gera sentimentos tão conflitantes entre seus conterrâneos, a gente desse povoado precário, esquecido pelas instituições.

A estrutura de individualizar pontos de vista e ações, aprofundando nos eventos anteriores que levaram cada personagem ao ponto em que gira toda a história, permitiu, além de criar essa atmosfera de suspense por liberar lentamente informações sobre o acontecido, trabalhar um leque maior de temas nessas subtramas igualmente interessantes: o machismo, a LGBTfobia, o racismo, a violência doméstica, os abusos, o aborto, a falta de esperança de uma população, sobretudo jovem, desassistida, e a repressão de identidade perante tanto preconceito.

Achei que teria dificuldade com essa falta de respiro dos parágrafos únicos para cada capítulo. Engano! A escolha foi perfeita para o estilo da narrativa. Melchor despeja com a força do deslizamento que acometeu seu povoado fictício, toda a miséria, abandono, preconceito, ira e violência na qual estão atoladas as pessoas de La Matosa, utilizando uma linguagem sem a assepsia que domina boa parte da literatura, e que na maioria das vezes me deixa entediada, as vozes empregadas condizem com seus cenários e com as pessoas. A autora não economiza nos palavrões, no obsceno, nos detalhes nauseantes, com um ritmo e energia que tornam a leitura contagiante. Livraço! Mal posso esperar por novos livros da autora.
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Icaro 09/10/2022

Excelente
Uma belíssima porrada no estômago, nunca imaginei um livro tão pesado e tão visceral. Texto escrito de forma diferente, com pouco pontos, o que causa uma necessidade de leitura direta o tempo todo.
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Valéria Cristina 29/07/2022

Brutal
Crianças encontram um cadáver boiando em um braço de rio.

A identidade e a autoria do crime são reveladas no início da narrativa. Agora, é preciso de entender o porquê. No caminho para compreendermos o que levou a esse homicídio, vamos conhecendo a vida das pessoas envolvidas na história. Cada capítulo apresenta um ponto de vista.

Em uma linguagem crua e adequada à realidade narrada, Fernanda Melchor retrata a vida em La Matosa, cidade fictícia do México. Uma realidade permeada de violência, pobreza, ignorância, homofobia, vícios, desencanto e desesperança descrita de maneira hipnotizante.

Trata-se de uma leitura que precisa de ser digerida. Narrado na terceira pessoa, a coesão do texto é extraordinária e o estilo exige atenção, pois a autora utiliza-se de períodos longuíssimos, mesclando discurso direto, discurso indireto e discurso indireto livre, sem indicações gráficas de diálogos ou quebras de parágrafos.

O livro recebeu o Prêmio Anna Seghers 2019, o Haus der Kulturen der Welt 2019, e foi finalista do International Booker Prize 2020.

Tornar-se-á, certamente, um clássico da literatura latino-americana.

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Mari Pereira 25/04/2022

Devastador
Um livro devastador, que te engole e te arrasta para uma narrativa que te faz prender a respiração praticamente o tempo todo.
A cada página, uma camada se desvela e a trama ganha mais profundidade e complexidade. Forma e conteúdo estão tão bem articuladas que é como se não houvesse outra forma possível de contar essa história.
É um mergulho profundo na América Latina, mas daqueles tão profundos que não dá pra sair ileso, sem marcas.
Inebriante, avassalador, incrível!
Viva as escritoras latinas!
FlorCavalcanti 25/04/2022minha estante
Tu anda fazendo minha lista de leitura só crescer e crescer. God do céu?


Mari Pereira 25/04/2022minha estante
?




Marilia Verdussen 24/04/2022

Cruz credo
Comecei empolgada lendo sem parar. Aí a miséria começou a crescer. A violência aumentou. Veio o grotesco nojento e nem me lembro mais do que gostei no início. De revirar o estômago e os olhos. Muito bem escrito e desnecessariamente pesado.
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desejoumlivro 08/04/2022

O livro tem início com um crime a ser desvendado: o assassinato de uma bruxa que foi encontrada às margens de um rio.

A escrita da autora é genial, com capítulos que vão desvendando o mistério aos pouquinhos, parágrafos longuíssimos que vão e voltam no tempo sem perder a coerência.

É uma leitura rápida, pois a narrativa é extremamente envolvente, mas não é uma leitura leve. Personagens constantemente drogados, problemas familiares pesados, prostituição, violência, assédio sexual, homofobia e linguagem crua que não poupa palavrões e termos obscenos. Tudo isso para inserir completamente o leitor na vida real dessas pessoas.

Posso dizer que esta leitura me tirou da zona de conforto e terminei com aquela sensação ambígua de ler um livro desconfortável e ao mesmo tempo muito bem escrito. E sim, recomendo muito pra quem tiver fôlego e estômago!?

@desejoumlivro

#temporadadefuracoes #fernandamelchor #dicadeleitura #livros #desejoumlivro
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SimoneSMM 27/02/2022

Crianças encontram um cadáver boiando num rio, reconhecem a mulher que chamam "bruxa". A partir deste fato, Fernanda Melchor, vai nos guiando pela vida das pessoas do povoado, seus segredos, seus ódios e amores.
Uma narrativa intensa, impetuosa, com cenas fortes, sentimentos arrebatadores, violentos, árduos.
Num texto que quase não tem parágrafos, somos levados como num turbilhão, ou num furacão de palavras e fatos, em que não há certo ou errado, mas humanidade, ambiguidade, miserabilidade e, de vez em quando, esperança.
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Lulys 14/01/2022

Impactante
História construída através de fluxos de pensamento. Só em dois momentos do texto vemos parágrafos e apesar da linguagem crua crua visceral durante todo o texto o último capítulo apresenta uma linguagem poética.
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Pretti 04/01/2022

Livro excelentemente horrível ou horrivelmente excelente?
Depois de terminar a leitura, fiquei um tempo pensando em como definir este livro. Ele é bem escrito, envolvente, fluido, fácil de ler. Ao mesmo tempo, grotesco, nojento, rançoso, violento. Onde firmar o ponteiro. É um livro ótimo? É um livro horrível? 

 

Em Temporada de Furacões, Fernanda Melchor nos coloca nessa posição de admiração estética do horror desde o começo, já que abre com a descoberta do cadáver putrefato da Menina Bruxa nas margens de um canal. 

 

A partir dos relatos dos envolvidos nesse assassinato, cria um panorama de uma pequena vila mexicana e de seus horrores, que envolvem pobreza, superstição, machismo, homofobia, transfobia, misoginia, estupro, pedofilia, zoofilia e crime. Tudo isso a partir de uma narrativa não linear e espiralada, com imensos blocos de texto que percorrem capítulos inteiros e fluem em tom de oralidade caótica. 

 

O texto é extremamente visual, cru e violento, e sua narrativa intensa e vertiginosa pode muito facilmente ser aproximada da ideia mesma de um furacão, como se o furacão que destroçou La Matosa antes do início da história passasse pelas páginas e deixasse tudo assim, intranquilo e devastado. Outra possibilidade seria dizer que a narrativa reflete a constante vertigem dos personagens, vários intensamente drogados em grande parte do tempo (maconha, cocaína e uns comprimidos não nomeados), outros violentados, assustados, angustiados e amedrontados pelas superstições e preconceitos dentro dos quais foram educados. A narrativa frequentemente se dobra sobre si, o tempo vai e volta, espiralado, e é impossível não nos sentirmos, enquanto leitores, dentro do olho do furacão que é esta narrativa.

 

Melchor denuncia o horror, a ruína de uma sociedade, ao mesmo tempo em que nos mostra os personagens como profundamente humanos - até os piores deles. E isso é tocante e arrasador (como um furacão).

 

Além de dizer o quanto este livro é excelente, quero deixar um parabéns especial ao Antônio Xerxenesky pela tradução primorosa que, creio eu, deva ter sido especialmente desafiadora.

 

Nota: ????? (comecei o ano muito fácil ou será que são os livros que estão bons mesmo? veremos)
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@Marverosa 26/11/2021

Livro furacão
Procure um ponto parágrafo. São poucos
Escrita intensa, mas Fantástica. Desde léxica até trama e críticas
Tem cenas fortes, muito envolvimento dos personagens e um tom pessimista - não é uma leitura fácil. Mas é muito bem escrito
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