spoiler visualizarEduardo 13/08/2023
Comecei o livro sem expectativas, e acho que por isso tive uma boa experiência. Creio que se tivesse colocado crédito demais na obra, me decepcionaria.
A história não é ruim, de forma alguma, mas para mim, um número considerável de coisas foram mal trabalhados e deixaram a trama ruim.
Para um Thriller, foi uma leitura muito "controlada", digamos, porque a gente meio que sempre sabia o que ia acontecer.
Eu ainda tive umas supresas porque eu pensava "Ah, não, isso é muito óbvio e estou lendo um Thriller, a autora vai me enganar", mas no fim era aquilo óbvio mesmo.
Não entendi muito o papel do Jennings, parceiro do Rasbach. O cara simplesmente não fez NADA, nem nas cenas que ele estava junto do detetive principal, ele sequer falava e quando falava era irrelevante. Parece que foi posto só pra seguir aquele padrão de "todo Sherlock tem seu Watson ", mas se é pra tratar como se ele nem existisse, nem o faça.
No geral, não achei os personagens muito bem trabalhados. Os motivos que os levavam a fazer as coisas eram meio meh, meio irreais, imaginários.
Achei os diálogos com o detetive, principalmente, não sei, meio esquisitos, não consigo definir exatamente, mas não acho que as pessoas falariam daquele jeito na vida real.
Algumas coisas sem sentido aconteciam, como, porque a casa da Cynthia não foi A PRIMEIRA a ser investigada? Os cara são vizinhos!!!! Mas a polícia preferiu ir na babá que mora em outro lugar, ou na casa do outro lado da rua primeiro. Não faz o menor sentido.
Além disso, a ação do Marco, seu crime, foi super normalizada e ele nem foi culpado, o Rasbach que ficou a narrativa inteira odiando ele e tentando comprova-lo como culpado, subitamente decide que dá pra fazer um acordo que nem sequer vai leva-lo preso. Acordo este para saber coisas que a polícia já sabia, afinal já até tinha prendido o Richard.
Enfim, não foi de todo mal, mas também não foi de todo bem.