O ar que me falta

O ar que me falta Luiz Schwarcz




Resenhas - O ar que me falta


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Ercilia 23/05/2021

Travessia
As biografias são também ficções, construções possíveis a partir de restos. Lembranças, mal entendidos, a guerra, religião, família, manhãs de domingo, música, livros, solidão, obediência, culpa, a falta de ar e tanto mais. Três gerações, o pai, o avô e ele mesmo, marcadas pelo silêncio. 'Compartilho o meu silêncio com os que quiserem conhecer as histórias de Láios, András e as minhas. Para que eu possa voltar a ler'. A travessia possibilita outras versões de si mesmo, encontros, palavras que possibilitam saltar abismos ou percorrê-los por dentro, constatar que pra tanta coisa falta nome. Uma conclusão dá ao silêncio um bom uso. 'Certamente minha contribuição profissional vem do uso correto do silêncio.'
Alê | @alexandrejjr 24/05/2021minha estante
Deu vontade de ler...


Ercilia 24/05/2021minha estante
Um testemunho sobre fragilidades.




Thiago Ernesto 10/03/2021

Singelo e honesto. Interessante pra conhecer o homem por trás da Cia das Letras e, como Drauzio Varella pontuou ao próprio Schwarcz, um relato corajoso sobre o "lado B" de uma vida de muito sucesso.
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Guynaciria 05/04/2021

O ar que me falta- Luiz Schwarcz
@companhiadasletras
Nota

"A depressão apaga a lembrança remota, tem memória curta, acentua a dor recente, quase desprezando qualquer traço de história". Pág. 14

Assim começa esse livro incrível, escrito pelo fundador da editora companhia das letras. Ele sendo descendente de judeus sobreviventes da segunda grande guerra, teve que lutar durante toda a vida com a pressão de tentar fazer com que seu pai esquece-se pelo menos brevemente os horrores que passou durante o período do nazismo.

A pressão sobre os ombros dessa criança foi tão grande, que ele desenvolveu um quadro depressivo, agravado por um transtorno bipolar, posteriormente diagnosticado.

Com sua mãe Mirta, aprendeu a gostar dos livros e das artes, e através dela acabou conhecendo o escritor Jorge Amado, ainda quando criança.

Ele também nos conta de sua paixão pelo futebol, e como atuou na função de goleiro, se saindo muito bem nela.

No tocante a depressão, ele deixa claro que diversos membros de sua família a tiveram, sua vó chegou a tentar se matar em um episódio, e ele mesmo durante as crises se automutilação.

No final esse livro e um desabafo, uma espécie de conversa entre amigos, acredito que até mesmo uma forma de se fazer entender, exorcizando velhos fantasmas.

Você conhecia a história do fundador da @companhiadasletras ?

#companhiadasletras #judeus #futebol #literatura #luizschwarcz
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Thainá - @osonharliterario 16/04/2021

História de uma curta infância e de uma longa depressão
Luiz Schwarcz é o fundador da Companhia das Letras, mas em sua autobiografia este assunto fica longe de ser o foco.

Em "O ar que me falta" teremos contato com a depressão e a bipolaridade de Luiz, com a possível (e sem comprovação) ligação das doenças com o seu pai e seu avô paterno, e com a pressão como filho único para ser o centro da felicidade dos pais e o elo para o casamento deles, o que ocasionou um peso enorme nas costas de Luiz.

Tendo um pai húngaro e uma mãe croata, o autor também disserta sobre a vida por trás de seus genitores e em como eles tiveram que fugir de seus países natais para escapar do governo nazista. Com isso o tema da religião judaica acaba tornando-se frequente ao mesmo tempo em que também é citado naturalmente sobre as relações familiares (entre eles, seus avôs paternos e maternos, e seus pais), a pressão, a culpa e as expectativas caídas sobre si.

Dessa forma, "O ar que me falta" resulta em relatos fortes, intensos e até mesmo cruéis, que trazem uma forma de compressão sobre o assunto e as doenças citadas, como também causa empatia nos leitores sobre o que Luiz viveu. Ele resgata a preciosidade das histórias de seus pais e avôs, mas também resgata as nuances da sua própria história ao se entender como uma pessoa depressiva e bipolar.

"O ar que me falta" é um livro que me fez sentir tudo intensamente. Eu posso dizer que muitas vezes me vi engasgada com os relatos perante a Segunda Guerra Mundial e me vi desolada quando era hora de falar sobre a sua depressão e a sua bipolaridade; também me vi preocupada com ele e com sua família, desejando a cada página que tudo ficasse no mínimo bem.

É um livro indicado para todos, independente se são leitores de biografias ou não, assim como é aquele tipo de leitura que, mesmo curta, deve ser sentida aos poucos. Esse é um relato importantíssimo que deve – e precisa – ser ouvido e conhecido, o qual me fez sentir demais.

Resenha completa no blog Sonhando Através de Palavras.

site: https://sonhandoatravesdepalavras.com.br/2021/04/16/resenha-o-ar-que-me-falta-luiz-schwarcz/
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MãeLiteratura 22/04/2021

Muito bom!
O Ar que me falta é um relato corajoso, sensível, franco e importante sobre dois temas presentes na vida do autor. Suas relações familiares, principalmente com seu pai, André, que conseguiu escapar de um trem a caminho do extermínio de Bergen-Belsen, onde seu avô paterno encontrou a morte. E o diagnóstico tardio e a convivência com a bipolaridade.

Numa linguagem clara e direta, Luiz nos mostra suas lutas, dilemas, dificuldades e superações. Alternando lembranças, situa o leitor e mostra como toda esta bagagem emocional interferiu na sua vida.

A importância da família e do trabalho, dos tratamentos, da convivência com os avós maternos e com seus pais aparecem neste livro intenso.

Apesar de ter fundado em 1986 a Companhia das Letras e do grande sucesso da editora, ela não é o foco da sua narrativa e eu achei importante este seu cuidado.

Não foi uma leitura fácil nem leve, mas acredito que seja um livro necessário, que pode ajudar muitos leitores.

Eu estava ansiosa para ler este livro, pois tinha assistido a sua apresentação num dos Encontros de Livreiros da editora.

Composto de 15 capítulos curtos, o livro é ao mesmo tempo triste e reflexivo . Destaco dois detalhes que me chamaram a atenção e me enterneceram. Nos agradecimentos Luiz manda beijos para dois dos seus cachorros, que imagino que já tenham morrido. E conta que teve dois companheiros especiais durante a escrita do livro, Beethoven e Puccini, pois só escrevia ao som das suas músicas.

Achei a capa simples e bonita, edição caprichada, ótima diagramação e revisão impecável da Companhia das Letras.⁣

site: https://www.maeliteratura.com/2021/04/resenha-o-ar-que-me-falta-de-luiz.html
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babi 05/05/2021

forte
Um pouco de biografia aqui, o livro é feito pelos relatos de um filho que sente pelo seu pai e o avô ao mesmo tempo. Uma história difícil onde a culpa ocupa um grande espaço desde a infância na vida de Luiz. Questões históricas e psicológicas juntas numa história de vida que não se reverte mais.

Recomendo!
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Luciana Luz 31/05/2021

O ar que me falta
Um relato forte e corajoso sobre a depressão e sobre as heranças psicológicas que herdamos dos nossos pais, avós, afins.
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@leituras_sa 12/06/2021

"Com os anos, minha voz foi ficando mais baixa, as palavras mais raras, e talvez com isso eu passe a impressão de ser um homem em paz, sem conflitos interiores importantes. O tom de voz engana."
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📖 Ao recuperar com franqueza estas memórias, o editor Luiz Schwarcz constrói um sensível e detalhado relato de como a depressão e os traumas, próprios e de terceiros, podem tirar o fôlego de qualquer um e permanecer latentes em existências por fora marcadas pela aparência do sucesso.
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🗨️ Em "O ar que me falta", o presidente da Companhia das Letras, Luiz Schwarcz, não fala sobre o sucesso nos negócios, mas explora um lado que poucas pessoas conhecem: a depressão que o acompanha há anos. O próprio título da obra já é um reflexo do que o leitor encontrará ao longo das páginas. O autor mostra os impactos da doença em sua vida e a importância de uma rede de apoio. Não é uma leitura fácil, o leitor pode sentir as dores e os fantasmas que assombram o escritor. Após a leitura, percebi como é importante falarmos sobre saúde mental na nossa sociedade, não apenas em campanhas esporádicas como Setembro Amarelo e Janeiro Branco, mas em todos os dias do ano.
Por @varlene.santos

site: https://www.instagram.com/leituras_sa/
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José Cláudio 14/06/2021

Um relato singelo sobre um dos maiores editores brasileiros, e seus problemas com a depressão e a bipolaridade, além de alguns insights sobre a criação de sua editora. Gostei!
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Mi Reis 30/06/2021

O ar que me falta de Luiz Schwarcz, 2021, retrata a depressão do editor e conta ainda como ele descobriu a bipolaridade, perpassando sua infância até os dias de hoje retratando comportamentos e relações familiares.
Nesta autobiografia o editor reúne diversas situações de sua vida, unindo passado e presente nos fazendo mergulhar em sua história e compreender comportamentos e ações que o tornaram quem é atualmente e os caminhos para o autoconhecimento, descoberta e aceitação do transtorno de bipolaridade.
Acompanhamos os caminhos da infância à fase adulta permeada por culpas e responsabilidades impostas e que não lhe cabiam, a morte do avô, o casamento dos pais, tudo isso mediado por conflitos de querer estar em lugares e fazer coisas que não lhe eram permitidas, não por imposição explícita, mas pela cultura e o querer se adequar a padrões.
É muito interessante e, particularmente, mexeu bastante comigo a forma como o autor descreve seus rompantes de maneira detalhada e sem rodeios. Cada episódio, cada pista de que algo precisava ser visto e cuidado e como a incidência desses comportamentos podem contribuir e desencadear coisas graves.
“quem tem depressão vive apenas em função do momento. O julgamento é sempre absoluto e no presente”
“a depressão não me abandonou completamente. Fica quieta por meses ou anos...”
Isso mexeu diretamente comigo, eu sei que parece clichê dizer que quando gostamos de um livro podemos encontrar traços de nossa personalidade ou nos enxergar em certos personagens, mas quando isso acontece em um livro não ficcional é diferente, ao menos para mim, e por vezes me fez chorar e pensar em minha vida, minha infância. Fez entender certos comportamentos e, principalmente que não estamos sozinhos.
A lição que fica é que a família tem papel importantíssimo no dia a dia da pessoa que sofre de depressão.
Não sei se a colocação que fiz sobre a aceitação do transtorno é correta à vista clínica, mas na minha humilde opinião, quando aceitamos o que temos e sentimos o tratamento fica mais confortável e de melhor condução.
Leiam este livro.

site: https://www.instagram.com/p/CNVBe2Yrk_m/
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Cristian Monteiro 02/07/2021

Livro lindo, relato autobiográfico do Luiz Schwarcz onde ele narra como um ato heróico de seu avô paterno ditou toda a sua relação familiar e impactou duas gerações.

Laios (o avô), um húngaro, fugindo do nazismo, consegue empurrar seu filho para fora de um trêm com destino a um campo de extermínio.

Anos depois, esse ato e todos os traumas carregados do período ainda afetam a vida de André, que conseguiu chegar ao Brasil e construir uma familia.

A depressão de André advindo dessa culpa, atrapalha toda a sua dinâmica familiar e acaba jogando toda essa carga encima do seu filho, Luíz.

Esse é o principal tema do livro: como a depressão guia a vida desses homens.

Relato lindo, muito tocante, muito respeitoso e pesado.
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Anacarolina 04/07/2021

Um relato corajoso
O fundador da Cia. das Letras fala sem pudor de sua depressão e bipolaridade. Da dificuldade em conviver com a doença, em chegar ao diagnóstico certo, das crises, da dor. Mas não só isso. Vale a leitura.
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Beatriz 01/08/2021

Recortes de uma vida depressiva.
O fio condutor do livro são os problemas psicológicos que acompanham Luis Schuwarcz desde de cedo,para mim foi interessante conhecer mais sobre a história do autor e de sua família,algumas curiosidades acerca do judaísmo,da imigração judaica após a Segunda Guerra e é claro sobre como a depressão pode afetar uma vida. Gostei muito do capítulo "Efeitos colaterais" porque mostra a importância do tratamento,os efeitos dos remédios,as consequências da doença para a família e que o diagnóstico mais correto nem sempre ocorre de primeira,obviamente esses pontos também são abordados em muitos outros momentos do livro. A narrativa não é 100% linear,no começo alguns vai e volta podem confundir. Uma passagem curiosa é que a avó paterna de Schuwarcz manteve carpas vivas na banheira porque se recusava a comer a comida da nora alegando falta de cuidado religioso e depois teve que lidar com uma filha na Austrália que nem tinha contado para o filho que ele era judeu.Minha nota é 3,8.
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Andreza 07/08/2021

Uma pessoa real.
Sei que dizer isso pode parecer raso demais, mas ao final da leitura talvez a frase faça sentido.
Esse ano eu li muitos livros de ficção e me deparar com esse livro foi como um soco no estômago. Eu me senti muito próxima do Luiz em diversos momentos e entre vários grifos no texto eu pensava "algo que poderia ser escrito por mim se eu tivesse a capacidade da escrita e organização das ideias". É um livro que emociona em diversos momentos e até faz perder o ar, como o título sugere.
Se eu pudesse, recomendaria à muitas pessoas. Minha mãe é uma delas.
Eu comecei a ler o livro faz um tempo, mas sinto que precisava de uma pausa para continuar. Resolver pendências pessoais. Hoje sentei e pensei "vou terminar", e assim se sucedeu.
Um livro incrível que eu já quero ler de novo em um futuro próximo.
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