Fabiana @bibliotecadabia 29/01/2021Emoção em cada página ...GATILHOS: O LIVRO PODE CONTER GATILHOS PARA AGRESSÃO PSICOLÓGICA E VIOLÊNCIA SEXUAL
RESENHA: Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos parecem confirmar o que diversas autoridades, incluindo a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, já vinham apontando: a necessidade das pessoas permanecerem mais tempo em casa devido à pandemia da covid-19 pode estar contribuindo para o aumento da violência doméstica contra mulheres.
Segundo a ouvidoria, na comparação com janeiro de 2019, o número de denúncias registradas por meio do Ligue 180 diminuíram 4,5% em janeiro deste ano. Já em fevereiro, houve um aumento de 15,6% das notificações quando comparado ao mesmo mês do ano passado.
A violência doméstica que por muitas vezes retratada pela agressão física que pode chegar a morte da mulher, mas também pode se dar de maneira mais discreta como manipulação e agressão psicológica.
Neste contexto vamos conhecer a história de Júlia. Júlia se casou ainda nova com Raul, não teve a oportunidade vivenciar outros relacionamentos e pouca experiência neste quesito. Ainda recém-nascida foi deixada em um orfanato, e nunca teve a oportunidade de ter um lar, uma família.
Júlia tem um vazio que acreditou ser preenchido por seu marido, entretanto, devemos estar abertos a amar quando estivermos pronto, e não quando estivermos sozinhos. E acabou se conformando com as migalhas oferecidas por Raul, assim como, seu comportamento manipulador e aproveitador.
Gabriel é Juiz Penal, perdeu esposa e filha de forma trágica, e apesar de anos terem se passado, ainda vive o luto por elas. Afastou-se de seus pais e irmãos, e quase cometeu uma loucura no desespero que não conseguir suportar a dor da perda.
Júlia está cada vez mais infeliz em seu casamento, e decidida a dar fim ao sofrimento, toma uma decisão drástica, e, como um anjo, Gabriel encontra Júlia e enxerga nela seu próprio desespero de alguém sem mais esperança, e consegue convencê-la que tudo pode ser diferente.
De forma brilhante a autora apresenta uma temática atual sobre relacionamento abusivo, contextualizado dentro abusivo psicológico e manipulação. Assim como aborda a questão da necessidade de se vivenciar o luto, assim como, não viver eternamente preso a ele. Uma história sensível, delicada e totalmente envolvente sobre como o abusador nem sempre se mostra como aquele que vai agredir fisicamente, e, que muitas vezes as feridas psicológicas, podem ser tão profundas quando uma ferida no corpo.
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