O Povo Branco & O Selo Negro

O Povo Branco & O Selo Negro Arthur Machen




Resenhas - O Povo Branco e O Selo Negro


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Fabio Di Pietro 29/03/2021

Interessante, mas não chega a impressionar
Não sei se li com uma expectativa muito alta, mas achei o conto um pouco arrastado e quando encontramos algum grande mistério, acredito que ficou muito no ar o seu significado. Talvez tenha sido proposital.
Leitura é tranquila. A edição achei boa.
Não é um livro que recomendaria, mas não desicentivaria a leitura.
Para os amantes do gênero, acredito que vale a sua leitura!
Note que o livro traz dois contos, um mais longo e outro mais curto.
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Hugo.Castro 03/07/2022

O Povo Branco & O Selo Negro
Duas boas histórias que poderíamos classificar como Folk Horror e que carregam a marca registrada de Arthur Machen: Colinas ermas, bosques profundos e singulares que abrigam, ou abrigaram, seres repletos de mistério e magia que há muito floresceram, quase sempre, conseguindo se desenvolver longe de olhos curiosos. Nos dois contos, o horror e o êxtase nunca são de fato escancarados para o leitor, eles permanecem, o tempo todo, rastejando pelas sombras. Dessa forma, cabe a você decidir o que foi que a garotinha viu na clareira do bosque ou que fim levou o professor Gregg.

O livro tem alguns textos de apoio e achei bem interessante a dissertação sobre o papel da ciência na obra de Machen. Nesses dois contos e inclusive em O grande deus pã, a ciência é utilizada não para refutar o misticismo e o sobrenatural, e sim como complemento para que se consiga descortiná-los devidamente.
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tttiago 14/01/2022

Duas novelas, uma boa e outra nem tanto
Duas novelas do autor do clássico do terror ?O grande deus Pã?. As duas narrativas são histórias dentro de histórias, ou seja, os personagens contam uma história ou lêem relatos de outra. O povo branco é chato e arrastado. Têm parágrafos que duram mais de cinco páginas. Muito pedante e muitos acontecimentos que não acrescentam nada à história, parecem estar ali só para dar volume. Já o selo negro é mto boa, mais enxuta e mais linear, mas ainda assim a narrativa é meio arrastada por causa do estilo do autor. Ainda assim entrete mto e é mais fácil de se conectar com a história.
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Gárgula 31/03/2021

O povo branco – O selo negro, de Arthur Machen
Ler Machen é fundamental
Recebi e obviamente devorei a leitura de O povo branco – O selo negro, de Arthur Machen, publicação da Pyro Books. Ler Arthur Machen é muito importante visto não só a qualidade de seu trabalho, como também a influência silenciosa que ele exerce sobre inúmeros autores posteriores a ele.

Com tradução perfeita e notas do incansável Thassio Rodriguez Capranera, é um livro que me surpreendentemente arrebata o leitor. Primeiramente pela introdução de Alcebíades Diniz Miguel, assim como o posfácio de Nathalia Sorgon Scotuzzi. Dois nomes de peso que inegavelmente agregam ainda mais importância ao livro. Mas não para por aí.

Antes dos contos, a edição
Assim que recebi o livro, ainda que estivesse muito ansioso pelo conteúdo, não esperava me deparar com tamanho cuidado editorial. O projeto editorial e gráfico deste livro é sobretudo estupendo. Além da capa dura e do papel pólen soft, que garantem qualidade a estrutura, temos um livro que dá prazer no simples manuseio.

Mas dentre os vários detalhes, um deles consegue analogamente expor o olhar apurado do editor Filipe Larêdo. Ao chamar o artista Walter Pax, ele conseguiu dessa maneira unir a arte ao conteúdo. Os desenhos de Pax, verdadeiras obras primas de beleza e leveza, afloram a essência do texto de Arthur Machen, trazendo assim suas sombras.

Portanto, minha reação imediata foi perceber o quanto este projeto é especial. Eu me arrisco a dizer que este livro está impresso com tanto zelo e apreço, que o leitor percebe seja folheando, seja admirando suas imagens. Posso até mesmo brincar que Arthur Machen provavelmente está muito feliz com este resultado final, esteja onde estiver. Parabéns realmente pelo trabalho de toda a equipe.

As sombras de Machen
Se existe um autor que consegue falar pelas sombras sem dúvida alguma é Arthur Machen. Sua visão mística, trabalhada nas histórias de horror que criou, são genuínas pérolas do gênero.

O livro traz três contos dele, sendo eles O povo branco, O selo negro e ao final A dama de ferro. Este último todavia eu não conhecia e foi uma grata surpresa. Vou falar abaixo em poucas linhas sobre cada um deles.

O povo branco
Para os leitores mais indecisos este conto maravilhoso trará lembranças, por mais distantes que possam ser, do filme O Labirinto do Fauno, do diretor mexicano Guillermo Del Toro.

Ele começa com uma conversa bastante filosófica entre dois amigos, Ambrose e Cotgrave. Eles estão debatendo sobre o pecado e a santidade e, lá pelas tantas, Ambrose empresta um estranho e velho Livro Verde, que traz um relato um tanto quanto estranho das lembranças de uma mulher.

De repente saímos de uma sala e estamos em uma floresta. Memórias esquecidas vão sendo trazidas à tona enquanto a mulher percebe que o mundo que conhecemos vai muito além do que imaginamos. Quando consegue maturidade, entende que atravessou um véu entre realidades e agora conhece verdades antes obscuras.

Uma novela fantástica que você precisa conhecer.

O selo negro
Uma das novelas que sem dúvida alguma mais gosto de Machen. Aqui temos o horror do desconhecido sendo descortinado aos poucos pelo estudioso que um dia foi ridicularizado por suas ideias aparentemente infantis ou malucas.

A história se passa curiosamente em Caerleon, sua cidade natal e local onde se encontram ruínas muito velhas, tanto romanas, como também da idade do bronze.

O relato é realmente incrível, todo narrado pela Senhorita Lally, governanta e secretária do Professor Gregg. O envolvimento dela tentando entender e correlacionar os fatos que o pesquisador vai descortinando secretamente deixam o leitor em um suspense incrível. O horror vem como uma sombra que vai se aproximando página a página.

Leitura mais do que obrigatória.

A dama de ferro
Não conhecia este conto de horror. Aparelhos de tortura sempre causam uma fascinação funesta e aqui eles ganham por isso um protagonismo bizarro. Bem interessante.

Paratextos
Atualmente os paratextos têm chamado muito a minha atenção. Os nomes convidados para os dois textos deste livro são de feras da academia: Alcebiades Diniz Miguel e Nathalia Sorgon Scotuzzi.

Enquanto Alcebíades nos apresenta Machen através de uma pequena biografia do autor, muito interessante por sinal, Nathalia faz um comparativo entre ele e H.P. Lovecraft.

Ambos textos importantes e essenciais para nossa formação. Os dois pesquisadores lançam luzes sobre detalhes de onde nos mostram matizes únicos.

Considerações finais
Em resumo, terminei este livro completamente maravilhado. Poder ler uma obra que faz uma apresentação tão boa quanto esta é uma oportunidade única.

A Pyro Books vai deixando seu legado e mostrando a que veio. Meus votos são de extremo sucesso e que mais obras incríveis sejam lançadas. Garanto que elas terão espaço reservado aqui no blog.

Já comprou a sua cópia? Boa leitura!

Resenha publicada no blog Canto do Gárgula

site: https://cantodogargula.com.br/2021/03/25/o-povo-branco-o-selo-negro-de-arthur-machen/
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The guy on the train 24/04/2024

O POVO BRANCO e O SELO NEGRO (+ A DAMA DE FERRO) - ARTHUR MACHEN
O livro traz três narrativas do autor, sendo duas delas ambientadas num cenário rural isolado e repleto de crendices do folclore inglês. O povo das fadas, ou o povo pequeno, é o foco central das duas narrativas principais, aparecendo em uma de forma mais etérea e quase alucinógena, enquanto no outro a própria floresta assume ares de entidade onipresente, representando ameaça apenas por sua existência.
O segundo pra mim é melhor desenvolvido e mais interessante também. O primeiro é um pouco cansativo com seus longos parágrafos repletos de vírgulas e mais vírgulas, dando a impressão de uma fala ininterrupta. Contudo, a narrativa ainda sim é bastante instigante e sustenta o interesse.
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Rafael 23/09/2021

Mediano
Confesso que esperava mais desse autor, mas não é um livro de todo ruim. Vale a pena a leitura, só esperava algo diferente. A edição possui algumas ilustrações que não agregam em nada na história, estão ali só pra dizer que tem mesmo.
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Cello 28/01/2022

Através da ciência Machen nos mostra em seus contos a possibilidade de todos os mitos de sua terra serem reais, mas longe de nos maravilhar tudo o que nos aguarda é o terror e a loucura. Esta encadernação ficou fantástica, destaque para o pequeno conto no final: "A dama de ferro".
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