Eu tenho um nome

Eu tenho um nome Chanel Miller




Resenhas - Eu tenho um nome


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@mari.mdeiros 28/03/2022

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É um soco no estômago. É revoltante, um acontecimento desse tipo, que aconteceu recentemente e ainda tem um tratamento tão arcaico com a vítima, piorando ainda mais o trauma vivido. É revoltante, mas é muito válida a leitura.
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Laris 24/03/2022

Todas nós temos nomes?
Esse livro é um soco no estômago, pois conta a experiência traumática da Chanel, mas também a experiência de milhares de mulheres. É doloroso e desconfortável ler, pois é como um pesadelo que pode nos ocorrer, mas a forma como Chanel escreve, mostrando como a sociedade contribui para esses abusos é exatamente necessário. Além de colocar que foi uma situação, que não define seu todo, ela não é apenas uma vítima, ela tem nome!
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Andreza 23/03/2022

" "Ela encontrou a própria voz!" Eu tinha uma voz, ele a arrancou de mim e me deixou tateando, cega por um tempo, mas eu sempre a tive. E hoje a uso como nunca tinha feito. Não devo a ele meu sucesso, minhas vitórias; ele não me criou."


que livro pesado, revoltante, agoniante e necessário. é estranho sentir tanta esperança lendo algo que não necessariamente é tal esperançoso assim. mas a escrita da Chanel faz com que a gente sinta tudo o que ela sentiu. a descrição é intensa. e é bom ver que é um livro que mesmo tendo o abuso sexual como plano principal ainda assim consegue nos passar a dinâmica familiar e algumas histórias dos personagens não necessariamente ligadas ao estupro. livro necessário e recomendado para todo mundo!

"Lute porque você sabe que, nesta vida, merece segurança, alegria e liberdade. Lute porque esta é a sua vida. De ninguém mais. Eu fiz isso, eu estou aqui. Olhando para trás, todos que duvidaram, me machucaram ou quase me dominaram sumiram e eu sou a única que restou de pé. Por isso, chegou a hora. Eu sacudo a poeira e sigo meu caminho."
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Isa 09/03/2022

Não é o tipo de livro que eu gosto de ler mas não é ruim. Só achei bem triste ver a realidade tão clara das mulheres que lutam contra qualquer tipo de abuso.
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Bruna 04/03/2022

Um dos livros mais fortes e necessários que já li. Confesso que ao colocar ele na minha lista não esperava muito, pensei se tratar apenas do um relato de uma vítima que precisava compartilhar sua história sem cortes, sem manipulações e sem alguém manipulando a sua voz. Essa obra vai muito além disso. Chanel consegue compartilhar sua história para além de um relato. Ela se conecta com você. Qualquer leitora (vítima ou não) sente facilmente o peso das suas palavras, se identifica, se dói, sofre de tristeza, raiva e indignação e tem vontade de gritar em plenos pulmões que tudo está errado.
Dessa forma, ela leva o leitor além do superficial, focando não só nas consequências de um abuso sexual, como também o extenso e doloroso processo que as vítimas são submetidas ao tentarem denunciar seu agressor. Que o sistema judiciário dispões de muitas falhas nós já sabemos, mas a partir desse livro é possível acompanhar o desenvolver do caso de outro ângulo, através do olhar da vítima, incluindo todos os seus sentimentos e pensamentos em cada parte do processo.
Para além das denúncias, das injustiças e das dores Chanel também possui um profundo relato sobre a cura. Sem romantizações ou ilusões ela fala de seu processo de forma nua e crua, com constatações e reflexões que sinto serem capazes de trazer conforto para o coração de muitas mulheres.
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Stuart.bookster 03/03/2022

Eu tenho um nome, de Chanel Miller
Eu tenho opiniões pessoais bem fortes em relação a esse livro, mas a que sempre transparece em minha mente é a de que existem pessoas fortes que passam por muita coisa, existem guerreiros que lutam o bom combate sem hesitar e existem pessoas como Chanel que são capazes de expor os seus maiores traumas e conscientizar-nos da sua dor e para além disso, fazer-nos ficar atentos a dor alheia. Eu ao escolher dar a nota fiquei em dúvida se daria 5 estrelas ou nenhuma estrela, infelizmente aquele velho ditado do "8 ou 80", mergulhei no paradoxo acerca dessa bendita nota, ao meu ver dar 5 estrelas era como mercantilizar a dor de Miller, seria como dizer ao mundo: "nossa que história boa demais, adorei-a", quando na verdade a história dela é marcada por dor e reflexão, mas dar nenhuma estrela ou qualquer uma abaixo de 5 seria como dizer: "história ruim, melhore para alcançar as 5 estrelas". Por isso entrei nesse profundo debate acerca da nota, e, logicamente, cheguei ao consenso de ofertar as 5 estrelas, não é mercantilizar a dor dela, é dizer a mim mesmo: "essa história é espetacular, tocante e real, quantas pessoas não passam por isso diariamente e isso afeta sua vida inteira, quantas pessoas não são machucadas por esses traumas e tem medo de expor-se assim? Esse livro é uma oportunidade de expor esse tipo de situação, conscientizar as pessoas dos erros do sistema, do julgamento das pessoas, de como a realidade pode ser cruel, mas se nós nos comprometermos podemos tornar o mundo um lugar melhor, esse livro pode impactar mais pessoas eu tenho fé nisso". Foi com esse pensamento que eu escolhi essa nota, foi um livro forte, pesado para mim, foram tantos gatilhos ativados em mim que havia horas que eu mergulhava em um limbo de lembranças e dor, traumas revividos que são tratados por mim na terapia, mas isso pouca importa nessa resenha, o mais importante é tratar o impacto desse livro. É com isso que eu o recomendo, com a força de impactar mais pessoas, fazê-las mais atentas a esse problema, fazê-las perceber as falhas do sistema e não tolerar isso.
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Luana 28/02/2022

Aquela leitura que te sacode de um jeito inacreditável. Considero uma leitura obrigatória pra todo ser humano. Homem e mulher. O livro escrito por Chanel Miller é um relato dolorido, pesado mas extremamente importante. A forma como a sociedade trata a vítima de estupro é inaceitável.
Enquanto ela como vítima teve seu passado e sua vida pessoal e sexual investigada e colocada à prova, o seu estuprador/abusador era pintado como o pobre menino inocente que não teve a intenção de machuca lá.
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Isa 21/02/2022

Um livro difícil de ler
Acho que esse livro devia ser lido por todas as pessoas do mundo.
Ser mulher é ler este livro é doloroso,pois acho que todos os dias temos medo de algo acontecer desse gênero todos os dias tomamos medidas para prevenir mas nunca são todas suficientes.Vc sente a dor o medo,o julgamento.Ele é difícil de se ler.Muitos momentos tive que parar para tomar fôlego. Homens devem ler para serem os suecos. E todos devem ler para ser pessoas que não julgam uma vítima que iram ajudar,salvar,aprender a quem sabe num futuro nunca mais exista isso...
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Willy 19/02/2022

Não tem como não ser 5. O livro é muito importante, é forte, é corajoso e infelizmente é muito a nossa realidade.
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Mila 18/02/2022

eu nunca li um livro tão cru, tão forte, que me fez senti tanto de uma forma que torcia algo dentro de mim e depois só me fazia querer chorar.
sim, esse é um livro de não-ficção, onde a Chanel fala cada momento, cada emoção, sentimento, desde que foi estuprada em uma festa em Standford e tudo o que passou em procura de justiça.
toda a escrita dela é tão forte, tão crua, tão poderosa que você se sente no lugar dela em certos momentos, você consegue entender a sensação dela em ficar sozinha assim que sabe da notícia, você se sente lá (em grandes momentos querendo abraçá-la, mas infelizmente isso não é possível).
eu falei isso em uma das atualizações de leitura e volto a repetir aqui: se 10% de toda a empatia dada ao estuprador no momento do julgamento fosse dada a vítima, justiça seria feita. o trauma da Miller não foi somente o crime que ela sofreu, foi o julgamento sujo, machista, injusto, extremamente absurdo que ela teve que passar.
em todo momento a gente vê toda a perda que o estuprador (não, aqui ele não vai ser colocado como estudante, nadador, competidor das olimpíadas, sorry) podia ter em sua carreira como se a culpa fosse da vítima de ir atrás do mínimo que ela poderia ter em uma situação refletida das ações dele: justiça!
em vários momentos eu me vi perdida e com medo do que o mundo reserva para nós mulheres, quando você passa páginas de um julgamento onde a vítima é tratada como uma absurda que está tentando acabar com a vida de um primoroso estudante e o estuprador é o coitado em uma noite de bebedeira com uma ação impensada. dá medo porque isso não é um caso isolado, a gente vê acontecendo todos os dias, o tempo todo, marina ferrer tá aí lutando e foi humilhada em seu julgamento.
obviamente tenha muito cuidado ao ler, é um livro com inúmeros gatilhos, mas foi uma leitura que eu não saí a mesma pessoa dela.
entre inúmeras citações que eu marquei desse livro eu preciso colocar uma aqui:

"Brock sempre vai ser o nadador que se tornou estuprador. Ele era incrível até que caiu na tentação. Tudo que eu fizer no futuro será realizado pela vítima que escreveu um livro. O talento dele precede a tragédia. A vítima supostamente nasceu com a tragédia. Eu só passei a existir quando ele me feriu. Ela encontrou a própria voz! Eu tinha uma voz, ele a arrancou de mim e me deixou tateando, cega por um tempo mas eu sempre a tive. E hoje a uso como nunca tinha feito. Não devo a ele meu sucesso, minhas vitórias; ele não me criou. O único crédito que Brock pode ter é o de ter me estuprado, ele nem ao menos conseguiu admitir isso."

eu poderia encher isso aqui de citações, mas recomendo que você leia a carta que ela leu para ele no julgamento: https://buzzfeed.com.br/post/esta-e-a...
você vai ter uma pequena ideia do tom do livro. se não for gatilho muito grande para você, eu recomendo que o leia. eu fiz a leitura em uma buddy reading e a gente ia lendo bem aos pouquinhos porque era pesado demais em certos momentos, aliás, a companhia nessa leitura da Vitória foi tudo
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Mary Manzolli 01/02/2022

Uma história difícil e indigesta, mas necessária.
As histórias de um estupro, do julgamento e das tentativas de superar, contadas pela própria vitima. Chanel Miller, em 2015, quando tinha apenas 22 anos, já havia terminado seu curso universitário quando foi a uma festa, numa fraternidade no campus da universidade de Stanford, acompanhada de sua irmã e algumas amigas, bebeu algumas doses a mais, teve um apagão, acordando num hospital. Lá recebeu a notícia de que foi encontrada desacordada atrás de uma lixeira, semi nua, com um homem em cima dela, que ao ser interpelado tentou fugir do local.

O agressor foi identificado como sendo um aluno da universidade, atleta de futuro promissor, com uma carreira em ascensão e, após o julgamento, foi sentenciado a apenas 6 meses de prisão, tendo permanecido preso por pouco mais de 3.

O livro é muito sofrido e impactante e começa com um longo capítulo sobre o dia do estupro que logo de cara já nos deixa atordoados. A sequencia de exames altamente invasivos, fotos, análises, perguntas humilhantes, a ausência de informações claras, seguidas da culpa, tristeza, vergonha e a consciência de tratar-se apenas do início de todo o sofrimento.

Eu tenho um nome não é apenas um relato de um estupro, é uma importante denuncia das crueldades a que são submetidas as vítimas de violência sexual dentro do sistema judiciário, a culpabilização de seus atos, a incessante busca em desligitimar suas lutas, questionando seus comportamentos numa humilhante desmoralização das suas personalidades. É sobre encontrar o própria voz para se defender de um sistema que protege o estuprador e condena a vítima.

Recentemente o Brasil acompanhou o caso da jovem Mari Ferrer e nos revoltamos com o tratamento dado à ela pelos advogados de defesa. Com Chanel a história foi muito parecida ao criar-se uma narrativa que distorcia a sua imagem e lhe colocava na posição de destruidora do futuro de uma rapaz cheio de potencial.

Chanel prepara um discurso emocionado para o dia da sentença, porém não foi lhe dada a oportunidade de dizer tudo o que gostaria. O jovem estuprador recebeu uma condenação pífia das mãos de um entediado juiz que, em síntese, alegou que embora a violência tivesse acontecido, a vítima, por estar bêbada não podia garantir que não tenha sinalizado uma vontade e o rapaz por estar alcoolizado não tinha como perceber de forma clara que a vítima não quisesse, apesar dela estar desacordada. Os efeitos do álcool foram fatos determinantes na culpabilização da vítima e na atenuação da pena do estuprador.

No entanto, dias depois, a Buzzfeed publicou, na íntegra, a declaração que Chanel não teve oportunidade de ler no tribunal e, rapidamente, tomou uma proporção inesperada, sendo lida por milhões de pessoas, traduzida para várias línguas, até chegar ao congresso americano. Por conta disso ocorreram algumas vitórias com a alteração da lei de proteção às vítimas de estupro, o aumento das penas e até o mesmo o afastamento do juiz do caso.

É um livro indigesto, principalmente, para as mulheres conscientes da nossa condição de seres socialmente pré julgados e culpabilizados por todo e qualquer ato por nós praticados. Não devemos andar na rua sozinhas de noite, beber sem nunca perder a consciência dos nossos atos, não deixar o copo em qualquer lugar, nunca aceitar nada de estranhos, nem tudo o que pensamos deve ser dito, a roupa deve ser apropriada e se algo sair do padrão comportamental aceito é, com certeza, porque estamos pedindo para sermos estupradas.

Essa leitura nos faz enxergar o quanto ainda temos, entranhadas de forma, muitas vezes, imperceptível à olho nu, a tendência de culpabilizar a vítima. Querendo ou não admitir, fomos educadas dentro da cultura patriarcal de que o homem não tem o domínio dos seus instintos e que nós devemos evitar a todo custo provocar esses desejos. Buscamos nos proteger alimentando a cultura do estupro.

Apesar dos gatilhos, e são muitos, pois Chanel não nos poupa dos detalhes mais cruéis, e nos faz sentir uma mistura muito incômoda de sentimentos, é uma leitura muito necessária, para mulheres e homens, porque nos traz a consciência de que enquanto ainda precisarmos realizar um exercício mental para aceitar que uma garota que vai a uma festa e desmaia de bêbada, não está disponível para o sexo, enquanto for preciso um esforço sobre humano para convencer uma sociedade inteira e um sistema judiciário de que sempre significará NÃO, se a vítima não tem condições de dizer SIM e enquanto ainda for difícil chegarmos ao consenso de que o único responsável por um estupro é o estuprador, então não é seguro ser mulher e a gente precisa fazer alguma coisa para que essa situação mude
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giginha 01/02/2022

fiquei matutando aqui na hora de dar as estrelas porque é estranho pensar em avaliar um relato tão íntimo, sabe? não sei se faz muito sentido. mas acho que esse foi o livro mais revoltante que eu já li. as partes em que ela fala sobre o julgamento, em especial, são desesperadoras. chorei várias vezes. muito forte, sincero e necessário!!!!
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Luiza.Cabral 24/01/2022

Sem palavras
Não consigo nem explicar o impacto absurdo que essa leitura teve em mim. Simplesmente fenomenal, todos deveriam ler.
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Emilia 19/01/2022

Não tem como avaliar com outra nota além de 5 estrelas. É um relato muito sincero, emocionante e cru sobre o que é ser vítima de um abuso sexual e as consequências disso na sua vida.
A escrita da autora é muito bonita, transmitiu muito sentimento. Por vezes a leitura se tornava um pouco lenta (o que se intensificava também em razão dos capítulos muito longos), mas nada que pudesse atrapalhar, de fato, o brilho desse livro.
Recomendo a leitura para todas as mulheres num geral, mas acho que homens também deveriam ler esse aqui. Gostei muito!
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