Os Trabalhadores do Mar

Os Trabalhadores do Mar Victor Hugo




Resenhas - Os Trabalhadores do Mar


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Ramalho 23/03/2021

Uma homenagem a Guernsey
O livro sem duvida é uma homenagem a ilha de Guernsey, onde Victor Hugo ficou exilado. E nisso eu devo realmente parabenizar o autor pela forma como nos faz entrar naquele universo espectral. Você se sente na cidade, se sente vivendo ali, tendo a vida dos habitantes; isso porque para o autor, cada parte do cenário tem vida; cada casa, rocha. praia ganha personalidade, respira, tem uma história para se contada e uma lenda para ser aspirada. O autor é o mestre em contar histórias, conta histórias de uma forma muito gostosa e simples de ler; e o mais especial é a sofisticação para contar histórias. Tenho algumas ressalvas sobre ele, sendo esta a terceira obra do autor, não pude deixar de notar que ele é de fato um autor que estereotipa muito as personagens. Tanto em Os Miseráveis quanto aqui, o autor sempre faz do bolsinho o herói grego e do mal o satã. Se isso aproximou os miseráveis de uma narrativa bíblica, aqui faz com que Os Trabalhadores do Mar se pareça com uma odisseia histórica: pois o estereótipo cria um ar sobrenatural nas histórias. No mais, ainda vejo uma evolução em um único personagem: Sr. Clubin, que mudou um pouco conforme a trama, mas ainda assim bem sutil.
Spoiler agora:
O livro, do começo ao fim é sobre o homem lutando contra a natureza: natureza essa que está encorpada de muitas maneiras: desde a natureza física, com o mar, o vento, a chuva, os monstros, o peixe; quanto a natureza humana e seus próprios sentimentos. esse luta que vemos do protagonista, aconteceu desde que foi posto no mundo. Mora numa casa mal assombrada pois vive em plena luta em tentar não ser quem ele mesmo é: apenas um homem. A luta física da segunda parte é vista como uma materialização real da luta interna que Gilliat tem. E por fim, a luta de seus próprios sentimentos com Deruchéte para o bem dela.
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Thiago662 12/09/2021

Porr@! Guilliatt!
Muitas sensações ao ler esse clássico de Victor Hugo. Vários livros em um. Tradução excepcional de Machado de Assis (que explica muito da estruturação da sua escrita tanto em "Dom Casmurro", como em outras obras).

Se tivesse terminado na Primeira Parte, teria um cinco. É sensacional. Discorre sobre a natureza humana. Hipocrisia, aparências, solidão, preconceitos. O aparente nunca revela tudo! A fachada humana esconde tantas coisas. E a forma como interpretamos as pessoas? Culpa nossa, não delas. O modo como o autor trabalha os personagens Guilliatt e Sr. Clubin e as visões da sociedade sobre eles é magnífica. Quem é o herói? Quem é o vilão? O desfecho é uma das coisas mais surpreendentes e bem escritas que já li. Não a toa, um clássico!

Paralelamente, que inteligência e domínio de seu tempo tinha Hugo! E a descrição da população: misticismos, preconceitos de toda ordem. Se pudessem ainda estariam caçando bruxas! E o barco a vapor? Contra, claro! "Fogo e água não se misturam". Déruchette, sabia que não iria gostar de você! Mas é a típica moça sem sal do XIX.

A segunda parte aborda a questão do domínio da natureza sobre o homem e vice-versa. Aí é um massacre, assustadoramente chata as longas descrições sobre os rochedos, o vento, o mar, os animais. Só a curiosidade para seguir em frente. De cara, já está indicado que todo o esforço de Guilliatt será em vão. Está explícito. E a todo momento a vontade é parar e dizer: "Não fode, Guilliatt, deixa de ser trouxa cara!". Mas somos apenas leitores do século XXI. Um dos finais mais tristes que já li.

Guilliatt dificilmente te esquecerei, como lição!
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elainegomes 06/10/2022

Victor Hugo screveu uma trilogia sobre as lutas do homem com a religião, sociedade e a natureza, e com Os Trabalhadores do Mar eu finalizo a trilogia.

Na minha opinião Os Miseráveis segue sendo um dos meus favoritos da vida, e os trabalhadores do mar foi uma experiência maravilhosa e inesquecível.

O livro te leva à beleza em se contemplar o simples, apreciar a natureza, impossível não se encantar com o texto, não se envolver com a paisagem tão lindamente descrita, você já pensou no poder e na magia do vento? Sim VH traz um capítulo inteiro dedicado às maravilhas do vento.

VH é um tanto prolixo, mas deixando de lado a ansiedade em querer devorar o livro, é possível apreciar cada palavra!

E tal como o vento, as aves ou o mar, a vida de nosso protagonista Gilliatt vai sendo contada, sendo vivida e experimentada, e com ele segui em sua aventura marítima. E o romance me levou a uma conexão entre os limites da natureza e do destino, alternando com temas sombrios, quase sobrenatural, sobre desígnios da vida, além de uma linda história de dedicação e amor.

Foi sem dúvida, um dos finais mais lindo e triste que já li em minha vida.
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Gilvan 21/04/2021

Primeiro livro que li de Victor Hugo e me impressionei com sua capacidade de contar histórias. Achei sensacional a construção do personagem Gilliat. É um texto que abusa dos recursos de descrição. Porém, o que no primeiro momento parece ser algo extenso e confuso com termos técnicos marítimos mostra na verdade a paixão e o sentimento do autor com a história.
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Pumps 01/01/2024

Interessante.
Gosto muito da escrita de Victor Hugo.Admiro a profundidade,a forma poética como ele descreve as coisas e situações do cotidiano.A incrível grandeza que ele consegue transmitir através da sua sensibilidade em poetizar situações.
Victor Hugo faz longuíssimas digressões,o que torna a leitura de suas obras um pouco maçante,mas super recomendo a leitura de seus livros.
Gostei da estória,um final triste,mas não previsível,na minha opinião.
Mesmo com partes maçantes, recomendo a leitura.
Sou sua fã,Victor Hugo.
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Mateus 14/04/2024

O mar
O livro basicamente é uma homenagem do Victor Hugo para a população da ilha de guernesy, onde o autor morou alguns anos durante seu exilio. Acredito que seja de conhecimento geral que o autor é descritivo em seus relatos, mas nesse livro ele é EXTREMAMENTE descritivo, se torna cansativo, principalmente na segunda metade do livro.
Irei tentar resumir pois não consigo descrever bem o que acabei de ler, o enredo é um misto de romance sem romance e aventura sem aventura, pois os personagens são apresentados com todo potencial e carisma, mas isso não é bem trabalhado, o autor prefere falar do clima, do céu, do mar, de como navegar, dos detalhes do barco/navio, então os personagens não tem a profundidade que merecem.

Mess Lethierry, Déruchette e Gilliatt mereciam mais, pois são pessoas do povo, são cativantes, cheios de sonhos, desejos, buscam coisas na vida, gostaria de saber mais sobre eles, mas eu infelizmente soube pouco.

Para finalizar, a leitura em si não foi ruim, mas não foi boa, diria mediana para ser justo com esse belíssimo autor, sei que essa não é sua obra prima, acredito que fique atrás das duas principais (Os miseráveis e corcunda de notre dame), mas esse livro me decepcionou pois o início, as 150 primeiras páginas são muito boas, li e não consegui parar, mas após isso não vejo nenhum outro ponto positivo, nem a prosa poética me conquistou dessa vez.
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Jéssica 29/04/2021

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Bonito e triste. História de coragem e renúncia. Luta e harmonia entre Homem e Natureza.

A primeira parte desta obra é uma das coisas mais lindas que já li. A capacidade que Victor Hugo tem de construir e descrever o interior e o exterior de cada personagem é encantadora. É lindo de se ler! No entanto, para encarar a segunda parte do livro é necessário MUITO FÔLEGO. Se prepare para se empenhar na leitura de muitas páginas de rica narrativa com extremo detalhe e conhecimento a respeito das forças da natureza e do homem. Quem já se aventurou pela narrativa de Victor Hugo certamente já se percebeu tragado pela história. Em Os Miseráveis, a batalha de Waterloo demonstra a briga entre homens x homens. Aqui a luta é outra: é a batalha entre homem x natureza. Eu saí exausta desta luta! E o final desta história: haja coração!
@jessicalivros
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kendi 26/05/2021

um clássico é um clássico...
mas não quer dizer que a leitura me foi agradável!
Mas atesto, dentro da minha limitadissima expertisse em literatura, que se trata sim de um clássico.
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A leitura do livro (meu primeiro livro de Victor Hugo) me deixou impressionado com a habilidade descritiva e grande conhecimento de Victor Hugo em diversos assuntos: navegação, arquitetura de návios, oceanografia (não sei se é o termo correto), das massas de ar, de história da navegação, fauna, flora, etc.
É de se surpreender os detalhes que ele traz sobre diversos assuntos no livro. Mas isso muitas vezes deixou a leitura maçante para mim, pois há um limite do tanto de detalhe e comparações que é agradável e o Victor Hugo foi muito além do limite.
Talvez não fosse necessário comparar os ventos da tempestade chegando com todos os outros ventos ao redor do mundo (de diversas partes da França, da Inglaterra, do Brasil, do México, do Japão, da China, da África), ou passar 20+ páginas falando sobre a sombra que o personagem viu que era um 'presságio' de toda as trevas e tormento que estava por vir, ou 10 páginas ou mais (provavelmente bem mais) falando de uma criatura e a comparando com diversos outros animais e monstros. Isso só para citar algumas partes que eu me lembro.

Apesar disso a história é muito boa e tem seus momentos mais fluídos e agradáveis. Mas no geral não foi um livro muito impactante. Acredito que o seu valor está muito mais no grande conhecimento de Victor Hugo e como ele traduziu para o livro muitíssimo detalhadamente.

Não me arrependo de ter lido, fico feliz em tê-lo feito. Mas poderia ter vivido muito bem sem nunca o ter lido também.

PS: imagino que deve ter sido um trabalho colossal para traduzir o livro, muitos detalhes, termos específicos ou regionais, em uma época que as ferramentas deviam ser bem mais escassas, mesmo que a familiaridade com a língua francesa você muito maior na epóca. Machado de Assis também merece reconhecimento pela tradução.

PS 2: não costumo falar da edição do livro, mas esta (do Clube de Literatura Clássica) é maravilhosa. sem entrar muito em detalhes, o toque da capa, a diagramção, o papel, o fitilho, as gravuras tudo perfeito.
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Pedro.Gondim 07/06/2022

A natureza
"Os menos benévolos convinham em que Giliatt era excelente diabo para os doentes, quando se tratava de remédios ordinários; mas, como 'marcou', não queria ouvir nada: se algum escrofuloso pedia-lhe para tocar a flor-de-lis, a resposta de Giliatt era fechar-lhe a porta na cara; recusava fazer milagres, coisa ridícula em um feiticeiro. Não sejas feiticeiro, mas, se o és, faze o teu ofício." (p. 43)
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Lucas Lobo 23/07/2023

O mar não tá pra peixe
Obra incrível, com um enredo interessante, ótimos personagens.

Meu segundo livro de Victor Hugo, e tá no meu top 5 autores favoritos.
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Patrícia 19/04/2021

Esse foi o quarto livro do Victor Hugo que leio e foi o que eu mais fiquei perdida, na maior parte da história ele nos trás muitos termos náuticos, assunto que eu não entendo quase nada.
O começo e o final foram as partes mais fáceis e rápidas na minha leitura mas o meio foi bem difícil.
Com certeza preciso amadurecer mais meus conhecimentos e fazer uma releitura para conseguir tirar muito mais proveito desse livro.
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Matheus 06/11/2023

Os Trabalhadores do Mar - Victor Hugo
Esta é a primeira obra de Victor Hugo que leio. Gostei da história; Gilliatt é um personagem fantástico. Porém, o que me desagradou na obra é que o autor é muito descritivo, principalmente no início do livro. As passagens descrevendo a vida marinha de Guernsey tornam a leitura muito enfadonha. A experiência de ler Os Trabalhadores do Mar me lembrou quando li Moby Dick, onde ambos os livros possuem enredos incríveis, mas a descrição minuciosa da vida marinha me entediava, apesar de ser importante para o contexto da obra. No geral, gostei e pretendo ler mais de Victor Hugo.

Ambientado na ilha de Guernsey, a história segue a jornada de Gilliatt, um pescador corajoso, enquanto ele luta contra os elementos e desafios impostos pelo mar. Victor Hugo mergulha profundamente na descrição detalhada da vida marinha e da ilha, evidenciando não apenas a natureza majestosa do oceano, mas também a luta solitária e a determinação de Gilliatt para superar obstáculos quase insuperáveis. A simbologia do oceano e a batalha do homem contra a natureza permeiam toda a narrativa, refletindo muitas vezes os próprios dilemas da condição humana. A trama apresenta reviravoltas emocionantes, explorando a coragem, o amor e a determinação. A luta de Gilliatt é uma representação poderosa da resistência humana diante de adversidades, fazendo do protagonista um ícone de perseverança.
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GabrielMacambira 05/11/2022

Os Trabalhadores do Mar é a tradução em português de Les Travailleurs de la mer, um romance de Victor Hugo, escritor francês, publicado em 1866. O livro é dedicado à Ilha de Guernsey, onde Hugo viveu 15 anos em exílio auto-infligido.

A obra Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo, é em essência um relato do homem e de sua aventura diante à natureza, em duas perspectivas: humana e natural, na concepção pura da palavra.

Para Victor Hugo, as três lutas do homem são definidas como suas necessidades básicas: a religião, a sociedade e a natureza. Destarte, o homem precisa ultrapassar os conceitos dos dogmas; lutar por leis justas e; sobreviver em natureza, tanto social quanto mundanal. O primeiro conceito é trazido pelos escritos do Corcunda em Notre Dame, o segundo conceito; elevado pelos Miseráveis, e o terceiro conceito; natural, descrito nos Trabalhadores do Mar.

De toda forma, Victor Hugo considera o completar de uma tríade, ou uma trilogia que se conclui com os Trabalhadores e que se inicia com o Corcunda. Num primeiro momento, o dogma da religião e sua indisposição ao contraditório, no segundo passo hugoniano nota-se a luta em sociedade pela dignidade da vida de cada um, e, no terceiro ponto; a afirmação do homem diante suas naturezas, entre elas o pertencimento e a aceitação, bem como a luta de sobrevivência em meio aos estertores desconhecidos da natureza. (IVERSON KECH FERREIRA)
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