A boneca de Kokoschka

A boneca de Kokoschka Afonso Cruz




Resenhas - A boneca de Kokoschka


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Edu 05/06/2022

Muito além do que é dito.
Afonso Cruz sabe costurar narrativas como poucos autores. Apesar de nos reservar algumas surpresas, não há êxtase ou ansiedade para se chegar ao final delas.

As histórias, ate as mais banais, nos trazem certos tons cinzas de reflexão sobre a vida, a morte, amor, solidão, traumas, felicidade e promessas.

A leitura é bem cadenciada e convidativa para ser feita com paciência, com pausas e com as devidas marcações das partes favoritas.

Definitivamente não é um livro para quem tem pressa e, ainda assim, acabará muito rápido para quem gosta desse tipo de literatura.
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Nivia.Oliveira 13/05/2022

Comprei esse livro pensando que seria sobre o pintor (eu coleciono romances de arte) Oskar Kokoscha aquele que, perdido de amor, mandou construir uma boneca em tamanho real de sua amada Alma Mahler. Mas não. O máximo que o autor fez foi citar isso que eu já sabia.
Entretanto fiquei muito impressionada com a escrita do Afonso Cruz na primeira parte do livro, fazendo-me refletir quais são nossas verdadeiras gaiolas! E o que me faz querer ficar presa nela, ainda que a portilhola esteja aberta...
E numa das minhas “viagens” até encontrei relação de Isaac Dresner e Bonifaz Vogel com o pintor austríaco que passou pelos horrores de guerra e “presenciou a humanidade feita em pedaços”.
Achei aleatório o livro que ele encaixa no meio, que dá título ao livro. Talvez o significado disso seja como a história de uma pessoa pode interferir na de outra, seja para o bem ou para o mal. E que essa “boneca” poderia bem ser qualquer um de nós quando nos permitimos ser marionetes nas mãos de outro qualquer.
E a última parte não tenho nada a declarar sobre aquele músico que tem corda até nome.


site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/?hl=pt-br
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Renata 13/04/2022

Um livro meio confuso, cheio de histórias e histórias de histórias, sobrepondo versões, impressões e fatos? o que justifica o título, com certeza.
Gostei bastante da linguagem, o estilo de narrativa muda de acordo com o narrador, de acordo com a idade desse mesmo narrador - raramente o autor se lembra de ser fiel a esse detalhe.
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Lindy.Heller 05/12/2021

A BONECA DE KOKOSCHKA
Em uma Dresden devastada por bombardeios, os encontros entre os personagens começam a partir de uma loja de pássaros e com o folhear das páginas, entendemos a forma como Afonso Cruz compõem o enredo, fazendo com que os personagens se encontrem tal como no livro de Mathias Popa. É instigante!
Aliás, é um livro dentro de outro livro. Como assim Lindy?
Bom, vamos lá, Mathias Popa é na verdade um dos personagens de Afonso, que na história é o autor do segundo livro “A Boneca de Kokoschka”, que nesse conta a história do pintor Oskar Kokoschka, o primeiro dona da boneca, quem motivo todos os encontros dos personagens.
Talvez um pouco confuso, eu sei, mas falar além disso seria dar mais spoilers 🤦🏼‍♀️
Se você procura um livro que se passe durante a Segunda Guerra Mundial e que fale de uma galeria de vidas, nada mais perfeito que ler A Boneca de Kokoschka.

⏳ tempo de leitura: 12 dias
⭐ nota: 4,7 / 5

site: https://www.instagram.com/p/CVwMOkXtHn-/
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Valéria Cristina 17/11/2021

Genial
Formado por histórias dentro da história, este livro é genial! Lembra uma matrioska. E no final, tudo se encaixa. Espetacular!
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Foxx;; 15/11/2021

Retrato das contradições humanas
Afonso Cruz é desses raros autores que falam da alma humana com palavras e metáforas simples, sem precisar soar complexo ou denso. No entanto, a mensagem das metáforas que ele constrói são ricas e levam tempo pra elaborar. É uma leitura que precisa de calma e que te atinge como um raio no meio do peito - mas de forma positiva. Eu já amava o Isaac Dresner por ter lido “Nem todas as baleias voam” antes, depois desse livro amo mais ainda esse personagem. Sensacional.
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Zelinha.Rossi 01/08/2021

Gostei deste livro desde o princípio. A escrita é bastante poética, a leitura é fluida e o entrelaçamento dos personagens e das histórias é muito bem feito. Amei!

?Os pássaros ficavam encolhidos a um canto, tentando evitar olhar para aquela porta aberta, desviavam os olhos da liberdade, que é uma das portas mais assustadoras. Só se sentiam livres dentro de uma prisão. A gaiola estava dentro deles. A outra, a de metal ou madeira, era apenas uma metáfora.?

?A verdade tem muitas perspectivas. Se nos limitarmos a uma, estamos muito próximos do erro absoluto.?

?As guerras têm mais dificuldade de existir quando as pessoas se compreendem umas às outras.?

?a existência é feita de testemunhos. Sem isso, não há nada. O ?outro? é que faz com que nós existamos. Sem percepção, não há nada.?

?A nossa vida depende da leveza que damos ao nosso peso e vice-versa.?

?Tal como deve ser escrito o amor: a tinta permanente.?
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Toni 10/07/2021

Leitura 41 de 2021

A boneca de Kokoschka [2010]
Afonso Cruz (Portugal, 1971-)
Dublinense, 2021, 288 p.

Espalhadas pelas bocas das muitas personagens deste romance caleidoscópico encontram-se frases lapidares que definem o universo ficcional de A boneca de Kokoschka: “As relações com os outros é que nos criam a nós”, “Forçamos o mundo a ser como acreditamos que ele é e nem percebemos que passamos a vida a mentir-nos”, “Não existe mentira na literatura, na ficção, e, digo-lhe mais, não existe verdade na vida real”, “A nossa vida depende da leveza que damos a nosso peso, e vice-versa”, “Um ângulo, é disso que o mundo é feito, de ângulos sobrepostos”.

Leveza/peso, totalidade/fragmento, verdade/mentira, ficção/realidade, eu/outro: contrário ao que se poderia imaginar, neste universo criado por Afonso Cruz os binômios acima não são opostos, mas perspectivas complementares a partir das quais uma história é capaz de gerar inúmeras outras. Assim, as muitas tramas que se cruzam nesta Europa devastada pela Segunda Guerra alimentam não somente umas às outras na feitura de um tecido humano de narrativas infinitas, mas são também um lembrete sempre bem-vindo de que “o tempo não é uma seta do passado para o futuro, o tempo tem muitas dimensões, tal como o espaço. Anda para a frente, anda para trás, mas também vai para os lados…”

Marcadas por obsessões, buscas, tragédias e coincidências, as personagens de A boneca de Kokoschka são “seres humanos pisados por inúmeras perspectivas, avassaladoras” e expressam diferentes formas de elaboração da experiência de um trauma coletivo como o da guerra. Elas nos lembram o tempo todo (às vezes inadvertidamente, às vezes não) que “a existência é feita de testemunhos. Sem isso, não há nada. O ‘outro’ é quem faz com que nós existamos”. Destarte, o próprio romance se desdobra e revela outra obra com o mesmo título dentro de si, abismo metaficcional que, semelhante à vida de suas personagens, dá sentido e também faz existir o livro que temos em mãos.

Como outras obras do escritor, A boneca de Kokoschka é um tributo à linguagem e à elaboração ficcional que criam formas de ser e estar no mundo.
#afonsocruz #dublinense #abonecadekokoschka
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Marília 16/06/2021

Gostei da forma como o autor entrelaca as histórias. Fica parecendo mesmo com aquelas bonecas russas.
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Jan... 12/06/2021

Toda a gente a sua volta tinha razão e ele era uma ilha no meio daquela racionalidade, um hífen entre duas palavras, um elo perdido.No fundo, toda a evolução das espécies se sustenta em hifenes, em elos perdidos e achados.E Bonifaz Vogel era uma ilha sentada numa cadeira de palhinha onde o duce já havia sentado."

"Enquanto os recursos médicos eram escassos, os recursos da Morte eram, tal como sempre foram , demasiado extensos: por vezes, fugimos de um urso para encontrar um nazi; outras, fugimos de um leão para encontrar um micróbio devastador alojado nos nossos órgãos.Fugimos do que está fora, correndo com o inimigo dentro do corpo. Por vezes, sobrevivemos a um holocausto para sermos tolhidos por um estreptococo beta-hemolitico do grupo A."

?A boneca de Kokoschka, romance premiado do escritor português Afonso Cruz , se passa na Alemanha , final da Segunda Guerra Mundial. Dresden , cidade devastada pelos bombardeios e seus personagens , devastados pelas perdas da guerra tentam sobreviver e recomeçar suas vidas . Um menino judeu, Isaac Dresner, escondido durante meses no porão de uma loja de pássaros. Bonifaz Vogel perdeu toda sua família, até o gato nas explosões , só lhe restando a loja de pássaros, onde esconde o menino judeu. Mathias Popa, o soldado, autor do romance A boneca de Kokoschka. Diversos personagens vão entrando em cena e suas vidas começam a se entrelaçar .Um quebra-cabeças vai sendo montado. Um final surpreendente.

? É um livro cheio de metáforas ,que utiliza uma linguagem poética , despertando sensações : alegria e tristeza vão andando juntas. Um conjunto de personagens muito reais, sensíveis e humanos. Uma lindeza de livro.
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Paulo 05/06/2021

A história mínima contra a oficial
Afonso Cruz se vale da ficção para "documentar" uma história de amores sentidos e interrompidos das mulheres da família Varga. A história perpassa a destruição de Dresden na II Guerra Mundial, mas não se centra nisso: é uma narrativa sobre os pequenos cotidianos que se complexificam ao passo que a história do mundo tende a simplificá-los. Um livro de histórias que nascem de outras histórias e, de tanto aprofundarem em si, acabam retornando ao início. Um círculo perfeito.
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Cla 30/05/2021

Conheci esse livro por acaso, mas que sorte foi esse acaso. Livro muito surpreendente, sensível, lindo. É um dos livros mais complexos que já li e com com certeza pede uma releitura, mas vale a pena. Um livro sobre o mosaico da vida. Amei
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Vandinha 30/05/2021

Histórias conectadas
Com uma escrita fluída, o autor vai conectando histórias como se fosse um conjunto de matrioskas: cada uma dentro da outra. Muito interessante e fácil de acompanhar!
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Nati 14/05/2021

Esse é um livro bem interessante que mostra como as vidas estão interligadas. O início foi meio confuso, mas depois que pega no tranco fica muito bom. Cheio de quotes lindas. O que eu mais gostei foi o livro dentro do livro, achei muito legal. Me fez ficar cheia de dúvidas, tracei até um mapa de relacionamentos hahah
A única coisa que não gostei foi o final. Confesso que não entendi a terceira parte do livro e a relação dela com o restante do livro.
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Ana 12/05/2021

O começo do livro foi bem confuso e não me prendeu muito, a partir do momento em que aparece o livro dentro do livro me animei bastante e o final foi mediano
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