A Sombra de Innsmouth

A Sombra de Innsmouth H. P. Lovecraft




Resenhas - A Sombra de Innsmouth


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Wesley.Almeida 23/08/2018

Uma luz sobre Inssmouth
A humanidade teme o que desconhece e H.P. Lovecraft explora justamente as falhas da nossa compreensão para criar seus ambientes assombrosos, Lovecraft tem o dom de trazer as sombras e as profundezas do terror a tona.
A Sombra de Innsmouth é um livro para criar estranheza, o protagonista explora uma narrativa que tem traços de uma personalidade peculiar até "xenófoba" (vale ler sobre a vida de Lovecraft e seu contexto histórico), os medos e pré-conceitos tem seu espaço junto a curiosidade que move o personagem para uma aventura profunda de corpo e mente, e é neste ultimo que fica o maior terror.
A repulsa, o nojo, a violência são o que geram o medo no terror "padrão", Lovecraft neste livro por outro lado busca a origem dos temores na fragilidade da mente humana, as bases da realidade do personagem tremulam ao presenciar horrores que não deveriam passar de lendas e histórias contadas pela imaginação, quando o quimérico se torna presente e seus sentidos podem perceber o distinto, nascem ai lembranças que atormentam uma mente fragmentada.
Como fugir daquilo que te persegue na memória?
Matheus 15/03/2022minha estante
Também tive essa impressão sobre a parte xonófoba, ainda mais com a fama que o autor tem. Me parecia que ele tava "jogando a verde" nesses trechos, sabe. Mas eu gostei do geral, quem sabe isso faz parte na hora de construir a imagem grotesca do povo de Inssmouth




Luiz Otávio 04/08/2017

A "Cidade Assobrada" de H.P. Lovecraft
Em minha recente empreitada pelo universo de Lovecraft me deparei com obras bastante diferentes de seu horror gótico. Dentre novelas e contos, existem complexas aventuras oníricas, horrores psicológicos ou pura ficção científica. Mas todos seguem um padrão: partem de um conceito simples e acabam por derrocar em uma trama grandiosa de horror e loucura. Vejam bem, isso não é um problema. Pessoas comuns sendo levadas ao reino da insanidade, o maior bastião do autor, de fato é algo interessante e muitas vezes assustador. Mas as vezes tudo que queremos é uma simples história sombria e horrenda (algo que ele faz mais nos contos, ótimos em sua maioria). Alguns eu vibrei a cada página, alguns, confesso, me deixou desgostoso e questionando o porquê do autor ser tão aclamado por aí. Então abri “A Sombra de Innsmouth”, e era tudo que eu procurava nas histórias Lovecraftianas.

Nos dias de hoje é muito comum a trama do inocente personagem que acaba por se deparar com uma cidade estranha, com seus habitantes misteriosos, cheios de superstição e tudo envolto a um grande e (muitas vezes) sobrenatural mistério, que acaba por envolver esse protagonista inocente em algo maior, um perigo terrível e se vendo no limiar da vida. Sejam filmes, livros, games… Até mesmo eu já me arrisquei a escrever uma trama nesse conceito (e pretendo revisitar logo :P). Mas quando Lovecraft deu vida a esta obra, certamente não era uma ideia tão difundida. Mas ainda assim, mesmo comparado a N coisas contemporâneas por aí, a história não se torna genérica, mantém-se o suspense e consegue surpreender o leitor.

A boa utilização de um plot-twist é um destes méritos. Ao ler a sinopse (ou mesmo esta breve análise) talvez seja fácil prever que virada seria essa. Bem, não é. O autor planta pequenas sementes ao longo de toda a trama e, onde muitas dessas histórias tendem a terminar, Lovecraft vai além, continua sua narrativa. Só então aquelas sementes brotam, mas aí o leitor já está completamente preso nas vinhas da trama do autor.

A trama simples, com poucos e pontuais personagens constantes, mas a sensação de perigo constante, é outro belo ponto a favor. Uma história concisa e sem muita enrolação somada a uma boa ambientação (que prefere locações mais palpáveis e familiares a maioria dos leitores) também são elementos importantes para essa receita tão bem sucedida.

Infelizmente nem tudo é perfeito. E o mesmo ponto caracterizado como “a cereja do bolo” também é a maçã podre: O tal plot-twist.

Estudando cinema eu aprendi muito sobre narrativa (seja literária ou cinematográfica). E, claro, muito é questão pessoal e não existe uma máxima que diz o que é considerado uma narrativa perfeita, principalmente quanto a utilização dos pontos de virada da trama. Mas tenho pra mim que o excesso de explicações tiram muito do brilho deste recurso narrativo. E infelizmente o autor abusa de explicações.

O terço final da novela é repleto de citações de sequências já ocorridas, apenas para ligar a trama de forma mais linear. Claro, para alguns leitores mais desatentos (ou simplesmente menos chatos) isso é bem vindo, mas torna-se meio “pobre” quando você precisa revisitar todas as sementes plantadas e jogar na cara do seu leitor só para que ele entenda. Em poucas palavras, é como se o autor fizesse um breve guia de trechos importantes pra entender a virada da trama.

De qualquer forma, A Sombra de Innsmouth continua sendo uma leitura sensacional. E, se for do seu gosto este recurso citado acima, então se torna ainda melhor. Cidades Assombradas é um conceito que possibilita sempre muitas tramas e bons sustos, principalmente quando estão nas mãos de bons autores. E, certamente, Lovecraft pode ser enquadrado neste caso.
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haw 28/08/2016

Não olhe para trás.
H.P. Lovecraft é um mito, A sombra de Innsmouth é uma obra fantástica e inspiradora, isso é claro, se você gosta de sentir medo.
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Na Literatura Selvagem 09/07/2016

A sombra de Innsmouth, de H. P. Lovecraft [MLI2016]
Geralmente costumo escolher para leituras noturnas e chuvosas algum exemplar de suspense ou terror de meu acervo... Aproveitando a Maratona Literária de Inverno, onde acrescentei o livro A sombra de Innsmouth a minha TBR, achei pertinente iniciar sua leitura aproveitando a noite fria e soturna do dia anterior ao qual escrevo essa resenha... E me entreguei a leitura, ficando absorta por boas horas...
Recebi esse exemplar da Editora Hedra em parceria com eles. De autoria do aclamado mestre do horror e do Mito de Cthulhu - H. P. Lovecraft - trata-se de uma novela escrita em 1931 e única obra publicada em vida do escritor... Lovecraft andava frustrado depois de inúmeras recusas de seu trabalho no mercado editorial, que desejava aparar-lhe a liberdade de escrita, e acabou escrevendo o texto sem pretensões de publicá-lo, era apenas para satisfazer seus critério de escrever ficção. O que resultou desse trabalho foi uma obra marcante, perturbadora e cheia de detalhes que fascinam e horrorizam o leitor, como se o narrador contasse algo que aconteceu a nós mesmos...

leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2016/07/a-sombra-de-innsmouth-de-h-p-lovecraft.html
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Iggor 22/03/2016

Introdução á obra de Lovecraft
Essa é a primeira obra que leio de HP Lovecraft,e devo dizer que foi um belo pontapé inicial nesse universo inominável que pretendo embarcar.O autor consegue através das descrições do lugar e de seus habitantes nos situar na mente do personagem principal que gradativamente se pergunta se ele ainda está pensando racionalmente ou sofrendo com as memorias que o perseguem.Em suma,é um ótimo livro que assusta apenas pela promessa do que virá a seguir na historia.
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Coruja 31/01/2016

Já tinha lido esse conto para o Clube do Livro – à época, o Dé fez umas duas resenhas, mas nunca cheguei a compartilhar minhas próprias percepções da história. Aliás, muitos dos contos dessa antologia já me eram conhecidos... eu achava que tinha lido bem menos de Lovecraft, mas aparentemente não é bem esse o caso...

O narrador dessa história viaja até a cidade de Innsmouth em virtude de seus interesses em antiquários e arquitetura antiga – a cidade foi um importante porto regional, e sede de um culto de criaturas das profundezas do mar (claramente ligadas às criaturas que descobrimos em Dagon), até cair em ruína após ser atingida pela Peste, em 1846.

Ninguém sabe exatamente do que se trata a doença, mas o fato é que em seu período de isolamento para que ela não se espalhasse, a cidade foi dominada pelos cultistas e pouco a pouco se degenerou.

O narrador chega à cidade tempos depois desses acontecimentos, mas escuta as histórias e pouco a pouco se vê envolvido numa situação que certamente o faz se arrepender de ter escolhido Innsmouth como destino de férias...

O interessante é que os horrores com que nos defrontamos nesse conto não são tão privados quanto em outras histórias. Na maioria das vezes você tem um pequeno grupo consciente dos fatos e que tentam abafar o que ocorreu.

Aqui, por outro lado, o que aconteceu em Innsmouth foi grande o suficiente para obter uma reação do Estado: os poucos habitantes são levados para presídios militares e ‘desaparecem’, a cidade é esvaziada e destruída, e até um submarino é utilizado para torpedear um alvo conhecido como Devil’s Reef.
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Yuri 05/03/2015

Lovecraft não tinha muito love para dar.
Não é o melhor do Lovecraft, a xenofobia alegorizada dele me incomoda muito, apesar de que uma leitura feita sem contexto pode deixar essas questões desapercebidas . A introdução na edição da hedra é muito boa e não esconde o lado "ruim" de Lovecraft. Mesmo assim, é uma novelinha agradável, ainda que inferior a trabalhos mais curtos como " A Música de Erich Zann" ou " O Modelo de Pickman" em que a ideologia do escritor não permeia o texto e este fluí bem melhor. Para mim, está claro que o autor consegue se expressar de modo mais efetivo nos contos de no máximo 30 páginas.
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Luís 10/01/2015

Excelente!
O livro é sensacional, Lovecraft leva o leitor a um mundo desconhecido e aterrorizante, e o impressiona a cada página. Foi o único livro do gênero que realmente me passou uma sensação de medo. Apesar de ser curto, é escrito de forma excelente, uma leitura com um português rico e que exige que o leitor se concentre bastante. Há algumas informações muito valiosas sobre o contexto do qual o livro foi escrito e notas que ajudam a conhecer um pouco o autor. É uma leitura obrigatória para fãs de terror e suspense.
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Gláucia 01/11/2012

A Sombra de Innsmouth - H.P.Lovecraft
Primeira novela do autor editada em vida como livro (sua obra foi publicada em periódicos), trata de um forasteiro que resolve conhecer Innsmouth, vilarejo da Nova Inglaterra que não se encontra em mapa nenhum. O autor consegue manter um ótimo clima de suspense enquanto descreve uma cidade praticamente abandonada e decrépita com seus sinistros habitantes. Fica evidente que algo tenebroso aguarda o protagonista, obrigado devido à uma circunstância a pernoitar no hotel em ruínas.
Essa edição de Hedra vale a pena por dois motivos: uma interessante introdução que traz aspectos biográficos do autor, cujos pais enlouqueceram e uma importante característica : era um racista convicto, crente na superiodade ariana e admirador do Mein Kampf. E um apêndice ao final da novela, uma carta do autor a um tal Sr Perry em que ele descreve seu processo criativo. O texto é completo, coerente e honesto, acredito valer mais que um curso sobre Teoria da Redação ou algo do tipo.
Essa novela contem influências dessas presenças em sua vida, o horror à miscigenação das raças e o medo da herança genética da alienação mental.
Davi 27/10/2013minha estante
Gláucia,

Só uma observação: há controvérsias sobre o fato de ele ser realmente "um racista convicto, crente na superiodade ariana e admirador do Mein Kampf". Eu não afirmaria tudo isso com tanta convicção.


Gláucia 01/11/2013minha estante
Então Davi, eu já tinha ouvido falar que não é bem assim mas o que falei foi baseado no prefácio como sendo de fatos sobre a vida do autor, extraído de cartas, etc. Seria bom ler uma biografia confiável, vc conhece alguma? Obrigada!


AntonioHenrique 16/09/2014minha estante
Gláucia, a respeito da mencionada predileção de Lovecraft pela denominada raça ariana, penso que devo realizar um adendo nesta resenha para complementar, visto que a noção de superioridade racial para Lovecraft é ainda mais restrita, pois ele considerava superior a todas as raças os anglo-saxões apenas, tecendo críticas sobre outros povos de origem ariana, como germânicos, celtas, etc... Sobre uma boa biografia dele não conheço nenhuma, mas ouvi rumores que a editora Hedra está providenciando uma.


Cid Espínola 03/05/2018minha estante
Lovecraft é mestre no estilo e nunca notei nenhuma dessas influências nazis em suas obras.

De todos os modos, se essa ideia de Lovecraft ser meio nazi venha a ganhar força: que ser humano merece ocupar um pedestal? Absolutamente nenhum, só fanáticos fazem isso. Vide política e afins.

No mais, abraços e boas leituras!




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Andrea 28/05/2011

AI, QUE ÓDIO!
Eu quase desisti desse livro logo no começo. Há uma introdução, feita pelo tradutor, de mais ou 10 páginas, onde ELE CONTA O MISTÉRIO da história! Inclusive, cita frases do livro. Pra morrer de raiva.
Mas continuei porque eu não conhecia o trabalho do Lovecraft e é sempre válido conhecer autores "novos". Há também uma mini-biografia nessa introdução e, olha, não é lá muito animadora. O cara era meio estranho.

De todo jeito, no final das contas, é uma ótima história. Desde que você leia "no escuro": não procure sinopse, resenha, introdução, nada. É um livro que com certeza perderia metade da graça numa releitura. Tive dificuldade em algumas palavras - que NUNCA tinha visto na vida - e como li sem dicionário, tive que deixar passar. Ou seja, leia com um do lado.

É assustadora, tensa, angustiante, meio aterrorizante... E o final, aaah, o final. Foi uma surpresa! A história mesmo tem pouco menos de 100 páginas, mas é uma leitura longa. Eu senti que li pelo menos o dobro!

Apesar de ainda estar curiosa pelos livros que foram citados nesse, como o Cthulhu, não sei se animo encarar outros.
Ricardo Santos 07/03/2013minha estante
Por que você se animou a encarar outros?


lys 29/11/2019minha estante
Pensei que a introdução tivesse contado o mistério e por isso o livro perdeu a graça.


Matheus 02/03/2022minha estante
Tenta ler "Dagon" ou "Além das muralhas do sono". São dois contos bem curtinhos, cerca de 15 páginas, que dão uma essência geral do que ele escreve. Talvez vc goste


Andrea 02/03/2022minha estante
Meu problema é com o autor, não com as histórias. :)




Marselle Urman 03/03/2011

Faço esta resenha após reler o livro.
O impacto da história é bem maior no primeiro contato, mas de qualquer forma este é um dos bons livros de Lovecraft.

Em determinados momentos da narrativa do viajante curioso ( e todo mundo sabe que a curiosidade matou o gato)eu ficava pensando na palavra: BIOHAZARD. E esse conto, as ambições por trás das sombras de Innsmouth, tem mesmo algo a ver com o plot de Resident Evil.

E tem aquelas coisas nas quais Lovecraft é mestre: a incerteza se ainda se mantêm a própria sanidade mental, o terror abjeto que se infiltra no meio de um cotidiano. E como o homem, e suas escolhas, podem levar a fatos catastróficos...
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