O cometa + O fim da supremacia branca

O cometa + O fim da supremacia branca W. E. B. Du Bois
Saidiya Hartman




Resenhas - O cometa + O fim da supremacia branca


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Maria 05/04/2024

O livro é muito bom e super rápido de ler, tem o conto e depois do conto uma análise sobre ele. O conto é bem forte e trás muitos significados e simbologias que a princípio eu não peguei, mas que a análise levanta e são muito interessantes e necessários.
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Carlos.Junior 28/02/2024

10/10
"O cometa" escrito por W.E.B. Dubois explanece e aborda pontos criticos do meio racial em que o negro e o branco se perpassam no cotidiano, introduzidos em uma ideia de apocalipse somos levados a um mundo no qual, mesmo arrasado, ainda somos puxados pela correntes que coodernam o nosso julgamento e preconceito.

No livro, conhecemos Jim, um homem negro, vivente do ano 1920 e funcionario de banco, que vê nos jornais sobre um cometa que ira passar pela terra, mais precisamente Nova lorque, e poderia ser visto a olho nu. Seu chefe, indiferente ao fato, manda ele para um cofre no subtaraneo para arrumar os arquivos vel. Ao voltar, nota que todos na cidade estão mortos, como se estivessem dormindo profundamente, cabe ao nosso sobrevivente buscar informações sobre o que aconteceu.

O livro se separa em 2 arcos, o primeiro seria o conto escrito por Dubois e o segundo é uma releitura aguçada, profunda e minunciosa feita pela escritora Saidiya Hartman, abrindo a cabeça antropologica do escritor do conto de maneira criativa, conteudista e sensivel com o leitor.

Não explica o obvio e consegue revelar o escondido. Com uma historia atemporal e crivel até o dias de hoje, se torna um excelente livro e uma recomendação maravilhosa sobre as dinamicas sociologicas e antropologicas que temos com raça, deixando algumas perguntas no ar como: Ainda existira racismo se só existisse uma pessoa no mundo? E se existisse duas? Como seria essa dinamica? O que resultaria disso?
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Licia Maria 15/12/2023

Eu sempre acho muito curioso como os livros antigos se mantém tão atuais e parece que ninguém se incomoda...
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Marcio39 14/12/2023

Brabo d+
As poucas coisas que li do Du Bois gostei bastante. essa edição da fósforo ta bem linda. o ensaio da hartman tbm tem uma análise que traz muita riqueza de contexto. aguardando darkwater ser publicado na íntegra.
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CSK 06/11/2023

Conto ótimo e super atual apesar da época em que foi escrito.
Um texto tão pequeno, mas que nos ensina muito.
Super recomendo.
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Luisa 04/11/2023

Bom!
Muito bom, relevante, contemporâneo. Li por causa da faculdade, mas não foi um castigo e sim um presente, Lemos e nem reparamos que está chegando ao fim. Ótima releitura também, recomendo bastante a todos.
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Ismael.Chaves 18/10/2023

Um "episódio perdido" de Além Da Imaginação
Em 1919, um evento conhecido como "Verão Vermelho" marcou todo um contexto de expansão e de atrocidades coloniais. Mulheres, crianças e homens negros foram assassinados, linchados, mutilados e queimados vivos nas ruas de East St. Louis, em Illinois, depois que, numa tarde de julho, quatro meninos em uma jangada no lago Michigan foram parar em "águas exclusivas para brancos" e acabaram provocando a ira e a retaliação de camaradas brancos, rapidamente transformados em uma turba voraz que matou um dos meninos e saiu em missão de matar, mutilar e ferir qualquer negro que cruzasse seu caminho.

Nesse clima, em 1920, o escritor, historiador, filósofo e ativista W.E.B Du Bois escreveu "Darkwater", um livro que reúne histórias, ensaios, poemas, orações, canções, parábolas e louvores - um inventário da violência (que estuda a branquitude, os linchamentos, a servidão, as guerras imperais, a condenação das mulheres negras, o colonialismo e a predação capitalista, bem como s beleza, o acaso, a morte o sublime). Uma coletânea que oscila entre a raiva e o desespero. "O Cometa" é o penúltimo capitulo do livro.

Nesta breve ficção especulativa, Du Bois retrata uma Nova York vazia após a passagem de um cometa misterioso que mata todos os habitantes da cidade. Sobrevivem apenas Jim, um homem negro, e Julia, uma mulher branca. A partir desse plot, o autor abre uma possibilidade de reflexões e interpretações sobre o conceito de raças no mundo. A história tem uma atmosfera da série clássica Twilight Zone e, de certa forma, apresenta um protagonista negro em meio um cenário pós-apocalíptico décadas antes do filme "A Noite dos Mortos-Vivos" de George Romero.

A edição da Fósforo celebra o centenário da publicação de “O cometa”, incluindo o ensaio "O Fim da Supremacia Branca" de Saidiya Hartman, professora de Columbia e nome fundamental do pensamento negro contemporâneo, em que ela comenta a atualidade do conto e situa o pensamento de Du Bois no centro do debate racial contemporâneo.
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Moni 17/10/2023

Leitura extremamente rápida, mas de altíssima densidade no conteúdo para reflexão.
A análise posterior tb é mtu interessante que ajuda a refletir se o conto em si traz uma esperança de algo novo nascendo ou a triste realidade condicional da liberdade de uns apenas com a morte dos outros.
Temos então diversas perspectivas a serem consideradas e qual seria a melhor?
Difícil dizer.
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AurAlio.Nestor 14/08/2023

Um convite para refletir sobre a sociedade
Na obra "O Cometa: + o fim da supremacia branca", Saidiya Hartman estabelece um diálogo com o trabalho de W.E.B. Du Bois, proporcionando uma leitura que desperta uma variedade de sentimentos em seus leitores, especialmente aqueles que se identificam com os personagens principais.

O enredo do livro pode ser considerado complexo, uma vez que faz uso de diversas referências que podem passar despercebidas por aqueles que não estão familiarizados com elas, resultando na perda de detalhes importantes.

Refletir sobre o desfecho que não é conclusivo representa um desafio significativo, especialmente na indagação sobre a existência de esperança para aqueles que se dedicam à leitura da obra.
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Davenir - Diário de Anarres 31/07/2023

Uma obra que já vem com resenha, mas fiz uma resenha da resenha mesmo assim!
"O cometa" foi escrito em 1920 por W. E. B. Du Bois é uma peça do pessimismo que escancara as relações raciais nos Estados Unidos do seu tempo a partir de uma especulação típica da ficção científica. O que aconteceria se você ficasse sozinho e todas as pessoas do mundo estivessem mortas? E se você fosse negro? O que eventualmente muda em sua resposta, a partir da segunda pergunta é que ganha centralidade neste conto.

Acompanhamos Jim, um mensageiro de um banco em Nova York, nos anos 1920, que sobrevive a um evento catastrófico causado por um cometa. O que causa o evento e as suas consequências, não é o que realmente importa aqui, mas como sua relação com o mundo muda ao longo de sua jornada pelas ruas tomadas por pessoas mortas. Então, ele encontra Julia, uma mulher branca que também sobrevive, e nessa relação entre os dois sobreviventes, cheias de impressões entre ambos e a própria situação. O conto é curto e de linguagem objetiva mas é repleto de momentos que mostram como seria diferente com um homem negro, no lugar de um branco, andando solitário e, depois, encontrando com uma mulher branca sobrevivente.

É um conto que necessita uma leitura atenta a esse aspecto, para se tirar o melhor proveito da leitura. Contudo, mesmo para o leitor mais desatento é possível tirar várias reflexões do ensaio que segue a leitura do conto, que se chama "O fim da supremacia branca" escrito por Saidiya Hartman, uma pensadora de nosso tempo que tece muitas considerações evocando vários pensadores negros, como Frantz Fanon. Esse texto, na verdade, praticamente inutiliza a necessidade de uma resenha mais avaliativa sobre o conto, pois a autora do ensaio se debruça e tece com detalhes os vários aspectos que passariam batidos por uma leitura desatenta, ou de um leitor branco que não tenha conseguido se colocar no lugar de Jim. Recomendo a leitura por ser intensa em seus propósitos mas muito palatável em termos estilísticos.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2023/07/resenha-295-o-cometa-o-fim-da.html
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Letícia 30/05/2023

Curtinho... Porém com reflexões super necessárias acerca da branquitude e do lugar onde o negro é posto na sociedade. Amei o fato de ser trazido uma curta ficção, e posteriormente os comentários acerca de alguns trechos.
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Kamyla.Maciel 28/02/2023

Espero que mais pessoas leiam esse livro!!!
Eu achei fantástico como um conto tão pequeno pode dizer tantas coisas. Imagine um cometa que mata todos em uma cidade e o sobrevivente é um homem negro. É um livro de década de 20, em um EUA extremamente segregado.

Não vou falar mais nada para não dar spoiler, mas o livro fala sobre racismo, sobre a formação da subjetividade da pessoa negra, sobre os espaços que são reservados aos negros, sobre a branquitude, sobre a liberdade em mundo em que ser negro já não o limitaria, já não seria um fator determinante para ser enxergado ou não.

É muito interessante também como o autor humaniza e desumaniza o personagem, ou como ele é visto pela sociedade, conforme o conto vai avançando. Se há pessoas brancas, ele é sempre visto como ?o outro?, desumanizado. Se já não há a branquitude que o coloque nesse lugar, ele se torna um ser humano e só. Acho que o autor questiona se seria necessário o fim da humanidade para então o legado da escravidão ser apagado?

O texto de apoio é muito bom! Achei um pouquinho viajante, mas a literatura permite isso né! Pega o conto e o explica, ressaltando pontos que eu, como leitora, não havia notado. Ela ambienta o autor, sua vivência e o conto.

Achei um livro muito interessante, até pela época que foi escrito e pela história inovadora. Mas, acho que é um livro que divide opiniões, talvez algumas pessoas não achem tão bom assim.

Infelizmente, o personagem principal, Jim, ainda está presente na sociedade, mesmo sendo um livro de 1920. Essa obra ainda fala sobre o Brasil e a sociedade de hoje?
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Claudia 18/02/2023

A distopia da distopia
Como a Saidiya comentou na segunda parte do livro, é significativo que Du Bois tenha ?destruindo o mundo? na ficção para retratar uma esperança de vida sem racismo.
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bardo 30/12/2022

Um breve e perturbador conto que se torna ainda mais sombrio com os esclarecimentos do ensaio anexado nessa edição. Saidiya Hartman contextualiza e esclarece alguns pontos que ficam um tanto confusos na tradução do conto. Ela fará também a relação com outras obras ampliando o escopo da reflexão em torno do conto que por si só já é bastante abrangente.
O conto é simples, um enredo sem sofisticações, e com um núcleo até certo ponto previsível, o plot ainda que não perca sua força não é de todo inesperado. O que impressiona aqui, entretanto é o que não é dito diretamente, o autor constrói certas imagens, insinua outras, surpreende o quão rápido somos imerso na atmosfera proposta e é difícil não sentir certo desamparo.
Talvez o maior incômodo seja perceber como as dinâmicas propostas continuam atuais, fato inclusive apontado por Saidiya ao nos lembrar os paralelos da pandemia existente à época da escrita do conto e a pandemia de Covid 19.
Temos pelo menos duas cenas extremamente perturbadoras, sendo a segunda talvez a mais incômoda, o autor nos mostra uma idealização, que choca o leitor por seu disparate. É difícil não sentir um certo asco, não pela relação proposta em si, mas pelo absurdo que ela representa no mundo proposto (mundo não nos esqueçamos extremamente preciso e real). É quando o autor desfere o golpe ou aliás os golpes e o conto que já era cruel torna-se ainda mais devastador.
A conclusão talvez pareça enganadoramente otimista, ok de fato existe um débil consolo, mas os elementos propostos estão muito longe de um final feliz. Pode-se inclusive pensar numa subversão de símbolos. O corte abrupto deixa para o leitor especular os efeitos deixados pelo cometa, mas o clima de desamparo e pessimismo é evidente.
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Lucas Leite 14/06/2022

Atemporal
Essa obra dupla apresenta um conto distópico de Du Bois com uma análise crítica especializada muito bem construída. Mostra como mesmo no fim da civilização ainda permanecem narrativas cujas raízes estão fincadas no racismo estrutural e estadunidense.
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