Mariana 09/05/2023
É de uma bizarrice sem tamanho, eu me interessei só pelo nome, não conhecia nada da história e também não procurei saber, que arrependimento. Pra começar, o autor sabe como deixar alguém enojado/desconfortável, merece pontos por isso, mas eu também acho que alguém saudável mentalmente, com a terapia em dia, nunca sonharia em escrever uma coisa igual esse livro, não entra na minha cabeça.
As duas protagonistas não batem bem, são meio descompensadas e a Agnes é muito carente, de atenção, de amor, de amigos, de tudo. A relação começa tranquila, nós somos colegas, conversamos de vez em quando e tals, até que tudo escala muito rápido, estão falando bobagens e do nada a Zoe solta "eu quero ter alguém que eu possa controlar, mandar em tudo na vida dela", se a Agnes estivesse batendo bem da cabeça, todos os sinais de redflag teriam se acendido na cabeça dela, mas como não é o caso, ela disse o que? "Eu posso ser essa pessoa, posso fazer isso", aí começam uma relação super esquisita e diria até que um pouco "não consensual" de mestre/escravo, porque o leitor percebe que é tudo manipulação da parte da Zoe, mas a Agnes não, e entra nisso sem nem pensar duas vezes.
E as coisas vão de 0 a 80km/h em minutos, com a Zoe ordenando coisas absurdas e a Agnes fazendo, porque não pode viver sem ela, vai de comprar um vestido vermelho, passa por matar um bichinho e chega até a comer carne podre (o sonho da Agnes era ser mãe e um parasita é a mesma coisa, né?), tudo pra satisfazer a Zoe, mas óbvio que quando ela fica doente (grávida, na cabeça doente dela), a Zoe abandona porque a relação tá prejudicando o bem-estar da Agnes, ÓBVIO que tá.
Enfim, não recomendo a ninguém, não percam seu tempo, vão ler coisas mais saudáveis, Eric procure terapia.