Pacheco 23/08/2023
Se eu tivesse que descrever Cinco Dias, eu diria que é como um dia de sol, após dias de chuva; como um buquê de alguma flor amarela e bem vivida, em um ambiente que até então parecia sem vida; ou a luz entrando em um cômodo que a muito esteve fechado e escuro.
Cinco Dias pode ser curto - como um ato simples e pequeno a ser feito -, mas traz um sopro de vida e alegria, mesmo citando momentos difíceis (e de gatilho) que a personagem tenha passado.
Aqui vemos a Harper, a outra metade de uma das amizades mais sólidas e bonitas que já vi na literatura, aprendendo que não precisa pôr essa relação à frente de si mesma, especialmente quando nem mesmo sua amiga a pede isso. Além disso, Harper vive e se abre para o amor da forma mais pura e verdadeira pela primeira vez.
E Joe, o que falar do Joe que desde A Raposa e o Lobo me conquistou - assim como Harper também, claro - e aqui mostrou mais ainda o quão incrível é? Ele não é perfeito, mas se esforça, a compreende, apoia e cuida. Como um verdadeiro mocinho das histórias que ela lê, mas ainda melhor, porque é real e é apaixonado por ela.
Adel e Gabriel, no pouco que aparecem, também foram incríveis. Foi muito bom ver a Adel sendo para Harper o que a Harper foi para ela em A Raposa e o Lobo e o Gabriel sendo Gabriel (e um bom amigo, fofoqueiro, mas bom amigo, não tirarei esse mérito dele).
Vale a pena para todos que gostaram de A Raposa e o Lobo ou simplesmente querem uma história curtinha para ler. Só fiquei com o gostinho de saber como o casal está no futuro, como temos em AREOL.