A extinção das abelhas

A extinção das abelhas Natalia Borges Polesso




Resenhas - A extinção das abelhas


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Gabriela3420 05/10/2021

A extinção das abelhas
"A Extinção das Abelhas" é o segundo romance da incrível autora Natalia Borges Polesso. Neste livro nos deparamos com um Brasil distópico, embora pertubadoramente real, onde há uma grave crise climática, democrática e social. A personagem principal é Regina, uma mulher de 40 anos, que tenta sobreviver em meio ao caos trabalhando de camgirl na internet.

Este é um livro bem profundo, que toca em feridas ainda abertas como a pandemia, negacionismo e o governo atual. Através de Regina vislumbramos um país colapsado, em que não há condições de salubridade ou segurança para viver, acompanhamos também outros sentimentos da personagem como culpa, abandono e ressentimentos.

A saga pela sobrevivência de Regina é acompanhada por outras personagens femininas, igualmente fortes e muito bem construídas pela autora, aliás eu me liguei muito mais às personagens secundárias do que com a própria protagonista. Apesar do ritmo de leitura fluir bem, em alguns momentos eu me senti um pouco perdida na narrativa, por ser muito fragmentada, talvez. É um bom livro, porém não é o meu favorito da autora.

"O fim do mundo já acontecia fazia tempo bem na nossa vizinhança. E assistíamos a ele como se fosse ficção, como se não fosse problema nosso. Nos recusávamos a encará-lo, a vivê-lo."
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Luly @projetocabeceira 26/10/2021

Distopia pandêmica
Imagina um mundo colapsado pós pandemia de 2020. Natália BorgesPolesso imaginou e escreveu. Mas esse velho novo normal é apenas o pano de fundo pra história de mãe e filha, abandono, solidão, tudo vivido por Regina, e do outro lado, Guadalupe, sua mãe que fugiu. Não fiquei envolvidona, mas é uma leitura legal, com críticas sociais e políticas e uma narrativa muito envolvente.
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José Cláudio 01/11/2021

Escritora maravilhosa
Natalia Borges Polesso é uma das minhas autoras contemporâneas favoritas, nem preciso dizer que amei Amora e Controle, porém em A extinção das abelhas me deixou assustado. Assustado com um enredo distópico muito próximo do que já vivenciamos, me identifiquei com a personagem Regina (mesmo tendo gêneros diferentes). Comecei novembro recomendando esse livro pra todo mundo
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Andrea 22/11/2021

Um Brasil pré apocalíptico
A escritora gaúcha Natalia Borges Polesso leva o leitor para o futuro em um Brasil pré-apocalíptico, onde narra em paralelo a história da mãe e da filha.

A filha é Regina, uma mulher de 40 anos criada pelo pai deste que ambos foram abandonados pela sua mãe, ao qual desconhece se está viva ou morta. Apesar de formada, ela não encontra emprego em lugar nenhum, precisa pagar para receber a insulina que deveria ser gratuita e acaba se tornando stripper virtual para ganhar algum dinheiro e assim seguir com seus sustento.

Já a mãe, chamada Guadalupe, divide com o leitor a sua ânsia de buscar por novos mundos, fazendo com que frequentemente ela abandone a todos os que estão à sua volta para recomeçar em outro ponto.

A Extinção das Abelhas é um livro dividido em três partes, nos quais a autora escolheu diferentes formas de contar a sua história, deixando claro o início e o fim de cada fase da narrativa.

Um livro sobre morte, solidão, amor, sobrevivência, relações humanas, preconceito, causa e consequência. Resumindo: um pré-apocaliptico que não é nada inverossímil.

Resenha completa no blog: http://literamandoliteraturando.blogspot.com/2021/11/a-extincao-das-abelhas.html?m=0
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Euler 03/01/2022

Extinguir as abelhas, as mulheres, as lgbtqiamais, os sonhos. Esse parece ter sido um plano nos últimos anos e que se soma a todas as catástrofes ambientais - que são causadas pelos mesmos homens e não pelo meio ambiente. Na narrativa, seguir com a Regina foi angustiante porque ao mesmo tempo que os capítulos são como enjambements nos poemas e não permite que passemos a leitura, a história que a Natália nos apresenta é de um fim de mundo que já estamos vivendo. Inclusive , a segunda parte do livro, no qual se suspende a narrativa e temos diversos textos que anunciam/constatam/fatos reais/ficção sobre o fim é de torcer a gente no miudinho. Eu particularmente amo que o livro é povoado por mulheres lésbicas, morar nele nesses três dias tem sido um abraço, porque de alguma forma as manas trazem isso, abraços. E talvez esteja aí o grande lance do livro, embora seja total catástrofe, que lide com uma distopia que já vivemos - aliás, o termo distopia já entrou em desuso? - as páginas nos acolhem. Há acolhimento entre as personagens, que não se abandonam. Acho maravilhoso como a autora lida com o tempo, e mescla a história da protagonista, com a de sua mãe que fugiu com o circo. De certa forma, mãe e filha, mulheres mongas, mulheres monstras, ciborgues são duplo. E acompanhá-las é lidar com o antes e depois do fim. Aliás, a brincadeira com o fim _pandemia COVID e os fins que se anunciam é muito boa. Acho delicioso as passagens da Regina como camgirl, o que não dá pra não pensar no espetáculo da Janaína Leite e sobre essa imagem mascarada que atiça o sexo de todos. O sexo com máscaras, onde se encontra amor BB? O texto corre solto e as palavras são tão reais que dá até ilusão de que a literatura contemporânea pode caber na boca do povo. Leiam ??
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@retratodaleitora 14/07/2021

Muitíssimo atual
“O fim do mundo exigia decisões impossíveis. Decisões que estavam prontas e precisavam ser aceitas. Como a morte, a proibição ou o esquecimento. Naquele momento tão breve, houve travessia e prosseguimento. As pessoas limparam o cenário da despedida e foram descansar. A vida sempre segue seu fluxo.”



A Extinção das Abelhas (@companhiadasletras, 2021) é o segundo romance de Natalia Borges Polesso, vencedora do prêmio Jabuti e internacionalmente conhecida com seu livro de contos Amora (que é sensacional).

Como boa fã da autora, fui correndo ler o livro assim que tive a oportunidade. O título por si só já é instigante, e a sinopse me deixou com algumas pulgas atrás da orelha. Aqui conhecemos Regina, que resolve se tornar camgirl após ver um anúncio na internet, e assim começa a se expor para desconhecidos online para ganhar dinheiro e seguir sua vida no Brasil colapsado que a autora elaborou.

Um Brasil que deveria ser distópico, mas é tão realista e possível que até arrepia. Colapso ambiental, econômico… a extinção das abelhas!!! Tão, mas tão atual e doloroso ler sobre esse país que a Natalia apresenta, e mais doloroso ainda por ter noção de que nos aproximamos cada vez mais depressa desse cenário aterrador. Se já não estamos vivendo nele.

A Extinção das Abelhas é, como eu disse, um livro muitíssimo atual, que toca em feridas ainda abertas, como a pandemia e o nosso desgoverno genocida. É um soco no estômago, mesmo, e a autora faz muitas críticas pertinentes enquanto apresenta personagens bem interessantes que lutam pela sobrevivência em situações precárias.

Não consegui me ligar muito a Regina, mas gostei de conhecê-la. E o livro é rapidinho de ler, com suas 312 páginas e uma narrativa envolvente. Não é meu favorito da Natalia, mas adorei realizar a leitura de mais um livro seu, e recomendo.


@retratodaleitora

site: https://www.instagram.com/p/CRUh0r4LLdu/
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Camila 12/01/2022

Continuamos humanas mesmo no apocalipse
Será que amanhã conseguiremos pagar pelos preços absurdos para que haja água quente em nossos chuveiros? Você viu a mais nova declaração do presidente? E as ruas, cheias de milícia e guaritas clandestinas? Puta merda, não acredito que estou levando um pé na bunda dessa mulher no meio do fim do mundo.

O desenho de colapso que a Natalia Borges Polesso cria em 'A extinção das abelhas' é tão palpável que, se bobearmos, conseguimos encontrá-lo virando a esquina de nossas casas em um dia qualquer.

Escrever e prever o futuro do planeta não é nada novo por si só. Mas a maneira como Natalia coloca no centro o cotidiano de pessoas comuns torna o livro uma possibilidade pouco explorada. Não serão os tanques nem os mísseis que vão nos preocupar no dia a dia, mas a falta de alimentos na quitanda e as abelhas envenenadas e o copywriting muito bem feito para vendermos nossos corpos.

"Não existia emprego pra todo mundo, a pobreza e a miséria tinham chegado à taxa máxima da série histórica e eu era uma mulher de quarenta anos solitária que estava levando um pé na bunda, enquanto para o mundo não fazia a menor diferença como eu me sentia naquele exato momento".

'A extinção das abelhas' é um livro tão atual quanto o próprio dia de hoje e por isso causa medo e calafrios a cada página. Me apaixonei pelo formato de conexão entre capítulos e títulos e que me colocou para pensar em como uma história precisa de carinho para ser contada do jeito certo.

"Podem tá deixando entrar gente, mas sapatão eles não deixam". Apesar do pano de fundo cataclísmico, não deixa de ser uma história sobre as angústias mais humanas de uma mulher sapatão de quarenta anos. Mesmo em meio ao desastre final, ainda é claro como caminhamos em corda-bamba para sermos vistas como gente.

Não à toa Natalia é uma das minhas autoras favoritas desde li 'Amora' pela primeira vez. Assim como a protagonista Regina, eu também estou cansada de ainda morrer tanto. Mas seguimos fortes, por desejo de transformação e porque é tudo que nos resta.
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Luan148 13/01/2022

A escrita da autora é muito compreensível e sem arabescos filosóficos desnecessários, mesmo assim, sendo extremamente poética. A solidão, a sexualidade, a família, a amizade e a relação com o mundo são temas bem expostos no livro, até certo ponto. Tive uma pequena dificuldade em acompanhar a narrativa em certos momentos (o mundo tá acabando? a mãe da protagonista tá viajando? as mulheres lésbicas estão sendo perseguidas? onde estão todas localizadas?). Creio que a disposição das narrativas não são bem distribuídas, apesar de sua clara importância pra história. As vezes o menos é mais mesmo.
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Bárbara 15/01/2022

Fim do mundo, colapso, caos.
A autora, em sua escrita consegue nos transportar pra esse Brasil apocalíptico.
Trás reflexões importantes.
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Lívia 16/01/2022

A extinção das abelhas
"Acho que essa é a diferença que vem com a idade. Claro que a gente sabe mais, mas a gente aceita muito melhor não saber. E aceita que algumas coisas mudam e que outras não mudam nem a pau e que não há nada que tu possa fazer. Só ter paciência. Eu aprendi a ter paciência. Não passividade. Paciência. Um tanto de resignação. Por mim, pra mim, comigo. Depois com os outros"
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Barbara.Raulino 17/01/2022

Eu adoro a Natalia Borges Polesso e tava muito curiosa pra ler A extinção das abelhas, seu último romance, lançado no ano passado pela companhia das letras. Como sempre, gostei muito do que ela entrega aqui. A protagonista dessa narrativa distópica – que se passa em um mundo pós pandemia – lida com suas próprias questões enquanto tenta sobreviver a um mundo em colapso. Regina é orfã: o pai morreu no início da vida adulta e a mãe foi embora ainda em sua infância. Após a morte do pai, ela encontra em um casal de vizinhas e sua filha uma nova possibilidade de família. Natalia tece diferentes redes e relações entre mulheres, é nas mulheres que visualizamos novas formas de se relacionar. É muito bonita a ideia de comunidade e de família escolhida que ela propõe e apesar do tema difícil que ela aborda, essas possibilidades me deram um quentinho no coração.
A leitura é super fluida e o livro é dividido em três partes. Na primeira, ela usa um recurso pra nos manter conectados na mudança de capítulos e achei isso genial e muito efetivo: não dá vontade de largar o livro. Essa leitura também me provocou vários incômodos, principalmente porque é muito fácil a gente se identificar e também visualizar esse futuro meio distópico que ela propõe. É muito fácil intuir o caos que está por vir se continuarmos vivendo desse jeito. Recomendo demais, acho que é um livro mais que necessário, é urgente.

site: https://www.instagram.com/compartilhandoletras
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Laysa.Souza 20/01/2022

Escrita simples e sensível, como sempre, mas falta aprofundamento no desenvolver dos personagens secundários
O inicio é promissor e bem construído com a narrativa sobre um mundo em colapso. Gosto muito da escrita dela, mas senti que o livro tenta ser muita coisa e acaba não desenvolvendo a maior partes dos personagens. Mas ele funciona na maior parte do tempo e é lindo ver Natalia escrever narrativas lésbicas que não são focadas apenas em relacionamentos românticos. Gosto do desenvolvimento sobre a mãe e a relação familiar com as amigas que a protagonista constrói. Apesar de sentir a leitura arrastada pro final sinto que é um lívro que explora questões atuais profundamente em suas entrelinhas e foi ótimo ler algo novo da autora.
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Amanda Teles - Livro, Café e Poesia 23/01/2022

Natália tem uma linguagem gostosa que penetra na gente. Este é meu primeiro contato com a sua obra, e ao começar não conseguia parar de ler. Adoro escritores que brincam com as palavras e seus significados,  e Natália faz isso com maestria.

Em A Extinção das Abelhas vemos um retrato fiel das mazelas que temos enfrentado neste cotidiano pandêmico, misturado em mundo distópico onde seus personagens tentam sobreviver através da amizade, do amor e da dor. No fundo no fundo o que levamos desse mundo são nossas relações e alianças que construímos ao longo dos dias.

Livro que quando você termina passa vários dias dentro de você,  vale muito a pena.

Se puder, leia.
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Aninha 12/02/2022

Regina e todas a mulheres do mundo
Essa é uma história que podia ser minha, tua, nossa, do Brasil atual ou do Brasil de um futuro que está logo ali.
Mas é a história da Regina, a personagem que carrega as dores de ser uma mulher jovem, desesperançada; dores da alma, da vida e de viver nesse mundo insano.
Certamente esse livro estará entre as melhores leituras do ano. Isso que o ano nem começou.
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Bruna 14/02/2022

Uma leitura maluca mas gostosa
O livro se passa um cenário meio apocalíptico após um colapso ambiental que extinguiu as abelhas. Conta a história de várias mulheres levando suas vidas e as relações entre elas. O livro é bom, as narrativas são bem fortes mas eu senti falta de mais detalhes cronológicos sobre o colapso em si! Mas é bom
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