O mapeador de ausências

O mapeador de ausências Mia Couto




Resenhas - O mapeador de ausências


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Paulo Henrique 01/07/2021

Mapeando o passado
Mia Couto, só não é mais famoso, por escrever em língua portuguesa, pois a sua narrativa por vezes poética é fascinante. Esse livro é uma busca por um passado, porém uma análise de até que ponto buscar o passado faz bem. O título é justamente sobre isso, sobre mapear a ausência, pois muitas vezes se vai atrás do que não existe, ou se existiu não mais interessa. Há como todo os livros do Mia passagens que nos ensina muito sobre a vida, como a que diz "...não perdoamos, aprendemos a esquecer."
A história em si não é um primor, a beleza está nos ensinamentos, em retratar um país cheio de problemas e de fazer também uma crítica que muitas vezes tentamos mudar o passado para criar um falso presente. Vide o que passamos atualmente no Brasil com um governo que tenta fazer do passado sombrio algo belo.
Marianne Freire 28/09/2022minha estante
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Robert125 28/07/2021

Uma boa ideia executada de maneira ruim
UM DIA APÓS A FINALIZAÇÃO DA OBRA

O meu primeiro contato com Mia Couto foi glamouroso, permeada por uma beleza lírica e questionamentos existenciais. O problema, para mim, foram os furos cronológicos e o desenvolvimento de alguns personagens... A excelência da obra se encontra na escrita e na maestria do autor em retratar os problemas ocasionados pela colonização portuguesa em Moçambique, abordando geografias incomuns no território brasileiro. Viva a literatura africana!

QUATRO DIAS APÓS A FINALIZAÇÃO DA OBRA

Após refletir melhor sobre os percalços do livro, consegui chegar na conclusão que meu primeiro contato com o Mia Couto foi glamouroso devido à sua escrita, o que não torna a obra automaticamente boa. As motivações, os personagens, os elementos e o desfecho final foram sustentados apenas pela magnífica habilidade do autor em construir frases de altíssima qualidade na língua portuguesa. Um bom uso da técnica não é sinal de um trabalho emocionante.
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Anne 19/07/2021

Mapeador de ausências
Lirismo. Memórias. Vergonha. Busca. Fuga.
Leitura profunda, pesada no sentido de se fazer sentir, que foi desabrochando as memórias a cada página. A cada memória, uma dor, uma busca, uma fuga. Nem sempre consciente dos porquês. Quase nunca, consciente dos porquês.

É uma história política. Retrata os dissabores de uma época de perseguições da PIDE aos esquerdistas moçambicanos. A guerra que trás muitos culpados, e muito mais vítimas. Algumas vezes culpados e vítimas se misturam. Uma guerra travada em versos e prosa. Cartas e gravações.
Paralelamente o ciclone que devastou o país em 2019 se faz presente durante toda a narrativa, trazendo consigo anseios e temores. Memórias retalhadas e entre cortadas.

Curiosamente não me sinto desamparada no final. Pelo contrário, sinto que tudo está em seu devido lugar, apesar de nada aparentemente estar de fato.
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Bia 08/01/2022

À Beira
Curiosamente para um livro tão prosa-poético, Mia Couto parece escrever num só fôlego; e é assim que se lê, tão profundamente inseridos dentro da história que estamos, tentando compreender um clímax já enterrado, caminhando pelas beiradas da história. Para além dos terrores de um país lutando por sua independência e das chagas da guerra ainda abertas, esse livro fala sobre as memórias, sobre aquilo que se perde, sobre viver em busca.
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Simone 05/04/2022

Escrito em português de Portugal.
Um texto poético. Cheio de passagens que nos fazem refletir!
No início estranhei a linguagem e depois me adaptei e compreendi a narrativa.
Achei emocionante.
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Gislaine 15/10/2023

Necessita material extra
Ou estou de ressaca literária ou realmente tive dificuldade de compreender a história.
A escrita é linda e poética, no entanto as idas e vindas de narrativa e diferentes narradores me deixaram um pouco tonta.
Acredito que ainda vou precisar de muito material para conseguir absorver tudo o que li.
Mas foi divertido!
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Mari Pereira 30/07/2021

Acabei de terminar a leitura e a sensação que tenho é de não saber ao certo o que li.
Tem frases bonitas, o contexto da história de Moçambique é interessante, a leitura até que fluiu.
Eu gostei da premissa. Gosto de refletir sobre memória, ausências, passado. Mas, no geral, o livro não me convenceu.
Achei os personagens mal desenvolvidos, várias histórias são jogadas ao léu, dezenas de personagens que são menos que figurantes, a coisa do ciclone foi mal explorada... Um monte de coisa meio aleatória é juntada e nada é aprofundado.
Me parece um livro bonito sobre uma história bem mais ou menos.
Entendo que as pessoas gostem pela beleza, mas pra mim não rolou.
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Pedro Nunes 31/07/2021

Autor perdido no próprio ego
Mia Couto não utiliza aforismos espirituosos: o homem se leva muito a sério para isso. Fosse o livro recheado de máximas que, ainda que falsas, fossem divertidas, espirituosas, daria para aceitar. Mas o que o autor faz é, a cada página, e em todo diálogo, inserir pelo menos uma "reflexão", supostamente profunda. O tipo de arroubo de pretensa sensibilidade capaz de enganar os desatentos, levando-os a caracterizar o livro como poético (é um adjetivo que você vai encontrar diversas vezes, ao buscar resenhas sobre a obra). Em um artigo sobre aforismos, Umberto Eco cita uma passagem de Pitigrilli sobre frases desse tipo:

"O leitor que não tem ideias ou as tem em estado amorfo, quando encontra uma frase pitoresca, fosforescente ou explosiva enamora-se dela, adota-a, tece comentários com pontos de exclamação, (...) como se a tivesse pensado sempre assim e aquela frase fosse o extrato quintessencial de seu modo de pensar, de seu sistema filosófico."

É desse tipo de manobra que o autor se vale, e com tanta frequência que o texto se torna vicioso. Parece ser uma valorização do como se diz (forma) em detrimento daquilo que se diz (sentido), não fosse o fato de que a elaboração pretensiosa da forma é estabelecida em exaltação a um suposto sentido sempre grandiloquente, como anunciação de verdades profundas - que entretanto não se sustentam.

Os defensores do moçambicano podem alegar ser uma característica de estilo, ao que eu tenho que responder que essa é uma saída muito confortável - covarde, até. Se é válido tentar "emocionar" o leitor a qualquer custo, talvez uma narrativa sobre filhotinhos de cachorro sendo pisoteados por uma tropa em marcha ou a longa descrição da árvore de natal de um orfanato pegando fogo e transformando em cinzas os presentes das criancinhas (todas com câncer terminal, é lógico), enquanto os pequenos assistem a tudo, impotentes e chorosos, fossem estratégias mais honestas.

(Resenha completa no link da newsletter)

site: http://tinyletter.com/utops
Litchas 31/07/2021minha estante
Pois é... no início me encantei... ainda penso que há boas frases... boas reflexões sobre o racismo e o facismo... mas agora tenho sentido o livro cansativo. Sempre traz uma negação, inversão, confrontação, mesmo que não traga qualquer sentido... enfim, ainda não terminei, vamos ver onde vai dar, mas perdi um pouco do ânimo já.


Pedro Nunes 31/07/2021minha estante
Eu achei que a história tinha TANTO potencial, se ele tivesse ao menos se distanciado um pouco teria sido formidável!




Fer Paimel 24/07/2022

O mapeador de ausências
Mais uma bela leitura de Mia Couto.
Confesso me sentir um pouco incapaz (ou seria imatura?) de entender todo o significado que o autor traz na sua escrita. Ele consegue dizer muito com poucas palavras e tenho sempre a sensação de não entender, por completo, o que ele quis dizer.
Acho uma escrita muito inteligente e me dá prazer tentar desvendar seus mistérios.
Extremamente poético, esse é um livro quase metalinguístico, porque por meio de uma linguagem poética, o enredo é composto por personagens principais que são literalmente poetas kkkk a análise que eles fazem de eventos comuns, como algo elevado, é bem característico dessa mentalidade poética de embelezar o comum. É o oposto da minha personalidade, muito pragmática. Talvez por isso tenha apelo para mim, porque é desafiador entender a mente de pessoas com visões tão subjetivas sobre tudo.
Esse livro ainda aborda a questão das memórias, como algo que representa poder, afeto e a construção do nosso caráter e da nossa personalidade. Todavia, é difícil contar com a memória, quando as coisas que lembramos nem sempre são verdadeiras (quem nunca ouviu falar de falsas memórias?!). Mas até que ponto nossas memórias não são formas de resistência?
O título é uma bela representação da história. Enfim, a narrativa é inquietante, também pelo fenômeno natural que é pano de fundo do enredo? ele aumenta a tensão das descobertas dos personagens no avançar da leitura.
Leitura bem rica e inteligente, recomendo! Pretendo reler, para tentar reter mais do que Mia Couto oferece.
Edição da TAG, como sempre, impecável.
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Evy 26/07/2021

É simplesmente fantástico.
Sinceramente é chover no molhado falar da qualidade narrativa de Mia Couto, sem contar no mergulho em diferentes culturas e nas descrições de locais e períodos históricos sensacional! A história de O Mapeador de Sonhos é ficcional, mas fiquei o tempo todo achando que tinha um quê de vida real, tão maravilhosa é a escrita de Mia.

Um poeta e escritor, chamado Diogo Santiago, viaja após muitos anos à sua terra natal, Beira, para receber uma homenagem. Santiago decide que também irá descobrir um pouco mais sobre a história de seu pai também poeta, morto em Beira quando ainda era colônia. Na cerimônia conhece Liana, que vai lhe ajudar nesse ínterim, quando lhe entrega um calhamaço de documentos da polícia de defesa do estado a respeito das atividades subversivas de seu pai.

"Não me restam lembranças, tenho apenas sonhos. Sou um inventor de esquecimentos".

A genialidade de Mia Couto se mostra quando mescla o conteúdo dos documentos com a fala dos personagens que viajam entre passado e presente através de ausências, reconstruindo memórias através de histórias extraordinárias e de uma qualidade narrativa sem igual. Diogo reencontra pessoas importantes do seu passado, costurando o enredo de forma espetacular e amarrando todas as pontas apenas na última página.

Tudo isso entremeado com acontecimentos históricos marcantes, como o ciclone que destruiu Beira em 2019 e os massacres cometidos pela tropa colonial em Ihaminga durante a guerra civil moçambicana.

Super recomendo a leitura!
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 06/11/2021

Mia Couto - O mapeador de ausências
Editora Companhia das Letras - 288 Páginas - Capa de Alceu Chiesorin Nunes - Ilustração de capa de Angelo Abu - Lançamento: 2021.

Moçambique é um país que precisa lidar com a herança de um passado recente muito violento. Depois de uma guerra de libertação que durou cerca de 10 anos, tornou-se independente de Portugal em 25 de Junho de 1975, para iniciar em seguida uma guerra civil, semelhante à de Angola, que durou até 1992, com um saldo de um milhão de mortos em combates e também pelos efeitos da destruição do país que mergulhou em uma crise econômica sem precedentes, provocando a fome e o deslocamento da população.

O mais recente lançamento de Mia Couto é um romance com referências autobiográficas no qual ele lança um olhar a estes dois períodos da história de Moçambique, a fase final da guerra de libertação colonial e os efeitos atuais da guerra civil, para contar a história de um protagonista com muitas semelhanças a ele próprio. Diogo Santiago, um intelectual moçambicano, professor universitário em Maputo e poeta, retorna depois de muitos anos à Beira, sua cidade natal, às vésperas do ciclone que a arrasou em 2019, para receber uma homenagem e promover um acerto de contas pessoal com o passado.

Contudo, citando uma das epígrafes ficcionais do livro, do também poeta Adriano Santiago, pai de Diogo, "As lembranças tornam-se perigosas quando deixamos de as falsificar", e assim a narrativa se alterna entre o ano de 1973, quando Diogo recorda passagens da sua infância e da viagem que fez com o pai até Inhaminga, onde ocorreram massacres da população local cometidos pelo exército colonial, e 2019, quando conhece Liana – filha do inspetor Óscar Campos da PIDE, polícia política da época da guerra colonial – que lhe repassa uma série de documentos da época, os quais, ao longo da narrativa, misturam realidade e ficção.

"Estou de visita à Beira, a minha cidade natal; venho a convite de uma universidade. Desde que aqui cheguei, visitei escolas, reuni com professores e alunos, falei com eles sobre o assunto que mais me interessa: a poesia. Sou professor de literatura, o meu universo é pequeno, mas infinito. A poesia não é um gênero literário, é um idioma anterior a todas as palavras. Foi isso que repeti em cada um dos debates. Nestes dias, caminhei pelos lugares da minha infância como quem passeia num pântano: pisando o chão com as pontas dos pés. Um passo em falso e corria o risco de me afundar em escuros abismos. Eis a minha doença: não me restam lembranças, tenho apenas sonhos. Sou um inventor de esquecimentos." (p. 12)

Como sempre, a prosa poética de Mia Couto é norteada por citações inesquecíveis. Para aqueles leitores que têm o costume de fazer marcações, a força do texto nos faz esquecer o senso prático e a vontade é marcar parágrafos inteiros para futuras releituras. O autor nos ensina em seus livros que sabedoria e inteligência são coisas bem diferentes e, principalmente, que viver pode ser uma coisa simples e bonita quando a poesia nos faz esquecer a violência do homem contra o homem, seja na África ou no Brasil. Recorrendo a mais uma citação deste romance: "A arte maior do poeta é saber desperdiçar oportunidades".

"Esse contato seria feito, segundo ele, o mais urgentemente possível. Vivíamos, dizia, uma nova etapa da violência da guerra colonial. As autoridades portuguesas tinham retirado lições dos anteriores massacres e decidiram apurar o método: este novo massacre seria executado lentamente, tão lentamente como se, por um lado, não chegasse nunca a acontecer e, por outro, nunca parasse de suceder. Chama-se a isso o estratagema do relógio. O ponteiro dos segundos saltita tantas vezes que ninguém repara no seu movimento. Aqueles negros massacrados são o ponteiro dos segundos: ninguém repara neles, ninguém os contabiliza. Mas são eles que fazem o tempo." (p. 89)

Permeando toda a narrativa feita a partir de diferentes vozes, em contraponto ao realismo das guerras de Moçambique, está a história de Ermelinda, mãe de Liana, a quem chamavam de Almalinda e que, juntamente com o namorado, atirou-se ao rio, os pulsos amarrados por um arame, para que se um deles se arrependesse o outro o arrastasse. O motivo, absurdo como a guerra, é que eram de raças diferentes. Apenas Almalinda sobrevive ao trágico compromisso em uma espécie de realismo mágico sempre presente nos romances de Mia Couto.

"Que a morte seja perfeita: é isso que pedimos aos que partem. Para que ninguém tenha que esquecer aquele que foi vivo. E para que ninguém tenha saudade desse que partiu. / Assim sucedeu com Almalinda: morreu tanto e tão perfeitamente que foi como se nada acontecesse. Como se, no ato de morrer, a defunta arrumasse com irrepreensível zelo a sua futura ausência. Como se ela tivesse apagado a sua vida à medida que vivia. / Os outros, os imperfeitos mortos, deixam-nos a enganosa incumbência de serem lembrados. Ninguém está realmente com eles. Nas lágrimas que lhes dedicamos comove-nos apenas o nosso anunciado desfecho. / Almalinda, retirou-se com a mesma ausência com que sempre vivera. E apenas em mim se abate essa despresença." (p. 204)

Sobre o autor: Mia Couto nasceu em 1955, na Beira, em Moçambiqe. É biólogo, jornalista e autor de mais de trinta livos, entre prosa e poesia. Seu romance Terra Sonâmbula é considerado um dos doze melhores livros africanos do século XX. Recebeu uma série de prêmios literários, entre eles o Camões, em 2013, o mais prestigioso da língua portuguesa, e o Neustadt International Prize, em 2014, além de ter sido indicado para o Man Booker International Prize, de 2015. É membro correspondente da Academia Brasileira de Letras.
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samuca 29/06/2022

Voltar ao passado é caminhar para o futuro
Uma escrita poética do começo ao fim.
Diego Santiago, volta a sua cidade natal, conhece o passado através de carta, visita histórias e pessoas, conhece relatos de sua sua família.
Um livro de camadas entre o passado e futuro.
DANILÃO1505 29/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!


samuca 29/06/2022minha estante
Obrigado ???




Mari 01/08/2021

Magistral
Este é o terceiro livro de Mia Couto que leio, e a sensação é a mesma: poesia transmutada em prosa.
Narrando a história de Diogo Santiago e de
Liana Campos, somos tragados pela teia do passado, de vidas entrecruzadas, tragédias e paixões, com o pano de fundo histórico dos massacres que antecederam a independência de Moçambique, e sob a iminência da chegada do furacão Idai.
O livro é permeado de diários, cartas e outros recortes da vida íntima dos personagens, que trazem uma cronologia inexata dos fatos e, justo por isso, mostram como nossa memória é falha e confusa.
Uma obra magistral, que me faz pensar - principalmente de ter lido há uns meses/estar lendo agora obras de 2 ganhadores recentes de Nobel - porque Mia Couto ainda não ganhou o prêmio. Deve ser pelo mesmo motivo que Jorge Amado, Vinicius de Moraes e Érico Veríssimo não ganharam quando vivos: escrevem em português. ? triste, mas verdade.
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Marques60 25/09/2021

Ótimas reflexões
Adorei o livro pelas reflexões que ele faz sobre a vida e a morte. Ele é cheio de passagens interessantes, daquelas que você quer anotar e guardar. A história também me surpreendeu. Esse é um livro para se ler com calma aproveitando todos os pensamentos.
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Margô 19/05/2022minha estante
Taí, fiquei com uma dúvida...o narrador é o Oscar?


Rick Shandler 19/05/2022minha estante
Pelo que entendi o narrador é o próprio Diogo. Óscar foi quem deu todo aquele material que serviu de base pra obra: cartas, inquéritos e por aí vai.


Margô 20/05/2022minha estante
Sim... Eu confundi, queria dizer mesmo, se era o escritor que retornava à terra natal...rsss




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