Laranja mecânica

Laranja mecânica Anthony Burgess




Resenhas - Laranja Mecânica


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Mariana.Munik 28/04/2024

Alex: um drugui sem druguis
Me deparar com essa edição de Laranja Mecânica na qual apresenta o contexto de como foi escrito e mostrar como foi feita a tradução da linguagem nadsat foi uma ótima experiência para melhorar a leitura.

Eu achei tão interessante toda a questão da linguagem nadsat que as vezes eu tentava entender o que era a palavra pelo contextone depois olhava no glossário para ver se eu entendia e eu me divertia muito tentando desvendar o que Alex e seus druguis tentavam falar.

Tudo o que o Alex passou tanto na cadeia quanto fora dela: traição, muita violência, tristeza, um vazio enorme e, principalmente falta de acolhimento por toda a sociedade mesmo que ele estivesse "curado". As pessoas ainda o viam como um bandido e como ninguém o acolheu, o vazio tomou conta dele ao ponto dele querer tirar a própria vida.

Fiquei pensando, o quanto o nosso vazio pode nos preencher a tal ponto que a única resposta é se livrar de nós mesmos para que o vazio se torne um conosco.

Outra coisa que me deixou muito intrigada era o fato do Alex amar música clássica, porque normalmente associamos que um "bandido" não vai gostar de algo tão "sublime" e encantador. Tão estranho colocarmos música clássica como algo intangível sendo que a música é a coisa mais acessível que temos.
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Lana.Daniele 27/04/2024

?
Que livro é esse meus caros druguis. Não gosto do Alex e nem de nenhuma atitude dele, porém o livro o bom.
É incrível como ninguém nesse livro é confiável
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Mayara780 26/04/2024

Demorou mas foi meus queridos drugs
Bom, já faz um tempo que terminei de ler e antes de vir aqui óbvio q quis assistir o filme pra entender melhor.
Esse foi um dos poucos livros que não me interessei logo no início, desisti umas duas vezes antes de chegar no meio. Não gostei das gírias e não tava entendendo absolutamente nada.
Até q resolvi dar uma última chance, comecei a ler, sem precisar oq eles estavam falando e ia tentando preencher as palavras conforme oq acontecia, e foi um verdadeiro horrorshow kkkk
Depois disso a história me pegou de jeito a loucura na cabeça desses jovens meninos, as atrocidades que eles faziam e ficavam impunes....a moda e música clássica foi tudo muito Boooom!!!!
Achei bizarro as coisas que eles faziam sem nenhum remorso e tão jovens ?
A traição dos amigos e logo depois
O tratamento ao qual Alex foi submetido me fez questionar algumas coisas.
Nascemos agressivos ou nos tornamos?
Como o sofrimento de outra pessoa chega a ser prazeroso pra alguém ?
Loucura ?

Ótimo livro e óbvio q é melhor q o filme.
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Samya 20/04/2024

Horrorshow
O cinismo e a violência, combinação perfeita que compuseram o personagem principal dessa leitura um tanto quanto impactante.

Já havia curiosidade sobre qual mundo distópico eu iria encarar diante essa leitura, esperando situações extremas como em 1984 ou admirável mundo novo, mas o que encontrei foi uma realidade muito próxima da qual vivemos, e após ler muitos comentários e o próprio prefácio do livro, a intenção do autor realmente era essa proximidade e ser atemporal. Conseguiu.

Com o incômodo do que é certo ou do que é errado, da psiquê humana e a necessidade de poder, laranja mecânica nos leva a pensar e não a chegar em respostas concretas, incrivelmente consegui sentir pena de um maníaco completamente tomado pela violência. O limiar entre o poder e a liberdade é escancarado.

Colocando minha PÍFIA opinião achei ele muito legal, conseguiu me prender apesar da estranheza que tive com a linguagem que o autor criou, mas que no desenrolar do livro não passa de um mero detalhe. Considero ele bom porque esperava uma outra coisa, ou uma discussão que me fizesse pensar por muito muito tempo kkkk, bom pela expectativa.
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FÃBIO 19/04/2024

Anthony Burgess alcançou seu objetivo de, através da sua produção, materializar os esforços para liberdade de expressão. E o fez com criatividade com a presente obra, pois exige do leitor outros sentidos.
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elis 18/04/2024

Um dos livros mais difíceis e fáceis ao mesmo tempo
Esse livro foi um dos quais eu fiquei com dúvida se lia ou não porque eu pensava que seria complicado, mas quando vc começa, não dá pra parar. o filme com certeza me ajudou a entender melhor, mas ainda acho que o filme de Kubrick em questão de cronologia é bem mais interessante e legal de se ler
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GregArio6 16/04/2024

Uma ótima história de distopia porém...
A ideia do futuro distópico de laranja mecânica é muito interessante e dialoga muito com alguns aspectos de nossa realidade, porém, o uso repetitivo de muitos neologismos acabou me incomodando, a leitura empacava muito, mas tirando isso é um livro muito interessante e causa várias reflexões.
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Erika 16/04/2024

Minha guliver, meu amigos... Bog sabe que está para explodir.

"Quando o homem não pode escolher, ele deixa de ser homem."

Essa distopia é ótima, ultraviolência, de fato. Mas muito horrorshow!
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Dennis19 14/04/2024

Necessário
"O homem que deixa de escolher cessa de ser humano."
Simplesmente uma das melhores distopias já feitas. Praticamente uma monografia sobre o livre-arbítrio.
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Cris 13/04/2024

Um dos livros mais desconfortáveis que já li, sem dúvidas. Pelo costume de, mesmo em cenários mais distópicos, ler livros narrados pelo ponto de vista de um personagem "bom" ou inclinado a bondade ou mesmo apenas com possibilidade de redenção, essa experiência já se difere bastante das outras que já tive. E falando em distopia, me surpreendeu bastante a proximidade da nossa própria realidade, se tornando ainda mais fácil de se enojar com as coisas descritas.

Sobre a linguagem usada nele, de início foi um pouco difícil me acostumar, mas aos poucos já decorei o significado das palavras (ou via no dicionário, no fim do livro), e se tornou mais fácil a leitura.
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Jeandela 13/04/2024

O que que vai ser hein?
Demorei muito para me acostumar com a leitura dessa obra. o Nadsat é bem mais presente aqui do que no filme, mas depois que me acostumei, consegui curtir a obra de uma forma mais agradável.
agradável entre aspas, pq não é uma palavra que define bem o que esse livro traz para o leitor. é desconfortável, é nojento, é triste e perturbador, e essa é a magia e a principal característica que define a personalidade de Laranja Mecânica. Não é um livro fácil de ler, mas vale a pena.
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Nathália 08/04/2024

Muito incômodo
É um livro deliciosamente desconfortável. A linguagem causa bastante incômodo e coroa o quanto o personagem é imaturo e egoísta. Embora seja um clássico, mostra uma pegada muito atual.
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Miguel Freire 08/04/2024

Ultraviolência
Laranja Mecânica é uma verdadeira sinfonia. Espancamentos, drogas, mortes, linguagem, bem e mal, liberdade, Beethoven e “ultraviolência” se unem para formar uma harmonia sonorosa, que abala o leitor com seus acordes devastadores.
Publicado em 1962, Laranja Mecânica é um dos integrantes da “sagrada” tetralogia das distopias, junto com 1984, Admirável Mundo Novo e Fahrenheit 451. Porém, por mais que o livro apresente características futuristas, ele não se mostra tão distante da atualidade quanto os seus pares. O futuro retratado em Laranja Mecânica é mais próximo do que se imagina; até porque, venhamos e convenhamos, grupos adolescentes tocando o terror à noite, gírias, violência e degradação nas ruas não é lá muita novidade. Hoje, Laranja Mecânica talvez seja a distopia mais próxima do nosso presente.
Ainda sim, como uma boa obra de ficção-científica, há a sensação de afastamento e de estranheza inerentes ao gênero. Porém o principal causador dessas sensações não é a tecnologia, mas sim a linguagem. Anthony Burgess desenvolveu um dialeto falado pelas gangues de adolescentes misturando palavras inglesas e russas: o nadsat. Essa sensação de estar em um mundo novo foi vivida por Burgess ao voltar para a Inglaterra depois de prestar serviço militar em Bangladesh, além de que os anos 60 foram uma época de profunda mudança nos costumes e normas sociais.
Mas, como toda grande obra, o livro vai além de um simples retrato social: livre-arbítrio, origem do mal e amadurecimento são temas que também têm destaque. Alex é o líder de um grupo de adolescentes vândalos que, assim como vários outros, espalham o medo pelas ruas de uma metrópole decadente com todo tipo de perversidade: roubos, espancamentos, estupros, assassinatos e por aí vai.
Um dia, ele foi preso e submetido a um tratamento de recuperação adotado pelo governo, que tinha como base a lavagem cerebral, fazendo com que o criminoso passasse a ser incapaz de cometer o mal. Já perceberam aonde isso vai chegar? Por mais que o sujeito nunca mais fizesse mal a ninguém, ele seria para sempre incapaz de fazer qualquer escolha moral. Privado de seu livre-arbítrio, ele não se torna nada mais do que um robô, uma laranja mecânica. É justo desumanizar uma pessoa para que ela não cometa mais crimes?
A origem do mal é um ponto interessante aqui: o mal não é causado por má influência da sociedade ou dos pais ou do que quer que seja… o mal vem de dentro do ser humano, é inerente à ele. Alex é mal por vontade própria, ele mesmo diz isso: “E mais: maldade vem de dentro, do eu, de mim ou de você totalmente odinokis[...]”. O homem acima de tudo é mau por natureza e isso reforça ainda mais o dilema do limite do livre-arbítrio.
E no meio disso tudo, Beethoven e sua gloriosa nona sinfonia servem como a trilha sonora desse romance brutal, formando um delicioso contraste entre a violência e a glória, entre bem e mal, um contraste que tanto é humano quanto não é mecânico.
mysteriesflashing 12/04/2024minha estante
caramba, resenha perfeita!
Eu tinha visto outra resenha que não me agradou muito e por isso desanimei de ler, mas agora, depois de ler a tua a vontade dobrou, mto obrigada




beca 08/04/2024

Atentem-se ao retrato social
Desse livro, além da história em si o que chama a atenção é a linguagem inovadora criada pelo autor e as mensagens implícitas, as críticas sociais. As atitudes e a personalidade do personagem/narrador são chocantes e as consequências delas merecidas, mas, o que realmente se destaca no livro é a mensagem contrária ao que personagem representa.

Coisas como: de que forma o governo lida com a violência? De que forma as pessoas estão sendo tratadas nas prisões? Elas são reeducadas? Ou só pioram, tendo em vista o contato com pessoas piores? A violência existe em todos lugar, em todo patamar e é praticada por qualquer um. Independente dos fins, a violência é sempre o meio utilizado para as coisas acontecerem.

E a linguagem é ainda mais impressionante do que a história toda, para mim. Ela é difícil de entender no começo mas com o decorrer do texto ela fica mais clara, já que o leitor pode ir associando as coisas dentro de um contexto. O autor fez um trabalho incrível na criação da linguagem, e, claro, acho importante também elogiar o trabalho de tradução e adaptação ao português e à realidade brasileira.

Ótima leitura! Recomendo.
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