clara 10/06/2023
Jane eyre
Jane eyre é um clássico que será para sempre um clássico. a história de uma órfã que é rejeitada pela tia e enviada à um internato, onde conhece sua individualidade e aprende a lidar com seus traumas, e após muitos anos ela sai e começa a trabalhar como professora de uma criança na casa de um homem rico, o qual ela se apaixona. um romance gótico e envolvente, não tenho palavras para traduzir o que eu senti lendo esse livro. a jane era uma menina simples que já havia vivido muita coisa, quando ela narrava a sensação de vazio que ela sentia eu me sentia representada. o desenvolvimento da protagonista é emocionante, a maneira que ela vai perdoando a tia e os primos por tudo que eles fizeram a ela é tão singela. ela e o sr Rochester juntos era muito divertido, cada alfinetada que eu morria de rir, principalmente naquela cena que ele pergunta a ela se ela o achava bonito e ela responde ?não, senhor?. jane queria apenas uma família, ter o sentimento de pertencimento e eu achei emocionante. a única coisa que eu não gostei foi o final, parece que ela voltou do zero sendo que havia evoluído muito. eu sinceramente não queria que aquele fosse o final e acredito que poderia ter sido explorado de um jeito muito melhor. enfim, recomendo muito o livro.
?Se fôssemos sempre amáveis e obedientes com quem é cruel e injusto, as pessoas más conseguiriam o que querem. Não teriam medo e, por isso, nunca mudariam, só se tornariam cada vez piores. Quando somos agredidas sem motivo, temos de retribuir na mesma moeda, de modo a dar uma lição na pessoa para que ela não volte a fazer isso.?
?Que efeito profundo a iniustica teve no seu coração! A vida é curta demais para perdermos tempo recordando coisas desagradáveis e alimentando rancores. Todos temos defeitos neste mundo, mas chegará o momento em que, eu acredito, eles serão removidos de nós, quando perdermos nosso corpo corruptível.?
?Não é com violência que se vence o ódio, nem com vingança que se cura uma injúria.?
?Mas seria sua obrigação aguentar se não pudesse evitar. É uma fraqueza e uma tolice dizer que não aguentaria uma coisa que é do seu destino e que é seu dever aguentar.?
?Eu sentira cada palavra como uma agulhada, tão nitidamente quanto ouvira cada uma delas, e uma onda de ressentimento fomentava dentro de mim.?
"Após a febre intermitente da vida, eles dormem bem.?
?E inútil dizer que os seres humanos deveriam se satisfazer com a tranquilidade; eles precisam de ação e, se não a encontrarem, irão criá-la.?
- O remorso é o veneno da vida.
- Dizem que o arrependimento é a cura, senhor.
- Não é a cura. A transformação pode ser a cura.
?Em vez de viver por si mesma e para si mesma, como qualquer ser razoável faria, tudo o que você faz é relacionar a sua fraqueza à força de outra pessoa.?
?Será que você não consegue encontrar um rumo, sentir-se satisfeita consigo mesma sem depender de outras pessoas ou eventos??
?Jane, você... às vezes você sente que tem algum tipo de ligação comigo?
- Porque - ele continuou - às vezes eu tenho uma sensação estranha com relação a você, especialmente quando você está perto de mim. como agora... É como se houvesse um cordão entre as minhas costelas do lado esquerdo, fortemente amarrado a outro semelhante situado no quadrante correspondente do seu corpo. E, se aquele canal de águas turbulentas e mais de trezentos quilômetros de distância nos separarem, receio que esse cordão de comunicação se rompa. E, se isso acontecer, tenho uma noção nervosa de que sangrarei por dentro. Quanto a você... iria me esquecer.?
?Eu sofro por deixar Thornfield. Eu amo Thornfield! Amo, porque aqui vivi uma vida plena e encantadora, pelo menos por algum tempo. Não fui pisoteada, não fui petrificada. Não fui enterrada com mentes inferiores e excluída de cada vislumbre de comunhão com o que é brilhante, supe rior e vigoroso. Conversei, de igual para igual, com o que reverencio, com que me encanta, com uma mente original e aberta. Conheci o senhor, sr. Rochester, e me causa terror e angústia saber que preciso me separar do senhor para sempre. Eu vejo a necessidade de partir, e é o mesmo que ver a necessidade de morrer.?
?Nenhum ser humano poderia desejar ser amado mais do que eu era amada, e eu adorava aquele que me amava tanto, e no entanto tinha de renunciar a isso. Uma palavra abrangia meu intolerável dever: "Partir!"
?Gentil leitor(a), que você nunca sinta o que eu senti naquela ocasião! Que seus olhos nunca derramem lágrimas tão atormentadas, escaldantes e dolorosas como as que os meus derramaram. Que você nunca se veja na necessidade de rogar aos Céus preces tão desamparadas e agoniantes como as que saíram dos meus lábios, e que jamais venha a ser, como eu, o instrumento do mal para quem você verdadeiramente ama.?
?Deus nos deu, até certo ponto, o poder de moldar nosso próprio destino, e quando nossas forças parecem requerer uma sustentação que não conseguem obter, quando nossa vontade anseia por um caminho que sabemos que não podemos seguir, não precisamos sofrer com a falta desse alimento para a alma nem ficar desesperados. Temos de procurar um caminho alternativo, tão forte e nutritivo para a alma, ou para a mente, ou para o coração, quanto aquele que é proibido, mesmo que seja mais acidentado.?
?Ninguém se casaria comigo por amor, ainda mais agora. E não quero um estranho, alguém diferente de mim. Quero a minha família, aqueles com quem tenho sentimentos afins.?
?De que adianta me fazer algum bem, espírito benevolente, se, em algum momento fatal, você me deixará outra vez, passando pela minha vida como uma sombra e desaparecendo de tal maneira a tornar impossível encontrá-la??