O baile das loucas

O baile das loucas Victoria Mas




Resenhas - O baile das loucas


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Clara 22/05/2022

"Sua maior qualidade será seu maior defeito: você é livre"
Literatura incômoda!
Se a literatura não reflete, incomoda etc, não vale a pena ler.
Eu senti tudo com esse livro, principalmente revolução, é isto, uma grande revolução em meu interior, grandes questionamento!
Vale a pena !
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Camila 11/05/2022

Sensacional!

O livro aborda sobre a vida de mulheres que vivem em um manicômio, muitas sem problemas psicólogos e nem necessidade de tratamentos.

Eram vistas como serem inferiores e quando faziam algo que não era considerado ?certo? pela sociedade, eram chamadas de loucas.

Achei o final meio corrido, poderia ter aprofundado mais em algumas personagens.

Mas o livro traz uma ótima reflexão a respeito de como a mulher era e é julgada pelo seu modo de ser e de agir.
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Cris 29/03/2022

29.03.2022
Era só a mulher demonstrar um incômodo à sociedade, principalmente ao marido ou parente que era deixada, abandonada no Hospital de Salpetrière. Relata principalmente a história de Eugénie que via os mortos e por esse motivo diante do desconhecido, seu pai a abandonou lá pois desonrava o nome da família. Nessa época, Allan Kardec tinha acabado de lançar O livro dos espíritos, o qual ela conseguiu às escondidas e pôde entender que era um dom e não loucura. Louise, foi viver com os tios após a morte dos pais em um incêndio e depois de ser abusada pelo tio, foi recriminada pela tia por ser a culpada pela atitude do marido e depois foi largada no Hospital por ser um mal à sociedade. Therèse estava há mais de vinte anos no hospital, pois após ser largada pelo namorado por outra, em um acesso de raiva empurrou-o no rio. Tem ainda a enfermeira Geneviève que após a morte de sua irmã mais nova por tuberculose aos dezesseis anos, resolveu dedicar sua vida à cuidar dos doentes e foi ajudada pela Eugénie com palavras reconfortantes de sua irmã morta para que superasse esse luto. O baile das loucas era somente um dia em que podiam se sentir normais. Enfim, mostra a condição feminina no século XIX de submissão ao sexo masculino, desprezo, covardia que tinham que se submeter.
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Barbs 24/03/2022

A transgressão que é a liberdade feminina
O Baile das Loucas é um livro de escrita surpreendentemente simples que narra com eficiência a história trágica de três mulheres em um hospital psiquiátrico famoso da França no século XIX. O hospital é ocupado somente por mulheres ditas loucas, suas enfermeiras e seus médicOs que as utilizavam como instrumentos de estudo psiquiátrico, valendo-se inclusive de experiências públicas anunciando a busca da cura que ajudará aquelas pobrezinhas loucas e histéricas. O hospital é um ambiente ocupado por mulheres consideradas loucas por cometer adultério, se prostituir, rejeitar o casamento, cair em depressão e ataques histéricos após serem abusadas sexualmente e etc. A trama passa a se desenvolver após Eugenie, jovem de família rica, ser internada depois de anunciar a avó que enxerga espíritos (torna-se confiante da própria sanidade quando lê o Livros dos Espíritos de Allan Kardec). Eugenie começa então a tentar provar à enfermeira Genevieve que está sã e que, de fato, enxerga espíritos. Paralelamente a esse foco narrativo temos a pequena Louise, uma garota de quatorze anos internada pela tia após esta ver o marido abusando a própria sobrinha, depositando seu ânimo em um residente que afirma que a pedirá em casamento e em um baile anual realizado no hospital para exibir suas loucas aos visitantes. Pois então a trama acompanha o drama dessas mulheres, a perda de fé que Genevieve coloca na “ciência” praticada no hospital e um fim melancólico para todas aquelas mulheres brutalmente encarceradas - pois as chances de morrerem presas no hospital são maiores do que a possibilidade de recuperarem sua liberdade. Renegadas, incompreendidas, humilhadas e encarceradas: essas são as mulheres daquela época dominada pelo falo.
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ca ssi 18/03/2022

sem sal?
se vc está tentado a ler esse livro achando que vai encontrar tudo o que estão escrevendo nas resenhas, só digo uma coisa: desista.
Li esse livro achando que encontraria uma carga emocional que me tirasse do chão pq assuntos relacionados a psique humana me fascinam. Mas não foi o que aconteceu.
Não consegui me conectar com nenhuma das personagens. A história sobre o que se passa no manicômio é contada bem superficialmente. A autora poderia ter se aprofundado mais nos acontecimentos e na vida das ?alienadas?.
Enfim, para mim esse livro foi uma baita decepção, infelizmente. :/
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Fernanda.Malagutti 17/03/2022

Uma leitura necessária de toda mulher
O livro é surpreendente! Ele aborda a vida das mulheres e como o patriarcado influência, manipula, julga e usa as mulheres. O livro fala basicamente de vida de mulheres que vivem em um manicômio, como elas foram parar lá e como é a vida delas. Simplesmente fantástico!!!
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Thammy 06/03/2022

Interessante, porém esperava mais...
Esse é um livro que deixa escancarado o "modus operandi" do patriarcado. Aquele que você, minha amiga leitora, conhece bem: pautado na desigualdade, na misoginia, que se alimenta de podres poderes para manter-se vivo. É bem verdade que, na história contada por Victoria Mas, estamos na Paris do século XIX, tempos outros em que a mulher não tinha valor algum para a sociedade. Mas, se fizermos um comparativo com situações vividas no dia a dia de muitas mulheres do século XXI, vamos perceber que essa herança maldita se perpetua entre nós. Continuamos a ser taxadas como loucas, dissimuladas, arrogantes, desequilibradas (dentre outros tantos termos) quando não concordamos com o que tentam nos impor. No meu entendimento, o poder dessa leitura, a partir da história das personagens Eugénie e Genévieve, reside justamente em nos fazer refletir sobre essas amarras sociais que ainda tentam nos subjugar.

Confesso: passei raiva em diversos momentos e, como mulher, me envolvi bastante com o drama de Eugénie. Entretanto, enquanto leitora, esperava mais. Em determinados momentos, quis saber mais sobre a vida de certas personagens e não tinha resposta. Noutros, parecia que a autora "corria" no andamento da trama para dar mais ação (sem sucesso). Agora, o que mais me decepcionou mesmo foi o final. Imaginava algo mais bem desenhado e encontrei uma finalização óbvia, já esperada. Um fim legal e desejado, porém contado de maneira um tanto quanto "sem sal".

Apesar de todos os pesares, indico a leitura por conta da importante reflexão que ela suscita.
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Beto 28/02/2022

O Livro dos Espíritos
Pra quem gostou, tem o filme também, de mesmo nome, na Netflix.

Velho e infelizmente ainda presente retrato do patriarcado, onde as mulheres eram criadas apenas para serem boas esposas. Sem voz, sem relevância, sem direito a opinar sequer sobre assuntos banais. Em uma época e num local onde se jogava para baixo do tapete tudo o que era "inapropriado" para sociedade.

Assim a Velha Paris fazia com mendigos, adúlteras, prostitutas, anarquistas, e pessoas que não sabiam lidar. Então o Hospital La Salpetriere virou o lar de tudo q era inadequado na sociedade parisiense. Inclusive de Eugénie, uma jovem que por ter dons especiais fazia contato com espíritos, e foi parar em Lá Salpetriére justamente por seu pai, que além de não acreditar (embora isso não importasse muito, e sim a vergonha de tal absurdo manchando o nome da família), a desprezou e a internou lá, esquecida.

Ela havia conhecido O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, que nesta época estava sendo muito difundido e debatido, contestado (como até hoje por sinal) e assim pode entender melhor o que se passava com ela , se conhecer e principalmente se aceitar.

Menção a enfermeira chamada Geneviéve, que mesmo sendo dura e rígida no início da estadia de Eugénie, acabou a ajudando fugir do famigerado Lá Salpetriére.
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Lary 21/02/2022

?O Baile das loucas?
O hospital ?La Salpetriere?, em pleno funcionamento na França do sec.XIX, abrigara inicialmente os grupos excluídos e ?problemáticos? do meio social, como prostitutas e mendigos.
Com a superlotação, a clínica em questão iniciou o processo de restrição de seus residentes, e começou a tratar especificamente de mulheres com os mais diversos distúrbios mentais.
As ditas ?alienadas? então acabaram por tornar-se ?experimentos humanos?, de profissionais de saúde que até o momento citado não tinham grandes avanços no cuidado e auxílio de pacientes psiquiátricos.
Destacam-se nesse romance histórico interessante o médico Dr.Charcot, seu auxiliar Babinski, a enfermeira Genevieve e as pacientes Louise, Eugenie e Therese.
No caso de Eugenie, destaca-se o motivo torpe da sua internação, que na verdade só precisava ser compreendido e estudado do ponto de vista Espírita.
Dentre situações que envolvem o enredo dessa obra, destaca-se o machismo, o uso de métodos hoje considerados ?retrógrados e desumanos? do ponto de vista clínico e uma visão altamente sexista da vida em sociedade.

Eu adorei, e devorei em alguns dias.

Super recomendo??
Rafael Kerr 21/02/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor.  Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria  - O oráculo.  Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.


Paola66 21/02/2022minha estante
Esse livro é o que baseou o filme da amazon prime video??? Que incrível saber q tem um livro, vou colocar na minha lista


Lary 21/02/2022minha estante
Oie Lola?
Sim, meu bem? o livro baseou o filme disponível no prime vídeo.???
Sobre a leitura vale super a pena???




Mama 20/02/2022

Leitura maravilhosa
Baile das loucas nos mostra o lado podre do patriarcado, mulheres enclausurada em sanatórios após serem massacradas, ignoradas, violadas... Lembrei do Colônia, em Minas Gerais, a ficção retrata muito bem a realidade. Mulheres devem ser caladas, submissas e obedientes, as que fogem disso são desmoralizadas ou caladas da pior forma possível! No livro acompanhamos algumas personagens femininas que nos fazem refletir sobre nossa sociedade machista. Afinal, as enclausuradas em sanatórios desde sempre eram loucas ou falavam e agiam fora do que a sociedade esperava ser um comportamento feminino?
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Cynthia 17/02/2022

Até onde vai a misoginia?
França, século 17. É edificada em Paris uma grande estrutura para funcionar como prisão. O objetivo era tirar das ruas os vagabundos e mendigos, que, segundo o rei, sujavam a cidade. Logo depois, foram acrescentadas as mulheres pobres e as promíscuas. E, por fim, o centro de detenção acabou abrigando 18.000 pessoas, entre homens, mulheres e crianças. Em outras palavras: Paris jogava ali tudo com que não sabia lidar.

As coisas mudam ao longo do século 19. A estrutura carcerária se transforma no Hospital de la Salpêtrière, destinado a abrigar mulheres com ?transtornos psíquicos?. Na prática, era um laboratório de experimentos para neurologistas e psiquiatras. Até mesmo Freud passou uma temporada lá.

Quem comandava o la Salpêtrière era o Dr. Charcot. Ele realizava exibições de hipnose em mulheres consideradas loucas, histéricas e alienadas, para a comunidade médica da época. Ocorre que muitas dessas mulheres eram apenas inconvenientes, indesejadas ou rebeldes. Algumas não queriam se casar, outras desejavam estudar ou trabalhar, havia as que tinham ideias próprias, ou não eram submissas o bastante, ou estavam passando por uma fase melancólica, e por aí vai?

Agora, vem a parte mais surreal: uma vez por ano, em março, era realizado ?O baile das loucas?, quando as portas do hospital se abriam para a sociedade parisiense observar de perto as mulheres internadas, que compareciam usando fantasias. A nota mais cruel disso é que, para as internas, era um sopro de esperança, uma rara oportunidade de se divertirem. Já para os convidados, era a chance de fazerem chacota e ridicularizarem aquelas ?aberrações?. E para o Dr. Charcot era só mais um experimento.

A autora se apropriou desses fatos históricos para construir seu romance. A história se passa em 1885. Acompanhamos de perto 4 mulheres. Geneviève, enfermeira que lida com as internas. E as pacientes Louise, uma adolescente vítima de abuso; Thérèse, uma prostituta idosa; e Eugénie, uma jovem à frente do seu tempo.

Confesso que essa história me fez lembrar o livro ?Holocausto Brasileiro? da Daniela Arbex. Se você ainda não leu, leia, porque é parte da nossa história.

Fiquei estarrecida com esse livro. A maioria das internadas era levada ao hospital por homens que tinham o mesmo sobrenome que elas - marido, pai, irmão, filho.

?Nenhuma mulher nunca tem certeza total de que suas ideias, sua individualidade, suas aspirações não a conduzirão ao interior daqueles muros?.
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Jean Bernard 13/02/2022

Boa leitura, mensagem importante, mas?
Muito importante o relato sobre as mulheres internadas no hospital para ?alienadas? no final do século XIX. Importante refletir sobre os problemas sócias que vemos, infelizmente, até os dias atuais.
Livro bem escrito e boa leitura. Única coisa que me incomodou, foi a falta de aprofundamento em algumas personagens. As resoluções me pareceram apressadas.
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Carol Bazanini 05/02/2022

Eu estou em uma relação de amor com esse livro. Primeiro que já me fez chorar de cara ( o que é extremamente raro), sendo um dos livros mais tocantes que já li.

Nele vamos acompanhar inicialmente duas internas de um hospício em Paris, sendo mais para frente adicionada a visão de uma enfermeira que trabalha com elas . A trama tem como ponto principal um baile que era organizado pela própria administração do hospital anualmente. Nesse dia, que é a data mais importante do ano, as alienadas poderiam se vestir com fantasias e socializar com os convidados, que as veem como um ?circo de aberrações?, sendo tratadas como uma forma de divertimento.

Eu nem sei por onde começar resenha. Antes de tudo, acho relevante ressaltar que esse livro foi baseado em fatos verídicos da história da psiquiatria na França. Mas, além de mostrar as atrocidades (moralmente falando) com as quais diversas mulheres tiveram que lidar ao longa história, também retrata a discriminação que estas recebiam. Nesse sentido, mesmo após terem alta elas carregavam esse estigma de loucura para o resto de suas vidas.

O livro também faz um paralelo com o espiritismo, doutrina que estava sendo amplamente divulgada na época por Allan Kardec, sendo que uma dessas personagens alega se comunicar com os mortos. E, obviamente, nesse contexto, ela é vista como louca por sua família e pela sociedade.

Essa trama serve para demonstrar que nem todas as ?alienadas? realmente lidavam com problemas de caráter médico / psiquiátrico. Na verdade, a grande maioria era sã, sendo estas presas apenas por não se encaixarem nas expectativas que a sociedade lhes impôs. Nesse sentido, a retenção delas é vista como uma forma de excluí-las da vida social para que a família não precisasse conviver com elas ou presenciar sua desgraça.

É um livro forte e potente. Quem tiver a oportunidade de lê-lo não deixe passar, é uma estória realmente excepcional.
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