Banzeiro Òkòtó

Banzeiro Òkòtó Eliane Brum




Resenhas - Banzeiro Òkòtó


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Livros e Pão 23/03/2022

Perdida no banzeiro
Diferente dos outros livros da Eliane, esse mistura narrativa pessoal com jornalística, literária e, acima de tudo, política. A autora joga verdades muito duras - mas necessárias - na nossa cara e faz com que compreendamos que a emergência climática e a luta pelo Brasil e por um mundo melhor não é apenas necessária: é urgente.
Sobre a fluidez da leitura: alguns temas por vezes ficam repetitivos e senti que outros poderiam ter sido melhor abordados.
Na minha vídeo-resenha para o Youtube, elaborei mais comentários sobre o livro. Segue o link a seguir!

site: https://youtu.be/2qNHT6JSzUg
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Bruno Palmeiras 03/01/2023

Grandiosa Eliane Brum!
A Eliane sempre foi crítica a qualquer empresa (agronegócio, mineradoras, madeireiras e garimpos ilegais) que tem como objetivo destruir o meio ambiente matando indígenas e a população pobre (ribeirinhos e beiradeiros que vivem em cidades próximas a mineradoras ou onde o agro e madeireiras desmatam sem limites). E claro, toda esta destruição dessas empresas sempre vem acompanhada de “apoio” (por que será?) de governos, sendo eles de direita ou de esquerda. E ela não faz uma falsa simetria, deixa bem claro que o governo Bolsonaro foi muito pior para o meio ambiente, indígenas e pobres que vivem da natureza, mas deixa claro, que por exemplo, não podemos fechar os olhos para o Belo Monte (que ela chama carinhosamente de Belo MONSTRO e eu também a partir da leitura deste belo livro).
Ela também faz uma bela analogia entre a violência com as mulheres e com as florestas, como acham que podem fazer tudo com mulheres, que elas só servem aos homens e a família patriarcal e a destruição das florestas segue na mesma toada, bilionários e assassinos acham que podem tudo com o falso pretexto de evolução da humanidade.
Voltando a Belo Monstro, ela relata como os refugiados da hidrelétrica tiveram suas vidas destruídas. Eles vivem da e para a natureza e hoje foram expulsos e só conseguem viver na periferia de Altamira (onde ela vive hoje em dia para ficar mais próxima da natureza), local com índices de violência e homicídio altíssimos (vivam os garimpeiros, não?).
O ponto que mais aprendi no livro foi como ela argumenta que indígenas não são pobres ou ricos, eles não tem esta relação com o mundo, eles vivem para e da natureza, para e dos animais, eles não tem esta relação de consumo, de quanto mais coisas temos somos mais felizes e quando eles são expulsos de seus locais por assassinos do meio ambiente e de pessoas, pelas mineradoras, pelo agro e etc, para viver em uma cidade, a vida deles ACABA.


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Giesteira 10/01/2022

Amazônia Centro do Mundo
Esse é o livro mais importante que eu já li. O mundo já começou a acabar, não sei se tá todo mundo sabendo. Fim mesmo, para humanes, mais-que-humanes e extra-humanes.

Termino a leitura sem esperança mas ciente de que não preciso dela para agir. Me sinto tonta de ter demorado tanto para perceber que a Amazônia é o centro do mundo.

Como minha resenha já está sem nexo, vou deixar poucos apontamentos para não esquecer nunca:
(1) demarcação das terras indígenas
(2) ampliação das áreas de conservação com fiscalização dotada de gente e dinheiro em número suficiente
(3) reforma agrária

Acho que a gente precisa começar daí e ontem.
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Luciana 07/12/2021

Não é um livro fácil, por diversos momentos tive que parar e respirar profundamente... Trata-se de um assunto urgente e até mesmo aterrorizante, a crise climática está aí e com ela uma série de consequências que afetam todos os seres do planeta.
É um livro bastante pessoal também no qual a autora nos conta sobre sua jornada de amazonizar-se.
A escrita da Eliane é sempre direta e acessível, além de bastante informativa e por vezes poética.
Não só indico como considero uma leitura necessária.
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romulorocha 24/02/2023

Banzeiro Òkòtó, de Eliane Brum - 9,5/10
Eliane Brum é uma escritora, jornalista e documentarista brasileira. Em 2020 foi reconhecida como a repórter mais premiada do país, e em 2021 sua obra jornalística foi contemplada com o prêmio Maria Moors Cabot.

Em Banzeiro Òkòtó, Brum nos apresenta um Brasil dentro dos muitos brasis que fazem parte deste lugar que chamamos de lar. Com uma linguagem precisa, atenta e envolvente, a autora que nos conta um pouco de sua trajetória até chegar à Amazônia, mais precisamente, à Terra do meio, no Pará, e sobre as injustiças que os povos indígenas e beradeiros desta região têm sofrido há muitos anos, sobretudo, desde a construção da usina hidrelétrica de belo monte.

Trechos do livro:
"Corpos são coisas quando as pessoas se desumanizam ao desumanizar as outras".
"A única maneira efetiva de reflorestar a Amazônia é reflorestar os povos-floresta que foram convertidos em pobres ou estão em processo de serem convertidos em pobres".

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anna v. 04/04/2022

Necessário
Um livro muitas vezes indigesto, mas muito necessário. Eliane Brum, com o talento e a competência de sempre, faz um relato enfático, in loco (ela vive em Altamira, PA, há alguns anos), da emergência amazônica. Dando voz aos povos da floresta (ou povos-floresta, como ela poeticamente coloca, enfatizando a relação de unidade) e aos ribeirinhos (os povos-entre), ela mostra por que é necessária uma ação contundente e imediata.
Dividido em capítulos curtos sobre temas distintos, inclusive muitas histórias pessoais de Eliane, o livro retrata a barbárie resultante da obra de Belo Monte (ou Belo Monstro), inclusive no que diz respeito à saúde mental da população afetada. Achei especialmente comovente o relato sobre a força tarefa de profissionais de saúde mental que se deslocou até lá para ouvir os habitantes realocados (transformados em "pobres", como a autora repete muitas vezes) e ajudá-los a processar tudo o que houve com eles. Sem falar na epidemia de suicídios entre adolescentes em Altamira, que se converteu em uma das cidades mais violentas do mundo, na esteira da construção do Monstro.
Leitura super recomendada.
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Clarice 08/02/2022

Eu fui transmutada por esse livro. Quando terminei de ler as suas mais de 400 páginas eu já não era mais eu. Lia em silêncio, mas gritava por dentro. De dor, de revolta, de raiva. Chorei. De tristeza e de emoção. A descrição de Eliane sobre o que ela vê na Amazônia me atravessava. Uma página me dilacerava e a outra me iluminava. Há pessoas que perderam tudo, mas também há tartarugas nascendo. Há muitas e muitas queimadas, mas também há borboletas amarelas. Há vida e morte. E ambas são narradas por ela na mesma intensidade. Banzeiro Okoto é um livro que te faz sentir tudo ao mesmo tempo e não sai mais de você. É perturbador. E não deveria ser diferente.
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ihamanda 04/06/2022

esse não é um livro
é uma aula. sobre Amazônia, sobre povos indígenas, sobre racismo, sobre mudanças climáticas, sobre pessoas, natureza, floresta. é, principalmente, sobre política e historia. é uma revolução, um grito, um chamado para ação. é muito mais do que eu sou capaz de colocar em palavras. deveria ser leitura obrigatória nas escolas... aprendi tanto com cada página escrita. não sou a mesma pessoa que era quando comecei a leitura. esse livro me transformou!
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Gabriela.Zaionz 10/07/2023

Levei meses para ler esse livro. Em muitas partes ele é indigesto, é necessário parar e se distanciar para poder retornar a ele. Não é um livro que nos traz esperança, mas como Eliane Brum diz "precisamos nos mover, mesmo sem esperança".
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Marina 08/10/2023

Os livros da Eliane são essenciais na minha construção enquanto humana e jornalista. Me fisga muito o relato jornalístico misturado com o pessoal. Perceber que, enquanto branca, "existo violentamente" neste mundo foi brutal e necessário. Esse livro, em especial, ampliou muito o meu olhar sobre a Amazônia e os povos-floresta: os povos originários e os tradicionais. É urgente se reflorestar, devolver a esses povos o que a minoria rica e dominante lhes tomou - e toma do mundo. A Amazônia como ponto de não retorno é aterrorizante. "Belo Monstro" é um projeto assustador, um ceifador de vidas. Não saio a mesma depois dessa leitura.
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theananalu 22/01/2023

muito bom
resenha pra contar no desafio pq escrevi uma resenha academica gigante sobre esse aqui e nao aguento mais escrever bjoss
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Biblioteca Álvaro Guerra 02/08/2023

A partir de uma investigação rigorosa, a autora denuncia a escalada de devastação que leva a floresta aceleradamente ao ponto de não retorno. E vai além ao refletir sobre o impacto das ações da minoria dominante que engendraram o colapso climático e a sexta extinção em massa das espécies.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786559213023
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Degugelmin 12/03/2023

Este livro é forte. Ao mesmo tempo que te ajuda a se situar no mundo e a entender como ele funciona, te tira o chão e desnorteia pelo mesmo motivo. Histórias são contadas (da própria autora, dos lugares pelos quais passou, das pessoas com quem interagiu) denúncias são feitas, conceitos esclarecidos de forma muito conectada. Foi muito bom conhecer a realidade da Amazônia através dos olhos atentos da escritora, que conscientes e sensíveis trouxeram inúmeros problemas que ora compartilhamos, ora desconhecemos. Difícil sair a mesma pessoa após a leitura desse livro.
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