Porco de Raça

Porco de Raça Bruno Ribeiro




Resenhas - Porco de Raça


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Marcos 18/07/2023

Vísceras Suínas
Não tem como descrever esse livro sem usar o termo "visceral". Leitura fluida e envolvente, com uma distopia mais atual do que deveria. As questões raciais e carcerárias aqui presentes de forma chocante não estão nada distantes, Bruno vai no cerne da desumanização e espetacularização de quem está na base, financiadas por quem está no topo. Recomendo a todos.
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Dabbu 11/07/2023

Não acho que eu tenha pirado muito, não é exatamente uma distopia como o mesmo propõe, mas é uma boa obra pra refletir sobre a vivência de pessoas pretas e seu local na sociedade.
As cenas que descrevem violência, que diga-se de passagem, são só feitas pra serem chocantes mesmo, são tão viscerais que dão real aflição
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Dablioc 28/05/2023

No começo eu não entendi nada e no final entendi menos ainda. Achei o livro muito complexo, mas gostei muito das reflexões, dos diálogos e das diversas interpretações que ele proporciona. É o tipo de livro que te faz pensar por um bom tempo mesmo depois de finalizar a leitura.
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Eloah 22/05/2023

Uma louca viagem
A história é alucinante, não sabia dizer o que estava acontecendo realmente a maior parte do tempo. Me diverti com a leitura. Pontos negativos: achei a linguagem repetitiva e tem algumas passagens bem pesadas que não acrescentam nada à história, são puramente para chocar.
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Alexandre | @estantedoale 13/05/2023

ENFIE UM PREGO NO PESCOÇO E PENSE
O quão importante é a identidade de pessoas negras? Como a sociedade colabora para esse processo de identificação? Aonde alguém tem que chegar para descobrir a si mesmo?

Talvez as respostas para essas perguntas não estejam em “Porco de Raça”, mas o livro certamente traz os motivos para fazê-las.

A distopia construída por Bruno Ribeiro mostra os delírios e descobertas de um homem negro, nordestino e sem nome. Perseguido por um cafetão, ele chega à casa do irmão, um senador corrupto, que é seu total oposto: rico, bem sucedido e o orgulho da família.

Depois disso, no caminho até o cativeiro e o ringue, conhecemos outros horrores. O autor intensifica – ou não? – problemas reais. O protagonista chega a uma seita onde o líder abusa de crianças, se depara com um homem-gafanhoto, alimenta as próprias paranóias.

Tudo isso foi cercado, desde o início, das questões raciais desse personagem. Da pressão familiar de que, para ter respeito e “ser alguém”, teria de se misturar aos brancos. Principalmente, das constantes comparações com o irmão, que era e fazia exatamente o que seus pais queriam.

O horror do livro vai além do grotesco e visceral enredo de fuga e pancadaria. A narração em primeira pessoa no presente atinge o psicológico. Você não lê o que aconteceu, lê o que acontece.

E quem lê, mesmo não sendo negro, é percebe as influências de um processo de eugenia em sociedade. A necessidade inventada de parecer branco, de andar com “as pessoas certas”, de ser e ter um bom partido para casar e constituir família.

Bruno evidencia os traumas de um personagem que presenciou e até passou por algumas dessas situações, lutando para se desvencilhar de tudo.

No decorrer das páginas, entendemos os posicionamentos desse indigente e seus raciocínios sobre raça, política e educação. Isso não o isenta de uma linguagem crua e de falas potentes.

E a leitura de “Porco de Raça” não é nada leve. Seja pelas bizarrices ou pelos choques de realidade, é um livro repleto de dores – físicas e mentais. Requer estômago, claro. Mas é curto, fluido e tem um final breve. Na verdade, um encerramento que você passa a esperar depois de um tempo.

site: instagram.com/estantedoale
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Literatura e Expressão 09/05/2023

Porco de Raça [2021], de Bruno Ribeiro.
Seria possível transpor sonhos para o papel? A escrita de atividades psicológicas internas da mente humana com estilo e eficácia evidencia o que tem de melhor na literatura brasileira. Ao ler o romance "Porco de Raça", questionei-me diversas vezes sobre as realidades imaginadas, as obsessões que permeiam nossa vida e as questões sociais que nos transformam em personalidades ambíguas. De fato, ambíguas, já que vivemos no mundo e também em nós mesmos.

Um dos pontos altos desta obra (e é importante dizer que ela possui muitos pontos altos) é a relação intrínseca que a narrativa estabelece com o poeta do século XIX, Cruz e Sousa. Para mim, todas as características absurdas e, para um leitor menos experiente, "desconexas", que estão presentes na prosa de Bruno Ribeiro, se revelaram após esse prévio entendimento. Não, você não precisa ter lido Cruz e Sousa para entender este livro. No entanto, a interpretação das imagens desta obra é externa ao livro. É o autor que, em relação direta com o leitor, constrói os significados.

Em Cruz e Sousa podemos encontrar, como uma de suas características, a obsessão pela cor branca. O protagonista de Porco de Raça também possui uma obsessão pela busca de uma razão que o faça se identificar consigo mesmo. "Pensava que ser negro e abraçar esse lado era um defeito", diz o narrador-protagonista. A ambiguidade do personagem se revela de forma singular. Para ele, "a existência negra vive uma dupla consciência", sendo estas a de dominação dos códigos de dois mundos: do negro e do branco.

“Cruz e Sousa foi um negro que buscou ser o que ele era, mas em conflito sobre o que ele mesmo era”, relata o narrador-protagonista, revelando uma das premissas principais que vão nortear o complicado fio psicológico da narrativa.




site: https://www.instagram.com/literaturaexpressao/
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Não 07/04/2023

Esse livro com certeza é o meu favorito, consegui finalizar ele em um dia pois a história me prendeu, gosto de livros assim e não foi difícil para que a história me prendesse. Achei incrível os momentos das lutas detalhadas de uma maneira que não ficasse enjoativo e repetitivo, fico feliz de ter lido esse livro.
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@wesleisalgado 01/04/2023

Confuso
O projeto gráfico e as ilustrações são maneiras, e toda a pompa criada pela editora Darkside de que o livro foi aquele vencedor do primeiro prêmio Machado Darkside.

Mas a própria narrativa é deveras confusa, como se o escritor tivesse escrito algo extremamente que só fizesse sentido na cabeça dele. Sendo o racismo estrutural só uma bengala para uma história que não me pegou nem pela distopia, nem pela violência.

Além de ser uma cópia escrachada e vergonhosa de Vidas em Jogo e Clube da Luta do David Fincher com o Show de Truman. Recomendo não desperdiçar o seu tempo como leitor.
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Eliete 27/03/2023

Mais ou menos
Já começo dizendo que o marketing do livro é um tanto diferente da mensagem que ele carrega, é um livro vendido como distopia, mas seu foco é muito mais voltado na crítica social do que em mostrar como funciona o sistema abordado no livro.
Tem algumas situações no livro que não ficam bem fechadas e a parte "distópica" da leitura foi explicada de forma muito abrupta e sendo vendido como uma distopia, eu senti falta de mais contextualização.
Tem um capítulo bem longo em que a crítica que o livro aponta é mais evidente em forma de lembranças, mas da forma como acontece acaba quebrando um pouco o clima da história.
Ainda sim é um livro bem descritivo em todas as cenas, uma leitura rápida e uma ideia que pra mim funcionou no geral, mas que na leitura não me agradou tanto.
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Biblioteca Álvaro Guerra 21/03/2023

Uma distopia visceral e repleta de horror, sobre um país em eterno conflito.
Ao ser capturado e confinado, um professor negro e falido se vê obrigado a fazer parte de um ringue de lutadores formado por párias sociais, lutando com uma máscara de porco para deleite de espectadores de alta sociedade. Porco de Raça coloca o dedo na ferida e entrega uma narrativa transgressora que distorce e expande gêneros, unindo entretenimento a uma dura crítica social.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786555981346
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Khall 20/03/2023

Um porco sem raça
Primeiro: NÃO é uma distopia. Isso precisa ser deixado claro, já que o livro é vendido como tal.
Porco de raça, é a historia de um professor negro falido (qual professor não é?), que ao ser capturado por uma "organização", é obrigado a lutar em uma arena para sobreviver, e essas lutas a lá Mad Max, A cupula do trovão, são transmitidas em um Pay-per-view a quem puder pagar.
É uma narrativa violenta e até um tanto realista, diga-se de passagem, o autor não tenta florear o personagem principal, não lhe dá ares de herói e muito menos de um critico social revolucionário. Pelo contrário ele é o personagem cru moralmente, não beira a imoralidade, ele está nela. E talvez seja isso que cause desconforto na leitura, pois nos faz pensar, será que eu faria isso se estivesse nessa situação?
Porco de raça é uma historia de enredo simples e direto, porem possui camadas que estão mais a vista para quem se interessa pelo tema Crítica Social, se você é um erudito de leituras "profundas", não leia, mas se gosta de um filmes de pancadaria e violento esse livro é pra você.
E mais uma vez, NÃO é uma distópia.
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Foxback 01/03/2023

Curto e Violento
Livro relativamente curto mas extremamente violento e bruto. A questao racial esta presente em quase todos os momentos, sendo que, algumas situaçoes, parecem criadas apenas para chocar. Com a escrita objetiva e veloz, é leitura rapida ( se tiver estomago ). Confesso que fiquei positivamente impressionado com a obra, mesmo o final sendo ligeiramente apressado e com um toque psicodelico E apesar da bonita ediçao da Darkside, poderia ser lançado em versao brochura ( mais barata ) sem maiores problemas.
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Paulo.Vitor 17/01/2023

"o Brasil acabou em 2012 e o que escutamos hoje é só a caixa-preta do país reproduzindo os áudios dos mortos"
Não escondo que de começo, principalmente na primeira parte (primeira de quatro partes), o livro não me impressionou ou me instigou a curiosidade, pra mim, foi uma introdução ao personagem na tentativa de parecer com uma estética que gosto de chamar de "cheiro de cigarro apagado" que se faz visível nos filmes: Clube da Luta, Taxi Driver e Oldboy, por exemplo, e que de fato, não me inseriram no universo do livro com tanta força. Porém, ao chegar nas partes seguintes, o livro começou a me impressionar cada vez mais, nos fazendo adentrar por esta distopia brasileira com críticas bem inovadoras e impactantes relacionadas principalmente ao racismo e a política brasileira, e realmente, não é atoa que Bruno é mestre em escrita criativa, e com isso, Bruno cativa e aluga um apartamento na nossa mente, nos fazendo refletir por muito tempo acerca dos temas tratados. Vale a pena a leitura.

Esse livro, na mão de um diretor bom, pode ser um BAITA filmaço, pois este se apresenta de uma estrutura bem similar a livros que viraram filmes bons ou boas adaptações, parecido inclusive, com os filmes já citados acima.
Boa edição da Darkside, com ótimas ilustrações, paguei 33 reais em novembro do ano passado e considero um preço válido.


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Maluzo 04/01/2023

Quando ouvi falar sobre este livro, quando eu estava lendo a sinopse e parei na metade... Eu simplesmente já percebi que esse iria ser um dos meus favoritos com certeza, e é.
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Dri 22/12/2022

Crítica social e sobrevivência
Um professor negro e falido é raptado e entra em uma sequência de acontecimentos perturbadores depois que é obrigado a lutar em um ringue pela sua sobrevivência.

Porco de raça é curto, mas em poucas páginas o autor coloca cenas brutais e repletas de críticas sociais relacionadas ao racismo, espetacularização do sofrimento, principalmente de pessoas marginalizadas e consideradas párias da sociedade.

Um terror social com toques distópicos e que usa cenas absurdas pra falar de temas reais. É uma história complexa da qual dá pra tirar muitas interpretações, gostei disso. Infelizmente a escrita não faz muito meu estilo, por ser super mecânica, cheia de descrições de movimentações físicas e pouco aprofundamento emocional.

Eu sinto falta de mais desenvolvimento em alguns aspectos e uma melhor distribuição de acontecimentos. O livro tem uma mensagem fortíssima e algumas cenas impactantes, mas tudo foi um pouco corrido e às vezes repetitivo.

Ele é dividido em partes e tem uma parte que é toda focada em lembranças e só na próxima parte a história é retomada. Isso quebrou o ritmo pra mim. O protagonista é complexo e muito difícil de gostar, eu sei que foi uma escolha inteligente pra fugir do tipo herói em um universo violento, mas não consegui gostar dele.

Por isso, Porco de raça acabou sendo um pouco mediano e morno. Gosto de alguns elementos como os raptados usarem máscaras de animais pra lutar, a montanha-russa macabra e triste que o personagem entra e não parece sair nunca mais, o reality show com o comércio em cima da dor dos outros e as metáforas e alegorias pra falar de grupos dos "perdedores".

Mas também tiveram vários elementos que não me agradaram, inclusive a história ser toda num tom absurdo, sem muita explicação, mas o final trazer um monte de informação de uma vez.

É um livro que incomoda, é desconfortável, por isso, só recomendo pra quem consegue ler cenas bem violentas e tristes e gosta de histórias questionadoras. Eu curto esse estilo, mas não foi um livro que eu amei. Pra mim, temas importantes são incríveis, mas quando se trata de ficção, a história em si precisa ser cativante e, pra mim, essa não foi.

"Não consigo me reconhecer mais e não sei se isso é bom ou ruim. Nome, rosto, físico: uma massa abstrata e vertiginosa, um nó sem ponta, um universo sem corpo. A única lógica possível é o ringue, a luta. Eu retornei à essência primária do bicho homem e me tornei um embrião suíno. O primitivo que unicamente vive para sobreviver. Vim para o mundo buscando um sentido nas coisas, mas percebo que sou apenas uma coisa em meio a outras coisas. Não há sentido, nunca houve, e agora só busco respirar sob os holofotes do abismo."
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