Vitória 23/12/2022
Eu adiei demais a conclusão dessa série, e como se não bastasse fiquei enrolando pra não escrever esse comentário. A dark hand foi a minha primeira série dark, a minha porta de entrada pra esse tipo de livro, e a Zoe me virou de cabeça pra baixo com cada um deles. A cada volume eu falava "esse é o meu limite, eu não aguento mais do que isso aqui", mas o meu apego com os personagens não deixava que eu simplesmente largasse eles de lado, e fui continuando. Odiei e amei com todas as forças os protagonistas desses livros, e o meu maior medo em relação a invulnerável era esse: fazia muito tempo que eu tinha perdido o encanto com Lizzie e Louis, mas de algum jeito a Zoe trouxe tudo o que eu sentia por eles lá em Indomável de volta.
Depois de dois livros com Lizzie e Louis aparecendo apenas como coadjuvantes, ainda que a gente tenha alguns capítulos narrados pelos dois no meio do caminho, eu posso dizer que passei muito tempo longe desse casal. Esse tempo contribuiu pra que eu odiasse os dois, principalmente o Louis. Foi impossível não sentir um ódio ainda que leve da Lizzie em imoral, e as coisas que o Louis fez em Improvável até agora não tiveram perdão pra mim, mas entendi que o principal dos livros dark, e das obras da Zoe, é amar os persoangens apesar dos pesares. Eles não vão mudar, não terão uma redenção, nem se tornarão anjinhos de roupa branca de hoje pra amanhã, mas ainda assim eu vou cair de amores feito uma besta por cada um deles. Com a Lizzie foi até fácil de resgatar o meu sentimento do primeiro livro, afinal grande parte dos capítulos são narrados por ela, e a bonita também tava sentindo um ódio do Louis, a identificação foi instantânea kkkk. As coisas com o Louis andaram mais devagar, em certos momentos eu pensei que ia terminar a série odiando esse homem com todas as minhas forças, mas acabei totalmente de quatro por ele.
Eu amo o jeito que a Zoe encontrou pra escrever esses livros, porque Louis e Lizzie são de fato os grandes protagonistas dessa história, mas os livros não são só sobre eles, e sim sobre a dark hand, então a gente sempre tem protagonistas de livros anteriores se metendo no meio do negócio e narrando alguns capítulos, e esses foram talvez os principais motivos dos meus surtos. Já aceitei que Natasha e Felippo vão ser sempre o meu ponto fraco, e aqui não foi diferente. Eu gritava a cada capítulo que eu via se iniciar sob a perspectiva de um deles, e vê-los juntos, como uma família, foi o meu grande alento nesse livro. Absolutamente tudo estava dando errado, mas um pedacinho de mim estava feliz só pelo fato dos dois estarem bem. Zola e Giovanna talvez tenham me ganhado mais aqui do que no livro deles. Um dos principais plots dessa obra envolve eles, e foi justamente aí que eu comecei a vê-los como um casal de verdade. No caso de Felippo e Natasha, eu fiquei satisfeita com o final dos dois em imoral, as cenas deles nos livros seguintes foram mais pra sanar algumas pontas soltas que ficaram entre eles e outros persoangens, mas quando o assunto é Zola e Giovanna eu vejo invulnerável quase como uma segunda parte da história deles. Se esses capítulos estivessem no livro anterior, pode ter certeza que a minha nota pra Improvável teria sido muito maior.
Agora vamos aos spoilers porque eu preciso falar do maior surto desse livro: como assim o Matteo era o traidor? Já disse isso outras vezes e vou repetir, dona Zoe vai pagar a minha terapia, porque um dos motivos de eu estar recorrendo a ela é essa série. Matteo ganhou meu coração desde o segundo livro, quando ele deu as caras nessa história pela primeira vez. O homem era um cafajeste? Com certeza, mas se alguém que leu isso daqui me disser que não gostou dele, ou que suspeitou do homem em qualquer momento, eu vou dizer que é mentira. Zoe criou um plot completamente inesperado, e de brinde me fez chorar feito uma desgraçada por causa da morte do maior vilão da série. O mesmo que, antes que eu soubesse a identidade, eu facilmente teria matado só na base do ódio. Foi impossível não ficar 30 minutos feito uma idiota encarando o teto e pensando "eu não acredito que isso aconteceu" e depois surtar com uma amiga que já tinha lido. Como se não bastasse, ela ainda faz tudo fazer sentido dentro da história de cada um dos personagens. Ainda não engoli esses fatos, talvez meu amor por Matteo ainda esteja aqui em algum lugar, mas depois disso aqui a Zoe entrou no meu top de autoras nacionais favoritas pra nunca mais sair.
Vou dizer que o grande motivo de eu ter deixado meu medo um pouquinho de lado pra encarar esse livro foi dona Dudagabooks ter me dito que o final era feliz. Eu queria confiar nela, mas quando cheguei nos 80% e tudo ainda tava dando muito errado eu só entrei em colapso. Esses últimos 20% foram lidos embaixo de lágrimas, porque eu tinha certeza absoluta, e ninguém ia me convencer do contrário naquele momento, que o livro ia acabar com os dois separados. Mas a mulher estava certa, e tudo ficou bem da melhor maneira possível. Foi aqui que eu voltei a me apaixonar pelo Louis. Demorou muito pra acontecer, mas quando veio foi com força. Eu simplesmente não tenho estrutura pra ver esse homem se tornando pai, adotando uma criança, pedindo a Lizzie em casamento de joelhos e fazendo tudo o que ele fez. Ele pode ter passado os 5 livros sem ter dito um mísero eu te amo pra Lizzie, mas eu digo e repito quantas vezes forem necessárias: eu amo Louis Luppolo. Agora só preciso descobrir como vou fazer pra viver sem esses personagens, mas de uma coisa eu tenho certeza: em algum momento eu vou voltar pra eles, e talvez nem demore tanto assim.