spoiler visualizarCherryBook 07/07/2023
Eu odeio o Diabão
O diabão, esse inferno de ser que um dia foi humano, não sabe o que tirar de mim, mas com certeza, entre tantos sentimentos misturados, o ÓDIO é um deles. Mas o que posso fazer? Louis me intrigou, me chocou, me fez soltar sinceras gargalhadas, e gritos de pavor. Lizzie, por outro lado? Ah, Lizzie? Eu a amo com todo meu ser.
Foi assim com esse casal e com outros tantos personagens da série. Natasha, a primeira que conheci, ainda é minha querida do coração. Ver como ela era antes que eu a conhecesse também foi gostoso. Ver como ela saiu de Paola Bracho à Paulina, mas de um jeito muito maduro, o crescimento da personagem e tudo mais, me deu muito orgulho. Amo minha bruxa russa, amo que ela tenha conseguido ser amada e amar uma família como sempre precisou.
Enfim, chegar até o final da série doeu. Não foi pouco. A cada livro eu achava que não conseguiria superar mais nada. Giovanna, inclusive, nossa boneca delicada e criatura feliz, foi tão machucada, e enquanto me conquistava, me matava em todo sofrimento.
Ah, Zoe?
Muito perde quem com olhos militantes condenam quem lê ou ou quem é você, Zoe X.
Na minha concepção, ninguém quer ser ou estar na pele de um dos personagens dos seus livros dark. Pelo menos não eu! E pra quem quer, um recado: mana, T-E-R-A-P-I-A. Sério, JÁ!
Comigo acontece que acabo não entendendo como consegui chegar à última página sem ter largado a leitura quando achei que não fosse capaz de virar mais um capítulo sem vomitar a minha alma.
Eu não li Dark Hand por querer ter a vida da Lizzie, da Natasha, da Giovanna, ou por ter tesão em homens sádicos, violentos, e desumanos. Até porque, sabemos muito bem que, fora da ficção (que é só ficção e não um manual de sobrevivência, com passos a serem seguidos e desejos a serem sucumbidos), a realidade é diferente.
Não, eu não quero um Louis, ou um Felippo, embora eu adoraria ter um Zola.
Não é por isso que li até o fim. Essa obscuridade não é um fetiche meu, e eu quis ler, e continuei, porque eu queria visitar a história de cada um deles, saber como conseguiram continuar depois de serem quebrados de tantas formas e em tantas partes. É por isso que te leio, Zoe X.
Você, com seu super poder de escrever, de me tirar a sanidade, de me questionar quão fundo eu mergulhei em alguma identificação, de me deixar obcecada por assistir a sua dança diabólica enquanto escuto cada uma das playlists e fico ali no canto de cada cena, vendo detalhe por detalhe, com o coração vibrando e doendo em cada parte visceral, indelicada, cruel.
Te vejo na Lizzie, e vejo a Lizzie nas notas, nos agradecimentos, também te vi na Elowyn, e adorei, mesmo me preocupando.
Se é fácil de te ler? Não, nenhum pouco. Mas você é genial. Seu talento merece ser visto, sua alma descrita em cada trecho das suas histórias merece o topo do mundo. Amo fazer parte disso, de ter te descoberto através de Bad Prince, de ter trapaceado e lido Imoral fora da ordem, ficado desnorteada por gostar (não me orgulho de amá-los, mas os amo) da ideia da Natasha e do Felippo juntos ? apesar de tudo ?, e por finalmente ter tomado coragem de ler Dark Hand por completo. P*orra , o que dizer? Eu tô fodida, quis morrer em tantos momentos lendo, mas para a minha desgraça: eu quero mais. Ps: Eu preciso do livro da Kira!
E aqui, toda perturbada da cabeça, eu te peço, humilde e esperançosa: não pare.