Fabio Pedreira 12/04/2022Um dos livros mais divertidos que já liNos tempos de glória, Clay Cooper fazia parte do Saga, o maior bando que existiu. Os melhores guerreiros, se envolvendo nas maiores aventuras e confusões, onde tudo parecia possível. Mas, tem uma coisa que não importa o quão bons eles sejam, não tem como derrotar... o tempo.
A idade chegou para todo mundo, o bando se desfez e agora Clay está casado, com uma filha, um cachorro que só faz dormir e trabalhando de vigia na muralha de uma cidadezinha onde o máximo que acontece é uma briga de uma esposa indo buscar um marido bêbado no bar.
Os tempos do Saga acabaram, ou era o que Clay pensava, até Gabe, seu antigo parceiro de bando, aparecer na sua porta informando que sua filha estava em perigo e que a única forma de resgatá-la seria reunindo o bando outra vez.
É assim que começa um dos livros mais divertidos que eu já li. Os Reis do Wyld é uma alta fantasia, que reúne tudo o que o gênero tem de bom, mistura com uma dose perfeita de humor e tira sarro da própria fantasia, sem deixar os momentos épicos para trás.
O equilíbrio do livro é incrível, começando pelos personagens, que como eles mesmo dizem, são muito bons separados, mas juntos, são perfeitos. A química deles é inegável.
Apesar de ter um estereótipo de personagens do tipo, como guerreiro, mago, bárbaro e etc, esse estereótipo fica só na aparência. Os personagens (talvez tirando o Ganelon), são muito mais do que aparentam, com personalidades que vocês nem esperam. O destaque pra mim é a dupla Clay e Moog, que roubam a cena.
Aliás, ponto positivo para o autor, ao colocar representatividade no livro de forma natural, através do Moog. E se você se pergunta sobre personagens femininas, existem sim, personagens fortes e muito boas, que talvez não sejam o foco aqui, mas que com certeza estarão no segundo volume.
Além disso, tem toda a construção de mundo, que tem tudo que você espera e até muito mais, com criaturas diversas, locais inusitados e até mesmo navios voadores.
Os Reis do Wyld vai agradar todo mundo que se disponibilizar a ler, não só amantes do gênero (que vão encontrar novos ares do que estão acostumados), assim como pessoas que não são chegadas em fantasia, mas que gostam de rir e se emocionar na mesma medida. Ah, e o melhor, pode ser lido como livro único.
Então, que venha Bloody Rose (a continuação) e fiquem atentos caso vejam algum Urso Coruja por aí.