Resenhas - Suíte Tóquio

Marcelo Costa 26/05/2023

Gostei da escrita da autora, de alguns momentos apresentados na história, mas senti falta de algo que desse mais sentido nas dinâmicas das personagens principais - Fernanda - a patroa, mulher bem-sucedida profissionalmente, e Maju - a empregada, uma babá que se considera invisível. Achei que o final dá brechas a uma continuação mas não sei se, caso exista, eu leria

Ale 14/05/2023

De um lado, a babá Maju sequestrando a criança que cuida.. de outro, Fernanda, a mãe da criança, uma mulher mto mais preocupada com o trabalho e a amante do que com a filha..

Demorei pra engrenar a leitura..
Até que o livro flui.. a história fica interessante.. e te envolve querendo saber o desfecho..
E quando acaba, o livro não tem fim! (particularmente eu não gosto de livro com final muito aberto.. e esse, nem parece que a história acabou!)

Sofia 30/04/2023

Maju está sequestrando a criança de quem cuida. Cruzando a praça e levando Cora pela mão, ela já está com tudo planejado, mas não imagina os percalços pelos quais vão passar juntas. Enquanto isso, os pais da menina estão passando por uma crise no casamento e demoram a perceber a falta da filha, confiando na babá. O livro é dividido em capítulos intercalados pelo ponto de vista de Fernanda - a mãe - e Maju, pelos quais vamos entendendo mais sobre cada personagem e sua participação na história.


Curtinho, o livro tem um ar levemente cômico sobre a maternidade. Uma mãe que mal se refere à própria filha e com a qual evita passar mais tempo, faz de tudo para que uma babá assuma completamente seu papel, até reformar o quartinho dos fundos para a que chama de “Suíte Tóquio”. Por outro lado, a babá quer cuidar da criança e tirá-la do meio em que se encontra.

As duas narrativas não precisam de muito para que o leitor logo diferencie quem está falando. Em alguns momentos, uma se refere a um acontecimento já citado pela outra, agora pelo seu ponto de vista, mas apenas no final as histórias se igualam no tempo, quando, enfim, os pais notam e se preocupam com o desaparecimento da filha.

O final é repentino e - talvez, para mim - aleatório. Mas como tudo acontece em aproximadamente dois dias, pode ser explicado por uma atitude precipitada. No geral, o livro é bom e retrata muito a paisagem brasileira, até por trazer um pouco de humor em momentos de adversidade.

sofiaforster 28/04/2023

Suíte Tóquio
Tenho gostado muito de ler livros brasileiros, com esse não foi diferente.A história tem um início incomum e que prende desde a primeira frase. O livro demonstra a realidade de uma menininha chamada Cora que claramente recebe mais atenção de sua babá do que de sua própria mãe, o que infelizmente é a realidade de muitas crianças durante suas infâncias. O livro tem duas perspectivas o que deixa o livro ainda mais intenso, a perspectiva de Maju, a babá, e de Fernanda, a mãe. O livro é muito criativo e muito bem escrito, mas senti muita falta de uma conclusão maior do livro. Faltaram páginas para deixar o livro com uma sensação de completo.

Lucas.Macedo 24/04/2023

Boa leitura!
Gosto muito de literatura brasileira contemporânea e esse livro é uma das boas amostras desse movimento.

A premissa do livro é bastante simples, mas a abordagem é feita com uma profundidade interessante. De um lado, uma mãe que encontra obstáculos em exercer a maternidade como gostaria e, por outro, a babá que sonha em ser mãe. Ver esses dois pontos de vista desperta diversas reflexões e me mostra a importância de se ouvir as histórias antes de fazer qualquer julgamento.

O livro mostra faces da natureza humana que destoam do que socialmente é aceitável, mas que é a realidade em muitos lares.

Paola 22/04/2023

Livro envolvente
O livro possui uma escrita fluida, criativa e envolvente, tanto que li o livro inteiro em um final de semana.

A trama conta com duas protagonistas, Maju e Fernanda, narradoras do livro e de suas histórias, que vão se entrelaçando no caminho.

Maju é a babá que cuida muito bem de Cora, filha de Fernanda, uma executiva, vive uma crise no seu casamento e quase não tem tempo para a filha.

Maju sequestra Cora e a partir daí tem início um roteiro de acontecimentos.

Um livro leve e ao mesmo tempo profundo, com reflexões importantes.

Clara.Guerra 21/04/2023

Bom pra passar o tempo
Acho que faltou mais detalhes na história, muitas coisas sem pé nem cabeça, que não fizeram sentido e nem acrescentaram nada. muita coisa ficou em aberto. mas achei uma leitura fluida, fácil de ler, bom pra passar o tempo. nada mais que isso

Ingrid752 17/04/2023

Eu achei a história triste, revoltante, e intrigante. Eu senti um pouco de falta do desfecho da história, e do propósito do que aconteceu em toda história. Mas é uma história que me despertou uma grande melancolia, e tristeza. Gostei bastante da escrita da Giovana. Foi uma ótima experiência.

Mariana 14/04/2023

O enredo é muito bom, mas a motivação de tudo não me convenceu...não sei, a babá alternava uma lucidez e loucura que não se conectavam. algumas partes da história achei meio encheção de linguiça, achei que teria um link com algo, mas nem teve (exemplo: na parte da estrada e a loja abandonada). na verdade o livro não funciona com uma história amarrada, ele só vai sendo contínuo...acho que isso me incomoda. acho que constrói o sentimento atual das personagens pra nada

Paty Gazza 10/04/2023

"Estou raptando uma criança."
Em Suíte Tóquio temos uma narrativa que intercala dois pontos de vista: o de Maju, a babá de uma família rica que inicia o livro raptando a garotinha Cora, e o de Fernanda, a mãe de Cora, que se vê no turbilhão de não saber onde está a sua filha, em meio a uma crise conjugal. No desenrolar da trama, vamos vendo como as coisas rapidamente saem dos trilhos.
Essa mudança de um ponto de vista para outro a cada capítulo faz o leitor não conseguir largar o livro, mas a perspectiva da Fernanda deixou a desejar - a gente passa mais tempo do que o necessário no passado dela, e aos poucos a tensão desse lado não vai se sustentando. Outra coisa que decorre disso é que a crise conjugal mencionada na sinopse acaba por não ser tão explorada, e o marido me pareceu mais alheio a tudo do que de fato vivendo uma crise com a esposa.
No mais, gosto muito da escrita da Giovana e achei o final bem satisfatório, embora pudesse ter um epílogo para matar a nossa curiosidade sobre o que aconteceu depois.

Marcus 01/04/2023

Um livro sobre mulheres
É uma narrativa seca e dilacerante. A autora consegue transmitir com seu texto, as dores, as dúvidas, os desejos e as dificuldades do universo feminino, sobre óticas diversas.

Clarisse3 01/04/2023

Esperava mais, mas...
Como diria Jacquin: faltou 'tompêro'. O livro te leva num mix de emoções, você sente raiva, fica aflita e chega até se compadecer das situações. A narrativa intercalada das personagens, mesmo que possa te incomodar, consegue te prender até o fim, e que fim...Quando você pensa que ainda podem ter mais algumas páginas para chegar no desfecho ideal, ele simplesmente acaba. Eu ainda esperava que o Cacá fosse explorado dentro de uma perspectiva dele, e queria um final mais detalhado para Maju - feliz ou triste, apenas um final além do nosso imaginário.

Apesar dos pesares, o livro me prendeu, sempre que podia dar uma pausa nas atividades do dia-a-dia lia pelo menos uma página ou capítulo.

Luísa Lui 29/03/2023

Suíte Tóquio
Muitos pontos positivos. A autora merece ser exaltada pela fluidez com que narra fatos bastante esparsos na vida dos personagens sem se perder na escrita. Poucos fazem com maestria o que Giovanna sabe fazer. Entretanto, Suíte Tóquio foi uma leitura agradável, mas pouco empolgante? o livro foi melhorando, e ainda assim algo faltou no desenvolvimento de cada integrante do livro. Esteve ausente a liga que conecta o leitor ao personagem. O final me irritou como todos os finais de livro que acabam dessa maneira que não vou dizer para não soltar spoiler. Parece estar na moda esse tipo de desfecho. Enfim, é o típico livro 3,5. Bom. Agrega. Mas nada muito além.

hanny.saraiva 28/03/2023

Pra mim, a autora não cria uma narrativa divertida como algumas pessoas dizem, o livro traz tópicos pesados. Frases do tipo: "E por isso, para me sentir menos escravocrata, batizei o cômodo de Suíte Tóquio"; "Pobre é tão bom em ressuscitar as coisas"; "Não conseguem ligar a babá com a pessoa. Devem pensar que depois do expediente a patroa esvazia a gente que nem boia e guarda dentro do armário" só nos mostram com a classe média emergente continua querendo ser o senhor e a senhora do ocidente, em uma cultura onde se explora de forma cínica e comum. Aqui não temos uma solução para nada, apenas uma grande lente angular para essas relações construídas por uma burguesia que se diz descolada e cult, mas apenas repete os mesmos padrões colonialistas.

Me lembra muito "Que horas ela volta". Detestei a Fernanda e acho que a Maju poderia ser melhor explorada, mas o livro te prende e a escrita flui. A ironia e o vocabulário construído pode trazer leveza sim, mas não chega a ser cômico. Gostei da forma como o final foi construído, um gancho com um quê cinematográfico. Mas essa leitura me trouxe sentimentos dúbios, fiquei um pouco incomodada. Sinto que tenho lido uma leva de livros que repetem padrões sociais, não que a literatura tenha que trazer saídas, mas acho que sinto falta mesmo é de ter outros olhares sobre esses mesmos tópicos.

Citações preferidas:
– Um desejo que toda mãe já sentiu, de que o filho desapareça. Morra por alguns segundos.

– Memória é um filho que já nasce morto. E se decompõe.

– Deus é o amor com barba comprida, por fim disse.

– Ela tinha deixado a filha no cantinho da vida, e lá no cantinho da vida tinha eu.

– Quem larga um sapato não tem mais esperança de nada.

– O corpo mostrando quem é que manda. Quem já passou fome e frio sabe o poder do corpo.

Kamilly.Delfini 26/03/2023

Suíte Tóquio.
Suíte Tóquio é um livro que é de fácil entendimento e leitura, por ser bem pequeno e fluído. Acredito que a falta de diálogos marcados me deixou um pouco confusa, mas nada que atrapalhasse a leitura de uma maneira geral. O tema do livro é muito interessante, fazendo com que se análise principalmente o papel da maternidade. Com as questões principais, será que toda mulher tem condições e quer ser mãe? Questões sobre o relacionamento consigo mesmo e com o próximo, descobrimento da sua sexualidade e prazeres que a vida te proporciona. Indico essa leitura como algo para passar o tempo e refletir.