@leitoralbino 02/01/2022
Gay de família | @leitoralbino
Ser LGBT+ é estar sempre lutando por algo:
"Meio estranho pensar que ser tio, querendo ou não, me faz parte da família. Estranhamente, não quero quero esse elo acabe. É como de só agora surgisse um espaço para mim."
A gente luta poder andar nas ruas demonstrando afeto sem sofrer alguma violência. A gente luta pelos nossos amigos que nos querem bem e nos que virão depois de nós. A gente luta pra um dia não ter mais que lutar. Assim como a gente também luta por uma família.
Ler "Gay de família" me fez gargalhar, precisar compartilhar passagens da história com pessoas que amo e me fez pensar muito (mais do que já penso) sobre crianças e família.
Família não tem a ver com sangue, e esse é um debate longo e antigo já ? ainda mais se você for LGBTQIAP+, você sabe que família é quem a gente quer perto e bem. Que família vira uma palavra vazia se não existe alguém que acredite em você, que demonstre afeto nem que seja da forma mais aleatória o possível.
Este post não é uma resenha (assim como vários outros que eu faço não são), mas sim uma experiência de leitura que me tocou tanto que falar sobre a história séria insuficiente.
(Mas sobre a história: Diego é um gay que, num final de semana atípico, se vê cuidando dos seus três sobrinhos ? que sequer sabe os nomes ?, e vai entender com as crianças o quanto família vai além de uma casa e do sangue, mas que também quer significar um lugar seguro e conforto).
Eis aqui as palavras de um gay de família.
"Então, antes de tudo, Gay de família é uma história que eu criei para entreter. Se serve como um ato político, é um bônus."
P.S.: eu acredito que toda literatura é um ato político, mesmo aquelas que fogem do que acredito, mas é óbvio pra mim o quanto, Felipe, você conseguiu esse bônus.