luamagnetica 28/12/2022Mesmo já acompanhando a Tamara há alguns anos pelo Instagram e lendo fielmente cada um de seus textos, toda a estética do livro inevitavelmente me levava a pensar que seria uma poesia estilo Rupi Kaur, e para o meu grande alívio, não é.
Não me entenda mal, sou uma leitora fiel da Rupi e consumo outros autores que se lançam nesse subgênero da Poesia, alguns com sucesso outros com fracasso... Mas, parece que todos os poetas atuais só ficam nessa. Sempre.
Tamara vem com um novo estilo, um estilo próprio. Às vezes se utilizando daquilo de enfiar um parágrafos por palavra como Rupi sim, mas, é a transmissão que é diferente. Sem tentar ser sublime e enigmática demais, ela vem aberta como para o seu diário pessoal mesmo ? o que acredito que era seu plano inicial ao escrever.
Apesar de ter uma divulgação da obra para o público jovem, suas questões são relacionáveis a qualquer faixa etária. Muito sobre se encontrar. E sobre crescer. O que pode e acontece em qualquer fase da vida.
Todo mundo tem uma paixão tão grande, seja uma atividade ou um lugar, que parece o seu próprio lar. O de Tamara é o mar, e gostando de navegar ou não, você consegue relacionar todo esse amor com sua própria paixão.
No Instagram consumo seus textos em pequenas doses, enquanto ela os posta sem consistência obrigatória alguma. Mas, no livro, viajei por algumas horas por seis anos de sua vida. E foi uma experiência linda, como sempre digo aqui, é muito bom ler relatos de pessoas tão alinhadas com seu propósito de vida, suas paixões. Foi isso que senti lendo o seu pai Amyr Klink e isso que sinto agora com ela.
Pela pouca idade, não acompanhei "ao vivo", pelas notícias, as travessias de Amyr mas fico feliz de poder hoje acompanhar as de Tamara. Mal posso esperar pelas suas próximas viagens e obras, sempre muito inspiradoras por ver alguém tendo coragem de seguir seus sonhos!