AnaPAssis 15/04/2023Enredo bom, protagonista que não convenceAchei o enredo ótimo, mas aconteceram coisas que fizeram com que eu tirasse um pouco da nota...
A PROTAGONISTA
Elin é uma detetive que está afastada por conta de um caso em que ela teve uma crise de pânico.... Crise essa gerada por um trauma do passado: a morte de seu irmão caçula, Sam.
Elin é uma protagonista que eu não consegui me importar, pq ela simplesmente não convence como detetive, nem como irmã, nem como namorada... Como nada.
Todos os detalhes da investigação ela comenta com todos (o irmão Isaac, o namorado Wil, o dono do hotel Lucas, a gerente Cecile).
Desde o começo é óbvio que o assassino trabalha no hotel, e Elin simplesmente comenta com todos eles os avanços da investigação.
Ela foi ao hotel participar do noivado do irmão, e quer confronta-lo, pois acredita que ele matou o irmão caçula... Mas em alguns momentos ela conta que eles eram próximos quando crianças, que Isaac segurava a mão dela quando ela tinha pesadelo, cuidava tanto dela quanto de Sam com amor...
Então, as coisas que ela conta sobre o irmão simplesmente não fazem sentido.
Fora que o namorado Wil fica 100% de escanteio. Lógico que quando a investigação começasse seria normal eles ficarem mais separados no hotel... Mas, antes mesmo dos crimes começarem, ela não passa momento nenhum com ele.
O HOTEL
Simplesmente amei o fato da história se passar em um hotel que foi construído a partir de um sanatório desativado! Lugar afastado, bloqueado por uma avalanche, onde todos ficam confinados por dias... É o cenário perfeito para um livro de thriller... Aliás, esse detalhe é bem parecido com "A última festa", de Lucy Foley...
O SERIAL KILLER
Essa parte também me fez tirar nota desse livro... Pq estava na cara que os crimes eram cometidos fazendo alusão ao sanatório, obviamente a sala de arquivos deveria ser investigada... E nossa detetive demora uma eternidade para ter essa idéia... Sinceramente, Elin como detetive, se vc der duas tartarugas, as duas fogem sem deixar rastros!
Outra coisa incoerente: Cecile era a grande vilã, e cometia os crimes pq descobriu que o sanatório também servia para testes e abusos contra mulheres... E para dar voz a essas vítimas do passado, ela simplesmente matava e mutilava mulheres no presente.
Se isso não for o auge da incoerência, não sei mais o que é.
O EPÍLOGO
No finalzinho ainda há uma cena com uma abertura para um novo livro, acredito que a continuação seja "O retiro".
Mas, tudo o que listei aqui me desanimou a ler, pois, apesar de a escrita não ser ruim, achei que a história não foi bem desenvolvida, com várias pontas soltas.
Recomendo com ressalvas.