Carla.Parreira 09/05/2024
101 Reflexões que vão mudar sua forma de pensar (Brianna Wiest). Melhores trechos: "...Felicidade não é apenas a maneira como podemos surpreender os nossos sentidos, mas também a paz de espírito de saber que estamos nos tornando quem queremos e precisamos ser. Isso é o que ganhamos quando buscamos a felicidade da excelência: não realização, mas identidade. Uma noção de identidade que carregamos em todas as esferas da vida... O mundo não é como é, e sim como somos... Ao temermos que a felicidade não durará para sempre, nós a perdemos; e, ao temermos que a dor durará para sempre, nós a criamos... Pegamos emoções passadas e as projetamos em situações atuais de nossa vida. Isso quer dizer que, a menos que resolvamos o que aconteceu no passado, sempre seremos controlados por ele... Ser criativo é tão inerente ao ser humano quanto comer, falar, andar e pensar. Sempre foi um processo que priorizamos naturalmente; nossos ancestrais de algum modo encontraram tempo para registrar as suas imagens e histórias nas paredes das cavernas... Não fomos feitos para sermos existencialmente independentes. Na verdade, classificamos isso como um tipo de transtorno mental. Tudo, até mesmo as nossas tarefas mais rotineiras, só parecem confortáveis se, no final, resultarem em alguma coisa. Mas decidimos maximizar o nosso prazer a qualquer custo. Decidimos privilegiar a individualidade em vez da comunidade e da integridade, e, no processo, descobrimos que, em vez de nossas paixões se transformarem em uma vida espetacular, estamos vazios, estressados, exaustos e perdidos em círculos viciosos mentais, tentando entender por que as coisas não são como parecem. Nada é como pensamos que será. Ninguém reflete sobre a própria vida e diz: 'Sim, foi exatamente assim que pensei que seria.' A questão é não deixar que a realidade se alinhe com as ideias que você tem sobre ela ou manipular essas ideias sobre o incontrolável para sentirmos que as temos sob controle... O objetivo de qualquer coisa não é o que você ganha por tê-la feito, é quem você se tornou depois de passar por aquilo. No fim das contas, é tudo uma questão de crescimento. As coisas ruins fazem você crescer, e as boas também. (E, na realidade, 'ruim' é só o que você aprende ou passa a acreditar que não é 'certo'.) O ponto é: não se trata de quanto você acerta, mas de quanto você melhora, e cada experiência — a boa, a ruim, a terrível, a maravilhosa, a confusa, a bagunçada, a ótima — faz exatamente isso... Se você está enfrentando problemas em seus relacionamentos, é porque passou a associar 'imperfeições' à rejeição. Você acha que, caso se abra por completo e de forma autêntica, inevitavelmente será rejeitado ou dispensado, porque aprendeu desde muito jovem que expressar sentimentos sinceros pode ser perigoso. É provável que você esteja aceitando abertamente os defeitos de outras pessoas, mas não consegue tolerar nenhum dos seus. O que você precisa fazer é tentar se abrir com outras pessoas de uma maneira autêntica (talvez começar com amigos) e ver que não será rejeitado por ser quem é. Depois de desenvolver uma confiança maior em relação aos outros, será cada vez mais fácil criar intimidade... O que você precisa fazer é se abrir para a realidade de que o amor é assustador, especialmente o amor que vale a pena. Não tenha pressa, mas não escolha o caminho mais fácil... Se você está tendo dificuldades em seus relacionamentos é porque está perdendo muito tempo tentando ler mentes, supondo, projetando, prevendo e antecipando resultados em um esforço para se 'proteger' da dor, ou porque você se recusa a abrir mão com medo de nunca mais encontrar alguém. De qualquer modo, você vive mais na sua cabeça do que no seu coração e está deixando a sua vida ser guiada por aquilo que tenta evitar, e não ao que tenta alcançar. Provavelmente, quando você entender que sua ansiedade e seu sentimento de urgência estão em sua mente, vai ser mais bem-sucedido em seus relacionamentos. Você precisa trabalhar para reorientar os seus pensamentos, diferenciar a realidade de seus medos e cercar-se de pessoas confiáveis e atenciosas... O que você precisa fazer é um trabalho mental-emocional muito sério, que envolverá a lembrança de seu trauma passado, e reescrever a sua narrativa do que aconteceu em sua vida. Você precisará se reassociar ao seu sistema de navegação interior e aprender a confiar nele mais do que em seus pensamentos ou ideias... Às vezes, eu me perguntava como conseguimos abrir mão de coisas que estão nos matando quando parece que abrir mão delas nos mataria. Como decidimos entre 'se tiver de ser, será' e 'se você quer, precisa correr atrás'. Acho que nos agarramos com mais força às coisas que não nos são destinadas porque, em algum nível, sabemos que não são nossas de fato. Estamos sempre buscando o amor que não temos. Estamos sempre tentando provar as coisas que não são totalmente autoevidentes. Sabemos que, quando pararmos de pensar, conversar e examinar os detalhes sem parar, isso acabará mesmo. Quando tudo o que restar for uma ideia, agarrar-se a ela é a única maneira de mantê-la. Porque abrir mão tem pouco a ver com dar permissão a alguém para deixar a nossa vida ou declarar que não nos ama mais, ou ir embora para sempre, e tudo a ver com aceitar que essa pessoa já foi. Não sei nada sobre o destino. Mas sei que as coisas que são nossas não exigem que nos agarremos mental e emocionalmente a elas para que permaneçam. Que as melhores coisas nunca são forçadas, nunca são criadas a partir de ultimatos, nunca nos deixam em choque e nos questionando por meses ou anos a fio. Eu sei que você não pode provar o quanto ama pelo quanto sofre com a perda. Que você não prova o seu caráter pelo quanto é capaz de convencer as outras pessoas de que está fazendo a coisa certa. E eu sei que nunca é o amor que o magoa, é o apego à ideia de como ele deveria ser. Sei que nunca seremos capazes de encontrar o amor verdadeiro, a menos que aprendamos a nos desapegar do que ele deveria ser. Eu sei que nunca encontraremos a verdadeira felicidade até que façamos o mesmo. Sei que nada aqui dura, e a ideia de que dura é uma ilusão — no fim, perdemos tudo, tudo o que temos, somos e possuímos. Portanto, a questão não é o que perdemos, mas o que tínhamos. Não pretendemos cumprir metas como tópicos em uma lista; devemos passar por elas e deixá-las passar por nós. Alguns amores nos ensinam o que têm para nos ensinar em um mês. Outros, em uma vida inteira. Nenhum é mais importante do que o outro. As coisas que nos são destinadas são aquelas que nos forçam a parar de buscar uma luz no lado de fora, nos fazendo começar a nos tornar essa luz... As pessoas que mais falam o que você deve ou não deve fazer, que dizem que você está no caminho errado, que opinam sobre coisas que elas não sabem, geralmente estão mais preocupadas em como isso as afeta e como explicarão você para os amigos, primos, irmãs, parentes ou colegas de trabalho... O problema não é o problema, mas como você o encara..."